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www.arvoredoleite.org<br />

Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto<br />

Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG),<br />

antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a<br />

Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do<br />

ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu<br />

nome foi alterado para o atual.<br />

Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e<br />

conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta<br />

REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você.<br />

Diretrizes de uso<br />

A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar<br />

estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a<br />

oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais.<br />

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● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que<br />

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para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las.<br />

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graves.<br />

Sobre a Arvoredoleite.org<br />

A missão da Arvoredoleite.org é organizar as informações técnicas e torná-las acessíveis e úteis. Você pode pesquisar outros<br />

assuntos correlatos através da web em http://arvoredoleite.org.


QUEIJOS ... DE ROUPA NOVA ...<br />

Êste número se dedica a um assunto de atualidade marcante: o reves­<br />

timento da crosta dos queijos pelas emulsões polivinílicas.<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


PARA A SUA INDÚSTRIA DE 'LATICíNIOS<br />

DE S NA T A D E I R AS f Il T R O S E<br />

PADRONIZADORAS AlFA·lAVAl<br />

Novo modêlo "IIMenllo DOS me.mo!!<br />

prin


Página 4 JULHO-AGôSTO Ex-Felctiano<br />

jos, sem entrar em detalhes exaustivos, dispensamos<br />

os dados mais comuns e os mais<br />

remotos, bem como aquêles que se distanciam<br />

dos nossos objetivos diretos. Dêste modo,<br />

na revisão de literatura, damos preferência<br />

aos trabalhos que fazem compprações<br />

de materiais e métodos diferentes, àqueles<br />

que pesquisam os detalhes dos métodos<br />

em uso e às aquisições mais recentes, que<br />

se aplicam ao revestimento dos queijos duros<br />

e semi-duros. Assim procedendo nos<br />

aproximamos dos problemas mais atuais e<br />

de maior importância econômica para a<br />

nossa indústria de queijos.<br />

Incluindo algumas experiências publicadas<br />

anteriormente, Price (1945) descreve nos<br />

Estados Unidos, nada menos de 14 métodos<br />

de embalagem de queijos. Jones' (1946) faz<br />

embalagens com Pliofilm (celulose à prova<br />

de umidade),* sob pressão, acrescido de<br />

outro envoltório externo, de papel encerado.<br />

O interêsse sucitado por esta modificação<br />

da embalagem aparece na revista Modern<br />

Packging (1948) que descreve a em-'<br />

balagem do queijo Cheddar em celofane<br />

e outro revestimento flexível especial com<br />

o propósito de obter a cura sem môfo e<br />

sem formacão de crosta. Hansen, Elkins e<br />

Boyd {l949} fazem comparações entre as<br />

embalagens de Parakote (duas fôlhas de celofane<br />

ligadas por termoplástico revestidas<br />

internamente por cêra termoplástica),* Pliofilm<br />

e parafina sôbre queijos curados a<br />

40°F (4°C),* 50°F (10°C)* e 60°F (15QC).* OS<br />

queijos de fabricação comum, com leite<br />

pasteurizado, são revestidos e depois de 6<br />

meses apresentam as perdas de 0,48% a<br />

40°F, de 3,94% a 50°F e de 10,64% a 60°F.<br />

Não há diferença significante de sabor com<br />

6, 12 e 24 semanas, mos o corpo dos queijos<br />

parafinados é muito mais sêco que quando<br />

embalados em Parakote. Trautman, Hansen<br />

e Hartwell (1951) pesquisam o efeito<br />

comparativo dos revestimentos de parafina,<br />

Pliofilm e Parakote na formacão de aminoácidos<br />

em queijos Cheddar.' tstes autores<br />

concluem que os revestimentos não afetam<br />

os amino-ácidos presentes em qualquer estágio<br />

da maturação, mas parecem afetar a<br />

marcha na qual êles se libertam. Os amino-ácidos<br />

se apresentam em maior quantidade<br />

nos queijos embalados em Pliofilm e<br />

Parakote que nos queijos parafinados. Deane<br />

e Downs (1951) estudam os efeitos do<br />

propionato 'a 12% e o hipoclorito de sódio<br />

a 400 partes por milhão em queijos revestidos<br />

com Parakote, fôlhas de alumínio<br />

de 0,0015" sem revestimento e parafinagem.<br />

A ·aplicação dêstes fungistáticos se fêz de-<br />

* Notas - do autor<br />

pois da prensagem e antes, nos própriQs<br />

panos de queijos. O emprêgo dos fungistáticos<br />

tem os mesmos efeitos antes e depois<br />

da prensagem e o propionato detem o<br />

crescimento do môfo enquanto o hipoclorito<br />

apresenta traços de crescimento. O revestimento<br />

de Parakote apresenta menor perda<br />

que a parafinagem e uma cura pouco mais<br />

lenta. A revista Food Engineering (1960) destaca<br />

a preferência dos consumidores pelos<br />

queijos de revestimento atualizado. Perry e<br />

Lawrence (1960) verificam o efeito do áci-<br />

, do sórbico em concentrações de 0,5 a 0,7%<br />

em queijos Cottage a 35°F (2°C),* 45°F<br />

(7°C),* e 50°F (10QC)* e notam que os contaminantes<br />

crescem em tôdas as amostras<br />

mas são retardados naquelas conservadas<br />

em baixas temperaturas. Demonstram que a<br />

eficiência do ácido sórbico depende da concentração,<br />

da temperatura e da contaminacão<br />

inicial. Nas pesquisas sôbre queijo suíço<br />

sem casca, Deane (1961) admite que a<br />

cura em envoltório de filme produz pouco<br />

môfo e' a perda pela limpeza depois de.9<br />

meses e meio de armazenamento é pequena<br />

quando o queijo é pincelado com uma<br />

solucão de 15 a 20% de sorbato de potássio.<br />

'Nas solucões de 10% e em curas mais<br />

prolongadas 'a eficiência é menor. O emprêgo<br />

de um unto de ácido sórbico em propileno<br />

glicol e óleo mineral e o emprêgo<br />

do filme Saran com a pulverização com 2<br />

mg de ácido sórbico por 100 polegadas quadradas<br />

não foram satisfatórios. Cofey, Hayhurst<br />

e Kraft (1961) experimentam combater<br />

as dificuldades apresentadas pelos filmes<br />

impermeáveis à umidade e ao gás, proporcionando<br />

uma atmosfera de nitrogênio e<br />

anhidrido carbônico entre o queijo e o filme.<br />

Deane e Cohenour (1961) nos estudos<br />

de queijo suíço sem crosta, pesquisam as<br />

condições da acidez, o inoculum de Propionobacterium<br />

shermanii na formacão de<br />

olhos e fazem a cura do queijo e filme<br />

plástico sem fecho. Conseguem um sabor<br />

suave em 3 a 4 meses, mas o sabor mais<br />

característico de queijo suíço se obtém aos<br />

2 anos de cura.<br />

Seguindo a tradição sueca da parafinagem,<br />

Samelson, Nilsson, Sjestroem e Nilsson<br />

(1945) experimentam uma máquina de parafinagem,<br />

de contrôle automático, em que se<br />

pode variar o tempo de duração do processo<br />

e a temperatura do banho. Swartling<br />

(1957) embala queijos de vários tamanhos<br />

dos tipos Herrgaard e Sveci'a, em Cryovac<br />

e em parafina. Informa que a embalagem<br />

Cryovac pareceu satisfatória quanto à boa<br />

textura e à maturação mais rápida que os<br />

queijos revestidos de cêra-parafina, entretanto,<br />

os gases formados durante a curÇl<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGOSTO Página 5<br />

