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Estudo redefinição de limites e recategorização da Reserva - ICMBio

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Os conflitos na sub-região hídrica Uraricoera estão principalmente relacionados à questão indígena e à<br />

exploração clan<strong>de</strong>stina dos recursos minerais por índios e não-índios, além do fato <strong>de</strong> a região se<br />

constituir em zona <strong>de</strong> fronteira <strong>de</strong> interesse internacional.<br />

A região do Uraricoera representa a área <strong>de</strong> maior expressão <strong>da</strong> Floresta Estacional em Roraima. Existe<br />

uma extensa cobertura <strong>de</strong>ssa vegetação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os contrafortes <strong>da</strong> Serra <strong>de</strong> Pacaraima (serras <strong>de</strong> Sorocaima<br />

e Orocaima) até as margens do médio Rio Uraricoera. A margem direita <strong>de</strong>sse rio também é recoberta<br />

pela mesma vegetação, na região <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> Paredão. Alguns encraves ocorrem em áreas <strong>de</strong> floresta<br />

<strong>de</strong>nsa, principalmente nas vertentes <strong>da</strong> serra do Tepequém e serra do Tocobiren. Também ocorrem<br />

encraves em área <strong>de</strong> savana, além <strong>da</strong> feição aluvial que acompanha os gran<strong>de</strong>s rios (Uraricoera e Parimé e<br />

Surumu).<br />

Bacia do Rio Amajari<br />

A bacia do rio Amajari apresenta um quadro geológico interativo com aquele <strong>da</strong> bacia do rio Uraricoera.<br />

O terreno metavulcano-sedimentar apresenta vocação metalogenética mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a altapara mineralizações<br />

<strong>de</strong> cobre - zinco (ouro e prata associados), níquel, cobre, cromo, cobalto e platinói<strong>de</strong>s.<br />

A ausência <strong>de</strong> levantamentos geológicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe que possibilitem uma compreensão <strong>da</strong>evolução e<br />

situação atual do terreno é um fator restritivo à exploração mineral.<br />

Na cabeceira <strong>da</strong> microbacia rio Amajarí, em seu limite Noroeste aparece, inicialmente, uma faixa <strong>de</strong><br />

floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa sobre neossolo litólico, distrófico, textura média, associado a argissolos e<br />

afloramentos rochosos, em relevo montanhoso, sem potencial para lavouras, recomen<strong>da</strong>ndo-se a sua<br />

<strong>de</strong>stinação para conservação <strong>da</strong> flora e fauna. Na porção intermediária <strong>da</strong> microbacia, aparece uma faixa<br />

<strong>de</strong> floresta ombrófila aberta, sobre argissolo vermelho-amarelo, distrófico, textura média/ argilosa, em<br />

relevo suavemente ondulado a ondulado, apresentando potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> apenas regular para agricultura.<br />

Bacia do Rio Parimé<br />

Gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> bacia do rio Parimé está instala<strong>da</strong> sobre substrato vulcânico e granítico. No baixo curso,<br />

o terreno correspon<strong>de</strong> a metassedimentos e coberturas arenosas mais jovens. O rio Parimé configura o<br />

limite para diversas terras indígenas, citando-se Ouro, Ponta <strong>da</strong> Serra, São Marcos e Raposa Serra do Sol;<br />

na altura do paralelo 40, o rio é cortado pela BR-174, <strong>da</strong>ndo início às terras São Marcos. As exposições<br />

graníticas e vulcânicas para fins ornamentais encontram-se em serras como Curicaca e Tipiti, ao longo <strong>da</strong><br />

BR-174, que expõem frentes <strong>de</strong> rocha expostas, sob forma <strong>de</strong> lajeiros e gran<strong>de</strong>s blocos <strong>de</strong> rocha<br />

subarredon<strong>da</strong>dos. O acesso é realizado pela BR-174 e estra<strong>da</strong>s secundárias, com plena estrutura <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

elétrica. Os ensaios tecnológicos empreendidos nas rochas apontam para sua utilização para fins<br />

ornamentais, com exceção em ambientes úmidos com líquidos corantes.<br />

Nas cabeceiras do rio ocorre uma faixa <strong>de</strong> floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa, sobre argissolo vermelho-amarelo,<br />

distrófico, textura média/argilosa em relevo suavemente ondulado a ondulado, apresentando<br />

potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> regular para lavouras. Nas porções com relevos montanhosos, ocorre neossolo litólico<br />

distrófico <strong>de</strong> textura média e afloramentos <strong>de</strong> rochas,que não apresentam aptidão para uso com lavouras,<br />

sendo indicados para preservação <strong>da</strong> flora e fauna.<br />

Solos<br />

Quanto à classificação, os solos <strong>da</strong> região são: Podzólico Vermelho-Amarelo, Latossolo Vermelho-<br />

Amarelo, Laterita Hidromórfica, Latossolo Amarelo, Latossolo Vermelho-Escuro, Solos Litólicos, Terra<br />

Roxa Estrutua<strong>da</strong>, Planossolo e Afloramentos Rochosos.<br />

E. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DO MUNICÍPIO DE AMAJARI<br />

A maior parte <strong>da</strong> população <strong>de</strong> Amajari concentra-se na zona rural, <strong>da</strong>ndo-lhe uma conotação <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> pequeno porte, estando distribuí<strong>da</strong> em áreas <strong>de</strong> colonização, com <strong>de</strong>staque para a locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>

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