eparacao17.qxp 9/16/2009 11:33 AM Page 6 6 Setembro <strong>de</strong> 2009 - Edição 17 www.reparacaoautomotiva.com.br ENTREVISTA AGO: Tem sim. Há todo um processo pelo qual as oficinas interessadas <strong>de</strong>vem participar e <strong>de</strong>pois também é feito acompanhamento periódico, sempre com o aval da CETESB. As oficinas precisam estar atualizadas com as novas tecnologias que surgem para oferecer serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aos motoristas. Para um controle efetivo <strong>de</strong>stas empresas, foi contratado pelo SIN- DIREPA-SP, o Instituto da Qualida<strong>de</strong> Automotiva -IQA, que é responsável pelas auditorias. RA: Fale sobre os serviços que são executados por essas oficinas. AGO: Os serviços executados se referem à regulagem do motor, troca <strong>de</strong> filtros, avaliação do sistema <strong>de</strong> alimentação e exaustão e reparos necessários que interferem diretamente na emissão <strong>de</strong> poluentes do veículo. RA: Existe um <strong>de</strong>sconto na multa para os proprietários <strong>de</strong> veículos a diesel que apresentarem o relatório <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> emitido pelas oficinas conveniadas ao programa. Na sua opinião essa é a melhor maneira <strong>de</strong> reduzir a poluição? AGO: Sem dúvida, o <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 70% na multa estimula os motoristas <strong>de</strong> caminhões a cuidarem melhor <strong>de</strong> seus veículos, além disso, o PMMVD também conscientizou o motorista sobre a importância da manutenção preventiva do veículo, como benefício direto para o seu bolso, já que essa prática é mais econômica do que fazer a manutenção corretiva. DA ESQ. P/ DIR.: CÉSAR SAMOS (SINDIREPA-SP), ANTÔNIO GASPAR, EQUIPE CETESB, MÁRIO GUITTI E JOSÉ PALACIO (IQA) RA: Faça suas consi<strong>de</strong>rações finais sobre o tema. AGO: Destaca-se aqui o pioneirismo do SINDIREPA-SP e da CETESB, na criação do PMMVD como ferramenta eficaz e necessária para reduzir a emissão <strong>de</strong> poluentes. Com mais <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong> existência, mostrou a sua relevância e tem evoluído na busca da melhoria da qualida<strong>de</strong> do ar. É importante que haja divulgação maciça para a população que po<strong>de</strong> ser agente fiscalizador, <strong>de</strong>nunciando por meio do 0800 11 3560 para informar a placa <strong>de</strong> veículos a diesel que emitem fumaça preta. Isso é responsabilida<strong>de</strong> social para uma vida melhor. TÉCNICA Equipamento para o cabeçote A FPT - Powertrain Technologies - disponibiliza no Brasil a tecnologia MultiAir, a qual gerencia a entrada do ar admitido pelo motor cilindro a cilindro e ciclo a ciclo FOTOS: DIVULGAÇÃO Texto: Edison Ragassi SISTEMA MULTIAIR Um dos principais objetivos da engenharia <strong>de</strong> motores é <strong>de</strong>senvolver um trem <strong>de</strong> força para os veículos, que obtenha máximo <strong>de</strong>sempenho, com queima mínima <strong>de</strong> combustível e se possível liberação zero <strong>de</strong> gases nocivos ao meio ambiente. E neste sentido os engenheiros trabalhavam a gestão do combustível e não mexiam com o ar, formador da mistura. Já o italiano Lucio Bernard, percebeu esta lacuna e criou um equipamento para ser acoplado ao cabeçote do motor, seja ele movido a gasolina, álcool, Flex, GNV ou diesel. Este invento serve para fazer o gerenciamento direto do ar admitido, cilindro a cilindro, ciclo a ciclo e elimina a borboleta para admissão <strong>de</strong> ar. Como controla a quantida<strong>de</strong> e as características da carga <strong>de</strong> mistura fresca nos cilindros, o MultiAir oferece como principais benefícios a redução <strong>de</strong> emissões e <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> combustível, o aumento <strong>de</strong> potência máxima e torque, além <strong>de</strong> melhor resposta dinâmica ao veículo. Como funciona O sistema MultiAir atua da seguinte forma: um pistão movido por um came <strong>de</strong> entrada mecânico é conectado à válvula <strong>de</strong> admissão por meio <strong>de</strong> uma câmara hidráulica, controlada por uma válvula solenói<strong>de</strong> on/off normalmente aberta. Quando a válvula solenói<strong>de</strong> é fechada, o óleo na câmara hidráulica se comporta como um corpo sólido e transmite para as válvulas <strong>de</strong> admissão o movimento <strong>de</strong> abertura imposto pelo came mecânico. Quando a válvula solenói<strong>de</strong> é aberta, o óleo na câmara hidráulica po<strong>de</strong> escorrer livremente <strong>de</strong> volta para o motor, assim as válvulas <strong>de</strong> admissão não seguem mais o came <strong>de</strong> admissão e se fecham sob a ação da mola da válvula. A parte final do percurso <strong>de</strong> fechamento da válvula é controlada por um freio hidráulico <strong>de</strong>dicado para garantir uma fase <strong>de</strong> assentamento suave e regular em qualquer condição operacional do motor. Segundo João Irineu Me<strong>de</strong>iros, diretor <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produtos da FPT, o MultiAir po<strong>de</strong> ser utilizado em qualquer tipo <strong>de</strong> configuração <strong>de</strong> motor, porém seu pleno rendimento foi conseguido nos propulsores com comando <strong>de</strong> 16 válvulas e 4 válvulas por cilindro. Este sistema será usado em um motor <strong>de</strong> 2 cilindros, que está sendo <strong>de</strong>senvolvido na Itália e estréia em automóveis neste mês <strong>de</strong> setembro no Alfa Romeo MiTo.
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