Selos de Portugal - Vol V (1979/1984) - FEP
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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
<strong>1979</strong> – Emissão Comemorativa do Natal-<strong>1979</strong><br />
Fotografias <strong>de</strong> António Santos d’Almeida Jr. sobre azulejos representativos dos Séculos XVI, XVII e XVIII,<br />
existentes no Museu do Azulejo <strong>de</strong> Lisboa. Impressão a off-set pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda<br />
sobre papel esmalte, em folhas <strong>de</strong> 50 selos com <strong>de</strong>nteado 12x12,5. Foram emitidos 2 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong><br />
5$50 azul castanho amarelo e carmim, 5 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 6$50 azul azul-ver<strong>de</strong> castanho amarelo e<br />
carmim, e 750 mil selos <strong>de</strong> 16$00 azul amarelo e carmim. Sobre os selos das taxas <strong>de</strong> 5$50 e 6$50 foi<br />
impressa uma tarja fosforescente. Postos em circulação a 5 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>1979</strong>.<br />
AZULEJOS – Do árabe “al-zulaich” pedra polida, <strong>de</strong>riva o vocábulo azulejo, que i<strong>de</strong>ntifica o ladrilho cerâmico,<br />
<strong>de</strong> superfície regular, poligonal ou quadrada, tendo uma das faces <strong>de</strong>corada com esmaltes, e que nos seus<br />
conjuntos servem para <strong>de</strong>corar ou ornamentar superfícies parietais ou pavimentares. Embora a sua origem<br />
esteja nas tradições artesanais da Mesopotâmia, tem a sua primeira gran<strong>de</strong> expressão artística na Pérsia,<br />
durante o califado <strong>de</strong> Bagda<strong>de</strong>, muito se <strong>de</strong>senvolvendo nos centros cerâmicos <strong>de</strong> Raggés e Kashan (séculos<br />
XIII e XIV). A sua entrada na Península Ibérica foi feita pelo Norte <strong>de</strong> África por intermédio dos artífices<br />
mouros (século XIV) principalmente na <strong>de</strong>coração dos palácios <strong>de</strong> Granada. Inicialmente alicatado, foi mais<br />
tar<strong>de</strong> generalizado na forma quadrada ou rectangular para melhor cobrir as superfícies on<strong>de</strong> era aplicado<br />
como revestimento. Os artesanatos <strong>de</strong> Andaluzia, nos séculos XV e XVI, produzem os primeiros azulejos<br />
ornamentais do tipo ainda hoje apreciado em toda a Península. No século XVII o azulejo em <strong>Portugal</strong> atinge<br />
o seu maior impulso com o fabrico <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iros tapetes cerâmicos, ricos <strong>de</strong> policromia. Por influência<br />
directa da Holanda, no século seguinte, prevalecem em <strong>Portugal</strong> os azulejos pintados a azul! O azulejo<br />
tipicamente português produz espantosas composições que <strong>de</strong>coram igrejas, claustros, palácios e jardins.<br />
Existe actualmente em Lisboa o Museu do Azulejo, mas melhor será consi<strong>de</strong>rar todo o <strong>Portugal</strong> um verda<strong>de</strong>iro<br />
Museu <strong>de</strong> Azulejo.