não podem escapar e a embalagem se estende.<br />

Considera esta embalagem mais adequada<br />

às porções de queijo curado distribuídas<br />

ao consumo. Lodin - (1957) faz a comparação<br />

de vários queijos suecos duros revestidos<br />

com Foodplast I (emulsão de acetato<br />

de polivinilá),* e queijos parafinados. Os<br />

queijos parafinados perdem 0,2 a 0,5% e<br />

os tratados com Foodplast I perdem 2,5 a<br />

4,9%. Noutra experiência a seguir, considerada<br />

a principal, 28 queijos Svecia foram<br />

divididos em 8 grupos. Sete foram revestidos<br />

com Foodplast I e depois de dois dias<br />

com Foodplast 1\ (emulsão de vinil-copolímero)*<br />

uma ou duas vêzes. O grupo testemunho<br />

foi parafinado. As perdas dos 8 grupos<br />

foram comparadas depois. de 7 meses<br />

de estoccigem. Somente no grupo em que se<br />

aplicou Foodplast I aos 2 dias e Foodplast<br />

II aos 16 dias, houve perda de pêso semelhante<br />

aos testemunhos parafinados 11 vêzes<br />

no período de 7 meses. Os queijos revestidos<br />

de Foodplast tenderam para perder<br />

pontos no julgamento, em consequência<br />

da formacão de môfo entre as camadas do<br />

Foodplast: Apesar dêstes resultados o autor<br />

destaca vantagens do tratamento com<br />

Foodplast no que se refere à economia de<br />

mão de obra. Malm (1957) faz experiências<br />

com "Vidro", um preparado largamente empregado<br />

no revestimento de queijos nos<br />

Países Baixos, baseado em acetato de polivinila,<br />

aplicado a pincel ou com pulverizador<br />

um ou dois dias após a salga. Os 94<br />

queijos de diferentes variedades suecas foram<br />

divididos em 5 grupos para aplicações<br />

aos 2, 6 e 14 dias, comparados com revestimento<br />

de parafina adicionada de fungistático.<br />

As perdas de pêso registrada2 entre 3<br />

e 5 meses foram de 13,2 a 13,5% nos queijos<br />

tratados com "Vidro" e 5,7 a 7,2% nos<br />

queijos parafinados. Em outro trabalho<br />

Malm (1957) experimenta um fungistático a<br />

ser empregado na parafina, denominado<br />

Bonomold OB. Lindblad (1958) faz uma revisão<br />

da literatura sôbre a embalagem de<br />

queijos com fôlhas plásticas, com referência<br />

especial sôbre a micologia externa do<br />

queijo. Bergloef (1959) estuda a umidade do<br />

ar na cura dos queijos suecos e conclue<br />

que a melhor umidade relativa para as câmaras<br />

na Suécia é de 60 a 70% quando se<br />

usa a salga em salmoura, mas que fazendo<br />

a salga na massa não deve exceder de<br />

60%. Trata também da época mais adequada<br />

à parafinagem. Storgaard e Aule (1959)<br />

nas pesquisas sôbre o tratamento da crosta<br />

dos queijos com emulsões plásticas, faz combate<br />

à excessiva perda de umidade aplicando<br />

a parafina sôbre o envoltório plástico.<br />

Observa que êste tratamento duplo é eco-<br />

digitalizado por<br />

nômico de vez que requer menor número de<br />

tratamentos durante a estocagem. Lodin e<br />

Brelin (1959) pesquisam 6 tipos de plásticos<br />

em várias modificações, aplicados sôbre a<br />

superfície de queijos suecos duros, concluindo<br />

que nenhum material é inteiramente<br />

satisfatório diante dos problemas de permeabilidade<br />

aos vapores d'água, da prevenção<br />

do crescimento de fungos e da dificuldade<br />

de aplicação dêstes plásticos à<br />

superfície dos queijos. Lindblad (1959) em<br />

estudos de queijos "Herrgaard" sem crosta,<br />

observa que o endurecimento superficial<br />

dos queijos na salmoura devê ser tratado<br />

deixando o queijo em água durante 3 horas,<br />

para amolecimento. Assim diminue as<br />

"bôlsas" formadas entre o plástico e o<br />

queijo. Observa ainda que o uso do sorbato<br />

de sódio até 2,5% não bastava para<br />

inhibir o môfo, embora já influisse no sabor<br />

do queijo. Lodin (1960) estuda um nôvo<br />

fungistático, Bonomold OP (preparado<br />

com propril-p-hidroxibensoato), empregado<br />

com a parafinagem e ao qual atribui bons<br />

resultados. Strand (1960) faz experiências<br />

com Foodplast li, Foodplost 9, 11 e Protectin<br />

P (alginato). O custo do Protectin P<br />

foi o menor e êste autor considera os produtos<br />

Foodplast relativamente caros.<br />

Numa época em que ainda não se cogitava<br />

da aplicação dos plásticos no revestimento<br />

da crosta dos queijos na Dinamarca,<br />

Pedersen, Birkkjaer e Jespersen (1951) discutem<br />

detalhadamente a fermentacão e cura<br />

de queijos "Samsoe" (tipo suíço).' Nas considerações<br />

sôbre o equilíbrio de acidez e<br />

distribuicão do cloreto de sódio à medida<br />

que a cura progride nestes queijos de maturação<br />

demorada, distinguem o mecanismo<br />

de contrôle dos gases que se escapam<br />

e que ficam nos queijos. A influência da<br />

crosta, os efeitos dos revestimentos e a<br />

época de serem empregados, também são<br />

discutidos. Em manual dedicado à indústria<br />

Birkkajaer (1954) descreve a tradição da<br />

cura e acabamento dos queijos na Dinamarca,<br />

explicando operações e condições.<br />

em uso durante a cura e o acabamento pela<br />

parafina, pelo uso de óleos e limpeza periódica<br />

com salmoura. A revista Maelkeritidende<br />

(1954) publica resultados do emprêgo<br />

de 8 óleos aplicados sôbre queijos curados<br />

em condições variáveis de temperatura<br />

e umidade. A formação de crosta, môfo<br />

superficial e a perda de pêso não se afetaram<br />

pelo tipo de óleo usado. O óleo de<br />

linhaca diferia dos minerais 'em sua secagem<br />

'mais rápida e o tom mais esbranquiçado<br />

conseqüente. Pedersen, Birkkjaer, Ais<br />

e Hermansen (.1957)<br />

dinamarqueses "Samsoe" (tipo suíço) e "Ma-<br />

arvoredoleite.org


. Página 6 JULHO-AGôSTO Ex-Felctíano<br />

ribo" (tipo gouda) em fôlhas herméticas. Segundo<br />

suas observações, concluiram que um<br />

filme ou fôlha capaz de dar escape aos gases,<br />

permitirá entrada de excessivo ar, estabelecendo<br />

condições para o desenvolvimento<br />

de môfo. Adaptaram então a fabricação<br />

para menor produção de gás, apressand?<br />

o trabalho no tanque de coagulação e dIminuindo<br />

a temperatura do cômodo de<br />

cura. 'Para alcançarem os quesitos propostos<br />

fizeram outras considerações sôbre as<br />

condicões higiênicas do leite, sôbre o acompanhC;;mento<br />

do processo de' fabricação, possível<br />

influência da poeira sôbre os queijos<br />

antes da embalagem e microbiologia gerai<br />

do ar nos cômodos de fabricação e embalagem.<br />

O relatório não apresenta resultados<br />

completos sôbre estas experiências,<br />

entretanto, trata também do equipamento,<br />

caixas para a conservação dos queijos durante<br />

a cura e armazenamento, bem como<br />

das condicões dos plásticos usados na embalagem.<br />

'Pedersen (1958) numa experiência<br />

sôbre a fabricação dos queijos "Samsoe"<br />

(tipo suíço), "Maribo" (tipo gouda),<br />

"Danbo" (tipo estepe) e Emmental dinamarquês,<br />

observou que os queijos dinamarqueses<br />

produzem mais C02 que o Chester americano<br />

e determinou a permeabilidade para<br />

água, para C02, e para 02 das fôlhas<br />

empregadas para envoltório nestes queijos.<br />

Birkkjaer (1958) empregou emulsões espêssas<br />

de plásticos, adicionadas de fungistáticos,<br />

sôbre o queijo dinamarquês, "Danbo"<br />

(tipo estepe), aplicadas de duas vêzes, nos<br />

29 e 79 dias, exceto nos testemunhos. Posteriormente,<br />

ao serem recebidos na central,<br />

os queijos recebiam nôvo revestimento de<br />

parafina ou plástico (metade dÇ)s queijos<br />

era parafinada e metade revestida de plástico)<br />

antes de dar .entrada na câmara de<br />

100C onde permaneciam 5 semanas. Com 13<br />

semanas foram examinados. Houve menor<br />

perda nos queijos parafinados, contudo, a<br />

cêra-parafina foi menos permeável à água<br />

que ao ar e se formaram bôlhas entre o revestimento<br />

e a superfície do queijo. Considera<br />

que êste fato indica a possível necessidade<br />

de selecionar o plástico segundo o<br />

queijo em que venha a ser utilizado, pois,<br />

êste mesmo plástico já havia sido verificado<br />

bom para o revestimento do queijo<br />

"Samsoe" (tipo suíço). Observa ainda que<br />

os queijos que receberam apenas o tratamento<br />

tradicional de cêra-parafina ao terminar<br />

o período de cura, se apresentaram<br />

de qualidade inferior, apesar de apresentarem<br />

consistência, sabor e odor muito parecidos.<br />

Birkkjaer e Jensen (1960) descreveram<br />

23 variedades diferentes de filmes empregados<br />

na embalagem de queijos, citando da-<br />

dos sôbre a sua compOSlçao, propriedades<br />

mecânicas, resistência à gordura, permeabilidade<br />

à umidade e aos gases, viabilidade<br />

de uso manual, fechamento aquecido,<br />

temperatura ótima de fechamento, resistência<br />

aos môfos, efeitos sôbre a superfície<br />

dos queijos e custo. Ma9sen (1958) pesquisou<br />

a durabilidade de queijos dinamarqueses<br />

duros revestidos com parafina e por<br />

meio de emulsões plásticas. Experimentou<br />

. tratamento precoce com emulsões plásticas,<br />

uma espessa e outra rala, 2 e 10 dias após<br />

a salga e novamente com 35 semanas de<br />

cura e armazenamento. A aplicação do plástico<br />

cedo, afetou um pouco a qualidade dos<br />

queijos. Experimentou 4 tipos de parafina<br />

e 2 emulsões em queijos de 35 semanas.<br />

Todos os queijos foram armazenados de '10<br />

a 12°C com umidade relativa de 85 a 90%.<br />

Depois de 8 dias e durante 2 semanas, um<br />

queijo de cada série foi colocado de 18 a<br />

200C com umidade relativa de 80%, para<br />

depois retornar ao armazenamento frio. O<br />

julgamento se fêz com 46 a 50 semanas de<br />

idade. Os queijos revestidos com parafina<br />

apresentaram qualidade significativamente<br />

inferior, com a crosta tendendo para ser<br />

solta e friável e a formacão de olhos foi<br />

afetada adversamente. Os' queijos tratados<br />

com plástico apresentaram qualidade uniformemente<br />

boa, o sabor e o odor eram bons,<br />

mas, em alguns casos a crosta era relativamente<br />

grossa. O revestimento plástico teve<br />

de ser refeito durante o armazenamento.<br />

O armazenamento de 18 a 20°C por duas<br />

semanas aumentava a quebra e afetava a<br />

superfície dos queijos qesfavoràvelmente,<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGôSTO Página 7<br />

Moi e Tendeloo (1952) pesquisam na Holanda<br />

o dreno do queijo influindo sôbre a<br />

crosta empregando panos de algodão, nylon<br />

e tela de platina. Os queijos prensados<br />

em panos de algodão ou em nylon apresentaram<br />

20% d'água na crosta enquanto aquêles<br />

prensados com tela de platina tinham<br />

70% d'água. Blaauw (1958) empregou luz<br />

ultra violeta sôbre os queijos e obteve melhor<br />

formação de crosta, além de diminuir<br />

a mão de obra na cura. Entretanto, menciona<br />

a desvantagem do ranço na crosta dos<br />

queijos assim tratados. Riemersa (1959) analisa<br />

substâncias plásticas para o revestimento<br />

de queijos, contendo acetato de polivinila<br />

e pequena quantidade -de álcool polivinílico,<br />

em solução de triacetina, acetato<br />

de triacetil ou algum ester de ácido cítrico<br />

como plastificador e ácido benzóico<br />

ou ácido sórbico como pres'ervativos permitidos.<br />

Considera a adição de corantes a<br />

êstes plásticos e indica os métodos para<br />

pesquisar estas substâncias nos plásticos.<br />

rar os queijos, resumindo o cuidado no simples<br />

contrôle de temepratura da câmara de<br />

cura. O mesmo autor (1960) estuda filmes<br />

plásticos empregados na fabricação de'<br />

queijos sem crosta e ainda (1961) apresenta<br />

uma fôrma e prensa para o fechamento a'utomático<br />

dêstes filmes. O filme empregado,<br />

"Pakkafilm", de celulose com cêra, apresentou-se<br />

mofado no armazenamento em umidàde<br />

relativa de 75%. Posteriormente se introduziram<br />

melhorias que resolveram o crescimento<br />

de môfo. O autor faz destaque à<br />

necessidade do uso de fôrmas para sustentar<br />

os blocos de massa durante a cura.<br />

enqu.<br />

riências sôbre o comportamento dos revestimentos<br />

de parafina e plásticos em queijos<br />

dinamarqueses exportados para a Alemanha<br />

foram realizadas por Madsen (1960).<br />

Os queijos "Danbo" (tipo estepe), "Havarti"<br />

(tipo tilsit) e "Esrom" (tipo Port Salut) de<br />

6 fábricas diferentes tiveram diferentes tratamentos<br />

com parafina e plástico e foram<br />

exportados com o propósito de observar os<br />

efeitos sôbre o seu valor comercial. Após 5<br />

semanas foram tomados de volta para julgamento.<br />

Considerou-se importante para o<br />

julgamento do valor comercial o aspecto<br />

geral e a olhadura dos queijos. As diferenças<br />

no sabor, odor e consistência foram pequenas<br />

ou sem efeito. A conservação foi<br />

considerada boa para exportação, apesar<br />

de se observar que o tratamento inadequa-,<br />

do reduz consideràvelmente o valor comerciaI.<br />

A depreciação geral foi menor nos<br />

produtos parafinados e revestidos de plásticos<br />

que nos queijos tratados como tradicionalmente<br />

(limpeza diária em salmoura).<br />

Hostettler (1942) observa na Suíca a importância<br />

do teor d'água, principalmente<br />

água livre nos alimentos, dando atenção à<br />

durabilidade dos queijos. Flückiger (1959)<br />

faz uma revisão crítica do uso de plásticos<br />

na indústria de lacticínios. Além das propriedades<br />

do polietileno empregado para<br />

baldes e latões, considera ainda o revestimento<br />

de queijo Emmental por meio de acetato<br />

de polivinila. Burkhalter, Flückiger e<br />

Schilt (1960) comparam o tratamento comum<br />

com o revestimento de Foodplast. Observam<br />

vários problemas de bôlhas, separação<br />

do revestimento e môfo. Contudo põem<br />

em destaque a economia de trabalho que<br />

se obtem com êstes revestimentos,<br />

WE:;!armouth e Jackson (1958) estudam vários<br />

detalhes da embalagem de porções de<br />

queijos Cheddar e Cheshire, na Inglaterra,<br />

conservadas em várias temperaturas. Wearmouth<br />

(1959) estuda a evolução observada<br />

no pré-empacotamento em pequenas porções<br />

empregando vários filmes plásticos,<br />

anotando a técnica da embalagem e os resultados<br />

otidos. Dentre as precauções lembra<br />

a observância das qualidades dos queijos<br />

desde a sua fabricação, para evitar a<br />

sua deterioração pela formação de gases,<br />

citando casos similares na fabricacão de<br />

queijos sem casca. Con.clue<br />

a qualidade dos filmes deve ser prevista<br />

conforme o t@mpo de conservação desejado,<br />

impermeabilidade à umidade e aos gases<br />

e temperatura de armazenamento. Formula<br />

ainda considerações sôbre a grande<br />

economia, similar a dos queijos sem casca,<br />

na mão de obra, por não ser necessário vi-<br />

Hood e Gibson (1950) citam condições<br />

sanitárias muito recomendáveis em fábricas<br />

de queijo do Canadá, onde se empregou<br />

a temperatura de 58°F (14,5°C) e umidade<br />

relativa de 77 a 78%. Estas condições permitiram<br />

excluir o crescimento do môfo. Apresentam<br />

vários métodos para o contrôle do<br />

môfo na prática. Sargent e Irvine (1960) verificam<br />

as propriedades organolépticas,<br />

contagem microbiana e de levedos em queijo<br />

Cottage em 5 embalagens diferentes, expostos<br />

à luz fluorescente nas condições dos<br />

supermercados. Obtiveram bons resultados<br />

com um dos plásticos empregados, sendo<br />

que as melhores embalagens para êste tipo<br />

de queijo fresco, foram as de cartão com<br />

tampa de metal.<br />

Schwarz e Mumm (1940) estudam na Alemanha,<br />

vários materiais para a embalagem<br />

do queijo Tilsif e Speisequark em diferentes<br />

condições de umidade e temperatura. Empregam<br />

variedades de pergaminho, pergaminho<br />

tratado e celulose. Os mesmos autores<br />

(1942) apresentam novas observações, anto obtio<br />

interior p<br />

das pela continuação das pesquisàs. Outras<br />

pesquisas (1944) incluem dados sôbre<br />

celofane e Igelit, um substitutivo de pergaminho,<br />

com relevos. Schwarz, Mumm, Rauch,<br />

Koehler e Ketterl (1944) fazem comparações<br />

de materiais destinados à embalagem de<br />

queijo Cammembert em condições diferentes<br />

de temperatura e umidade. Schulz e<br />

Siegfried (1952) descrevem as propriedades<br />

do polietileno, cloreto de polivinila e poliisoleutileno<br />

em relacão ao seu uso na indústria<br />

de lacticínios, specialmente na embalagem<br />

de queijos. Schulz, Sydow, Siegfried,<br />

Kock e Ponse (1953) fazem revisão de li-,<br />

teratura sôbre a maturação de queijos naturais<br />

embalados e discutem detalhes das<br />

diferentes embalagens para descreverem um<br />

método estudado para a cura do Edam em<br />

fôlhas de plásticos. Dentre os detalhes de<br />

embalagem mencionam as temperaturas e<br />

umidades nas condicões de trabalho. Schulz<br />

(1958) em um discuso no Centro de Inves-<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


Página 8 JULHO-AGOSTO Ex-Felctiano<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGOSTO Página 9<br />

tigacões de Kiel para um curso especial e Dutch revestidos por filmes de polietileno<br />

sem formacão de crosta ou sabor de crosta; forma a evitar a penetração do ar. A U. S.<br />

sôbre a fabricação de queijos, fala sôbre e de cloreto de polivinila. Os resultados<br />

eram consfderàvelmente menos susceptíveis eat. 2.864,704 de Feutz e Erekson (1958)<br />

as bases da maturação de queijos n? sua obtidos nas temperaturas ,de 3 a 5°C e de<br />

ao môfo mesmo em condições que induzem trata de processos de prensagem, divisão da<br />

própria embalagem. Além das consldera­ 10 a 20°C mostram que os queijos se con­<br />

ao seu crescimento; eram resistentes a po­ massa e embalagem de queijos do tipo suí­<br />

ões dispensadas admite a futura câmara servam bem em filmes compostos desde que<br />

nilha; tinham a textura ligeiramente mais co. A U. S. Pato 2.904.441, de Grindrod<br />

de cura, onde só se controlará a temperatu­ bem vasios e bem fechados. A luz fluores­<br />

fraca e o sabor se desenvolvia de modo (1959) trata do acondicionamento estéril de •<br />

ra e o contrôle da umidade será dispensacente até 72 horas influe somente sôbre o<br />

similar ao dos queijos revestidos de cêra­ queijo sob alto vácuo. A U. S. Pato 2,903,367<br />

do. O tratamento dos queijos se resumirá queijo Dutch.<br />

parafina. Podiam permanecer vários meses de Grindrod (1959) trata da esterilização<br />

ao simples transporte em grandes pilhas por Rossel e Matallana (1959) apresentam<br />

sem virar, com o único prejuízo de discre­ da superfície dos alimentos a serem embala­<br />

meios transportadores. Wildbrett e Kiemeier conclusões sôbre experiências obtidas na<br />

to espalhamento. Em altas temperaturas dos por envoltórios plásticos. A U. S. Pato<br />

(1958) examinam o uso de plásticos sôbre maturação de queijos espanhois embala­<br />

apresentavam à superfície um pouco de gor­ 2,961,322, de Winterberg (1960) trata do re­<br />

os alimentos tendo em vista as grandes vandos por várias técnicas usando plásticos em<br />

dura. Algumas embalagens se distendiam vestimento de produtos alimentares, como o<br />

tagens admitidas no que se refere à dimi­<br />

filme, hermeticamente fechados e submer­<br />

pela produção de gás no queijo. Recomen­ queijo, de forma a permitir a sua "respiranuicão<br />

da mão de obra e à proteção consos em água adicionada de germicidas coda<br />

usar método que restrinja a produção de ção'" por meio de envoltório plástico à batra<br />

' danos. Conclue que há dificuldades em mo a formol, .a água oxigenada ou o cloro,<br />

gás nos queijos, para que não exceda ao se de acetato de polivinila.<br />

conseguir em um mesmo produto a estabi­<br />

observando os cuidados necessários para<br />

que se pode difundir através do filme.<br />

lidade da suspensão a aplicar, a proprie­<br />

êxito com estas técnicas. Menciona as vandade<br />

da rápida solidificação, a formação<br />

Shering (1956) experimentou curar 'quei­<br />

MATERI<br />

tagens, admitindo um futuro promissor pa­<br />

de uma cobertura firme e elástica sem<br />

jos na Rússia, em vasos fechados, de vira<br />

os plásticos. Destaca que o queijo Man­<br />

grande permeabilidade aos vapôres d'água<br />

dro, em pesquisas de 150 dias, dosando<br />

1. Observações preliminares<br />

chego, fabricado com leité de ovelha já<br />

e gases, além da resistência aos fungos que<br />

teor d'água, acidês, decomposição protéi­<br />

é tradicionalmente curado submerso em<br />

seria mais um ponto a alcançar. Pishel<br />

ca, microflora e prooriedades organolépti­ As observações preliminares dêste traba­<br />

