Conhecimentos Específicos

PROVA 3 – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
07. O tema felicidade aparece na história da Filosofi a
em muitos momentos, sendo objeto de refl exão
em sistemas fi losófi cos, os quais lhe atribuem
concepções diferentes.
Com relação à afirmação acima, assinale o que for
correto.
01) Para Aristóteles, a felicidade é um eudemonismo,
pois há uma estreita relação entre ética e
felicidade. Assim, o comportamento virtuoso
é um meio para alcançar a felicidade.
02) Para o estóico Sêneca, a felicidade não
depende da virtude, pois cada homem pode
escolher o que for mais conveniente para si
mesmo ao seguir seu livre arbítrio.
04) Epicuro acreditava que o homem é por
natureza um animal político, por isso só
poderia alcançar a felicidade participando da
vida política da polis.
08) Santo Agostinho acreditava que a verdadeira
felicidade consiste em se distanciar dos
prazeres mundanos para poder encontrar a
beatitude na união com Deus.
16) A Filosofi a utilitarista de Jeremy Bentham
acredita que a felicidade é uma quimera, uma
utopia que jamais será alcançada pelos homens.
Resposta: 09 – nível difícil.
01) CORRETA.
02) INCORRETA. Para Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.),
a virtude é uma condição para a vida feliz. O
único mal é não ser fiel à virtude. Quem possui
a virtude é sábio, e como tal, é regido pela
razão e é feliz.
04) INCORRETA. Quem defendia a ideia de
homem como animal político era Aristóteles.
Epicuro via a convivência no Jardim (Escola
que o mesmo fundou) como algo fundamental
para os fi lósofos, pois, o que torna o homem
feliz, na visão epicurista, é o seu contato
harmonioso com a natureza, e isso exige um
afastamento da sociedade, bem como da
política.
08) CORRETA.
16) INCORRETA. A doutrina utilitarista defendida
pelo fi lósofo inglês Jeremy Bentham (1748-
1832) pode ser resumida na seguinte frase:
agir sempre de forma a produzir a maior
quantidade de bem-estar. Nas palavras do
próprio Bentham: “designamos por utilidade
a tendência de alguma coisa em alcançar o
bem-estar, o bem, o belo, a felicidade, as
vantagens etc.” Portanto, a felicidade era uma
meta possível para a Filosofi a utilitarista.
08. A faculdade de imaginar tem, na história da Filosofia,
diferentes acepções. Para os intelectualistas, é
uma forma enfraquecida da percepção e, por isso,
deformadora da realidade. Para o Romantismo
alemão, ao contrário, é a faculdade artística
por excelência, colocada acima da razão e do
entendimento. Com base na afi rmação acima,
assinale o que for correto.
01) Para Sartre, a imaginação tem uma função
irrealizadora, isto é, ela apresenta objetos
ausentes, fazendo da consciência intencional
uma consciência imaginante.
02) Na obra Crítica da razão pura, de Immanuel
Kant, a função da imaginação é fornecer
uma imagem a um conceito, razão pela
qual a imaginação tem um papel formal no
conhecimento.
04) Gaston Bachelard desprezou o papel da
imaginação criadora, pois, fundamentalmente,
o mundo deve ser objeto da experiência
empírica.
08) Através da literatura e das artes cênicas, a
experiência artística não se vale do papel
produtivo da imaginação, já que utiliza
exclusivamente a gramática da linguagem,
os conceitos e a razão prática instrumental.
16) Destaca-se, nas teorias da imaginação, a
relação da imagem com a analogia, isto é, a
produção da semelhança no dessemelhante,
tal como ocorre nas metáforas.
Resposta: 19 – nível difícil.
01) CORRETA.
02) CORRETA.
04) INCORRETA. Bachelard (1884–1962) concebe
a imaginação criadora como a essência do
espírito humano, a principal fonte que capacita
o homem a fazer ciência e arte. Por outro
lado, Bachelard criticava a ciência produzida
anteriormente, embasada no empirismo, pela
continuidade com o senso comum. Para ele, a
objetividade científi ca deveria ser construída
a partir de uma descontinuidade com o senso
comum.
08) INCORRETA. Tanto a literatura quanto as
artes cênicas são exemplos de arte criativa
cujas produções exigem imaginação.
16) CORRETA.
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