PRODUZINDO A DEFESA DO BRASIL
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AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A INDÚSTRIA DE <strong>DEFESA</strong><br />
“Atuação do APL de<br />
Defesa do Grande ABC<br />
tem contribuído para<br />
aprimorar o diálogo<br />
entre academia e<br />
indústria...”<br />
sempre será primordial. Mas<br />
afirma ser imprescindível existir<br />
o preparo técnico e a capacitação,<br />
disciplinas que permitam<br />
olhar para esses desafios. “O<br />
aluno não pode sair da universidade<br />
sem conhecer a dinâmica e a linguagem<br />
da indústria, ou vai se sentir<br />
órfão quando for para o mercado de<br />
trabalho”, analisa.<br />
No intuito de estimular o<br />
envolvimento dos estudantes<br />
com o segmento industrial, o<br />
IMT busca oportunidades de<br />
atividades junto às empresas<br />
além do que já é realizado por<br />
conta do estágio obrigatório<br />
fora da instituição. “A execução<br />
desses trabalhos acaba envolvendo<br />
toda nossa infraestrutura e os<br />
profissionais – alunos, professores,<br />
engenheiros, especialistas, consultores<br />
e técnicos –, além de fornecer novos<br />
desafios e possibilitar a constante<br />
atualização do conhecimento”, comenta<br />
o diretor do Centro de<br />
Pesquisas do IMT, José Roberto<br />
Augusto de Campos. Segundo<br />
ele, esse é um aspecto bastante<br />
valorizado pelo mercado de<br />
trabalho e caracteriza um diferencial<br />
dos formandos.<br />
A mesma diversidade de cursos<br />
e disciplinas que favorece a<br />
integração entre as universidades<br />
e a indústria de defesa também<br />
pode ajudar os estudantes na<br />
definição e na preparação de<br />
sua trajetória profissional. Na<br />
Universidade Federal do ABC<br />
(UFABC), o pioneiro projeto<br />
pedagógico com bacharelados<br />
interdisciplinares proporciona<br />
essa condição aos alunos. “Eles<br />
têm até três anos para tomar a decisão<br />
sobre sua formação. Nesse período,<br />
poderão conhecer diversas áreas e<br />
absorver muita informação, o que lhes<br />
dará muito mais segurança para fazer<br />
tal escolha”, explica o reitor Klaus<br />
Capelle. Os futuros empregadores<br />
desses estudantes também são<br />
favorecidos, pois contratarão profissionais<br />
já mais integrados com<br />
o segmento em que vão atuar.<br />
Diálogo precisa melhorar<br />
Embora o Grande ABC se destaque<br />
tanto pelo polo industrial<br />
quanto pelas instituições de<br />
ensino, a comunicação entre os<br />
dois setores ainda tem muito<br />
o que amadurecer e avançar.<br />
“A aproximação entre academia<br />
e empresas não é uma tradição no<br />
Brasil, por isso as parcerias entre os<br />
dois segmentos não são tão comuns<br />
como gostaríamos. E não apenas<br />
na área de defesa, mas em todos<br />
os setores industriais”, comenta<br />
Capelle. A opinião é compartilhada<br />
pelo reitor da FEI. “O<br />
diálogo entre academia e indústria<br />
não é tão próximo, pois há interesses<br />
distintos”, explica Prado.<br />
Os executivos das instituições<br />
de ensino acreditam que a<br />
redução dessa distância contribuiria<br />
de forma significativa<br />
para o melhor aproveitamento<br />
Professor Fábio do Prado<br />
do parque industrial já instalado<br />
no ABC e para estimular o<br />
surgimento de novas empresas.<br />
Também concordam que o<br />
trabalho realizado pelo APL de<br />
Defesa do Grande ABC é um<br />
ponto de partida para mudar<br />
esse cenário. “A formação desse<br />
grupo é uma iniciativa de visão<br />
e espero que seja cada vez mais<br />
difundida a ideia de que todos ganham<br />
– indústria, academia e setor<br />
público”, destaca Prado.<br />
Por falar em setor público,<br />
Capelle acrescenta que em<br />
muitos casos é o engessamento<br />
burocrático que dificulta<br />
o avanço das ações conjuntas.<br />
“Felizmente, nas prefeituras<br />
“Diversidade de cursos<br />
e disciplinas multiplica<br />
oportunidades de<br />
parcerias entre<br />
instituições de ensino e<br />
empresas...”<br />
Foto: Divulgação<br />
www.industriadefesaabc.com.br • Edição 01• Maio de 2014 31