óleo de olivas há vários séculos.<br />

(1959) faz modificações na fabricação dos<br />

caso Não obteve bons resultados.<br />

lho, sôbre o revestimento de queijos por<br />

emulsões plásticas, foram feitas com o pro­<br />

queijos e consegue uma parafinagem cedo Peltola e Antila (1959) observam na Fin­<br />

Ozawa e Kembo (1958) no Japão, curaduto designado pelo número 125, compos­<br />

sem afetar aparência, sabor, corpo e olhalândia, queijos Edam curados em vaselina<br />

ram queijos Cheddar de 2 a 5 libras embato de acetato de polivinila, álcool polividura<br />

dos queijos, além de obter uma per­ líquida com a crosta tão fina' que poderia<br />

lados em "Ryphan", filme de material sinnílico e triacetina, em proporções não esda<br />

de pêso pràticamente nula. O mesmo ser considerada ausente e uma perda de<br />

tético. Não houve môfo à temperatura de pecificadas pelo fabricante. A falta de da­<br />

autor (1961) embala queijos Edam em fil­ pêso de apenas 0,5%, comparada com 4,7%<br />

15 a 18°C em alta umidade. O ácido dehidos registrados sôbre o comportamento das<br />

mes plásticos sob vácuo, armazenando-os para a cura em prateleiras. Revestindo os<br />

droacético foi o fungistático adicionado. emulsões plásticas como revestimento da<br />

até completarem a cura e também em con­ queijos com um filme plástico antes da imer­<br />

Kembo, Morichi; Ozawa Fukuyama (1958) crosta de queijos nacionais, foi motivo para<br />

dicões comerciais durante aproximadamensão a perda de pêso se reduzia·a 0,16% e<br />

estudaram queijos embalados em "Ryphan", que as observações preliminares se fizessem<br />

te ' 2 anos. Observou que a umidade deve o queijo se tornava mais fácil de lavar.<br />

curados de 15 a 20°C e observaram que com os queijos de maior produção nacional<br />

ser ajustada antes da embalagem. Faz com­ Estes queijos submersos em óleo não pre­<br />

quando os queijos tinham mais de 38 a e aparentemente os mais indicados para<br />

parações entre a parafinagem e o revesticisam ser virados, mas ainda não se conse­<br />

39% de umidade, frequentemente despren­ esta prática ou sejam o queijo "Minas" e<br />

mento por plásticos sob vácuo e observa guiu substituir o óleo por salmoura. Na rediam<br />

líquido de odor ácido, ao mesmo o "Prato". Assim, iniciou-se com: a) 6 quei­<br />

as perdas durante o armazenamento. vista Mejeri-Tidskrift for Findlands Svens­<br />

tempo que o queijo tinha aspecto grumoso. jos "Minas" (2 se apresentavam de tipo ácikoygd<br />

(1960) se publicam observações fei­<br />

O defeito foi parcialmente evitado com a<br />

Porks (1957) na Checoslováquia, faz a<br />

do, 1 moderadamente estufado e 3 de matas<br />

sôbre o emprêgo de emulsão de aceta­<br />

adicão de cloreto de sódio e ácido sór-<br />

cura de queijos sob um manto de môfo esturação<br />

bem equilibrada) todos de origem<br />

to de polivinila nos queijos Edam e Embicó.<br />

.<br />

pesso, sem afetar a crosta e sem observar<br />

desconhecida, adquiridos no mercado lomental,<br />

empregando respectivamente 500 a<br />

interferência na cura, inoculando o P. 230 g por 100 kg de queijo. Observou-se<br />

Além da literatura recente que se enconcai,<br />

de pêso inferior a 1<br />

viri­<br />

ki b) 6 queijos<br />

dicatum. Olsansky (1959) em relatório pre­ que êste tratamento previne contra a penetra<br />

sôbre o acabamento dos queijos, obser­<br />

"Prato", variedade lanche, atendendo às<br />

liminar apresenta investigações sôbre o emtração do môfo nos queijos e que o môfo<br />

vam-se algumas novas patentes, que confir­ especificações oficiais para a variedade lanprêgo<br />

de parafinagem, óleos vegetais, óle,os superficial é de fácil remoção. A perda de<br />

mam a atualidade do problema. A patente<br />

che de 1 kg, todos de um mesmo fabrican­<br />

minerais, vaselina, emulsões plásticas e pêso é estimada em 1 % menor, comparada<br />

britânica 576,896, de Wingfoot Corporation<br />

te, sem preocupação sôbre a partida de que<br />

cura sob um manto de môfo, dos mesmos com os queijos sem tratamento e ainda<br />

(l947), trata da embalagem de queijos re­<br />

se originaram.<br />

queijos "Dutcli". Conclue que os tratamen­ 0,5% menor com uma segunda aplicação.<br />

vestidos em filme de hidrocloreto. de bor­ Estes queijos foram recebidos no labotos,<br />

de modo geral, influem pouco sôbre A qualidade dos queijos tratados é consiracha.<br />

A patente britânica 591,226, de Triggs ratório sem embalagem, lavados em água<br />

o sabor, ('dor e acidez dos queijos, ou sua derada satisfatória.<br />

e Wingfoot Corporation (1949) trata da em­ de cal, enxaguados, deixados para escor­<br />

microflora ou composição. A aparência,<br />

balagem de queijos em caixas, sob presrer e secar. Depois desta limpeza receberam<br />

contudo, por vêzes se modificava decidida­<br />

Conochie e Wiley (1946) estudam na Aussão.<br />

A U. S. Pato 2,606,120 de Cherepow e o revestimento plástico, aplicado por pincemente.<br />

Os tratamentos que deram melhores<br />

trália a maturação do queijo Cheddar em<br />

Forcey (1953) trata da embalagem de queilagem da emulsão escolhida. A aplicação<br />

qualidades aos queijos foram de vaselina,<br />

Pliofilm, obsel vam menor perda de água<br />

jos em um filme plástico, composto. A pa­ se procedia de duas vêzes. Primeiro se apli­<br />

óleos vegetais, óleos minerais e emulsões<br />

que nos testemunhos revestidos com parafitente<br />

francesa 1.128.708, de S. A. des Cacava de um lado e em seu contôrno, segui­<br />

plásticas. Siman (1959) faz experiências prena<br />

e a cura se processa em cêrca de 2/3<br />

ves et des Producteurs Réunis de Roquefort do de um período aproximado de 30 miliminares<br />

de embalagem de queijo ralado<br />

do tempo. O môfo não pôde ser evitado<br />

(1958) trata de um envoltório para queijos, nutos para a secagem e finalmente fazia-se<br />

em latas e sacos de polietileno sob condi­<br />

completamente e dependia de um perfeito<br />

de fôlha de alumínio revestido com verniz a última aplicação, do outro lado.<br />

ções especificadas de umidade e tempera-<br />

contacto do filme com a superfície do quei- '<br />

de celulose na face externa e parafina ou<br />

tura, com bons resultados. . jo. Morris (1957) compara queijos embalados<br />

Trabalhando com queijos desconhecidos,<br />

outro material na face interna. A patente cada queijo foi julgado e descrito em seus<br />

pelo sistema Cryovac e revestidos de cêra­<br />

francesa 1.128.163 de S. A. des Cáves et des detalhes. A partir da aplicação do revesti­<br />

Futschik (1961) estuda na Áustria, a duraparafina. Os queijos embalados em Cryo­<br />

Producteurs Réunis de Roquefort (1958) trata mento plástico, os queijos foram pesados<br />

bilidade dos queijos Emmental, Austrian Bar vac apresentavam menor perda de umidade<br />

de método de aplicGlção de embalagem de várias vêzes em balanças OHAUS, sensí-<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


Página 10 JULHO-AGôSTO Ex-Felctiano<br />

vel, a 1 g, até completarem 10 dias de observações<br />

sôbre a perda de pêso. A temperatura<br />

e a umidade ambiente não sofreram<br />

modificações experimentais, reproduzindo<br />

assim as condicões naturais nos mercados<br />

populares dêstes produtos. Todo o<br />

período transcorreu sêco, com· umidade re<br />

lativa de 50 a 60% e a temperatura variando<br />

de 20 a 23°C, medidos dentro do cômodo<br />

em que ficaram os queijos.<br />

Decorridos os 10 dias de aplicacão do<br />

revestimento, os queijos foram deixados sem<br />

virar pelo espaço de 6 dias. Depois dêste<br />

período foi fotografada a face inferior dos<br />

queijos, isto é, a face que havia ficado<br />

em contacto com a táboa impermeabilizada<br />

e· limpa da prateleira<br />

e . stas pesqu . izas preliminares visamos: 1)<br />

Verificar os efeitos do revestimento por meio<br />

de emulsões plásticas sôbre a aparência e<br />

apresentação dos queijos nacionais mais<br />

fabricados; 2) Tomar conhecimento dos detalhes<br />

de aplicação destas emulsões plásticas<br />

sôbre os queijos mais importantes da<br />

nossa indústria, principalmente naquilo que<br />

se refere às facilidades do seu emprêgo em<br />

nossas c . ondições de pr,?dução; 3) Adquirir<br />

dados ainda que preliminares sôbre a permeabilidade<br />

ou impermeabilidade dêste tipo<br />

. ?e plástico quando aplicados sôbre<br />

quel l os.<br />

2. Comparação de emulsões diferentes.<br />

. C?btidas as observações preliminares, decl<br />

diferentes . emulsõe? de plástico, em que se<br />

adicionou fungistático (9.761 R. P.) em concentrações<br />

diferentes. Em uma das variações<br />

suprimiu-se o triacetina. Estas emulsões<br />

foram designadas pelos números 125,<br />

125-M1 e 125-M2. O fungistático da emul:<br />

são P1 é ácido sórbico.<br />

Os queijos utilizados para esta nova sé­<br />

rie de pesquisas foram adquiridos no mercado<br />

lo . cal, sem preocupações sôbre origem<br />

ou fbrlcação, procurando tão somente uni­<br />

formizar os grupos pela aparência dos quei­<br />

lOS que os compunham. Foram útilizados 10<br />

quei(os o<br />

, . tipo "Minas . Frescal", 10 queijos<br />

"<br />

do tipo Minas de meia cura e 1 O queijos<br />

JlPrato", variedade lanche de 1 kg.<br />

Todos os queijos foram adquiridos sem<br />

embalagem e receberam um tratamento de<br />

limpeza semelhante ao tratamento mencionado<br />

para aquêles que serviram nas observações<br />

preliminares, isto é, foram lavados<br />

em água de cal, enxaguados, escorridos<br />

e sec,?. Cada . emulsão foi aplicada sôbre·<br />

3 quellos, segUindo a mesma prática des-<br />

cri . ta para o revestimento dos queijos das<br />

primeiras observações. Como anteriormente<br />

não se modificaram as condições de tempe <br />

rotura e umidade do ambiente, para melhor<br />

representar as condicões encontradas<br />

nos m . ercados populares. A' partir do dia do<br />

revtlmento com as emulsões plásticas os<br />

quellos foram pesados diàriamente para a<br />

c?nstatação da per . da de pêso em meio amblent,<br />

como anteriormente, durante as primeiras<br />

observações.<br />

No decorrer dos trabalhos os queijos foram<br />

fotografados: 1) ao serem recebidos,<br />

sem embalagem; 2) depois de lavados em<br />

água . de cal, eS , corridos e secos; 3) com o<br />

revestimento plastlco correspondente, completo<br />

e sêco; 4) P?tidos a meio para julgamento.<br />

Para facilitar um lulgamento mais<br />

acurado os queijos foram partidos ao meio<br />

e depois do julgamento foram reconstituídos<br />

com a mesma emulsão usada para o<br />

seu revestimento. (Figuras de 5 a 12).<br />

3. Verificação da perda de pêso em queijos<br />

revestidos por meio de emulsões plásticas<br />

Terminada a segunda série de observações,<br />

os resultados obtidos nos induziram a<br />

Jazer novas verificacões sob delineamento<br />

experimental com an'álises estatísticas, para<br />

melhor constatacão das diferencas entre os<br />

revestimentos propostos. Nesta; condicões<br />

os queijos foram fabricados com a mlho ;<br />

uniformidade possível, especialmente para<br />

êste propósito e depois de tratados foram<br />

mantidos sob condições prédeterminadas e<br />

controladas de umidade e temperatura. Simultaneamente<br />

fizeram-se observacões sôbre<br />

o desenvolvimento de mofos com o objetivo<br />

de obter dados sôbre o ' contrôle de<br />

mofos no ex!erior dos queijos através o<br />

uso de revestimentos plásticos adequados.<br />

Seguindo o de . ' . ineamento experimental, tomaram-se<br />

6 quellos para cada tratamento e<br />

foram observados 6 tratamentos diferentes.<br />

4 tratamntos foram com emulsões plásticas,<br />

1 fOI tratado com óleo de linhaca à<br />

semelhança da prática usada na indústri e<br />

6 queijos foram mantidos sem tratamento algum,<br />

como testemunhos. Todos foram queijos<br />

"Min?s", de fabricação recente, de aspecto<br />

uniforme, com a costumeira variacão<br />

de pêso de uma fôrma para outra, sem defeitos<br />

de fabricação, recebidos logo após<br />

a salga em salmoura por 2 dias. Paralelamente<br />

6 grupos de 2 queijos receberam os '<br />

mesmos tratamentos de crosta,. isto é, foram<br />

tratados com as 4 emulsões, com óleo de linhaça<br />

e 2 ficaram como testemunhos. tstes<br />

últimos 6 grupos foram tratados em condi-<br />

Ex-Felctiano JUL HO-AGOSTO Página 11<br />

ções de maior umidade para verificações sôbre<br />

o crescimento de mofos.<br />

O preparo prévio dos queijos antes de<br />

receber o revestimento foi o mesmo, isto é,<br />

todos foram lavados em água de cal, enxaguados,<br />

escorridos e secos. Convém destacar<br />

que os queijos foram tomados imediatamente<br />

depois da salga para obter o revestimento<br />

o mais cedo possível. Os grupos de<br />

ÇJueijos foram formados por sorteio ao acaso.<br />

A emulsão como nas observacões anteriores,<br />

se aplicava com pincel, mantendo<br />

bem independentes os grupos de cada tratamento.<br />

Terminado o revestimento, os queijos<br />

foram dispostos sôbre prateleiras e não<br />

foram virados durante o período de observações.<br />

Fazia-se pesagem diária com aproximação<br />

de 1 g durante 30 dias. Durante<br />

êste período o umidade foi mantida a 75%<br />

por meio de um chuveiro simples e um ventilador<br />

que fazia circular o ar. A umidade<br />

relativa e a temperatura foram registradas<br />

por um higrotermógrafo de Friez, modêlo<br />

594, aferido por um higrômetro de Bendiz­<br />

Friez .<br />

Em todos os queijos revestidos pelas emulsões<br />

plásticas empregadas para as pesquisas<br />

dêste trabalho, houve indiscutível melhoria<br />

da apresentação do produto. As figuras<br />

7 e 11, que ilustram os nossos resul-<br />

todos, não podem expressar tôda a diferehça<br />

entre o tratamento da crosta por meio<br />

de plásticos e os outros tratamentos, pois,<br />

nelas falta o avivamento das côres que resulta<br />

desta prática ·e que só poderia ser<br />

reproduzido em fotografia colorida. * A<br />

transparência, o brilho discreto e a tonalidade<br />

amarela adquirida, dão destaque aos<br />

detalhes naturais atraentes da crosta do<br />

queijo, sem ocultar ou ofus·car<br />

tantes para o seu julgamento .<br />

A experiência adquirida durante os trabalhos<br />

realizados para estas pesquisas nos<br />

permite aceitar que os mesmos efeitos serão<br />

conseguidos em qualquer queiio que<br />

possua crosta e que permita a fácil secagem<br />

das emulsões depois de aplicadas.<br />

2. Sôbre a aplicação das emulsões de<br />

plásticos para o revestimento da crosta de<br />

queijos<br />

Durante as pesquisas, houve interêsse pelo<br />

método empregado na aplicação das<br />

emulsões. Para tôdas as nossas observacões<br />

O crescimento de môfo se registrou pela<br />

época de seu aparecimento e pela intensidade<br />

observada sôbre as superfícies expostas<br />

em todos os queijos. A medida que<br />

se tornava possível distinguir diferenças<br />

entre o môfo, à parte, em lâmina de Sabouroud<br />

se fazia o seu cultivo para identifica­<br />

a aplicação das emulsões foi manual,' por<br />

meio de pincelagem. Aliás esta parece a<br />

maneira indicada para o uso dêste material,<br />

pelo menos enquanto o traoalho não chegue<br />

a reclamar produção muito grande. De<br />

modo geral, a aplicação por pincelagem<br />

foi sempre muito simples e muito fácil, deção.mandando<br />

um mínimo de habilidade que<br />

Os queijos em grupos de 2 foram coloca-.<br />

ràpidamente se adquire, durante as primei­<br />

dlu-se fazer nova série de pesquisas com<br />

dos em aparelho de clima artificial Arminras<br />

aplicações.<br />

co-Aire, previamente regulado e verificado As emulsões que apresentaram secagem<br />

