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Referência Laboratorial no âmbito das<br />

Toxinfecções<br />

Alimentares<br />

DIA DO INSA<br />

Lisboa, 29 de Setembro de 2009<br />

Margarida Saraiva<br />

Departamento de Alimentação e Nutrição<br />

Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira<br />

Laboratório de Microbiologia<br />

margarida.saraiva@insa.min-saude.pt Margarida Saraiva<br />

As toxinfecção alimentares têm um grande<br />

impacto tanto a nível de saúde pública<br />

como a nível económico.<br />

Margarida Saraiva


• Surtos graves de toxinfecções têm sido<br />

documentados em todos os continentes<br />

na última década.<br />

• A percentagem de doenças em alguns<br />

países aumentou significativamente.<br />

Agosto 2008 WHO<br />

http://www.who.int/features/factfiles/food_safety/en/index.html<br />

As intoxicações alimentares provocadas por<br />

Campylobacter aumentaram 14.2% na UE em 2007.<br />

Diário de Notícias de 21-01-2009<br />

Margarida Saraiva<br />

Uma efectiva segurança alimentar<br />

Identificar perigos<br />

Estabelecer prioridades de intervenção<br />

Relação entre o alimento e o agente<br />

patogénico desde a produção até ao consumo.<br />

Margarida Saraiva


A averiguação laboratorial<br />

• Autocontrole<br />

• Controle<br />

• Vigilância<br />

• Monitorização<br />

• Estudo de Toxinfecções<br />

Margarida Saraiva<br />

Detectar Surtos<br />

Denúncia da população<br />

Admissão hospitalar<br />

Vigilância laboratorial de agentes patogénicos<br />

(SINAVE)<br />

• Aumento do nº de casos reportados<br />

• Aumento do nº de isolados de um certo<br />

microrganismo patogénico<br />

Margarida Saraiva


O sucesso da investigação está dependente<br />

da organização da equipe de investigação.<br />

Todos os indivíduos envolvidos devem,<br />

claramente, saber a forma de actuar e em<br />

casos de dúvidas a quem recorrer.<br />

A investigação deve ser coordenada por uma<br />

equipe multidisciplinar.<br />

Margarida Saraiva<br />

Evidência de Surtos<br />

Investigação Epidemiológica<br />

Investigação Laboratorial (Biológicos, Alimentares)<br />

Margarida Saraiva


Investigação Laboratorial<br />

Inquérito epidemiológico<br />

Amostragem<br />

Protocolo analítico<br />

Métodos<br />

Resultados -Apreciação<br />

Margarida Saraiva<br />

Amostragem<br />

• O local onde o alimento suspeito foi produzido,<br />

processado, manuseado, deve ser visitado o<br />

mais cedo possível.<br />

• As amostras de alimentos, ambientais e dos<br />

manipuladores de alimentos, devem ser<br />

rapidamente colhidas.<br />

• Medidas de controlo específico podem ser<br />

implementadas unicamente quando o modo de<br />

transmissão é conhecido.<br />

Margarida Saraiva


A representatividade da amostra<br />

– O tempo que decorre até à realização de análises<br />

– A quantidade de amostra disponível<br />

– O modo de conservação da amostra<br />

Condiciona o resultado laboratorial<br />

Margarida Saraiva<br />

Amostragem<br />

O alimento deve ser exaustivamente descrito em termos de:<br />

• todos os ingredientes crus e materiais usados,<br />

• origem dos ingredientes,<br />

• processamento,<br />

• preparação,<br />

• manipuladores,<br />

• equipamentos,<br />

• tempo e temperaturas a que o alimento foi exposto,<br />

• local de consumo.<br />

Margarida Saraiva


Protocolo Analítico<br />

Tendo por base um inquérito epidemiológico depois de relacionar<br />

a sintomatologia, períodos de incubação, factores de risco<br />

pessoais e alimentares.<br />

Deve ser um laboratório treinado que participa em programas de<br />

Avaliação Externa da Qualidade de controlo de execução de<br />

protocolos analíticos em surtos de toxinfecção alimentar.<br />

Perante a presença de um agente patogénico não se deve<br />

descurar a existência de outro.<br />

A quantificação de agentes patogénicos e a quantificação de<br />

Indicadores/deteriorantes é uma mais valia na avaliação de riscos.<br />

Margarida Saraiva<br />

Tecnologia Laboratorial<br />

Métodos:<br />

padronizados internacionalmente<br />

utilizados por laboratórios experientes na detecção de<br />

microrganismos patogénicos/toxinas<br />

Identificar “novos<br />

em alimentos;<br />

microrganismos“<br />

Detectar microrganismos em níveis<br />

baixos;<br />

Com o uso de métodos de separação<br />

imunomagnética e de PCR fica facilitada<br />

a investigação de surtos.<br />

Margarida Saraiva


Tecnologia Laboratorial<br />

Diferenciar microrganismos:<br />

Sero e fago tipagem<br />

Tecnologias moleculares como o perfil plasmídico e<br />

“pulsed-field” gel electroforese auxiliam o estudo de<br />

casos isolados aparentemente não relacionados.<br />

