Selos de Portugal - Vol V (1979/1984) - FEP
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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
1980 – IV Centenário <strong>de</strong> “A Peregrinação” <strong>de</strong> Fernão Men<strong>de</strong>s Pinto<br />
Desenhos alegóricos <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Freitas. Impressão off-set pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda sobre<br />
papel esmalte, em folhas <strong>de</strong> 50 selos com <strong>de</strong>nteado 12x11-1 /2. Foram emitidos 5 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 6$50<br />
castanho castanho-vermelho amarelo e carmim, e 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 10$00 castanho azul castanhovermelho<br />
e carmim Sobre estes selos foi impressa uma tarja fosforescente. Postos em circulação a 30 <strong>de</strong><br />
Junho <strong>de</strong> 1980.<br />
A PEREGRINAÇÃO – Obra <strong>de</strong> Fernão Men<strong>de</strong>s Pinto, cujo manuscrito estava terminado em 1580, embora a<br />
sua primeira edição tenha sido somente em 1614. É um livro <strong>de</strong> viagens pelo Extremo-Oriente, principalmente<br />
China e Japão, cuja narrativa <strong>de</strong> ficção e realida<strong>de</strong> se entrelaçam. Capítulos há em que a narrativa tem por<br />
fonte directa as experiências vividas pelo autor, e outros inspirados em obras literárias da época. Se durante<br />
muito tempo, estudiosos se <strong>de</strong>bruçaram sobre a veracida<strong>de</strong> ou não dos factos apresentados por Fernão<br />
Men<strong>de</strong>s Pinto, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma realida<strong>de</strong> que “A Peregrinação” é uma obra <strong>de</strong> arte e uma sátira com a<br />
sua veracida<strong>de</strong> própria. O autor critica sagazmente os portugueses e as suas instituições, tanto civis como<br />
religiosas, por contraste com o que encontrou no estrangeiro. Com edições em espanhol nos anos <strong>de</strong> 1620<br />
a 1666, em francês nos anos <strong>de</strong> 1628 a 1830, em inglês nos anos <strong>de</strong> 1653 a 1692 e 1969, em alemão nos<br />
anos <strong>de</strong> 1671 a 1874 e 1960, e em holandês nos anos <strong>de</strong> 1652 e 1653, foi esta obra muitíssimo apreciada<br />
no estrangeiro. Talvez porque os portugueses aparecem como anti-heróis, contrariando outras muitas obras<br />
em que sempre apareciam como heróis, houve interesses em manter “A Peregrinação” esquecida durante<br />
largos anos.