para 18°C e 95% de umidade relativa a par­ mais rápida foram: 205 e Pl. As emulsões<br />

tir do 109 dia das' observacões. O alto teor 125 e 125-1 também secam fàcilmente, mas<br />

de umidade se destinava fazer desenvol­ com um pouco mais de tempo. Não nos paver<br />

o môfo decorrente da exposição ao amreceu fácil estabelecer um critério prático<br />

biente durante os dias anteriores. Também para comparar a secagem, pois, o tempo<br />

êstes queijos foram pesados diàriamente, sêco, a boa claridade solar e o arejamento<br />

apesar do pequeno número em cada grupo. do cômodo, todos são fatôres que acele­<br />

A medida que o trabalho progredia foram grandemente esta operação. A emulram<br />

tomadas várias fotografias para ilussão 125-2 apresentou sempre uma secatrar<br />

os resultados obtidos e para compagem mais lenta, continuando pegajosa durar<br />

o aspecto dos queijos nas diferentes rante todo o primeiro dia de sua aplicação.<br />

condições a que se submeteram.<br />

Esta emulsão deixa as dificuldades de exigir<br />

que se mantenham bem separados os<br />

queijos e de não se poder fazer a sua vi­<br />

RES ULTADOS<br />

ragem antes de completamente secos. Os<br />

queijos quando empilhados antes de com­<br />

1. In<br />

pleta secagem, aderem uns aos outros de<br />

apresentação dos queijos<br />

forma a constituir problema, pois 'são difíceis<br />

de separar novamente. O recurso de<br />

se aplicar rótulos para vencer a secagem<br />

lenta não foi experimentado no decorrer<br />

das nossas pesquisas.<br />

digitalizado por<br />

* Ver fotografias coloridas dêste trabalho.<br />

arvoredoleite.org


Página 12 JULHO-AGOSTO . Ex"':'Felctiano<br />

,Os queijos frescos, enquanto permanecem<br />

úmidos, não podem ser tratados com<br />

as emulsões de plásticos devido a dificuldade<br />

da secagem. Observou-se que a limpeza<br />

em água de cal contribue para os bons<br />

resultados na aplicação das emulsões pondo<br />

em destaque as côres naturais da crosta.<br />

Depois da la;vagem em água de cal o<br />

queijo seca com mais facilidade, abreviando<br />

a rápida secagem da emulsão depois<br />

de aplicada. A limpeza perfeita se mostrou<br />

muito importante em se tratando de um revestimento<br />

transparente, além de contribuir<br />

Médias<br />

-<br />

QU ADRO I<br />

para melhores condições sanitárias do produto<br />

(figs. 5 a 10).<br />

Não encontramos nenhuma dificuldade<br />

em obter a íntima aderência do revestimento<br />

à crosta dos queijos.<br />

3. A perda de pêso nos queijos revestidos<br />

por plásticos em emulsão<br />

O total da perda de pêso de cada queijo<br />

e de. cada tratamento, durante 30 dias se<br />

encontra no quadro I e a análise de variância<br />

correspondente no quadro 11.<br />

Perdas de pêso, em gramas, do 29 ao 329 dias após a<br />

salga de queijo "Minas". (U.<br />

Test óleo PI 125-1 125-2<br />

194 214 224 216 200<br />

215 214 229 188 183<br />

216 195 210 173 185<br />

228 209 223 178 204<br />

175 226 230 213 208<br />

175 217 188 201 180<br />

QU ADRO 11<br />

Análise de variância das perdas de pêso do 2lJ ao 329<br />

dias após a salga de queijo "Minas". (U.<br />

Fontes de variação G. L. S. Q. Q. M.<br />

Entre tratamentos 5 4.105 812,0<br />

Dentro dos tratamentos 30 7.51 2 250A<br />

Total 35 11.617<br />

205<br />

167<br />

181<br />

187<br />

202<br />

189<br />

197<br />

F.<br />

3,28 *<br />

FIG. 1 - Queijos MINAS transportados em condições irregulares, ASSIS TAVARES<br />

e MADSEN, 1961.<br />

FIG. 2 - Quijos MINAS manuseados inadequadamente, ASSIS TAVARES<br />

e MADSEN, 1961 .<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


FIG. 3 - Queiios MINAS frescais, expostos à venda em condições irregulares.<br />

ASSIS TAVARES e MADSEN, 1961 .<br />

FIG. 4 - Queijos MINAS, de meia cura, expostos a venda em 'condições irregulares.<br />

ASSIS TAVARES e MADSEN, 1961 .<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGôSTO Página 13<br />

Como o teste de F foi estatisticamente<br />

significativo ao nível de 5%, usou-se o teste<br />

de Tukey para fazer as comparações entre<br />

duas médias quaisquer. A diferença neste<br />

caso é estatisticamente significativa quando<br />

é igual ou superior do que 27,3. Portanto,<br />

houve diferença estatisticamente sig-<br />

Médias<br />

QU ADRO 111<br />

nificativa entre o tratamento P1 e 205.<br />

Desdobrando as observações em 2 períodos<br />

de 15 dias, temos os dados 'de análise<br />

estatística referentes às perdas do 29 ao<br />

179 dias no quadro III e análise de variância<br />

correspondente no quadro IV.<br />

Perdas de pêso, em gramas, do 29 ao 179 dias após a salga<br />

I<br />

de queijo IIMinas". (U.<br />

Test Oleo PI 125-1<br />

146 160 150 142 141<br />

159 161 150 124' 129<br />

160 143 137 111 130<br />

168 153 149 121 141<br />

134 167 157 135 141<br />

129 160 137 134 124<br />

149,3 157,3 145,0 127,8 134,3<br />

QU ADRO IV<br />

Análise de varianda das perdas de pêso do 29 ao 179 dias<br />

após a salga de queijo " fv 'inas".<br />

Fontes de variação G. L. S. Q.<br />

Total 35 7.043<br />

Neste caso o teste de T ukey mostra as<br />

diferenças ·estatlsticamente significativas entre<br />

os tratamentos: Oleo e 125-1 ; Testemunhos<br />

e 125-1 ; Oleo e 125-2; Oleo e 205.<br />

digitalizado por<br />

205<br />

124<br />

128<br />

134<br />

146<br />

137<br />

143<br />

135,3<br />

6.28 *<br />

As perdas do 179 ao 329 dias após a sal­<br />

ga se encontram no' quadro V e a respec­<br />

tiva' análise de variância no quadro VI.<br />

arvoredoleite.org


__ M<br />

é<br />

__ _<br />

QUADRO V<br />

Perdas de pêso, em gramas, do 17Q ao 32Q dias após a salga<br />

Test<br />

47<br />

56<br />

56<br />

60<br />

41<br />

46<br />

5<br />

____<br />

_<br />

<br />

do queijo IIMinas" (U. R. 750f0)<br />

óleo<br />

54<br />

53<br />

52<br />

56<br />

59<br />

57<br />

___<br />

PI<br />

74<br />

79<br />

73<br />

74<br />

73<br />

61<br />

QUADRO VI<br />

125-1<br />

74<br />

64<br />

02<br />

57<br />

78<br />

67<br />

__ ____<br />

67, __ _<br />

125-2<br />

Anális'e de variância das perdas de pêso do 17Q ao 32Q dias<br />

Fontes de variação G. L.<br />

Entre tratamento 5<br />

Dentro dos tratamentos 30<br />

Total 35<br />

após a salga de queijo IIMinas". (U. R. 750f0)<br />

Do 179 ao 329 dias após a salga são estatisticamente<br />

significativas as diferenças<br />

iguais ou superiores a 10,3, aplicando o<br />

teste de Tukey. Houve portanto diferenças<br />

estatisticamente significativas entre os tratamentos:<br />

P1 e Testemunhos; 125-1 e Testemunhos;<br />

P1 e 205; 125-1 e 205; P1 e óleo;<br />

125-1 e óleo; P1 e 125-2.<br />

Os queijos mantidos em umidade relativa<br />

mais alta, de 95 por cento em aparelho<br />

Arminco-Aire, passavam a aumentar de<br />

pêso desde o dia em que se submeteram à<br />

umidade alta até o término das observa-<br />

.<br />

59<br />

54<br />

55<br />

63<br />

67<br />

56<br />

I<br />

Ex-Felctiano<br />

I --<br />

_<br />

S. Q. Q. M. F.<br />

205<br />

43<br />

53<br />

55<br />

56<br />

52<br />

54<br />

5<br />

,8<br />

_-<br />

2.226 445,2 13,55 *<br />

1.023 34,1<br />

2.249<br />

---<br />

ções. O pequeno número de itens (2) não<br />

permite comparações com as perdas a 75<br />

por cento de umidade relativa. Entretanto,<br />

êste ganho de· pêso, embora de poucas<br />

gramas por queijo e por dia foi persistente<br />

em todos os tratamentos e nos testemunhos.<br />

4. Sôbre as propriedades protetoras do<br />

revestimento plástico<br />

A figura 11 mostro queijos " Minas" e "Prato"<br />

submetido a um período em que não fo-<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGôSTO Página 15<br />

ram virados, para constatar a possibilidade<br />

de eliminar êste trabalho.<br />

As figuras de 12, 13 e 14 representam o<br />

estado dos queijos submetidos a verificação<br />

da perda de pêso aos 15 dias de observações.<br />

As figuras 15, 16 e 17 mostram as diferenças<br />

entre os testemunhos, o tratamento<br />

com óleo de linhaca e cada uma das emulsões<br />

observadas, ob umidade relativa de<br />

75 por cento e 95 por cento, referindo-se<br />

ao crescimento de môfo.<br />

A figura 18 mostra o aspecto dos · queijos<br />

testemunhos e tratados com óleo de linhaça<br />

atacados de ponilha.<br />

di<br />

_<br />

1,<br />

_<br />

DISCUSSÃO<br />

1. Valor da produção de queijos no Brasil<br />

A produção nacional de queijos alcançou<br />

em 1959 a importância apreciável de Cr$<br />

2.520.522.000,00. A produção por região fisiográfica<br />

se encontra no quadro VII, onde<br />

se observa que Minas Gerais é o maior<br />

produtor de queijos da nação, e que pela<br />

quantidade produzida chegou a 91,8% da<br />

produção nacional em 1957, a 91,1 % em<br />

1958 e 87,7% em 1959.<br />

QUADDRO VII<br />

Produção de queijos em estabelecimentos inspecionados pelo Govêrno Federal,<br />

de 1957 a 1959.<br />

Discriminação segundo as Regiões Fisiográficas e as Unidades da Federação.<br />

Regiões Fisiográficas I Quantidode (t) Valas Cr$ 1.000,00)<br />

e Unidades da Fe- -----,--------- 1 -----,.-- ------;------<br />

deração I 1957 I 1958 I 1959 1957 I 1958 I<br />

----+----!.. ---._-<br />

Nordeste .....<br />

Pernambuco<br />

Leste ...... .<br />

Minas Gerais<br />

Espírito Santo .<br />

Rio de Janeiro . .<br />

Sul ......... .<br />

São Paulo . . . . .<br />

Paraná<br />

Santa Catarina<br />

Centro-Oeste .<br />

Goiás .<br />

BRASIL . . .<br />

32.079<br />

31 .406<br />

185<br />

488<br />

2.089<br />

1.598<br />

500<br />

17<br />

17<br />

34.194<br />

38.043<br />

37.152<br />

195<br />

696<br />

2.609<br />

2.035<br />

574<br />

115<br />

115<br />

40.767<br />

I<br />

236<br />

236<br />

34.534<br />

33.847<br />

138<br />

549<br />

3.71 8<br />

2.834<br />

315<br />

569<br />

113<br />

113<br />

38.601<br />

1.242.583<br />

1.217.849<br />

6.616<br />

18.1 18<br />

90.079<br />

68.427<br />

21.652<br />

773<br />

773<br />

1.333.435<br />

55<br />

_<br />

1.853.756<br />

1.81 1 .935<br />

9.167<br />

32.654<br />

134.71 8<br />

104.656<br />

30.062<br />

6.221<br />

6.221<br />

1.994.695<br />

1959<br />

17.194<br />

17.194<br />

2.224.167<br />

3.1 82.7 48<br />

9.193<br />

32.226<br />

269.264<br />

206.1 15<br />

22.069<br />

41 .030<br />

9.897<br />

9.897<br />

2.520.522<br />

Fonte: Serviço de Estatística da Produção - Ministério da Agricultura - Junho de 1960<br />

No quadro VIII se encontram os diferentes<br />

tipos de queijos produzidos. Dêstes, 6<br />

têm produção superior a 1.000 toneladas por<br />

ano: o "Minas", o "Prato", o "Parmezão",<br />

digitalizado por<br />

o "Reino", o "Provolone" e o "Mussarela",<br />

que destacamos no quadro IX, com a respectiva<br />

percentagem sôbre a produção nacional.<br />

arvoredoleite.org


QUADRO VIII<br />

Ex-Felctiano<br />

Resumo nacional da produção de queijos em estabelecimentos inspecionados pelo Go­<br />

