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turismo e sustentabilidade: estudo do vivat floresta park em tijucas ...

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2.5 Turismo e populações locais<br />

Não basta que uma área apresente grande potencial representa<strong>do</strong> por seus atrativos<br />

naturais e culturais, para que seja considera<strong>do</strong> um Pólo Turístico. S<strong>em</strong> dúvida, a existência<br />

desses atrativos é fundamental, mas é preciso que eles estejam atendi<strong>do</strong>s por facilidades,<br />

como via de acesso, serviços de hospedag<strong>em</strong>, alimentação e informação; além da<br />

disponibilidade de infra-estrutura, serviços e roteiros adequa<strong>do</strong>s, é fundamental a vontade<br />

política <strong>do</strong>s dirigentes <strong>em</strong> buscar o desenvolvimento local, através da gestão <strong>do</strong>s<br />

<strong>em</strong>preendimentos na sua dinâmica, visan<strong>do</strong> a possibilidade de consolidação <strong>do</strong> pólo<br />

ecoturístico 16 .<br />

Para ANDRADE (2001), na geografia critica, o espaço geográfico é compreendi<strong>do</strong><br />

como um produto de relações contraditórias da acumulação de capital, isto é, a forma como<br />

a sociedade interage é que vai definir o espaço. Portanto, o espaço é dinâmico e se altera<br />

conforme se alteram as relações entre os agentes produtores (Esta<strong>do</strong> proprietário de terra,<br />

incorpora<strong>do</strong>res, trabalha<strong>do</strong>res, sociedade civil e outros). O espaço acaba incorporan<strong>do</strong> as<br />

contradições das classes <strong>em</strong> determina<strong>do</strong> momento, visto que são condição e resulta<strong>do</strong> das<br />

atividades sociais. Como esclarece MORAES (1994), “nosso objetivo deverá ser um<br />

processo social deferi<strong>do</strong> ao espaço terrestre, logo, nossa teorização deverá se inscrever<br />

dentro de uma teoria geral da sociedade”. Em outras palavras, a geografia crítica não aceita<br />

autonomia <strong>do</strong> espaço, o espaço é materialidades sociais, sen<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> pelo trabalho <strong>do</strong><br />

hom<strong>em</strong> e pela sociedade da qual faz parte, opinião esta compartilhada por ABREU (1994, p.<br />

257).<br />

No caso <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> <strong>turismo</strong>, ele está freqüent<strong>em</strong>ente associa<strong>do</strong> à esfera<br />

da economia, <strong>em</strong> que dificilmente se faz referência ao espaço social, <strong>do</strong> qual se pod<strong>em</strong><br />

retirar os indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> que chama de qualidade de vida. Entendi<strong>do</strong> como fenômeno social<br />

atual, o <strong>turismo</strong> não pode ser encara<strong>do</strong> apenas como vocação econômica para o<br />

desenvolvimento de certas regiões. É necessária uma reflexão crítica sobre o apoio aos<br />

projetos turísticos, b<strong>em</strong> como normalização e controle <strong>do</strong>s atos que impliqu<strong>em</strong> danos ao<br />

ecossist<strong>em</strong>a, seja <strong>em</strong> dimensão econômica, ambiental ou sociocultural 17 .<br />

ABREU (1994, p.257), reforça essa opinião, afirman<strong>do</strong> que:<br />

16 Id.,<br />

17 CORIOLANO. Turismo como ética 2004. p. 362.<br />

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