Marketing Educacional
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líderes e agentes educativos. Se as boas práticas de gestão não se<br />
impuserem rapidamente no nosso País, mesmo as Universidades<br />
mais importantes terão dificuldades em sobreviver. Muitas<br />
instituições de ensino superior vão ter que reequacionar a sua<br />
missão e os seus objetivos nos próximos tempos. Convém não<br />
esquecer que, a partir da década de 80, houve uma séria redução<br />
no número de nascimentos, o que invalida parte da rede nacional<br />
de ensino superior, antevendo-‐se o encerramento de instituições e<br />
despedimentos em massa.<br />
Um dos pontos essenciais do planeamento de <strong>Marketing</strong> é a<br />
identificação, o conhecimento e a compreensão dos públicos.<br />
Numa visão kotleriana, o público é um grupo distinto de pessoas<br />
e/ou organizações com um móbil real ou potencial numa dada<br />
empresa, organização ou instituição. Nas instituições de ensino<br />
superior, existem públicos com interesses muito próprios<br />
presentes no ambiente interno, no ambiente de mercado, no<br />
ambiente competitivo e no macroambiente. Philip KOTLER<br />
identificou 16 públicos com estratégias de atuação distintas nas<br />
organizações educativas, nomeadamente os estudantes, os<br />
professores, os pais dos alunos, os ex-‐alunos, a comunidade<br />
empresarial, os órgãos governamentais, o conselho universitário,<br />
os concorrentes, os fornecedores, o público em geral, os<br />
estudantes potenciais, os órgãos fiscalizadores, os meios de<br />
comunicação, os funcionários, a comunidade local e as fundações<br />
(KOTLER & FOX, 1992: 43). Na verdade, a diversidade de públicos<br />
é uma variável de difícil gestão por causa dos efeitos colaterais de<br />
qualquer decisão governativa. A atuação da classe dirigente tem<br />
"eco" direto no ambiente universitário, porque se trata de um<br />
microcosmos que, apesar de tudo, é um cenário de constantes<br />
pressões e influências, onde todos os grupos nutrem expectativas<br />
mais ou menos explícitas, mais ou menos aceitáveis, sendo<br />
“obrigatório” que a organização proporcione satisfação e crie<br />
valor acrescentado a todos os stakeholders. A instituição de ensino<br />
superior deve conciliar e considerar os interesses de todos os seus<br />
públicos, embora seja uma tarefa árdua e complexa. Em suma, a<br />
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