Especificação<br />

vêrno Federal, de 1957 a 1959, segundo a consistência e tipo.<br />

Quantidade (t) I Valor (Cr$ 1.000)<br />

1957 I 1958 I 1959 1957 I 1958 I 1959<br />

I<br />

MOLES<br />

Camelr1bert . . . . . . 29 28 27 1.804 1.795 1.926<br />

Fundido . . . . . . . . 557 611 491 32.847 42.304 44.179<br />

Gorgonzola . . . . . . 4 1 - 240 54 -<br />

Itálico . . . . . . . . 75 97 92 4.808 7.131 7.447<br />

Limburgo . . . . . . 6 8 6 335 594 483<br />

Minas (1 ) . . . . . . . 12.827 14.147 13.799 384.796 565.901 689.933<br />

Roquefort . . . . . . . 88 93 90 6.168 7.423 8.136<br />

Stracchino . . . . . . . 4 2 315 212 -<br />

SEMI-DUROS<br />

Estepe . . . .. . . . . 672 965 798 33.766 57.882 63.812<br />

Gouda . . . . . . . . . 21 2 3 1.037 93 221<br />

-<br />

Mussarela . . . 973 1.534 1.836 34.068 61 .344 91.817<br />

. . . . .<br />

Neufchatel . . . . . - - O - - 36 .<br />

Port salut . . . . . . . 3 22 16 211 1.521 1.252<br />

Prato . . . . . . . . . . 10.477 12.71 2 13.937 419.076 635. 016 975.573<br />

Reino . . . . . . . . . . 2.227 2.654 1.943 111.355 172.498 155.425<br />

Suíço . . . . . . . . . . 84 45 23 5.068 3.147 1.963<br />

Tilsit . . . . . . . . . . 6 15 22 373 1.048 1.906<br />

DUROS<br />

Caccio cavallo . . . . 21 35 53 951 1.579 2.653<br />

Cheddar . . . . . . . . - - 1 - - 63<br />

Parmezão . . . . . . . 5.035 6.729 4.408 241 .668 370.078 396.730<br />

Pecorino . . . . . . . . - - 26 - - 2.224<br />

Provolone . .. . . . . 1.024 1.021 937 52.398 m.385 69.147<br />

Não especificados 61 46 93 2.151 2.090 5. 596<br />

TOTAL . . . . . 34.194 40.767 38.601 1.333.435 1.994.695 2.520.522<br />

(1) Inclui também, semi-duros e duros.<br />

Fonte: Serviço de Estatística da Produção - Ministério da Agricultura - Junho de 1960<br />

Excetuando a parte do queijo " Minas" que<br />

se vende em estado frescal e a Mussurela,<br />

os demais queijos do quadro IX podem ser<br />

revestidos pelas emulsões de substâncias es-<br />

tudadas neste trabalho. A questão envolvet<br />

poist a grande maioria da produção nacional.<br />

... -< .... ---... ,,,-:_-,,, , ___ o...- -. __ .. ,, .•<br />

FIG. 5 - Queijos MINAS, sem embalagem ao serem recebidos.<br />

FIG. 6 - Lavados em água de cal.<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


FIG. 7 - Revestidos com emulsão plástica.<br />

FIG. 8 - Queijos PRATO sem embalagem, ao serem recebidos.<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGôSTO Página 17<br />

Minas .<br />

Prato .<br />

Parmezão<br />

QUADRO IX<br />

Os queijos mais produzidos no Brasil de 1957 a 1959, e sua porcentagem<br />

na produçã o nacional<br />

Tipos<br />

Reino . . . .<br />

Provolone<br />

Mussarela<br />

Total nacional . . . I<br />

1957<br />

Toneladas I<br />

12.827<br />

10.477<br />

5.035<br />

2.227<br />

1.024<br />

973<br />

34.194<br />

%<br />

37,5<br />

30,6<br />

14,7<br />

6,5<br />

2.9<br />

2,8<br />

. . .<br />

100<br />

2. Das condições de embalagem e do<br />

revestimento da crosta dos queijos nacionais<br />

Enquanto muitos dos queijos nacionais se<br />

apresentam em boa embalagem, principalmente<br />

aquêles que provém da indústria mais<br />

organizada, uma grande parte recebe um<br />

acondicionamento inadequado havendo mesmo<br />

produtos que se apresentam sem envoltório<br />

de qualquer espécie ou tratamento<br />

da crosta, como prescreve o nosso regulamento<br />

de I.S.P.O.A.<br />

Nas figuras 1 e 2 vemos condições irregulares<br />

e inadequadas, fáceis de encontrar<br />

nos mercados e intermediários que comerciam<br />

o queijo "Minas".<br />

As figuras 3 e 4 nos mostram condições<br />

também muito encontradas nos marcados<br />

que expõem o queijo " Minas" à venda sem<br />

qualquer tratamento ou embalagem, às vêzes<br />

mesmo à margem das vias públicas.<br />

Estas condições podem parecer desprêzo<br />

às disposições regulamentares, mas atestam,<br />

por um outro lado, a dificuldade em se conseguir<br />

recursos realmente viáveis para as<br />

condições de origem, de transporte e de comércio<br />

dos queijos fabricados no meio rural.<br />

digitalizado por<br />

I<br />

I<br />

1958<br />

Toneladas I<br />

14.147<br />

12.71 2<br />

6.729<br />

2.654<br />

1.021<br />

1.534<br />

40.767<br />

%<br />

34,7<br />

31,1<br />

16,5<br />

6,5<br />

2,5<br />

3,7<br />

. . .<br />

100<br />

1959<br />

-<br />

Toneladas I %<br />

13.799 35,7<br />

13.937 36,1<br />

4.408 11,4<br />

1.943 5,3<br />

937 2,4<br />

1.836 4,7<br />

. . .<br />

38.601 100<br />

3. A crosta do queijo e a sua<br />

impermeabilização<br />

Normalmente a crosta dos queijos se forma<br />

durante a própria fabricação, em consequência<br />

da prensagem, da qual resulta<br />

a ligação das partículas superficiais da<br />

massa. O uso do pano que envolve o queijo<br />

dentro da fôrma facilita a melhor drenagem<br />

do sôro que deve ser afastado, mas<br />

pelas suas malhas contribui também na formação<br />

da crosta. Um pano grosso, marcando<br />

mais a superfície, é um dos fatôres que<br />

concorrem para formar a crosta mais espêssa.<br />

A própria saída do sôro arrasta partículas<br />

de massa que aos poucos vai diminuindo<br />

as aberturas da superfície dos queijos,<br />

Contudo, mesmo quando se verifica a soldadura<br />

perfeita da massa da superfície e<br />

o fechamento mais ou menos completo das<br />

aberturas da crosta, ainda resta uma permeabilidade<br />

natural da massa para os vapores<br />

d'água e gases. Esta permeabilidade<br />

lembra os componentes do leite que se encontravam<br />

em estado coloidal antes da coagulação<br />

e as suas propriedades físico-químicas<br />

permanecerão em maior ou menor<br />

intensidade. Em cada queijo o conjunto de<br />

modificações é típico para êste queijo e<br />

dará o equilíbrio final, com as proprieda-<br />

arvoredoleite.org


Página 18 JULHO-AGÔSTO Ex-Felctiano<br />

des do produto acabado. Esta permeabilidade<br />

da crosta é muito importante em alguns<br />

queijos, porque na cura de muitos queijos<br />

a perda de certa porção da umidade durante<br />

a cura é necessária, ou o queijo terá<br />

de ser fabricado segundo outra técnica, prevendo<br />

as condicões existentes durante a<br />

cura ou durante ' o armazenamento. Além<br />

dêstes detal hes, convém ainda lembrar que à<br />

medida que o queijo perde umidade a sua<br />

crosta se torna mais firme e por vêzes mais<br />

espessa. O escape regular de gases também<br />

é muito importante para a formação conveniente<br />

dos olhos. O fechamento total da<br />

crosta, sem que o queijo seja para isso<br />

fabricado, pode ser causa de "estufamento".<br />

Destas generalidades fácil se torna perceber<br />

que a crosta mais ou menos evidente<br />

de cada queijo tem as suas particularidades<br />

e que em cada queijo tem importância<br />

diferente. Além destas condições que<br />

influem nos fenômenos de formacão de crosta<br />

outros também influem, como' a ação enzimálica<br />

contraindo a massa, a acidez contribuindo<br />

nos fenômenos químicos da constituicão<br />

da massa mais ou menos elástica<br />

ou friável, o calor e a pressão durante a<br />

prensagem e finalmente as condições de<br />

umidade relativa da câmara de cura e a<br />

sua temperatura.<br />

Atualmente há um grande número de fábricas,<br />

principalmente estrangeiras, interessadas<br />

em produzir queijos sem crosta. Não<br />

se trata apenas de fabrica r queijos que se<br />

colocam fundidos em uma fôrma revestida<br />

internamente com o envoltório que vai servir<br />

para acondicionar o queijo. A modificação<br />

se processa no sentido de fabricar os<br />

queijos de crosta por processos que dispensam<br />

a crosta sem efeitos inconvenientes para<br />

o tipo de queijo, mesmo nos queijos mais<br />

antigos e que sempre foram fabricados com<br />

crosta. Entretanto a viabilidade desta modificação<br />

depende de encontrar um revestimento<br />

com as propriedades necessárias e<br />

da adaptação dos queijos à crosta artificial.<br />

Hoje podemos admitir que muito em<br />

breve usaremos revestimentos muito mais<br />

vanta josos para a exploração industrial que<br />

a crosta formada natura lmente.<br />

Todos sabemos que existem inúmeras maneiras<br />

de revestir queijos durante a cura ou<br />

embalagem definitiva para a venda. O mais<br />

simples revestimento é a untura com substâncias<br />

de composição variada, óleos minerais,<br />

óleo de linhaça, combinações de cêras<br />

e parafinas aplicadas a quente. Os queijos<br />

também podem ser submersos em óleo de<br />

parafina ou óleo c:Je olivas durante a cura<br />

para evitar os efeitos de exposição ao am-<br />

biente. Entretanto, os revestimentos mais<br />

completos são à base de substâncias sintéticas<br />

aplicadas em emulsão ou fôlhas. Também<br />

se usam fôlhas compostas de várias camadas<br />

de substâncias que completam umas<br />

as outras ou mesmo de metais como o estanho<br />

e o alumínio, simples ou revestidos.<br />

Existem os recursos de colocar o queijo em<br />

vaso de vidro, de louça ou recipientes metálicos<br />

de várias naturezas. Cada material<br />

tem as suas apl icações, as suas limitações<br />

e a sua técnica de emprêgo com particularidades<br />

próprias.<br />

Esta variedade de materiais e de técnicas<br />

atestam a importância e a complexidade do<br />

revestimento de um queijo. Enquanto os envoltórios<br />

mais modernos podem nos auxiliar<br />

na conquista de fabricações inteiramente<br />

mecanizadas, em condições muito mais higiênicas<br />

e muito mais seguras durante a<br />

fabricação do queijo e a sua cura, todos<br />

desejam se aproveita r destas vantagens<br />

para a economia e a segurança das qualidades<br />

sanitárias do queijo pronto.<br />

Nas nossas observações preliminares o<br />

revestimento da crosta foi feito com a emulsão<br />

designada sob o número 125, na qual<br />

não. constava nenhum aditivo fungistático.<br />

Muitas das observações então obtidas foram<br />

superadas pelas observações posteriores.<br />

Entretanto, uma propriedade geral destas<br />

emulsões transparece principalmente na<br />

figura 11. t a evidente permeabilidade aos<br />

vapores d'água que se encontra nos revestimenlos<br />

obtidos através emulsões desta natureza.<br />

Esta permeabilidade é de grande<br />

va ntagem para os queijos de fa bricação comum<br />

ou mesmo em condições mais simples,<br />

porque evita os eventuais defeitos graves<br />

que podem ocorrer como consequência do<br />

fechamento da crosta aos vapores d'água<br />

e gases. O discreto escape de vapores d'água<br />

e de gases dissolvidos ou não, é necessário<br />

na maioria dos queijos nacionais. Esta<br />

pequena umidade, presa debaixo dos<br />

queijos, estabelece condições para o crescimento<br />

do môfo entre o queijo e a prateleira.<br />

A limpesa periódica dos queijos pode<br />

evitar que o môfo constitua problema, pois,<br />

enquanto recenle, êle se remove com facilidade.<br />

Nas demais emulsões empregadas,<br />

125-1 , 125-2 e 205, podemos observar vantajosa<br />

diminuição da permeabilidade aos<br />

vapores d'água.<br />

Neste trabalho observamos quatro emulsões<br />

de substâncias plásticas, tôdas comerciais,<br />

especificamente indicadas para o revestimento<br />

de queijos. Em continuação às<br />

propried ades verificadas até aqui, convém<br />

fazer menção ao comportamento destas<br />

FIG. 9 - Lavados em água de cal.<br />

FIG. 10 - Revestidos com emulsão plástica.<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


FIG. 12 - Queijos MINAS tratados com emulsão plástica p1 comparados com os<br />

testemunhos e os tratados com óleo de linhaça.<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


o queijo "Minas" comumente se encontra exposto à venda<br />

sem envoltório . ..<br />

. . . mas, revestido por emulsão plástica, tem perfeita segurança<br />

sanitária.<br />

o queijo "Parmesão" tratado por emulsão plástica encontra<br />

magnífica solução para a sua embalagem .<br />

digitalizado por<br />

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FIG. 13 - Queijos MINAS tratados com emulsão plástica 124-M1 comparados<br />

com os testemunhos e os tratados com óleo de linhaça.<br />

FIG. 14 - Queijos MII'-JAS tratados com a emulsão plástica 124-M2 co"mparados<br />

com os testemunhos e os tratados com óleo de linhaça.<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org


