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ECONOMIA - Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento

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ENERGIA ALTERNATIVA<br />

Goiás sai na frente e já começa a<br />

implantar Programa do Biodiesel<br />

Com os estoques mundiais<br />

<strong>de</strong> petróleo mostrando sinais<br />

<strong>de</strong> esgotamento e o<br />

movimento pela diminuição dos<br />

níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong><br />

carbono na atmosfera (Protocolo<br />

<strong>de</strong> Kioto), está em andamento, em<br />

escala planetária, o esforço pelo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alternativas<br />

energéticas limpas, ou chamadas<br />

renováveis. Dentro <strong>de</strong>sse contexto,<br />

Goiás já utiliza fontes renováveis<br />

para aten<strong>de</strong>r 54,6% do total<br />

<strong>de</strong> seu consumo anual <strong>de</strong> energia<br />

(lenha, eletricida<strong>de</strong>, carvão vegetal,<br />

álcool anidro e hidratado, caldo<br />

e bagaço <strong>de</strong> cana), conforme<br />

Balanço Energético relativo a<br />

2003, elaborado pela <strong>Secretaria</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Estado</strong> da Infra-Estrutura.<br />

A meta agora é fazer com que<br />

o <strong>Estado</strong> saia na frente na implementação<br />

da produção do biodiesel,<br />

um tipo <strong>de</strong> combustível renovável<br />

produzido a partir <strong>de</strong> óleos<br />

vegetais. Para isso, o governo<br />

estadual instituiu em fevereiro<br />

último o Comitê do Programa<br />

Goiano do Biodiesel, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> fomentar a ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />

do biodiesel em Goiás e contribuir<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentado do <strong>Estado</strong>.<br />

O comitê é constituído por representantes<br />

das <strong>Secretaria</strong>s da Infra-Estrutura,<br />

Agricultura, <strong>Planejamento</strong>,<br />

Ciência e Tecnologia, Indústria<br />

e Comércio, Fazenda e<br />

Meio Ambiente, além da Celg. Também<br />

participam representantes<br />

Secretár<br />

etário Leonardo<br />

Vilela<br />

Goiás po<strong>de</strong> ser um dos maiores produtores<br />

<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe, como o<br />

Sindicato da Indústria do Álcool<br />

(Sifaeg) e as Fe<strong>de</strong>rações da Agricultura<br />

(Faeg) e das Indústrias<br />

(Fieg). O secretário <strong>de</strong> Infra-Estrutura,<br />

Leonardo Vilela, presi<strong>de</strong> o comitê.<br />

"Minha visão é que temos<br />

um mercado consumidor potencial<br />

e condições favoráveis para a<br />

produção <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> combustível",<br />

<strong>de</strong>staca.<br />

Ecologicamente correto<br />

eto<br />

O biodiesel é bio<strong>de</strong>gradável,<br />

portanto ecologicamente correto.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um óleo diesel menos<br />

poluente e que não contém<br />

enxofre. Por meio<br />

<strong>de</strong> um processo químico<br />

(metanol ou etanol<br />

mais catalisador e óleos<br />

vegetais) é possível fabricar<br />

o biodiesel. Ele<br />

po<strong>de</strong> ser produzido a<br />

partir <strong>de</strong> óleos <strong>de</strong> soja,<br />

mamona, <strong>de</strong>ndê, caroço<br />

<strong>de</strong> algodão, girassol, babaçu<br />

e palma, entre outros.<br />

Sua ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />

é bastante complexa,<br />

ao envolver diversos<br />

setores da economia.<br />

A ca<strong>de</strong>ia do biodiesel<br />

começa na agricultura,<br />

com a produção<br />

<strong>de</strong> oleaginosas, elo que<br />

requer <strong>de</strong>senvolvimento<br />

agrícola para melhoramento<br />

genético e elevação<br />

da produtivida<strong>de</strong>.<br />

Os grãos colhidos são encaminhados<br />

para o esmagamento na<br />

indústria <strong>de</strong> óleos vegetais. Em<br />

seguida, o óleo bruto mais etanol<br />

é transformado em biodiesel na<br />

indústria do combustível. Essa<br />

etapa requer <strong>de</strong>senvolvimento<br />

tecnológico. O próximo passo é<br />

a distribuição do biodiesel em<br />

postos <strong>de</strong> combustíveis até o<br />

mercado consumidor, o que<br />

ocorrerá por meio <strong>de</strong> sua adição<br />

ao diesel <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> petróleo. A<br />

análise é da Comissão <strong>de</strong> Biodiesel<br />

da Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Óleos Vegetais (Abiove).<br />

28<br />

<strong>ECONOMIA</strong> & DESENVOLVIMENTO ABRIL/JUNHO 2005

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