Inclusão digital - Universidade de Passo Fundo
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A d r i a n o C a n a b a r r o T e i x e i r a<br />
a um novo território, no qual as distâncias foram anuladas e o tempo real,<br />
gradativamente, passa a ser a medida temporal dos processos. Referindo-se<br />
às modificações consequentes <strong>de</strong>sse conceito <strong>de</strong> tempo, Santos afirma que<br />
“autoriza usar o mesmo momento a partir <strong>de</strong> múltiplos lugares, e todos os<br />
lugares a partir <strong>de</strong> um só <strong>de</strong>les” (2004, p. 28), ampliando, <strong>de</strong>ssa forma, o<br />
campo <strong>de</strong> ação e <strong>de</strong> presença dos indivíduos. Assim, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> estejam fisicamente, as pessoas vivem uma realida<strong>de</strong> em que assumem<br />
o status <strong>de</strong> possíveis emissores em estado <strong>de</strong> permanente recepção.<br />
Além da natural e forte relação existente entre os dois conceitos<br />
apresentados, <strong>de</strong>stacamos as aproximações que interessam particularmente<br />
à proposta <strong>de</strong>ste estudo por meio da abstração <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong> seus elementos<br />
centrais e que auxiliam na <strong>de</strong>finição do conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s a ser adotado.<br />
Tabela 1: Processo reflexivo realizado para o estabelecimento do conceito<br />
<strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />
Hipertexto Cibercultura Ponto convergente Processo reflexivo Característica<br />
Da mobilida<strong>de</strong><br />
dos centros<br />
Da multiplicida<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong><br />
encaixe das<br />
escalas<br />
Da metamorfose<br />
Liberação dos<br />
polos <strong>de</strong> emissão<br />
Conexão generalizada<br />
Reconfiguração<br />
Necessida<strong>de</strong>/possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> uma<br />
postura ativa <strong>de</strong><br />
cada nó da re<strong>de</strong>.<br />
Ampliação ou redução<br />
das re<strong>de</strong>s por<br />
meio <strong>de</strong> nós permanentementedisponíveis<br />
e que se<br />
conectam a outros<br />
nós ou re<strong>de</strong>s.<br />
Dinâmica impressa<br />
à re<strong>de</strong> em função<br />
da ação <strong>de</strong> seus nós,<br />
dos processos correntes<br />
e das novas<br />
requisições feitas à<br />
estrutura reticular.<br />
A re<strong>de</strong> só existe em<br />
função da ativida<strong>de</strong>/<br />
acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus<br />
nós.<br />
A c o m p o s i ç ã o d e<br />
uma re<strong>de</strong> é complexa<br />
e in<strong>de</strong>terminada em<br />
função das diferentes<br />
ações e elementos<br />
postos em movimento<br />
para o(s) processo(s)<br />
corrente(s).<br />
Em função da multiplicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> processos<br />
e <strong>de</strong> elementos envolvidos<br />
nos movimentos<br />
comunicacionais suportados<br />
pela estrutura<br />
reticular, a re<strong>de</strong> está em<br />
constante ativida<strong>de</strong> e<br />
cada processo <strong>de</strong>manda<br />
diferentes composições<br />
e configurações à re<strong>de</strong>.<br />
Ativida<strong>de</strong><br />
Complexida<strong>de</strong><br />
Dinamicida<strong>de</strong><br />
Fontes: Princípios do Hipertexto (Lévy, 1993) e Leis da Cibercultura (Lemos,<br />
2003).