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Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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1. INTRODUÇÃO<br />

A importância socioeconômica da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> silvicultura no cenário nacional é<br />

incontestável, representando 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro <strong>em</strong> 2005, e<br />

gerando <strong>em</strong>prego para 7,4% da população ativa do país (SANTIN e REIS, 2007).<br />

Constitui também importante fonte <strong>de</strong> suprimento para o mercado <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

diminuindo a pressão sobre as florestas nativas. A evolução da tecnologia silvicultural<br />

promoveu ganhos acentuados <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> entre 1968 e 2000, conforme apresenta<br />

Bacha (2008), na ord<strong>em</strong> <strong>de</strong> 174% para o eucalipto e 80% para o pinus, promovendo o<br />

Brasil como um dos países com maiores produtivida<strong>de</strong>s mundiais no crescimento das<br />

florestas. Estes fatores consolidam o setor <strong>florestal</strong> como ativida<strong>de</strong> estratégica para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico nacional. Contudo, para a sustentabilida<strong>de</strong> da silvicultura,<br />

no sentido <strong>de</strong> manter ou ainda melhorar a produtivida<strong>de</strong> concomitant<strong>em</strong>ente com a<br />

conservação do solo, água e biodiversida<strong>de</strong>, é preciso que o enfoque do manejo <strong>de</strong><br />

florestas plantadas seja aprimorado, consi<strong>de</strong>rando os critérios ambientais e incorporando<br />

os conceitos <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> bacias hidrográficas.<br />

A gran<strong>de</strong> expansão no setor <strong>florestal</strong> brasileiro teve início com o Programa <strong>de</strong><br />

Incentivos Fiscais <strong>de</strong> 1965. Essa expansão ocorreu num período <strong>em</strong> que a consciência<br />

ambiental ainda não estava consolidada, consequent<strong>em</strong>ente, <strong>em</strong> muitos projetos<br />

florestais não foram consi<strong>de</strong>rados os impactos relacionados à prática da silvicultura<br />

resultando <strong>em</strong> experiências negativas tanto do ponto <strong>de</strong> vista econômico quanto<br />

ambiental (COUTO e DUBÉ, 2001).<br />

Uma das práticas in<strong>de</strong>vidas conduzidas durante a expansão do setor <strong>florestal</strong><br />

brasileiro na época foi a não manutenção das Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanentes<br />

(APPs) regulamentadas no Código Florestal Brasileiro <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1965<br />

(BRASIL, 1965), ou a falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação às novas <strong>de</strong>terminações da lei Fe<strong>de</strong>ral nº<br />

7.803 <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1989 (BRASIL, 1989). A negligência quanto à preservação <strong>de</strong><br />

APPs constitui gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> impactos à qualida<strong>de</strong> da água e à<br />

dinâmica fluvial <strong>de</strong>vido à alteração dos processos hidrológicos, aumento nas taxas <strong>de</strong><br />

erosão e assoreamento <strong>de</strong> leitos fluviais, perdas <strong>de</strong> nutrientes e flutuações na<br />

t<strong>em</strong>peratura da água (LIMA e ZAIKA, 1998; CHECCHIA, 2003; HINKEL, 2003; SILVA,<br />

2003; RIZZI, 2011, SALEMI et al., 2011).<br />

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