Novembro de 2011 - Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Corpo <strong>de</strong> Bombeiros do Paraná:<br />
99 anos <strong>de</strong> história em <strong>de</strong>fesa da vida!<br />
Tiveram início os serviços contra incêndios na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba com uma Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bombeiros<br />
Voluntários. Era a Socieda<strong>de</strong> Teuto-Brasileira <strong>de</strong><br />
Bombeiros Voluntários, fundada em 1897, e visava<br />
satisfazer a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contemplar a comunida<strong>de</strong><br />
com um serviço contra incêndios, <strong>de</strong> caráter<br />
supletivo ao Governo do Estado e Município, os<br />
quais, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> escassos recursos financeiros,<br />
tinham dificulda<strong>de</strong> para organizarem o Departamento<br />
Contra o Fogo.<br />
Passados 30 anos da primeira tentativa, finalmente,<br />
no ano <strong>de</strong> 1912, o então Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Província do Paraná, Dr. Carlos Cavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque,<br />
apresentou ao Congresso Legislativo do<br />
Paraná um pedido <strong>de</strong> crédito necessário à criação<br />
<strong>de</strong> um Corpo <strong>de</strong> Bombeiros na Capital. Criou-se então<br />
o “Corpo <strong>de</strong> Bombeiros do Estado do Paraná”.<br />
Organizou-se, assim, pela sanção da Lei n° 1.133,<br />
<strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1912, a tão esperada organização<br />
que tinha equiparado os postos dos seus<br />
componentes, na plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus direitos, honras,<br />
prerrogativas e vantagens, aos equivalentes<br />
do Regimento <strong>de</strong> Segurança que é a atual Polícia<br />
Militar do Paraná.<br />
O dia 08 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1912 marcou o início<br />
<strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s do Corpo <strong>de</strong> Bombeiros do Estado<br />
do Paraná, pela leitura da or<strong>de</strong>m do dia n° 1, baixada<br />
pelo Major Fabriciano do Rego Barros, primeiro<br />
Comandante da Corporação.<br />
A constituição inicial tinha caráter rigorosamente<br />
militar e a imprescindível autonomia completa,<br />
possuía um Estado-Maior, duas companhias e dois<br />
Estado-Menor. No ano <strong>de</strong> 1917 foi incorporado à<br />
Força Militar como Companhia <strong>de</strong> Bombeiros.<br />
Foi inaugurado, festivamente, o prédio do quartel<br />
(sito às ruas Ébano Pereira e Cândido Lopes,<br />
tendo, aos fundos, a alameda Dr. Muricy), em 14<br />
<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1914. Via-se, ao centro, a torre metálica,<br />
importada da Alemanha na fundação do Corpo<br />
<strong>de</strong> Bombeiros. As luzes da elegante torre metálica,<br />
apta a qualquer exercício <strong>de</strong><br />
bombeiro, eram dois: o branco<br />
e o vermelho. A segunda <strong>de</strong>ssas<br />
lâmpa<strong>das</strong> elétricas, quando<br />
acesa, expressava sinal aos<br />
bombeiros <strong>de</strong> folga para sua<br />
recolhida ao quartel, indício que<br />
era dada partida da Primeira<br />
Prontidão e consequente formação<br />
do Segundo Socorro, sendo<br />
sobreaviso para todo o pessoal.<br />
O quartel permaneceu ali até o<br />
ano <strong>de</strong> 1951, quando o prédio<br />
foi <strong>de</strong>molido, dando lugar ao<br />
mo<strong>de</strong>rno edifício da Biblioteca<br />
Pública Estadual.<br />
O dia, nos primeiros anos <strong>de</strong><br />
existência da corporação, era<br />
também bastante aproveitado, trabalhoso como<br />
sempre foi: exercícios <strong>de</strong> bomba, instrução <strong>de</strong> infantaria,<br />
ginástica sueca e acrobática, esgrima<br />
para oficiais, ensaios <strong>de</strong> corneteiros, trabalhos <strong>de</strong><br />
gabinete, revistas <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fardamento,<br />
armamento e equipamento,<br />
inspeção do material,<br />
