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Ilustração DIgItal e anImação - Portal do Professor

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ilustração digital e animação<br />

30<br />

<strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r, como se ela ainda fosse feita artesanalmente em papel, massinha ou qualquer outro<br />

tipo de material. O seria<strong>do</strong> South Park é um exemplo dessa migração. Inicialmente produzi<strong>do</strong> com<br />

recortes de papel, a técnica foi rapidamente absorvida pelo meio digital, que hoje é capaz de reproduzir<br />

com relativa fidelidade os meandros de uma produção artesanal. Essa relatividade demonstra-se<br />

principalmente no fato de que produções artesanais têm seu resulta<strong>do</strong> extremamente influencia<strong>do</strong> pelo<br />

fator humano, enquanto as digitais são muito mais automatizadas. São erros e acertos randômicos,<br />

defeitos produzi<strong>do</strong>s no papel ou na massa pela manipulação e pequenas falhas de continuidade muito<br />

particulares que computa<strong>do</strong>res não são capazes de reproduzir, mas que deixam a produção com uma<br />

característica analógica e humana muito mais evidenciada.<br />

intervalamento<br />

Um anima<strong>do</strong>r, dependen<strong>do</strong> da técnica a ser utilizada, pode trabalhar a produção de seus quadros<br />

de duas maneiras: frame por frame, sequencialmente, ou usan<strong>do</strong> quadros-chave (keyframes). Na<br />

animação artesanal de stop-motion, por exemplo, utiliza-se somente o quadro a quadro sequencial. Já<br />

no stop-motion fabrica<strong>do</strong> por computa<strong>do</strong>r, o anima<strong>do</strong>r coloca o personagem na posição principal <strong>do</strong><br />

movimento que está fazen<strong>do</strong>, e depois a máquina cria os intervalos, que são os quadros intermediários,<br />

que complementam o movimento defini<strong>do</strong> pelos quadros-chave.<br />

FIGURA 4 – ANIMAçãO FRAME POR FRAME<br />

FIGURA 5 – QUADROS-CHAVE<br />

No desenho anima<strong>do</strong> quadro a quadro artesanal, por exemplo, começa-se animan<strong>do</strong> pelo<br />

primeiro frame. Coloca-se então outra folha de papel por cima da primeira e desenha-se o segun<strong>do</strong><br />

frame, usan<strong>do</strong> a mesa de luz para ver o frame anterior como referência, e assim sucessivamente. Já no<br />

processo de quadros-chave, o anima<strong>do</strong>r cria os desenhos principais <strong>do</strong> movimento <strong>do</strong> personagem e<br />

depois ele ou outro anima<strong>do</strong>r cria os intervalos. No desenho anima<strong>do</strong> por computa<strong>do</strong>r, a máquina<br />

substitui a função <strong>do</strong> intervala<strong>do</strong>r.<br />

O veterano anima<strong>do</strong>r Richard Williams, em seu livro The animator’s survival kit, estende-se<br />

longamente sobre os prós e contras <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is processos no mo<strong>do</strong> artesanal. Ao final, ele opina que a<br />

melhor maneira de animar é usar uma combinação de ambas as técnicas: definir os quadros-chave<br />

primeiro e depois criar os intervalos quadro a quadro, ao invés de decompor os intervalos em quadroschave.<br />

Assim, o timing da animação começa predefini<strong>do</strong>, mas o movimento final fica mais espontâneo,<br />

orgânico e interessante, por ter si<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> quadro a quadro.

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