29.06.2013 Views

eo futuro, de que é feito afinal? - Artigo Científico - Uol

eo futuro, de que é feito afinal? - Artigo Científico - Uol

eo futuro, de que é feito afinal? - Artigo Científico - Uol

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Kuhn conceitua as Revoluções Científicas como os episódios em <strong>que</strong> o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>é</strong> não-cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo <strong>é</strong> total ou<br />

parcialmente substituído por um novo, incompatível com o anterior. Então, mostra <strong>que</strong><br />

o <strong>de</strong>senvolvimento científico não ocorrem <strong>de</strong> forma cumulativa e sim por ruptura com<br />

as t<strong>eo</strong>rias at<strong>é</strong> então adotadas.<br />

Obviamente, quando a ciência normal está em operação, não há revoluções na<br />

forma <strong>de</strong> pensar a natureza, apenas inovações incrementais. Segundo Kuhn, as gran<strong>de</strong>s<br />

mudanças, as inovações radicais, são as Revoluções Científicas. Estes são os momentos<br />

on<strong>de</strong> existe uma ruptura <strong>de</strong> paradigmas, i.e., o paradigma vigente ce<strong>de</strong> seu espaço para<br />

um novo paradigma, <strong>que</strong> traz todo um conjunto novo <strong>de</strong> perguntas, m<strong>é</strong>todos e<br />

interpretações. Sobre estes momentos <strong>de</strong> revolução, Arthur Clarke <strong>de</strong>dicou sua<br />

“Segunda Lei”, quando diz <strong>que</strong> “o único modo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir os limites do possível <strong>é</strong><br />

aventurar-se um pouco al<strong>é</strong>m <strong>de</strong>les no impossível” (CLARKE, 1970, p. 35-36). Ao falar<br />

isto, Clarke percebe os paradigmas como um zeitgeist, <strong>de</strong>limitando todo um universo do<br />

possível, i.e., “as revoluções são resultados <strong>de</strong> visões <strong>que</strong> algumas pessoas têm ao se<br />

projetar para al<strong>é</strong>m do paradigma predominante, imergindo assim em um mundo do<br />

impossível” (BALAGUER, SILVEIRA, 2002).<br />

O terceiro conceito tratado na obra <strong>de</strong> Kuhn, importante para os propósitos do<br />

presente trabalho, al<strong>é</strong>m dos paradigmas e da ciência normal, <strong>é</strong> a comunida<strong>de</strong> científica.<br />

O conceito <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> científica surge com Michael Polányi (BEN-DAVID, 1975),<br />

e encontra uma <strong>de</strong>finição mais precisa, ainda <strong>que</strong> muito discutida, <strong>de</strong>ntro do contexto da<br />

sociologia da ciência, a qual tem em Merton como um <strong>de</strong> seus fundadores e principais<br />

teóricos. Merton i<strong>de</strong>ntifica a comunida<strong>de</strong> científica como “grupo portador <strong>de</strong> uma<br />

28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!