Censo industrial do arranjo produtivo local de confecções - Ipardes
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fornece<strong>do</strong>res, crian<strong>do</strong> um aprendiza<strong>do</strong> coletivo para a melhoria <strong>do</strong>s<br />
méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção, qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s produtos e maior capacitação<br />
tecnológica.<br />
Nesse ambiente, a empresa, anteriormente isolada, insere-se em um meio<br />
social que incentiva os processos <strong>de</strong> absorção e adaptação <strong>do</strong> conhecimento por<br />
meio da difusão, e promove a cooperação (mesmo entre empresas concorrentes),<br />
sen<strong>do</strong> elaboradas novas competências. Também <strong>de</strong>sperta outras habilida<strong>de</strong>s, sen<strong>do</strong><br />
a principal a própria habilida<strong>de</strong> para apren<strong>de</strong>r, nascen<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong><br />
aprendizagem, novos conhecimentos e tecnologias.<br />
Esse processo contribui para construir um ambiente inova<strong>do</strong>r (milieu<br />
innovateur), por meio da interação com instituições <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e<br />
Inovação (C&T&I), agrupan<strong>do</strong> um sistema <strong>de</strong> produção, cultura técnica e atores<br />
organiza<strong>do</strong>s, que utilizam os recursos materiais e imateriais regionais e<br />
produzem e trocam bens, serviços especializa<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> comunicação, forman<strong>do</strong><br />
uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações e vínculos <strong>de</strong> cooperação e inter<strong>de</strong>pendência.<br />
Esse ambiente é propício à existência <strong>de</strong> spin-off, que consiste no processo<br />
<strong>de</strong> geração <strong>de</strong> novas empresas, atuan<strong>do</strong> com produtos <strong>de</strong> base tecnológica<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s em institutos <strong>de</strong> pesquisa.<br />
Na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> meio regional inova<strong>do</strong>r, o papel central pertence aos atores,<br />
os quais têm uma representação e uma concepção convergente sobre aquilo que<br />
a organização regional produz quan<strong>do</strong> integra as capacida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s sistemas locais,<br />
valorizan<strong>do</strong> a maior criativida<strong>de</strong> socioeconômica resultante. O meio inova<strong>do</strong>r<br />
regional, portanto, é o conjunto das habilida<strong>de</strong>s coletivas oriundas das práticas<br />
acumuladas nas re<strong>de</strong>s e da “mobilização nos procedimentos mais ou menos<br />
informais que fazem avançar as problemáticas econômicas propriamente<br />
regionais, bem como suas soluções. Assim, o meio regional inova<strong>do</strong>r se manifesta<br />
por meio da cultura que assim se constitui” (BENKO, 1994, p.63).<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, a formação <strong>do</strong>s APLs está vinculada tanto a aspectos<br />
históricos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação como a aspectos territoriais <strong>de</strong> âmbito regional ou<br />
<strong>local</strong>, a partir da mesma base socioeconômica, levan<strong>do</strong> ao sentimento da<br />
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