UM OLHAR PARA A MORAL POR MEIO DA ... - Ie.ufmt.br - UFMT
UM OLHAR PARA A MORAL POR MEIO DA ... - Ie.ufmt.br - UFMT
UM OLHAR PARA A MORAL POR MEIO DA ... - Ie.ufmt.br - UFMT
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Ao pensar acerca de Moral, começamos a perseguir seus significados nas mais<<strong>br</strong> />
variadas fontes de conhecimento. Um dos primeiros recursos que buscamos, até mesmo<<strong>br</strong> />
pelo hábito, foi o dicionário da língua portuguesa. Mas ao verificar as bases<<strong>br</strong> />
etimológicas, sentimos a sensação de vazio, de que faltam informações, porque parece<<strong>br</strong> />
tudo estático e distante, como nesse exemplo: “Moral, do latin morale, relativo aos<<strong>br</strong> />
costumes, conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo<<strong>br</strong> />
absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoas determinadas”<<strong>br</strong> />
(OLAN<strong>DA</strong>, 1986).<<strong>br</strong> />
O que poderia significar “costumes e conjunto de regras de conduta?”. Para<<strong>br</strong> />
compreendermos o que é Moral, deveríamos buscar os conceitos de costumes e regras<<strong>br</strong> />
de conduta?<<strong>br</strong> />
Mas isso também, possivelmente nos frustraria se insistíssemos na mesma fonte.<<strong>br</strong> />
Então, optamos pelo caminho que consideramos mais prazeroso e significativo, nesse<<strong>br</strong> />
momento, o de trazer para nossas reflexões as contribuições “homéricas” da mitologia<<strong>br</strong> />
greco-romana. Nesse sentido, elegemos uma deusa que nos permitiu refletir so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
conceito de Moral ocidental.<<strong>br</strong> />
Não são poucos os deuses e mitos que nos permite tratar o assunto, mas nossa<<strong>br</strong> />
opção por Minerva se deve ao fato dela estar relacionada na mitologia greco-romana à<<strong>br</strong> />
figura da sabedoria e da razão, conceitos intimamente associados ao conceito de moral.<<strong>br</strong> />
De sua arte, Aracne era ciosa<<strong>br</strong> />
A ponto tal, conta um poeta antigo,<<strong>br</strong> />
Que a mediu com Minerva, frente a frente,<<strong>br</strong> />
E da deusa sofreu atroz castigo.<<strong>br</strong> />
Tem cuidado, Cloé, sê cautelosa.<<strong>br</strong> />
Ah! não queira Minerva castigar-te,<<strong>br</strong> />
De despeito, por teres, certamente,<<strong>br</strong> />
Muito mais que Minerva, engenho e arte.<<strong>br</strong> />
(GARRICK apud BULFINCH, 2002)<<strong>br</strong> />
Minerva, que em grego é nomeada de Atena, a deusa que nasceu adulta da cabeça de<<strong>br</strong> />
seu pai Zeus, revestida de armadura, era considerada a deusa das artes ornamentais, da<<strong>br</strong> />
agricultura e da navegação, era também uma divindade guerreira que protegia apenas<<strong>br</strong> />
nas guerras defensivas, uma vez que não simpatizava com a violência e o derramamento<<strong>br</strong> />
de sangue característico de Marte, o deus da guerra, não muito venerado pelos gregos<<strong>br</strong> />
que priorizavam os valores do espírito e a sabedoria.