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Inclusão digital - Universidade de Passo Fundo

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26<br />

A d r i a n o C a n a b a r r o T e i x e i r a<br />

Ratificando a pertinência da <strong>de</strong>nominação proposta por Fróes e em<br />

consonância com o raciocínio <strong>de</strong> Edgar Morin, <strong>de</strong> que “o conhecimento só<br />

é conhecimento enquanto organização, relacionado com as informações e<br />

inserido no contexto <strong>de</strong>stas” (2000, p. 16), é possível propor uma leitura al-<br />

ternativa <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong> baseada no raciocínio <strong>de</strong> que, embora a informação<br />

não esteja ao alcance <strong>de</strong> todos e normalmente se apresente fragmentada e<br />

<strong>de</strong>scontextualizada, nunca esteve tão disponível e em tamanha abundância<br />

em razão das potencialida<strong>de</strong>s das TICs.<br />

O conhecimento, por sua vez, fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano e social, <strong>de</strong>manda reflexão individual e coletiva, contextualização,<br />

formação e troca <strong>de</strong> sentidos, elementos fundamentais ao processo <strong>de</strong> apren-<br />

dizagem, que possibilitam que essas informações contribuam efetivamente<br />

para a construção <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Buscando aprofundar o entendimento da socieda<strong>de</strong>, é possível en-<br />

contrar algumas contribuições fundamentais no conceito <strong>de</strong> “cibercultura”<br />

apresentado por André Lemos, como a “forma sociocultural que emerge da<br />

relação simbiótica entre a socieda<strong>de</strong>, a cultura e as novas tecnologias” (2003,<br />

p. 12). Marcada pelas tecnologias digitais, a cibercultura permeia o cotidiano<br />

das pessoas, que convivem e se fun<strong>de</strong>m com as tecnologias disponíveis,<br />

fazendo <strong>de</strong> celulares extensões <strong>de</strong> seus próprios corpos e <strong>de</strong> cartões inteli-<br />

gentes elementos comuns ao seu dia a dia. Dessa forma, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do acesso aos aparatos tecnológicos, consolida-se um processo <strong>de</strong> imersão<br />

individual e coletiva numa configuração social repleta <strong>de</strong> tecnologias, que<br />

modifica continuamente a dinâmica cotidiana dos indivíduos ao mesmo<br />

tempo em que também são modificadas nessa interação, porém em inten-<br />

sida<strong>de</strong>s e formas diversas.<br />

Fundada em características reticulares, a cibercultura libera os polos<br />

<strong>de</strong> emissão, possibilitando que cada indivíduo seja um potencial e perma-<br />

nente emissor e receptor <strong>de</strong> informações, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do local on<strong>de</strong><br />

se encontre. Em razão da (re)significação dos conceitos <strong>de</strong> tempo e espaço,<br />

a cibercultura rompe com a lógica <strong>de</strong> distribuição broadcast das mídias <strong>de</strong>

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