Reflexões sobre a formação inicial dos professores de ... - CIMM
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<strong>Reflexões</strong> <strong>sobre</strong> a <strong>formação</strong> <strong>inicial</strong> <strong>dos</strong> <strong>professores</strong> <strong>de</strong> matemática<br />
concepções <strong>dos</strong> futuros <strong>professores</strong> mas também <strong>sobre</strong> as condições sociais, políticas e<br />
econômicas presentes na atuação pedagógica. No entanto, levar os licencian<strong>dos</strong> ao alterar suas<br />
concepções não é tarefas simples.<br />
Segundo Ponte (1992), tal processo <strong>de</strong> mudança, na <strong>formação</strong> <strong>inicial</strong>, encontra obstáculos<br />
pela falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> alunos vivenciarem situações que lhes permitam refletir <strong>sobre</strong><br />
processos educativos.<br />
Brito e Alves (2008), sugerem que a versão provisória das diretrizes curriculares para<br />
cursos <strong>de</strong> licenciatura em matemática (MEC, jun/1999) refere-se aos saberes profissionais<br />
necessários à docência.<br />
Ainda, segundo Brito e Alves (2008), com a resolução CNE/CP1 <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />
2002, ficaram instituídas tais diretrizes que reafirmam a profissionalização da ativida<strong>de</strong> docente:<br />
“a licenciatura é uma licença, ou seja, trata-se <strong>de</strong> uma autorização, permissão ou concessão dada<br />
por uma autorida<strong>de</strong> pública competente para o exercício <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> profissional”. Tal<br />
profissionalização nestas diretrizes, se embasa nas idéias nucleares <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
competências e <strong>de</strong> reflexão <strong>sobre</strong> a prática pedagógica.<br />
Conforme Tardif et al ( s/d, p. 27), nas tendências atuais <strong>de</strong> <strong>formação</strong> docente não é<br />
possível conceber a <strong>formação</strong> geral e a científica <strong>de</strong>svinculadas da <strong>formação</strong> prática, o que<br />
implica que “os formadores universitários são leva<strong>dos</strong> a precisar as contribuições da sua própria<br />
disciplina em função da prática profissional <strong>dos</strong> docentes”<br />
A seguir iremos relacionar a <strong>formação</strong> <strong>de</strong> professor <strong>de</strong> matemática e a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
profissional.<br />
A relação entre a <strong>formação</strong> <strong>de</strong> professor <strong>de</strong> matemática e a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> profissional<br />
Paiva (2008) informa que em 2001, o conselho nacional <strong>de</strong> educação (CNE) apresentou<br />
diretrizes gerais para a <strong>formação</strong> <strong>de</strong> <strong>professores</strong>, as quais têm implicações diretas na<br />
reformulação <strong>dos</strong> cursos <strong>de</strong> licenciatura e, em particular, no <strong>de</strong> matemática.<br />
A socieda<strong>de</strong> brasileira <strong>de</strong> educação matemática (SBEM) promoveu em 2002 fóruns<br />
estaduais e nacionais para discutir as licenciaturas, elaborando, ao final, um documento síntese<br />
das discussões realizadas nesses fóruns e <strong>de</strong> artigos publica<strong>dos</strong> pela comunida<strong>de</strong> acadêmica da<br />
SBEM.<br />
Paiva (2008) comenta que a Lei <strong>de</strong> diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) <strong>de</strong><br />
1996 estabeleceu que o professor fosse um profissional da educação que <strong>de</strong>ve ter plano <strong>de</strong><br />
carreira, acesso à <strong>formação</strong> <strong>inicial</strong> e continuada, progressão funcional e condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong><br />
trabalho.<br />
Dos pressupostos do título VI <strong>dos</strong> profissionais da educação art.67 da LDB, fica claro o<br />
significado da noção <strong>de</strong> professor como um profissional da educação, sua valorização promovida<br />
pelos sistemas <strong>de</strong> ensino e modo como a <strong>formação</strong> <strong>inicial</strong> e continuada po<strong>de</strong> contribuir para que<br />
o professor se perceba como um profissional.<br />
Paiva (2008) sugere que comecemos com uma das gran<strong>de</strong>s questões do ensinoaprendizagem<br />
que é a “transposição didática” (CHEVALLARD et al, 2001), pois, ensinar uma<br />
disciplina, em nosso caso a matemática, requer <strong>de</strong> quem exerce essa função um domínio <strong>de</strong><br />
conhecimento diferente do exigido para ser matemático.<br />
XIII CIAEM-IACME, Recife, Brasil, 2011.<br />
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