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guia de Vigilância Epidemiológica - BVS Ministério da Saúde

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V IGILÂNCIA IGILÂNCIA E<br />

E<br />

EPIDEMIOLÓGICA<br />

PIDEMIOLÓGICA<br />

objetivo <strong>da</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica, que é o pronto <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong> ações<br />

preventivas.<br />

Deve-se alertar para o fato <strong>de</strong> que a proliferação <strong>de</strong> sistemas acarreta crescentes<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s logísticas aos serviços, impondo-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> certo grau <strong>de</strong><br />

racionalização ao processo. Esse aspecto é importante, na medi<strong>da</strong> em que se observa<br />

uma tendência natural, a prática <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver diferentes sistemas <strong>de</strong> vigilância<br />

epi<strong>de</strong>miológica, com distintos objetivos e aplicação <strong>de</strong> metodologias diferencia<strong>da</strong>s,<br />

buscando oferecer subsídios técnicos e operacionais para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong> ações,<br />

planejamento, implementação e avaliação <strong>de</strong> programa.<br />

3. DIAGNÓSTICO DE CASOS<br />

A confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> notificação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, em gran<strong>de</strong> parte, <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

dos serviços locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> - que são os responsáveis pelo atendimento dos casos<br />

- diagnosticarem, corretamente, as doenças e agravos. Para isso, os profissionais<br />

<strong>de</strong>verão estar tecnicamente capacitados e dispor <strong>de</strong> recursos complementares para<br />

a confirmação <strong>da</strong> suspeita clínica. Diagnóstico e tratamento, feitos correta e oportunamente,<br />

asseguram a credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos serviços junto à população, contribuindo<br />

para a eficiência do sistema <strong>de</strong> vigilância.<br />

4. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS EMERGENTES E<br />

REEMERGENTES<br />

Doenças emergentes são aquelas associa<strong>da</strong>s à <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> agentes até então<br />

<strong>de</strong>sconhecidos, ou as que se expan<strong>de</strong>m ou ameaçam expandir-se para áreas<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s in<strong>de</strong>nes. A aids e as hantaviroses são exemplos <strong>de</strong> doenças novas que<br />

emergiram. Já a doença <strong>de</strong> Chagas, que apresenta consi<strong>de</strong>rável redução <strong>de</strong> casos<br />

novos em amplas faixas do território brasileiro, on<strong>de</strong> era reconheci<strong>da</strong> há muitas<br />

déca<strong>da</strong>s, está emergindo na Amazônia, região que até poucos anos atrás era<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> livre <strong>de</strong>sta doença.<br />

São <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> reemergentes aquelas doenças bastante conheci<strong>da</strong>s, que<br />

estavam controla<strong>da</strong>s, ou elimina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> região, e que vieram a ser<br />

reintroduzi<strong>da</strong>s (cólera, <strong>de</strong>ngue).<br />

Esses fenômenos vêm sendo associados a fatores <strong>de</strong>mográficos, ecológicos,<br />

ambientais, resistência e seleção <strong>de</strong> agentes aos antimicrobianos, resistência dos<br />

vetores aos insetici<strong>da</strong>s, rapi<strong>de</strong>z e intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização <strong>da</strong>s populações no<br />

processo <strong>de</strong> globalização, <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais principalmente nos complexos<br />

urbanos que favorecem a disseminação <strong>de</strong> doenças, entre outros.<br />

O alerta para a importância, <strong>da</strong>s doenças emergentes e reemergentes, foi <strong>da</strong>do no<br />

início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, e fez ressurgir o <strong>de</strong>bate sobre a importância <strong>da</strong>s doenças<br />

infecciosas e parasitárias, tanto nos países <strong>de</strong>senvolvidos quanto nos em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, reabrindo a questão sobre a teoria <strong>da</strong> transição epi<strong>de</strong>miológica.<br />

De acordo com esta teoria, todos os países passariam por três estágios evolutivos,<br />

com relação ao perfil epi<strong>de</strong>miológico <strong>da</strong> população: primeiro, o <strong>da</strong>s doenças<br />

pestilenciais, segundo, o do <strong>de</strong>clínio <strong>da</strong>s pan<strong>de</strong>mias e, terceiro, o estágio <strong>da</strong>s doenças<br />

crônico <strong>de</strong>generativas cria<strong>da</strong>s pelo homem. O Brasil, neste período, estaria<br />

vivenciando uma transição dita polariza<strong>da</strong>, com a convivência <strong>de</strong> doenças infecciosas<br />

20 FUNASA

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