• •<br />

VET ERINÁRIA' . UNIVERSIDADE DE MINAS GERA\S:,<br />

FIG. 15 - Diferenças entre os queijos MINAS l"ratados com a emulsão plástica P1<br />

aos 30 dias.<br />

VET ERINÁRIA' . UNIVERSIDADE DE MINAS GERA\S '<br />

FIG. 16 - Diferenças entre os queijos MINAS tratados com a emulsão 124-M1<br />

aos 30 dias.<br />

.\<br />

Ex-Felctiano JUlHO-AGôSTO Página 19<br />

emulsões no revestimento de queijos nacionais,<br />

especialmente quanto ao queijo "Minas".<br />

Observando os queijos depois de 15 dias<br />

no cômodo com umidade relativa de 75%,<br />

notou-se evidente crescimento de môfo nos<br />

queijos testemunhos e um aspecto ligeiramente<br />

melhor nos queijos tratados com óleo<br />

de linhaça, diferindo mormenJ-e pela maior<br />

quantidade de limo amarelado que os envolvia<br />

e que era rico em leveduras. O tratamento<br />

com a emulsão P1 se mostrou com<br />

evidente crescimento de môfo, sem limo e<br />

mais discreto que nos testemunhos. As emulsões<br />

125-1 , 125-2 e 205 apresentavam môfo<br />

tão discreto que em raros pontos pôde<br />

ser visto. tstes resultados podem ser vistos<br />

nas figuras 12, 13 e 14, onde cada um<br />

dos trata mentos é comparado com os testemunhos<br />

e os queijos trata dos com óleo de<br />

linhaca. Quanto ao isolamento e identificaçã<br />

das espécies de fungos conta minantes<br />

encontrados durante estas pesquisas, observamos<br />

que aos 15 dias em umidade relativa<br />

de 75% foram tomadas 7 colônias sôbre<br />

queijos testemunhos, tôdas tidas inicialmente<br />

como diferentes, 5 sôbre os queijos tratados<br />

com óleo de linhaça e 5 sôbre os queijos<br />

tratados com P1 . Os raros fungos tomados<br />

sôbre os queijos tratados com as emulsões<br />

125-1 , 125-2 e 205, observados em escasso<br />

crescimento visível, foram identificados<br />

como PeniciIH lIiTI. Nôvo material foi tomado<br />

aos 20 dias, sem lograr novas espécies<br />

nas culiuras de idenlificClcão e sem modificações<br />

de impcrtância no' aspecto gera l<br />

dos queijos. Os fungos isolados pertencem<br />

aos chamados contaminantes simples, Penicillium,<br />

Aspergillus, Hormodcndrun1, Mucoi' e<br />

Goetrichum. Nesta época, de 15 dias, os<br />

queijos expostos à umidade relativa de 95%,<br />

tinham neste nôvc ambiente somente 4 dias<br />

completos. Apenas iniciaram o aspecto diferente<br />

dos demais de cada grupo. Aos 20<br />

dias em umidade relativa el e 95% havia<br />

maior diferença entr:3 ôsies e os queijos dos<br />

grupos correspondentes em 75%, porém somente<br />

na intensidade do crescimento de<br />

fungos, muito maior poro aqu&les mantidos<br />

em maior umidade relativa.<br />

Ao completarem 30 dias de observações,<br />

os queijos tratados com emulsões plásticas,<br />

mantidos a 75% de umidade relativa, não<br />

mostraram diferenças de importância em<br />

seu aspecto externo, rc(erindo-se às observações<br />

de 15 dias, como têrmo de comparação.<br />

Bem dibrentes se apresenta ram os<br />

queijos submetidos à umidade relativa de<br />

95%. Nestas cond ições de alta umidade, somente<br />

a emulsão 125-2 conseguiu realmente<br />

manter propriedade fungistática por perío-<br />

digitalizado por<br />

do tão longo em grande umidade. As emulsões<br />

125-1 e 205 apresentavam alguma resistência<br />

fungistática, enquanto a emulsão<br />

P1 apresentava crescimento de fungos muito<br />

semelhante ao dos testemunhos nas mesmas<br />

condições de umidade e temperatura.<br />

As figuras 15, 16 e 17 mostram as diferenças<br />

de aspecto observadas. Nesta época,<br />

aos 30 dias, o isolamento e as identificações<br />

se prejudicaram por uma infestação de<br />

ponilha, partida dos queijos testemunhos e<br />

que se tornou conhecida nas placas de cultivo<br />

para identificação dos fungos. Enquanto<br />

os primeiros isolamentos permitiram o<br />

preparo de lâminas para arquivo, nesta segunda<br />

parte as observações só foram possíveis<br />

durante os primeiros dias de cultivo.<br />

Além das espécies encontradas anteriormente,<br />

ainda foram encontradas Cephalosporium<br />

e ScapulariosDs. Resultados mais detalhados<br />

foram grandemente prejudicados<br />

pela infestação de ponilha.<br />

As espessas camadas de môfo desenvolvidas<br />

sôbre os queijos em câmara a 95% de<br />

umidade, depois de constituídas, podem deixar<br />

manchas sôbre os queijos, inclusive através<br />

da camada plástica umidecida, que é<br />

perfeitamente removível quando tratada em<br />

tempo. Não se observou em nenhum caso,<br />

o crescimento de môfo entre a crosta dos<br />

queijos e o envoltório plástico, a exemplo<br />

do defeito que comumente ocorre nos envoltórios<br />

de folhas plásticas aplicadas sôbre<br />

os queijos. Êste fato confirma a boa<br />

aderência dos plásticos aplicados em emulsões,<br />

o que ta mbém se observa pelo exame<br />

direto.<br />

A fiÇJura 22 apresenta o aspecto dos queijos<br />

infestados de ponilha, testemunhos e<br />

lratados com óleo de linhaça. A ponilha<br />

infestante foi identificada como Ty,'oglyphu5<br />

longioi', e não 10ÇJI'O'j se multiplicar sôbre<br />

qualquer dos queijos trata dos com as emulsões<br />

des subsiôncias plásticas empregadas<br />

n8ste trabalho. Êste faia nos parece de grande<br />

valia para a nosso indústria de queijos.<br />

As prateleiras, sôbre as quais ficar am os<br />

queijos trata dos, também não apresenlaram<br />

infestação de ponilha, indicando a pobreza<br />

de elementos nulritivos na umidade<br />

transpirado pela crosa dos queijos tratados.<br />

O aumento ele pêso que se verificou nos<br />

queijos dispostos em câmara de 95% de<br />

umidade relativa e as suas consequências<br />

sôbre o crescimento elos fungo:;, mostra as<br />

grandes dificuldades que os métodos atuais<br />

oferecem ao industrial. Evitando a perda<br />

de pêso por meio de uma câmara úmida,<br />

há sempre o problema dos fungos, por vê-<br />

arvoredoleite.org


Página 20 JUlHO-AGôSTO Ex-Felctiano<br />

zes tão grave que os fungistáticos permitidos<br />

não conseguem contrôle completo. Baixando<br />

a umidade torna-se necessário adaptar<br />

a fabricação e empregar envoltórios<br />

adequados. Conseguindo o envoltório correto<br />

o contrôle da umidade da câmara é<br />

dispensável, a câmara será limpa e a mão<br />

de obra será muito pequena.<br />

CONCLUSÕES<br />

As observacões feitas durante êste trabalho<br />

permitem ' concluir que:<br />

1. As emulsões de substâncias plásticas<br />

experimentadas formam um revestimento<br />

que melhora consideràvelmente o<br />

aspecto da crosta dos queijos.<br />

2. A aplicação destas emulsões sôbre os<br />

queijos é simples requerendo um mínimo<br />

de habilidade, fácil de adquirir em<br />

poucas aplicações e que dispensa maquinária<br />

ou aparelhamento em indústria<br />

de tamanho médio.<br />

3. Nas cond ições destas pesquisas e de<br />

modo geral, o revestimento obtido é<br />

permeável aos vapores d'água. Houve<br />

diferenças estati sticamente significativas<br />

entre os diferentes emulsões quanto à<br />

perda de pêso por evaporação.<br />

4. As emulsões '1 25-1 , 125-2 e 205 se mostraram<br />

eficientes para manter limpa a<br />

crosta dos queijos em umidade relativa<br />

de 75%. Em umidade relativa de 95%<br />

somente a emulsão 125-2 manteve efeito<br />

fungistático evidente até 30 dias.<br />

5. Os fungos isolados e identificados como<br />

contaminantes comuns durante êste<br />

trabalho foram Penicillium, Aspergillus,<br />

Hormodendrum, Mucor, Cephalosporium,<br />

Scapulariopsis e Geotrichum.<br />

6. O crescimento discreto de môfo nos<br />

queijos revestidos pôde ser removido,<br />

restabelecendo o aspecto inicial. No<br />

crescimento abundante êste restabelecimento<br />

é difícil ou não se obtém.<br />

7. Não se constatou nenhum crescimento<br />

de fungos entre o revestimento e o<br />

queijo nas condições destas pesquisas.<br />

8. O revestimento obtido por meio das<br />

emulsões de substâncias plásticas adere<br />

intimamente à crosta e apresenta boa<br />

resistência ao manuseio. Pode ser reconstituído<br />

por aplicações parciais e<br />

posteriores onde venha a apresentar<br />

roturas . .<br />

9. A ponilha não encontrou condições de<br />

multiplicação sôbre os queijos tratados<br />

pelas emulsões de substâncias plásticas<br />

experimentadas.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

O autor deseja deixar aqui expressos os<br />

mais sinceros agradecimentos a todos aquêles<br />

que contribuiram direta ou indiretamen­<br />

I·e para a realização dêste trabalho.<br />

De modo especial à Cia. Química Rhodia<br />

Brasileira, por intermédio dos senhores Afrânio<br />

Perez e Mário Cardoso Machado, pelas<br />

emulsões Rhodopas 125-1 , 125-2 e 205 cedidas<br />

gentilmente, pelos detalhes técnicos<br />

sôbre estas emulsões e por ter custeado<br />

grande parte do material gasto para a execução<br />

dêste projeto, sem o que êle não seria<br />

viável. Ao Serviço de Experimentação e<br />

Pesquisas da U.R.E.M.G. por tôdas as facilidades<br />

proporcionadas a êste projeto. Ao<br />

professor José Maria Pompeu Memória,<br />

pela assistência prestada no delineamento<br />

experimental 'e nas análises estatísticas. Ao<br />

Dr. \Va nder de Assis Tavares pela execução<br />

da parte fotográfica dêste projeto e ao nosso<br />

auxiliar sr. Homero Geraldo Highi pela<br />

caprichosa execução da parte que lhe foi<br />

atribuída. Ao professor Hélio Martins de<br />

Araújo Costa pelas facilidades oferecidas na<br />

identificação parasitológica surgida. Ao sr.<br />

Milton de Araújo Rabelo pelos trabalhos<br />

dati log ráficos.<br />

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FIG. 17 - Diferenças entre os queijos MINAS tratados com a emulsão 124-M2<br />

aos 30 dias.<br />

digitalizado por<br />

arvoredoleite.org<br />


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Perfectionnements aux feuilles de papier<br />

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portions de fromage. Patente 'Francesa<br />

1.1 28.708 in Oairy Seience Abstracts, 20<br />

(3) : 208 (532), 1958.<br />

54. S. A. DES CAVES ET DES PRODUC­<br />

TEURS RtUNIS DE ROQUEFORT, 1957,<br />

Dispositiv d'enrobage par feuille pour<br />

fromages et autres produits alimentaires.<br />

Patente Francesa 1.1 28.1 63, in Oairy<br />

Seience Abstracts, 20 (3) : 209 (533), 1958.<br />

58. RIEMERSA, J. C, 1959, Analysis of plastic<br />

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39 (5) : 34, 37 e 40" in Oairy Seience<br />

Abstracts, 22 (9) : 444 (2456), 1960.<br />

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7 (2) :38-42.<br />

59. SCHULZ, M. E. SYDOW, G., SIEGFRID,<br />

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von Edam-Kaese In der Verpackung.<br />

Milchwissenschaft, 8 (1 ): 17-22;<br />

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(3) : 253-255, in Dairy Seience Abstracts,<br />

13 (2) : 140, 1951 .<br />

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Ueber die Behandlung von Hartka"esen<br />

mit Kunststoffdispersionen. XV Inferna-<br />

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tional Oairy Congress, Londres, Vol. 2:<br />

950-953.<br />

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Hildesheim, Alemanha, 56 (9) : 129-1 32,<br />

in Dairy Seience Abstracts, 9 (1): 14,<br />

1947.<br />

67. SCHWARZ, G. e MUMM, H., 1944, Die<br />

Einlagerung von jungen Tilsiter Kaesen<br />

bei tieferen Temperaturen unteI' verwendung<br />

verchidener Verpackungstoffe.<br />

XXXVI. Mitteilung ueber Kaese. Deutsche<br />

Molkerei - una Fettw, 2 (50), in<br />

Oairy Seience Abstracts, 9 (1 ): 14, 1947.<br />

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Dairy Science Abstracts, 9 (4) : 264, 1948.<br />

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ústavo mlékárenskeho, Zeletava,<br />

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Página 24 JULHO-AGOSTO<br />

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A new press for rindless cheese<br />

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(1): 30-36, in Dairy Science Abstraeis,<br />

23 (4) : 164 (982), 1961 .<br />

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Part IV. Dairy Industries, Lon-<br />

SUMMARY AND CONCLUSIONS<br />

Ex-Felctiano<br />

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perishable foodstuffs, U. S. Patent<br />

2,961 ,322, in Dairy Science Absfraeis,<br />

23 (7) : 318 (1889), 1961 .<br />

Este trabalho foi reproduzido dos "Arquivo<br />

da Escola de Veterinária da Universidade de<br />

Minas Gerais", VaI XIII.<br />

In the present work the author presents data and observations concerning the<br />

use of polivinilic emulsions for the surface protection of brazilian cheese and concludes:<br />

1. The studied polivinilic emulsions improved considerably the aspect of the surface<br />

of chesse.<br />

2. The application of the emulsions was found very simple, requiring little skill,<br />

easily learned by practice, without need of machinery at least in medium sized plants.<br />

3. Under the conditions of the present work the surface coat obtained on the<br />

cheese was permeable to water vapor, and statistically significant differences were<br />

observed amon9. the emploied emulsions.<br />

4. The emulsions 125-1 , 125-2 and 205 were able to maintain clean the surface<br />

of cheese at 75 percent rei ative humidity, and only the emulsion 125-2 was able to<br />

maintain evident fungistatic effect during 30 days.<br />

5. The isolated and identified fungi belonged to the genera Penicillium, Aspergillus,<br />

Hormodendrum, Mucor, Cephalosporium, Scopulariopsis and Geotrichum.<br />

6. A discret growth of mold was easily removed and then the original aspect of<br />

the cheese could be recovered, but when the growth beca1m e heavy the recovery was<br />

