04.01.2014 Views

TRABALHO FINAL DE CURSO - INESC-ID

TRABALHO FINAL DE CURSO - INESC-ID

TRABALHO FINAL DE CURSO - INESC-ID

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

MobileREVS 15-10-2006<br />

primeira vez a prova é parcial, isto é o João fica apenas com 50% de certeza que o Ali<br />

Baba conhece o segredo, mas podem repetir o processo até o João ficar convencido.<br />

2.1.4. Cifra de múltipla decifra (threshold decryption)<br />

A cifra de múltipla decifra [Schilcher04] consiste em dispor de uma chave<br />

pública para a cifra e, em vez de existir uma única chave privada, existem várias. Ou<br />

seja, é gerada uma chave (t,n) em que t é o número mínimo de partes da chave<br />

necessários para a decifra, e n é o número de partes da chave que são geradas. Assim<br />

uma mensagem cifrada pela chave pública só pode ser decifrada por quem possuir t<br />

partes da chave privada.<br />

Normalmente este esquema é utilizado distribuindo as n partes da chave privada<br />

por n entidades distintas evitando assim que qualquer coligação de t-1 entidades consiga<br />

quebrar a cifra e ter acesso à mensagem.<br />

Esta técnica é utilizada como um método de verificação da correcção da<br />

contagem dos votos, visto que existem várias combinações possíveis de entidades para<br />

decifrar os votos. Introduz-se também uma melhor protecção contra fugas de resultados<br />

parciais pois o apuramento destes não depende só de uma entidade mas sim de t<br />

entidades.<br />

2.1.5. Cifra com recifra aleatória<br />

Considerando M' a cifra da mensagem M, a técnica de cifra com recifra aleatória<br />

consiste em alterar M' para M", tal que M' seja diferente de M" mas verificando que a<br />

decifra de M" é M.<br />

C[k1](M) = M' ---> F(M') = M" ---> D[k2](M") = M<br />

Esta técnica é utilizada essencialmente em mix-nets, apresentadas na secção<br />

seguinte. Porém, também pode ser usada nos SVE para introduzir confusão no voto,<br />

alterando-o ao passar de entidade em entidade. Só o eleitor consegue provar a sua<br />

votação junto dessas entidades através de zero-knowledge proofs (ver Secção 2.1.3), que<br />

validam a correcção das alterações introduzidas por cada entidade. Normalmente, nos<br />

SVE que utilizam esta técnica o eleitor vê o voto no início da cadeia de entidades que<br />

fazem a recifra e no final escolhe o seu voto.<br />

2.1.6. Mix-nets<br />

A técnica de mix-nets, introduzida por David Chaum em 1981 [Chaum81],<br />

permite a um emissor X enviar uma mensagem anónima de forma segura a Y. Uma mixnet<br />

é constituída por vários servidores mix. Cada servidor mix tem o papel de esconder a<br />

correspondência entre a sua entrada e a sua saída. Segundo este critério é possível<br />

distinguir duas aproximações para as mix-nets: a de cifra e a de recifra.<br />

Luis Costa, Nuno Santos 15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!