ECONOMIA - Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento

Pólo começou a se configurar em 1989
Foto: Sílvio Simões
Ivan da Glória,
do Sindifar
argo
Incentivos fiscais atraíram empresas
O pólo farmacêutico instalado no
Distrito Agroindustrial de Anápolis
(Daia) começou a se configurar em
1989 com a instalação do Laboratório
Neo Química, vindo depois o Teuto
Brasileiro, o Vitapan e outros. Hoje
funcionam no Daia 14 indústrias e
empresas farmacêuticas que empregam
cerca de 4 mil pessoas e produzem
40 milhões de unidades mensais,
principalmente similares, representando
a maior concentração da
atividade em Goiás.
Na avaliação do presidente do
Sindicato das Indústrias Farmacêuticas
e Correlatas do Estado de
Goiás (Sindifargo), Ivan da Glória
Teixeira, as empresas do segmento
químico e farmacêutico se instalaram
em Goiás atraídos pelos incentivos
fiscais e também pelo trabalho
desenvolvido para a formação
de mão-de-obra especializada, por
meio do curso de graduação de farmácia
industrial da Universidade
Federal de Goiás (UFG) e depois da
Universidade Estadual de Goiás
(UEG), com o curso de farmácia.
No ano passado, o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial
(Senai) começou a ministrar
em Anápolis o curso tecnólogo
em química farmacêutica. O Instituto
da Gestão Tecnológica e
Farmacêutica (IGTF) oferece o
curso de pós-graduação em tecnologia
farmacêutica.
Ivan da Glória aponta a
logística (proximidade de
Anápolis a Brasília e Goiânia)
como outro fator que
estimula as indústrias e distribuidoras
de medicamentos
a se instalarem no Daia.
"A tendência é o pólo farmacêutico
goiano se estruturar
e consolidar. Entretanto,
um dos desafios é a questão
do acesso da população
aos medicamentos", pondera.
Ele defende que o governo
federal adote uma política
de apoio ao desenvolvimento
da produção de
genéricos, que são mais baratos,
garantindo incentivos
fiscais às indústrias.
Sobre a recente resolução
da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) autorizando
a venda fracionada de
remédios nas farmácias, o presidente
do Sindifargo ressalta que
os representantes das indústrias
não são contrários à medida, mas
temem os efeitos da aplicação do
Números do
pólo farmacêutico
23 empresas em funcionamento
17 indústrias privadas
1 indústria pública - Iquego
4 distribuidoras de insumos
1 indústria farmoquímica
Produção: 620 milhões de
unidades/ano
Faturamento: R$ 2,04 bilhão
em 2004
5.950 trabalhadores empregados
Investimentos previstos de R$ 308
milhões até 2007
Sede do Neo Química, no Daia
Diversificação e qualidade fazem o diferencial da linha de produtos
Foto: Neo Química/Divulgação
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO ABRIL/JUNHO 2005