difficult or not obtained.<br />

7. Under the present conditions it was not observed growth of fungus between<br />

the polivinilic coat and the cheese. "<br />

8. The cover obtained by application of polivinilic emulsions presented good<br />

resistance to the usual handling and a parcial destroyed<br />

"<br />

cover could easily be restablished<br />

completely.<br />

9. Cheese-mite (Tyroglyphus longior) were not able to multiply on cheese treated<br />

with the used polivinilic emulsions.<br />

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Ex-Felctiano<br />

<br />

JULHO-AGôSTO Página 25<br />

Anotaçõ.es sôbre O Revestimento dos Queijos'<br />

com Emulsões Polivinílicas<br />

Prof. Dr. Frode Madsen<br />

Catedrático de Tecnolqgia e Inspeção de<br />

Leite e Produtos Derivados da Escola de Veterinária<br />

da Universidade de Minas Gerais.<br />

INTRODUÇÃO<br />

o constante interêsse da moderna indústria<br />

de lacticínios pelo uso dos plásticos para<br />

resolver os problemas dos envoltórios<br />

para queijos, os bons resultados observados<br />

com o emprêgo de emulsões polivinílicas<br />

no revestimento dos, queijos brasileiros<br />

e algumas observações preliminares ouvidas<br />

de nossos industriais durante a . XII<br />

Semana do Lacticinista, justificam esta série<br />

de anotações, obtidas durante estudo de<br />

emulsões de composição variada. * Diante<br />

destas condições, outro não foi o nosso<br />

objetivo senão o de continuar busca em<br />

tôrno da eficiência desta nova e promissora<br />

prática.<br />

LITERATURA<br />

Sem preocupação de rever todo o grande<br />

número de trabalhos em que as emulsões<br />

p'olivinílicas merecem atenção especial,<br />

notamos que Lodin (1957) usando queijos<br />

duros suecos, comparou os envoltórios obtidos<br />

por meio de emulsões polivinílicas e<br />

a parafinação comum. Neste trabalho faz<br />

menção aos transtôrnos causados pelo môfo<br />

surgido entre as camadas do revestimento,<br />

se refere às perdas de pêso e aos pontos<br />

obtidos pelos queijos revestidos, em julgamento<br />

organolético. Malm (1 957) tendo em<br />

vista o largo emprêgo de emulsões polivinílicas<br />

para o revestimento de queijos nos<br />

países baixos, faz observações com 94 queijos,<br />

dividi,dos em 5 grupos, aplicando a<br />

emulsão por pincelagem ou pulverização,<br />

registrando as perdas de pêso frente aos<br />

queijos parl!lfinados.<br />

8irkkjaer (1958) observando queijos dinamarqueses<br />

empregou espêssas emulsões de<br />

plásticos adicionadas de fungistáticos. Fêz<br />

aplicações 2 vêzes antes do armazenamen-<br />

* As emulsões usadas para estas anotações<br />

nos foram fornecidas gentilmente pela Companhia<br />

Química Rhodia Brasi leira.<br />

digitalizado por<br />

to e fêz julgamento ao término de 13 semanas.<br />

Outros queijos eram parafinados<br />

para 'efeito de comparações. Ao final das<br />

observacões admite a necessidade de escolher<br />

o rÉwestimento para cada queijo, além<br />

de observar os queijos parafinados de qualidade<br />

inferior, apesar de semelhantes em<br />

sabor e odor. Madsen (1958) fêz largas observações<br />

com queijos dinamarqueses, empregando<br />

emulsões em época precoce e<br />

com 35 semanas: Concluiu pela qualidade<br />

uniformemente boa, bom sabor e odor nos<br />

queijos tratados com plásticos enquanto os<br />

queijos parafinados eram inferiores.<br />

As pesquisas de Lodin e 8relin "(1959) com<br />

6 tipos de plásticos aplicados sôbre a superfície<br />

dos queijos duros da Suécia concluem<br />

que nenhum material atende a todos os<br />

problemas de revestimento dos queijos, diante<br />

das questões da permeabilidade aos<br />

vapores dágua, da prevenção do môfo e<br />

da aplicação do envoltório sôbre o queijo.<br />

Em suas pesquisas com emulsões plásticas<br />

Storgaard e Aule (1 959) combatem o excesso<br />

de perda de pêso verificado aplicando<br />

parafina sôbre o envoltório plástico e consideram<br />

econômico êste duplo tratamento.<br />

Riemersa (1 959) cogita da adição de corantes<br />

às emulsões plásticas e indica os métodos<br />

de análises das substâncias de que se<br />

compõem os plásticos empregados como envoltórios<br />

para queijos.<br />

A revista Food Engineering (1 960) registra<br />

que os consumidores de queijos preferem<br />

os queijos com revestimento atualizado.<br />

Na revista Mejeri-Tidskrift for Findlands<br />

Svenskbygd (1960) se encontram observações<br />

sôbre o emprêgo de emulsões poliviníl<br />

icas em queijos Edam e Emental, indicando<br />

que êste tratamento previne contra a<br />

penetração de môfo e que o môfo superficial<br />

é de fácil remocão. Conclue satisfatória<br />

a qualidade do q ueijo assim revestido.<br />

Na Dinamarca, Madsen, S. J. (1960) submeteu<br />

vários tipos de queijo ao trata mento<br />

com plástico e parafinação antes do seu<br />

transporte; mencionando várias considerações<br />

favoráveis a esta prática. Em Minas<br />

Gerais, Madsen, F. (1 960) estuda a aplicação<br />

das emulsões poliviníl icas sôbre vários<br />

tipos de queijos, analisando a perda de pêso<br />

e o efeito desta prática diante dos problemas<br />

de embalagem dos queijos brasileiros.<br />

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Página 26 JULHO-AGôSTO Ex-Felctiano<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Dezesseis emulsões polivinílicas, de composições<br />

variadas, fora m submetidas a provas<br />

de verificação de eficiência como envoltórios<br />

para queijos. Os queijos empregados<br />

foram do tipo "Minas", obtidos de<br />

uma única fabriéacão no Instituto de Lacticinios<br />

"Cândido Tóstes". Cada emulsão foi<br />

aplicada sôbre 5 queijos, como descrito por<br />

Madsen, F. (1960) . perfazendo um total de<br />

80 queijos submetidos a observações. Obedecendo<br />

ao planejamento estatístico os<br />

queijos foram sorteados para os lugares<br />

que ocuparam sôbre as prateleiras e tôdas<br />

as prateleiras usadas estiveram à mesma altura<br />

do piso. Durante 10 dias o cômodo foi<br />

mantido a 80% de umidade relativa e em seguida,<br />

por mais 20 dias a umidade relativa<br />

foi elevada a 90%, tendo a temperatura oscilado<br />

entre 22 e 28°C. Os queijos foram pesados<br />

duas vêzes por semana, com precisão<br />

FIG. I - Queijos revestidos com emulsão<br />

polivinílica 31 4 M 111: a 8, face superior aos<br />

30 dias; b 14, face inferior aos 30 dias, depois<br />

de lavada em água potável; c 21 , face<br />

inferior aos 30 dias.<br />

de uma grama. As anotações feitas registraram<br />

ainda o aspecto geral e externo, para<br />

o que foram tomadas fotografias de cada<br />

grupo aos 10 e aos 30 dias. Fora m feitos<br />

os isolamentos e identificacões dos fungos<br />

que ocorreram sôbre os q'ueijos durante<br />

êste período. Depois de 30 dias de observações<br />

os queijos foram mantidos para<br />

anotações sôbre a viabilidade da punilha,<br />

praga que costuma infestar os queijos de<br />

cura demorada.<br />

As comparações feitas, aos 10 dias, aos<br />

30 dias e depois de encerrado o período<br />

de observações permitiram chegar às conclusões<br />

mencionadas no final destas anotações.<br />

. RESULTADOS<br />

Como em trabalhos anteriores Malm<br />

(1957), Lodin e Brelin (1959) e Madsen, F.<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGÔSTO Página 27<br />

(1960), as emulsões testadas mostraram entre<br />

si pequenas diferenças quanto à permeabilidade,<br />

isto é, a perda de pêso dos<br />

queijos se apresentou discreta, sôbre o que<br />

trataremos em outra publicação.<br />

A micologia mostrou pequenas variações<br />

quanto às espécies predominantes e identi-<br />

das emulsões houve algum môfo nesta face<br />

quando os queijos completaram 20 dias a<br />

90% de umidade relativa. Algumas das<br />

emulsões mantiveram os queijos perfeitamente<br />

limpos durante êstes dois períodos.<br />

tstes dados se representam bem nas figÚ-.<br />

ras I a8, 11 a13, 111 a15 e IV a24.<br />

Na face inferior, isto é, a face que tomou<br />

contacto com a prateleira mostrou sempre<br />

tendência para formar môfo, por vêzes<br />

a<br />

312 M IV<br />

FIG. II - Queijos revestidos com emulsão<br />

polivinílica 312 M IV: a 13, face superior<br />

aos 30 dias; b 44, face inferior aos 30 dias,<br />

depo;s de Im·u::Ja em água potável; c 7,<br />

face inferior aos 30 dias.<br />

digitalizado por<br />

ficadas, enquanto as condições às quais<br />

os queijos se submetiam mostra ram grande<br />

variedade de intensidade da camada de<br />

môfo que se formava. Aos 10 dias de revestidos,<br />

em câmara de 80% de umidade<br />

relativa, os queijos se mantiveram isentos<br />

de môfo sôbre a face superior e em raras<br />

em camada espêssa, como mostram as figuras<br />

I c21 , 11 c7, 111 c53 e IV c47.<br />

Quando em crescimento moderado o môfo<br />

pôde ser removido apenas em parte, como<br />

mostra m as figuras I b14, 11 b44, 111<br />

b28 e completamente removido em IV b76.<br />

O "limo" formado sôbre os queijos mosirou-se<br />

prejudicial ao revestimento por<br />

emulsões polivinílicas. 'Enquanto a face superior<br />

secava de um dia para o outro, a<br />

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Página 28 JUlHO-AGôSTO Ex-Felctiano<br />

face inferior, isto é, a face que tomou contado<br />

com a prateleira, formou discreto "Ii_<br />

mo", que se mostrou causador da formação<br />

de rugas, por vêzes altas, como nas figuras<br />

I b14, I c21 , III b38 e III c53.<br />

Estas mesmas rugosidades apareceram<br />

junto ao número de identificação da face<br />

lateral dos queijos que também ficou 24<br />

horas aguardando o revestimento, portanto,<br />

permiti ndo a discreta formação de "Iimo",<br />

DISCUSSÃO<br />

Enquanto Birkkjaer (1 958) admite a necessidade<br />

da escolha do revestimento para cada<br />

tipo de queijo e outros autores como<br />

Lodin e Brelin (1959) reconhecem que o revestimento<br />

do queijo deve atender a tal<br />

Junto a estas rugosidades geralmente a<br />

camada de môfo se fazia espêssa.<br />

O revestimento obtido sôbre a face superior<br />

e no contôrno dos queijos sempre.<br />

apresentou perfeita aderência, não se ob:<br />

servando nenhuma foi-mação de môfo entre<br />

o revestimento e a crosta do queijo.<br />

Os queijos lavados para a remocão do<br />

môfo apresentaram infestação de pnilha.<br />

FIG. 111 - Queijos revestidos com emulsão<br />

polivinílica 312 M VI: a 15, face superior,<br />

aos 30 dias; b 28 face inferior aos 30 dias,<br />

depois de lavada em água potável; c 53,<br />

face inferior aos 30 dias.<br />

variedade de quesitos que não se há de<br />

esperar encontrar solução completa em um<br />

material único, a indústria de ladicínios vê<br />

surgir plásticos capases de atender a todos.<br />

Muitos autores se preocupam com a perda<br />

.de pêso, mas poucos tipos de queijo podem<br />

ser revestidos por um envoltório completa-<br />

Ex-Felctiano JUlHO-AGôSTO Página 29<br />

mente impermeável. Assim parece que para<br />

os. nossos queijos, até melhores aperfeiçoamentos,<br />

uma discreta permeabilidade deve<br />

ser . altamente recomendada para evitar<br />

os efeitos desastrosos da eventual formacão<br />

de gases além das pequenas quantidades<br />

responsáveis pelos "olhos" normais. Neste<br />

sentido deixamos de considerar aqui a discreta<br />

perda de pêso que se observa nos<br />

queijos revestidos por emulsões polivinílicas,<br />

observadas em nossos resultados.<br />

dustrial ou sugeridos pela' ciência. A linha<br />

mais promissôra parece ainda aquela em<br />

que a fábrica e as suas câmaras se mantenham<br />

limpas micológicamente falando. Neste<br />

particular a indústria vem adquirindo recursos<br />

até então desconhecidos. Os envoltórios<br />

modernos, à base de plásticos são<br />

FIG. IV - Queijos revestidos com emulsão<br />

polivinílica 312 M VII: a 24, face superior<br />

aos 30 dias; b 76, face inferior aos 30 dias<br />

depois de lavada em água potável i c 4 7<br />

face inferior aos 30 dias.<br />

digitalizado por<br />

Por outro lado, tem preocupado à indústria<br />

'e ao comerciante o môfo comumente<br />

formado sôbre o queijo, que tanto desmerece<br />

a sua apresentacão. A busca das espécies<br />

que causam êste môfo tem sido pouco<br />

proveitosa. Tem-se observado grande número<br />

de espécies que encontram meios para<br />

a sua viabilidade ou mesmo se adaptam<br />

com certa facilidade ou ainda, em certos<br />

casos, adquirem resistência extraordinária<br />

aos meios de combate empregados pelo in-<br />

mais resistentes e não permitem exsudacão<br />

dos elementos nutritivos. Com êles a indústria<br />

tem experimentado' revestir os queijos<br />

cada vez mais cedo para manter limpa tôda<br />

a instalacão industrial.<br />

Nas figuras' I, 1\, 11\ e IV os queijos a8, a13,<br />

a15 e a24 se mostram limpos após 30 dias<br />

arvoredoleite.org


Página 30 JULHO-AGOSTO' Ex-Felctiano<br />

<br />

de condições adversas porque a membrana<br />

formada à base de emulsão polivinílica<br />

se encontra perfeita e aderida à crosta.<br />

Quando perfeita e bem aderida a película<br />

não permite o crescimento do môfo.<br />

As rugosidades observadas nos queijos<br />

b e c da figo I, b e c da figo li, b e c da<br />

figo 111, nos mostram os efeitos do "limo"<br />

formado depois da limpeza do queijo em<br />

água de cal. tste "limo" dificulta a seca­<br />

gem da emulsão e progredindo às expen­<br />

sas da umidade exi"stente forma estas rugas,<br />

por vêzes bastante profundas. Posteriormente<br />

o môfo se instala com facilidade e pode<br />

. mesmo crescer debaixo do revestimento,<br />

defeito que é peculiar aos envoltórios feitos<br />

com plástico la minado.<br />

Enquanto o queijo b76 da figo IV se mantem<br />

sem rugas na face inferior às expensas<br />

de fungistáticos mais potentes, resultado<br />

semelhante se obtem oferecendo uma<br />

superfície sêca e limpa como nos queijos<br />

08 figo I, 013 figo 11 e 015 figo 111. A repetição<br />

dêste fenômeno e a extensão das rugas<br />

observadas nos queijos destas anotações<br />

não deixam margem a dúvida sôbre<br />

os efeitos maléficos da limpeza imperfeita<br />

ou mesmo a formação de "limo" após a lavagem<br />

dos queijos, antes de seu revestimento.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Os mais sinceros agradecimentos se consignam<br />