Margarida Saraiva<br />

Resultados -Apreciação<br />

Necessidade de apreciar os resultados dos ensaios de<br />

acordo com o método utilizado, o alimento em causa, o<br />

local de consumo, para avaliar a:<br />

possibilidade de ter sido a causa ou não da toxinfecção<br />

aceitabilidade do produto de acordo com a legislação e/ou<br />

Valores Guia<br />

Margarida Saraiva


Fim de um surto<br />

• Identificar medidas de controlo e planear a sua<br />

implementação;<br />

• Avaliar se os estudos foram bem conduzidos;<br />

• Clarificar necessidades de investigação;<br />

• Verificar necessidade de mudanças ou de treino<br />

para optimizar respostas a futuros surtos;<br />

• Alterar linhas guia de segurança alimentar;<br />

• Discutir questões legais que possam surgir.<br />

Margarida Saraiva<br />

Futuros Estudos<br />

Estudos de monitorização ou vigilância poderão ter de<br />

ser implementados.<br />

• se um novo ou não usual patogénio foi envolvido<br />

• se é necessário parar/conhecer o risco de um<br />

patogénio numa determinada fase da cadeia de<br />

processamento.<br />

Margarida Saraiva


A infecção septicémica por Listeria monocytogenes<br />

(L.m.) do recém-nascido foram reveladas por<br />

hemocultura do sangue colhido após o nascimento.<br />

Foi detectada L.m. no exame bacteriológico de<br />

exsudado vaginal da mulher, imediatamente a seguir ao<br />

parto, ocorrido às 36 semanas de gravidez.<br />

Inquérito epidemiológico, suspeitou-se que a infecção<br />

materna tivesse ocorrido por ingestão de requeijão no<br />

último mês da gravidez, ocasião de uma indisposição do<br />

tipo pseudo-gripal.<br />

Na falta do alimento consumido, foi estudado<br />

requeijão da mesma origem de fabrico onde se isolou<br />

L.m. pertencente ao mesmo serovar - 4b.<br />

Estudo de queijarias no País.<br />

Margarida Saraiva<br />

Em segurança alimentar, se não há números<br />

sobre uma doença e formas de verificar o seu<br />

aumento ou queda ao longo do tempo, é difícil<br />

ser-se eficiente<br />

Margarida Saraiva


Redes de Informação<br />

Em Portugal estes dados são relativamente escassos<br />

e os que existem, encontram-se dispersos.<br />

O registo das toxinfecções alimentares é crucial<br />

para se poderem avaliar os riscos que os<br />

organismos patogénicos representam.<br />

Margarida Saraiva<br />

Estudo de Surtos devem ser usados para Avaliação do Risco<br />

• Identificação perigos<br />

• Avaliação exposição<br />

• Caracterização perigos,<br />

• Caracterização risco em graus de risco:<br />

Sistemática<br />

Objectiva<br />

Baseada em dados científicos<br />

Tomar decisões sobre perigos<br />

Margarida Saraiva


Os governos devem estabelecer Metas relativamente ao nível<br />

de risco aceitável (ALOP-Appropriate Level of Protection )<br />

Grau de risco que a sociedade está disposta a<br />

tolerar/aceitar<br />

É normalmente expresso pelo nº de casos em<br />

100 000 habitantes<br />

Não é mais que um valor que leva à<br />

implementação de medidas de segurança no<br />

controlo/inspecção ou na produção<br />

Margarida Saraiva<br />

Adaptado do Guia Simplificado para compreensão e uso de objectivos de inocuidade de alimentos e<br />

objectivos de desempenho. ICMSF<br />

Margarida Saraiva


A importância de Comunicação do Risco<br />

Tendências do país<br />

Microrganismos responsáveis e<br />

alimentos implicados<br />

Dados de origem humana<br />

Dados de origem animal<br />

Dados de origem alimentar<br />

Dados de toxinfecções alimentares<br />

Medidas preventivas adequadas<br />

Margarida Saraiva<br />

Vigilância das doenças de origem alimentar<br />

• Uma contínua sistemática compilação, comparação e<br />

análise de dados fiáveis ;<br />

• Uma atempada disseminação da informação<br />

resultante,<br />

• Permitirá que os órgãos responsáveis tomem acções<br />

apropriadas.<br />

Margarida Saraiva


Conclusões<br />

O esclarecimento cabal dos incidentes de Toxinfecção Alimentar<br />

exige que as amostras suspeitas (produtos biológicos e<br />

alimentos suspeitos) sejam encaminhadas para os laboratórios<br />

do INSA, capacitados para estabelecer o nexo de causalidade<br />

entre os casos humanos e os alimentos responsáveis.<br />

É fundamental dotar a rede de Laboratórios de Saúde Pública de<br />

todos os requisitos necessários para a execução de ensaios no<br />

âmbito da Segurança Alimentar, de modo a instalar capacidade<br />

para o esclarecimento de surtos e para a realização de estudos<br />

de monitorização e vigilância que em termos de prevenção<br />

venham a ser requeridos.<br />

Margarida Saraiva<br />

Margarida Saraiva

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