faxina, revista <strong>de</strong><br />
camas, escola regimental,<br />
etc.<br />
Em 1928, voltou a<br />
ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, com<br />
a constituição <strong>de</strong> Corpo,<br />
por intermédio da<br />
Lei n° 2.517 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 1928, passando<br />
a ter Estado-<br />
-Maior, Estado-Menor<br />
e duas companhias.<br />
Em 1931, passou novamente<br />
a fazer parte<br />
da Força Militar como<br />
Batalhão Sapadores-<br />
-Bombeiros, para fins<br />
militares, tendo, porém, sua parte administrativa e<br />
técnica <strong>de</strong>svinculada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Comando<br />
Geral.<br />
No ano <strong>de</strong> 1932, o Decreto n° 134 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />
janeiro do mesmo ano, dispôs que a Corporação<br />
<strong>de</strong> Bombeiros passava a ser chamada Corpo <strong>de</strong><br />
Bombeiros e tinha caráter in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da Força<br />
Militar, embora po<strong>de</strong>ndo ser empregado em serviços<br />
<strong>de</strong> guerra.<br />
Em 1934, por intermédio do Decreto n° 86 <strong>de</strong><br />
18 <strong>de</strong> janeiro, o Governo sujeitou os integrantes<br />
do Corpo <strong>de</strong> Bombeiros à Justiça Militar da Força<br />
e reduziu-o a uma companhia, vedando as transferências<br />
entre uma Corporação e outra. Em 1936,<br />
passa à administração do Município e, em 1938,<br />
retornou à administração do Estado sendo reincorporado<br />
à Polícia Militar com a <strong>de</strong>nominação<br />
<strong>de</strong> Companhia <strong>de</strong> Bombeiros, porém gozando <strong>de</strong><br />
autonomia administrativa para<br />
aplicação dos meios que lhe<br />
fossem atribuídos no orçamento<br />
do Estado. Determinou o Governador<br />
do Estado, Bento Munhoz<br />
da Rocha Neto, que fosse<br />
<strong>de</strong>molida a tradicional caserna<br />
dos bombeiros, visando executar<br />
o projeto <strong>de</strong> alargamento<br />
da Rua Cândido Lopes, medida<br />
imprescindível para o <strong>de</strong>safogo<br />
do intenso trânsito <strong>de</strong> veículos,<br />
naquele trecho central da cida<strong>de</strong>.<br />
Mudou-se, assim, no dia 04<br />
<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1951, quarta-feira, a<br />
se<strong>de</strong> da administração do Corpo<br />
<strong>de</strong> Bombeiros e sua Estação-<br />
-Central para a Avenida Viscon<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Guarapuava, esquina com Nunes Machado.<br />
Iniciou-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a adaptação do prédio (que<br />
fora quartel do Exército, inclusive do 14° Regimento<br />
<strong>de</strong> Cavalaria e do 5° Batalhão <strong>de</strong> Engenharia; Casa<br />
<strong>de</strong> Detenção e, há uns 20 anos, se<strong>de</strong> da Guarda Civil<br />
da Capital) às suas novas finalida<strong>de</strong>s. Abertura<br />
<strong>de</strong> pátios e construção <strong>de</strong> um parque <strong>de</strong> Primeiro<br />
Socorro com alojamento da Primeira Prontidão, barracões<br />
<strong>das</strong> oficinas, etc., levantaram-se como por<br />
encanto, graças à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> improvisação do<br />
comando e dos seus operosos subordinados.<br />
Foi <strong>das</strong> mais comovi<strong>das</strong> a <strong>de</strong>spedida do quartel<br />
da Rua Ébano Pereira. O Comandante Souza Teixeira<br />
compreen<strong>de</strong>u o alcance do fato para a história<br />
da Corporação. Tudo previu e, com digna solenida<strong>de</strong>,<br />
foi levada a efeito.<br />
Em 1953, a Corporação passou a <strong>de</strong>nominar-se<br />
Corpo <strong>de</strong> Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.<br />
Colaboração: Major Mauricio Aliski<br />
Chefe da Comunicação Social do Corpo <strong>de</strong><br />
Bombeiros da Polícia Militar do Paraná<br />
Boletim Informativo da Paróquia <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>das</strong> Mercês - 13