a tôda a administração da Cio. Química<br />

Rhodia Brasileira pelas emulsões e<br />

material com que se fizeram estas anotações<br />

bem como ao Instituto de Lacticínios<br />

"Cândido Tostes" pelo esmêro e atenção<br />

com que nos forneceram os queijos empregados.<br />

Estas duas instituições proporcionaram<br />

desta maneira o apoio e estímulo<br />

necessário para a realização destas anotações.<br />

LITERATURA<br />

1. BIRKKJAER, H. E., 1958, Plastic behandling<br />

af ost. Maelkeritidende, Odense,<br />

Dinamarca, 71 (37) : 797-804.<br />

2. FOOD ENGI NEERING, 1960, Cheese<br />

wrap hikes user-appea l. Food Engineering,<br />

New York, 32 (7) : 96-97.<br />

3. LODIN, L. O., 1957, Foodplastbenhandling<br />

av ost. Svenska Mejeritidning,<br />

Malmoe, Suécia, 49 (14): 202, 205 e 206,<br />

in Dairy Science Abstracts, 20 (1): 23<br />

(41 ), 1959.<br />

4. LODIN, L. O. e BRELIN, K. Ao., 1959,<br />

Experiments on plastic coating of Swedish<br />

ha ' rd cheese. XV International Dairy<br />

Congress, Londres, Vol. 2: 945-949.<br />

6. MADSEN, FRODE, 1960, Algumas observações<br />

sôbre o emprêgo de emulsões<br />

plásticas no revestimento da crosta<br />

dos queijos. Arquivos da Escola de<br />

Veterinária da Universidade de Minas<br />

Gerais, Belo Horizonte, Brasil, Vol. XIII.<br />

6. MADSEN, S. J., 1958, Haaldbarsheds­<br />

forsoeg med ost, der deis er plastbe­<br />

handlet og deis parafineret. Maelkeri­<br />

tidende, Odense, Dinamarca, 71 (11):<br />

277-289.<br />

7. MADSEN, S. J., 1960, Forsendelsesforsoeg<br />

med ost. Maelkeritidende, Odense,<br />

Dinamarca, 73 (6) : 103-1 09.<br />

8. MALM, B., 1957, Forsoek med Vidrobehandling<br />

av ost. Mejeritek. Medd., 18<br />

(5) : 90-93, in Dairy Science Abstracts,<br />

20 (3) : 208, 1958.<br />

9. MEJ ERI-TIDSKRIFT FOER FINLANDS<br />

SVENSKBYGD, 1960, Provning av plastemulsionen<br />

"SetaI Nr. 981 5 hv/co". Mejeri-Tidskrift<br />

foer Findlands Svenskbygd,<br />

22 (22) : 48-50, in Dairy Science Abstracts,<br />

22 (8) : 392 (215L 1960.<br />

10. RIEMERSA, J. c., 1959, Analysis of plastic<br />

coating materiais for cheese. XV<br />

International Dairy Congress, Londres,<br />

Vol. 3: 1692-1 699.<br />

11. STROGAARDS, T. e AULE, O., 1959,<br />

Uber die 8ehandlung von Hartkaesen<br />

mit Kunststoffdispersionen. XV Interna­<br />

tional Dairy Congress, Londres, Vol.<br />

2: 950-953.<br />

Ex-Felctiano JULHO-AGOSTO Página 31<br />

SILAGEM<br />

Dr. Ruben Tavares de Rezende<br />

Secretário Geral da ACGHMG.<br />

Silagem é forragem verde e úmida armazenada<br />

na ausência de ar. Quase tôdas as<br />

forragens em estado verde podem ser transformadas<br />

em silagem. As forragens verdes<br />

ensiladas conservam a côr verde-amarelada<br />

ou tomam a côr amarela-casta nha. A<br />

base da conservação é a eliminação do ar<br />

e a formaçQo da acidês na forragem por<br />

efeito da respiração celular e da fermentação<br />

bacteriàna. Na ensilagem bem feita as<br />

perdas são reduzidas. As perdas são causadas<br />

pela fermentação, pela fU,g a de sucos<br />

(acentuada na forragem muito úmida)<br />

e pela deterioração na superfície.<br />

Para que tenhamos um exemplo, citemos<br />

a relação existente entre os capins e respectiva<br />

silagem:<br />

E S,1 10<br />

Os extrativos não nitrogenados é que<br />

mostram maior diferença. As perdas são<br />

maiores em silagem armazenada por longo<br />

tempo.<br />

FORRAGEIRAS PARA ENSILAGEM<br />

MILHO: - Do milho se obtém silagem<br />

saborosa e de boa conservacão. As variedades<br />

de milho que mais convém à ensilagem<br />

são as que produzem maior massa e<br />

boa produção de espigas. Freqüentemente<br />

colhe-se o milho para ensilar quando os<br />

grãos estão passando do estado leitoso para<br />

massa. Quando 75% dos grãos estiverem<br />

endurecidos o milho fornece melhor<br />

rendimento total em elementos nutritivos. O<br />

milho colhido mais verde dará maior teor<br />

em proteínas, mas produzirá silagem menos<br />

saborosa e o rendimento será menor. Acontece,<br />

todavia que o milho amadurecido torna-se<br />

demasiado sêco para ensilar, necessitando<br />

a adição de água.<br />

Rendimento : 20 - 40 toneladas Ha. Isto<br />

quer dizer que 1 Ha. plantado em milho deverá<br />

dar 20 - 40 toneladas de silagem.<br />

SORGO: - Dá boa produção em climas<br />

quentes e secos. Igual ou superior ao milho.<br />

A colheita para ensilagem deve ser<br />

feita depois dos grãos endurecidos.<br />

GIRASSOL: - Produz, também, silagem<br />

de boa qualidade. O rendimento por área é<br />

mais elevado do que o do milho, todavia<br />

a equivalência nutritiva é de 75 a 80% em<br />

relação à silagem de milho.<br />

CAPINS: - Devem ser ensilados ' de um<br />

modo geral, antes da floração.<br />

Matéria Proteínas Fibras Gordura Extratos não Cinzas<br />

sêca nitrogenados<br />

Capim fresco 28,9% 3,4% 5,8% 0,9% 15,7% 1,9%<br />

Silagem de<br />

capim 26,9% 3,4% 7,4% 1,2% 12,2% 2,5%<br />

TÉCNICA DE ENSILAR: - Limitar-nos-emos<br />

ao tipo, trincheira, hoje, em uso corrente.<br />

O enchimento do silo começa pela parte<br />

oposta à entrada. As secções completamente<br />

cheias devem ir sendo cobertas com terra.<br />

A forragem cortada deve ser constantemente<br />

comprimida por qualquer forma de<br />

apisoamento. O carregamento deve ser fei-<br />

digitalizado por<br />

to de modo a ficar bem mais alto do que<br />

as bordas laterais. t essencial que se insista<br />

na boa compre.ssão da massa. Esta, mal<br />

comprimida guarda excesso de oxigênio,<br />

ocasionando fermentação muito forte, com<br />

elevação da temperatu ra acima de 40 ou<br />

41°C, do que resulta mau sabor na silagem<br />

e perda de proteína. Por esta razão deve<br />

ser evitada forragem com talos ôcos que<br />

arvoredoleite.org


Página 32 JULHO-AGôSTO Ex-Felctiano<br />

impedem a compressão necessária. Também<br />

o material a ensilar deve regular entre 75<br />

e 78% de umidade. O fechamento da bôca<br />

ou entrada do silo é feito com pranchões<br />

superpostos. Os pranchões ficarão bem ajustados<br />

e a sua junção deve ser coberta com<br />

barro, impedindo frestas.<br />

UTILIZAÇÃO DA SILAGEM<br />

Uma ensilagem bem feita conserva a forragem<br />

indefinidamente. Inicialmente, passa-se<br />

um curto período de respiração do<br />

material verde com consumo de oxigênio<br />

existente entre as partículas comprimidas.<br />

Há, portanto, produção de óxido carbono.<br />

Operam, por esta ocasião algumas bactérias<br />

aeróbias. Com o esgotamento do oxigênio,<br />

tem origem a fermentação por bactérias<br />

anaeróbias. Estas bactérias são, principalmente,<br />

de doi.s tipos: - umas atacam<br />

as proteínas, produzindo aminas, amoníaco<br />

e ácidos aminados; outras que produzem<br />

ácidos. Normalmente a fermentação ácida<br />

chega a seu máximo cêrca de 20 dias depois<br />

de iniciada a fermentacão. Essa acidez,<br />

em tôrno do pH 3,5-40, ' detém a fermentação<br />

e se na massa ensilada não houver<br />

penetração de ar a forragem conservar-se-á<br />

indefinidamente, sem que ocorram<br />

modificações em seu valor nutritivo.<br />

A retirada da silagem deve ser feita como<br />

se operasse um corte num pão de fôrma:<br />

uma fatia de pelo menos 15 cm. de<br />

espessura de cima aba ixo.<br />

A silagem deve ser distribuída em doses<br />

crescentes em que se limita de 5 - 20 kgs.<br />

por bovino adulto e por dia. A silagem<br />

atingida pelo ar não deve ser distribuída<br />

aos animais.<br />

CONSTRUÇÃO DO SILO<br />

a) Escolha do local - Se possível proxlmo<br />

do local onde a forragem é distribuída.<br />

t imprescindível que o terreno seja, normalmente,<br />

drenado e não seja de natureza<br />

quebradiça.<br />

b) Dimensões - Sendo importante a espessura<br />

da camada de silagem ci ser retirada<br />

do silo, por dia, torna-se necessário<br />

ajusta r, aquela espessura, com as dimensões,<br />

de vez que se intercalacionam. Assim a espessura<br />

da camada devendo regular-se em<br />

tôrno de 15 a 20 cm., a quantidade de silagem<br />

dependerá da secção do silo. Igualmente,<br />

o tempo de uso da silagem irá depender<br />

do compri mento.<br />

Suponhamos um silo que tenha 2m. de<br />

profundidade ou altura, l,50m. de largura<br />

na base e 2,50m de largura no tôpo, terá<br />

uma secção de 4m2• Considerando-se como<br />

pêso médio da silagem 550kg por m3, teremos<br />

que uma camada de silagem com a<br />

epessura de l5cm. vem a pesar 330 quilos,<br />

quantidade de silagem necessária para 22<br />

vacas num dia.<br />

Se o silo tiver 15m de comprimento teremos<br />

um total de 33 toneladas de silagem,<br />

que alimentariam 22 vacas durante 100<br />

dias. No caso da necessidade de um emprêgo<br />

da silagem por mais dias, mantendo-se<br />

a mesma secção do silo, a solução seria aumentar<br />

o seu comprimento.<br />

De um modo geral, quanto maior o silo<br />

"\<br />

menores serão as perdas.<br />

c) Construção - Procedida a marcação<br />

do local e determinados os pontos do li- "<br />

mite do corte, realiza-se a escavação. Dispondo-se<br />

de um trator munido a lâmina, o<br />

trabalho será muito facilitado.<br />

O corte é feito em quadrado, fazendo-se<br />

os barrancos bem aprumados. Uma vez atingida<br />

a profundidade e o compriment ' o desejado,<br />

cuida-se do acabamento, que consiste,<br />

em 19 plano, no desnível do piso e na<br />

inclinação das paredes. O piso deve desnivelar-se<br />

de 2% do fundo para a bôca e .as<br />

paredes devem ter a inclinacão mínima de<br />

25%. O revestimento das predes com- tijolos,<br />

no caso em espelho, é imprescindível<br />

em terrenos acentuadamente erodíveis. Em<br />

qualquer caso as paredes devem ficÇlr tão<br />

lisas quanto possível.<br />

Alguns croquis darãos o necessário esclarecimento.<br />

Ex-Felctiano ' JULHO-AGôSTO Página 33<br />

(J 'i o<br />

- 1<br />

I<br />

0, 50<br />

Inclinação da parede (25%)<br />

Camada de terra de no mlnlmo 30 em.<br />

sbre a forragem<br />

digitalizado por<br />

Fechamento da bôca com pranchões<br />

Dreno<br />

Forragem com 1 m acima das bordas<br />

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Página 34 JULHO-AGOSTO Ex-Felctiano<br />

SOCIAIS<br />

ANIVERSARIOS DE ILCTIANOS<br />

Agôsto<br />

- Osny Tallmann - Técnico em Lacticínios.<br />

- Lucílio Maciel Leite - Técnico em Lac-<br />

ticínios.<br />

2 - Carl Christian Rasmussen<br />

em Lacticínios.<br />

- Iracema Limp Montenegro<br />

nária do ILCT.<br />

Técnico<br />

Funcio-<br />

3 - Dr. Mário Assis de Lucena - Professor<br />

do ILCT.<br />

- José Luiz Monteiro de Castro - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

7 Darci de Abreu Moreira - Técnico em<br />

Lacticínios.<br />

8 - Dr. Dante Nardelli - Ex-Professor do<br />

ILCT.<br />

- Ora. Albina Romero Echauri - Ex-Aluna<br />

do ILCT. (Paraguai).<br />

12 - Augusto Silva Carvalho - Técnico em<br />

Lacticínios. .<br />

_ Altamiro Moser - Técnico em Lactlcínios.<br />

16 - Paulo Lutterbach Lengruber - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

_ Paulo Fernando Figueira - Técnico em<br />

Lacticínios.<br />

17 - Frederico de Almeida Lage - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

Luiz Martins de Melo - Aluno do 29<br />

ano do C.T.L.<br />

20 - Radjalma Jackson de Albuq r g ue Ca­<br />

valcante - Técnico em Lactlctnlos.<br />

21 - José Domingos Rezende - Técnico em<br />

Lacticínios.<br />

_ Tales Ribeiro de Oliveira - Aluno do<br />

29 ano do C.T.L<br />

_ Edna Lucy Pereira - Funcionária do:<br />

ILCT.<br />

23 - Benedito Nogueira - Professor do<br />

ILCT.<br />

25 - Luiz de Matos Pereira - Técnico em<br />

Lacticínios.<br />

_ João Tarcísio Barbosa - Aluno do 2Q<br />

ano do C.T.L.<br />

31 - José Silvério Bomtempo - Aluno do 3Q<br />

ano do C.T.L.<br />

Setembro<br />

- Tadashi Matsuguma - Técnico em lac­<br />

ticínios.<br />

'<br />

ILCT.<br />

3 - Helvécio Caetano do Nascimento -<br />

Técnico em Lacticínios.<br />

- Francisco Fagundes de Araújo - ,Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

7 - Ruy de Almeida Monteiro - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

8 - José Jorge de Araújo Alves - Técnico<br />

em Lacticínios do ILCT:<br />

- Jorge .<br />

Leslie Salaz r rguell<br />

,<br />

c;> - Espepeciallsta<br />

em LactlctnlOS (Nlcaragua).<br />

11 - Miguel Arcanjo Fen? des de Andrade<br />

- Técnico em LactlctnlOS do I LCT.<br />

14 - Francisco Gomes Carneiro - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

16 - Abeildo Antunes de Mattos - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

17 - Armando de Castro - Técnico em Lacticínios.<br />

.<br />

- Caio Mário França Teixeira - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

20 - Elvira Dias Moreira - Funcionária do<br />

'<br />

Francisco Aristeu Henriques - Aluno<br />

do 29 ano do C.T.L. <<br />

22 - Cid Maurício Stehling - Professor do<br />

ILCT. .<br />

24 - Marcos Octavio de Andrade - Técnico<br />

em Lacticínios.<br />

- Terezinha Aparecida Gribel de Paula<br />

- Funcionária do ILCT.<br />

26 - José Costa Lages - Técnico em Lacticínios.<br />

27 - Fernando Rubem Dutra Caldas - Funcionário<br />

do ILCT.<br />

- Roberto da Fonseca - Técnico em lacticínios.<br />

- Romero Ximenes Carneiro - Aluno do<br />

29 ano do C.T.L.<br />

29 - Miguel José Malvacini - Chefe de S,ecção<br />

do ILCT.<br />

2 - Carlos Alberto lott - Professor do<br />

ILCT.<br />

PARTICIPAÇÃO DE CASAMENTO<br />

Recebemos as seguintes:<br />

Carlos Tarcísio Nogueira, com a senho ita<br />

Zélia Maria Amorim, no dia 9 de abril,<br />

em Arcos, Minas Gerais.<br />

Fra'ncisco Rodrigues de Abr u, com a enhorita<br />

Terezinha Neves, no dia 2 de mOlO,<br />

em lamim, Minas Gerais.<br />

Olímpio Fonseca de Souza leal, c m a<br />

senhorita Avany Penedo L ra, no d ! a 19<br />

de maio, em Itanhandu, Mtnas Gera is.<br />

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