Estudo redefinição de limites e recategorização da Reserva - ICMBio
Estudo redefinição de limites e recategorização da Reserva - ICMBio
Estudo redefinição de limites e recategorização da Reserva - ICMBio
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É sabido que as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas têm causado progressiva <strong>de</strong>struição e fragmentação <strong>de</strong><br />
habitats; no Estado <strong>de</strong> Roraima esta situação se agrava por causa <strong>da</strong> cultura do uso do fogo nas<br />
lavouras e <strong>de</strong>smatamentos constantes, seja para estabelecimento <strong>de</strong> pastos ou para retira<strong>da</strong> ilegal<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras.<br />
Uma <strong>da</strong>s melhores formas <strong>de</strong> se preservar <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s espécies ou <strong>de</strong> se manter a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
biológica original <strong>da</strong> região é a sua conservação in situ, através <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
garantindo a manutenção tanto <strong>da</strong>s próprias espécies quanto dos seus habitats.<br />
Conforme o Decreto nº 6.754/2009 que regulamenta a Lei 10.304/01, que dispõe <strong>da</strong> transferência<br />
ao domínio do Estado <strong>de</strong> Roraima as terras pertencentes à União:<br />
Art 1º Ficam transferi<strong>da</strong>s gratuitamente ao Estado <strong>de</strong> Roraima as terras públicas<br />
fe<strong>de</strong>rais situa<strong>da</strong>s em seu território que estejam arreca<strong>da</strong><strong>da</strong>s e matricula<strong>da</strong>s em nome <strong>da</strong><br />
União, em cumprimento ao disposto no art. 1o <strong>da</strong> Lei no 10.304, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />
2001.<br />
§ 1º A transferência <strong>de</strong> que trata o caput será feita consi<strong>de</strong>rando:<br />
I - a exclusão <strong>da</strong>s áreas: (...)<br />
d) <strong>da</strong>s seguintes uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação em processo <strong>de</strong> instituição: <strong>Reserva</strong> Extrativista<br />
Baixo Rio Branco Jauaperi, Florestal Nacional Jauaperi, Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação<br />
Lavrados, ampliações do Parque Nacional Viruá e <strong>da</strong> Estação Ecológica Maracá e as<br />
áreas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à <strong>re<strong>de</strong>finição</strong> dos <strong>limites</strong> <strong>da</strong> <strong>Reserva</strong> Florestal Parima e <strong>da</strong> Floresta<br />
Nacional Pirandirá. (grifo nosso)<br />
Com a <strong>re<strong>de</strong>finição</strong> dos <strong>limites</strong> <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> será consoli<strong>da</strong>do o corredor ecológico partindo <strong>da</strong><br />
fronteira com a Venezuela até a Terra Indígena Waimiri-Atroari, perpassando pela ESEC<br />
Maracá, Flona Roraima e mosaico <strong>de</strong> Caracaraí. <strong>Estudo</strong>s <strong>de</strong>monstram a eficiência <strong>de</strong>sses<br />
corredores para a conservação, sugerindo que atuam na manutenção <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> genética <strong>de</strong><br />
populações nativas, ao permitir um fluxo <strong>de</strong> indivíduos entre populações anteriormente<br />
conecta<strong>da</strong>s.<br />
As características bióticas do Estado <strong>de</strong> Roraima justificam o planejamento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />
Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação, integrando as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> proteção integral e <strong>de</strong> uso direto, com as<br />
terras indígenas.<br />
A <strong>recategorização</strong> e <strong>re<strong>de</strong>finição</strong> <strong>da</strong> <strong>Reserva</strong> Florestal do Parima são essenciais para a prevenção<br />
<strong>da</strong> ocupação irregular em áreas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental, e para a instalação <strong>de</strong> um<br />
sistema <strong>de</strong> proteção eficiente para preservação do patrimônio natural do Estado.