TRABALHO FINAL DE CURSO - INESC-ID
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MobileREVS 15-10-2006<br />
4. Arquitectura<br />
O REVS é um sistema de voto desenhado para ambientes distribuídos sujeitos a<br />
falhas, nomeadamente a Internet. O sistema cumpre as características desejadas de um<br />
sistema de votação, como a correcção, democracia, privacidade e verificabilidade. O<br />
REVS também lida com falhas em cenários do mundo real, como falhas nas máquinas<br />
ou na comunicação, o que pode levar a interrupções no protocolo, permitindo assim um<br />
processo de voto seguro mesmo nesses ambientes.<br />
No seguimento deste sistema de votação foi concebido o sistema MobileREVS,<br />
uma versão do REVS que permite a votação a partir de dispositivos móveis. A votação<br />
será realizada via rede telefónica móvel, nomeadamente GPRS/UMTS, fazendo uso das<br />
capacidades do próprio telemóvel.<br />
4.1. Requisitos<br />
Para que os sistemas de votação electrónica possam ser utilizados sem receio,<br />
são necessários protocolos que satisfaçam as propriedades patentes em praticamente<br />
todas as eleições. Deste modo, e à semelhança do REVS, o sistema MobileREVS<br />
cumpre igualmente todas as propriedades que um processo de e-Voting deve oferecer<br />
(ver Secção 1.1.2).<br />
No entanto, e apesar dos dois sistemas assentarem em ambientes distribuídos, os<br />
seus ambiente de execução são diferentes. Enquanto que o REVS foi desenhado para<br />
clientes com computadores pessoais ligado à rede fixa, o sistema MobileREVS foi<br />
desenhado para ambientes móveis. Tal facto traduz-se na introdução de novos<br />
requisitos, para além do cumprimento das propriedades anteriormente definidas para<br />
sistemas de votação electrónica:<br />
• Mobilidade: todos os serviços são oferecidos de igual modo em comparação<br />
a um local de votação fixo. As limitações da rede móvel (e.g. falta de rede)<br />
são as únicas restrições impostas;<br />
• Espaço ocupado pela aplicação: tendo em conta o facto do espaço<br />
disponível na memória dos telemóveis ser um recurso limitado, o espaço<br />
ocupado pela aplicação deve ser minimizado;<br />
• Desempenho: a pouca capacidade de processamento dos telemóveis impõe<br />
um cuidado acrescido no desenvolvimento de aplicações para o mesmo, pois<br />
a realização de operações pesadas (e.g. funções criptográficas) pode levar ao<br />
“congelamento” da interface do utilizador;<br />
• Consumo de energia: a bateria é outra das limitações impostas a ter em<br />
conta; com efeito, a sua exaustão pode implicar uma interrupção involuntária<br />
no processo de votação;<br />
• Custos associados: o serviço de comunicação GPRS/UMTS providenciado<br />
pelos operadores de telecomunicações móveis é taxado em função do<br />
volume de tráfego trocado na rede. Como tal, a quantidade de dados trocados<br />
na rede deve ser minimizado, para que os custos associados não se tornem<br />
um problema na utilização do sistema.<br />
Luis Costa, Nuno Santos 36