revista eng miolo.pmd - Faap
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Pela quase total ausência de<br />
alternativas, o cliente não possuía escolha;<br />
ou comprava o que lhe era oferecido, nas<br />
condições de preço e de características, ou<br />
ficava sem o produto. Prova disso é a<br />
famosa estória dos veículos Ford modelo<br />
T; só havia veículos pretos com<br />
estofamentos pretos. O produto disponível<br />
era assim e fim.<br />
Aqui no Brasil essa época não está tão<br />
distante; tanto que fazia parte da educação<br />
dos filhos ensinar que ao comprar alguma<br />
coisa era o comprador que deveria dizer<br />
obrigado...<br />
E a avaliação da qualidade do produto<br />
era técnica e feita pelo produtor,<br />
comparando o que fora produzido com as<br />
especificações do projeto. Desde que<br />
atendesse as especificações, o produto era<br />
considerado de qualidade. Pela ausência de<br />
concorrência pode-se dizer que a filosofia<br />
do momento era ou esse ou nenhum.<br />
Figura 1 - Grupos de Força<br />
- Satisfação do Cliente<br />
“qualidade é a<br />
satisfação do<br />
cliente”<br />
Essa frase ficou conhecida em razão de<br />
uma filosofia Qualidade que, segundo os<br />
mais diversos autores,tornou-se a estratégia<br />
do Japão para com seus produtos. Estratégia<br />
esta que permitiu àquele país desenvolver<br />
uma fantástica evolução industrial após a<br />
guerra, quando seu parque de equipamentos<br />
era reconhecidamente obsoleto.<br />
Então, como foi essa mágica? O exemplo<br />
permitirá maior facilidade de explicação.<br />
No início da década de 60 começaram a<br />
aparecer os relógios japoneses, que possuíam<br />
iluminação, calculadoras, games, etc. E, embora<br />
tivessem uma qualidade verdadeiramente<br />
questionável, principalmente quando<br />
comparados aos insuperáveis relógios suíços,<br />
ofereciam funções que os, até então, dominantes<br />
do mercado não faziam; e eles começaram,<br />
portanto, a absorver boa parcela de mercado.<br />
17<br />
Artigo Técnico