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Língua Portuguesa e Literaturas em Língua ... - Colégio Platão

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

É uma forma de os professores<br />

do <strong>Colégio</strong> <strong>Platão</strong> contribuír<strong>em</strong><br />

com seus alunos, orientando-os<br />

na resolução das questões do<br />

vestibular da UEM.<br />

Este caderno ajuda o vestibulando<br />

no processo de aprendizag<strong>em</strong><br />

porque comenta a resolução de<br />

cada questão de forma clara e<br />

objetiva.<br />

No final, t<strong>em</strong>os o comentário<br />

de cada disciplina, feito pelos<br />

professores do <strong>Colégio</strong> <strong>Platão</strong>.<br />

Página 1


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

REDAÇÃO<br />

Os textos desta Prova de Redação abordam<br />

a t<strong>em</strong>ática O uso de tatuagens por crianças e<br />

adolescentes. Tendo-os como apoio, redija os<br />

gêneros textuais adiante solicitados.<br />

TEXTO 1<br />

Deputado baiano quer proibir tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

crianças e jovens<br />

Da Redação<br />

Publicado <strong>em</strong> 17 de março de 2012<br />

Essa é a proposta do projeto de lei do Deputado<br />

Federal Márcio Marinho, que acrescenta o art. 132-A<br />

ao Decreto – lei n.º 2.848, de 7 de dez<strong>em</strong>bro de 1940<br />

– Código Penal, tipificando o crime de realização de<br />

tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> criança ou adolescente e prevendo pena<br />

de detenção.<br />

Marinho explica que a realização de tatuagens <strong>em</strong><br />

crianças e adolescentes v<strong>em</strong> se banalizando <strong>em</strong> nossa<br />

sociedade, bastando para a prática a autorização dos<br />

pais ou responsáveis. E alerta que a tatuag<strong>em</strong> contém<br />

diversos riscos à saúde, desde o contágio por doenças<br />

transmissíveis pelo sangue, até a intoxicação por tintas<br />

inadequadas, além de se caracterizar <strong>em</strong> modificação<br />

praticamente definitiva ou de dificílima r<strong>em</strong>oção nos<br />

corpos de pessoas muito jovens, ainda <strong>em</strong> formação:<br />

“Nesse sentido cr<strong>em</strong>os ser imprescindível impedir<br />

completamente essa prática”, afirma.<br />

O deputado baiano acredita que “se faz necessária<br />

a ação do Estado para que, no cumprimento de sua<br />

função constitucional, efetive a proteção integral à<br />

criança e ao adolescente, criminalizando essa conduta<br />

que não respeita a integridade dos corpos desses<br />

jovens que, na maioria dos casos, se arrepend<strong>em</strong><br />

profundamente de tatuar<strong>em</strong> seus corpos após se<br />

tornar<strong>em</strong> adultos”.<br />

(Texto adaptado de < http://www.redeimprensalivre.com.br/<br />

archives/30239>.<br />

Acesso <strong>em</strong> 5/4/2012)<br />

TEXTO 2<br />

Tatuag<strong>em</strong> vira moda entre adolescentes<br />

Lucas Shiomi<br />

Publicado <strong>em</strong> 9 de abril de 2011<br />

Nos dias de hoje, t<strong>em</strong> sido cada vez mais comum<br />

ver jovens que ainda n<strong>em</strong> saíram da escola estampando<br />

uma tatuag<strong>em</strong>. Se antes a única tatuag<strong>em</strong> com que os<br />

adolescentes tinham contato era a de henna ou aquelas<br />

que vinham nos chicletes, hoje a tattoo de verdade já é<br />

moda entre os estudantes.<br />

(...)<br />

“Tudo b<strong>em</strong> que há adolescentes que são mais responsáveis<br />

que os próprios pais, há alguns que até sustentam a casa.<br />

Mas acho que um jov<strong>em</strong> de 16 anos ainda não está<br />

pronto para se tatuar. Ele pode acabar escolhendo um<br />

desenho bobo, ou mesmo infantil, que daqui a dez anos<br />

talvez n<strong>em</strong> goste mais. E, se for <strong>em</strong> um local visível,<br />

isso pode atrapalhar na hora de arrumar um <strong>em</strong>prego”,<br />

afirmou o tatuador L. Bernardino.<br />

Mas não é o que pensa a organizadora de eventos<br />

E. V. Barbosa, que deu total apoio na hora <strong>em</strong> que o<br />

filho, de 16 anos, decidiu fazer uma tatuag<strong>em</strong>: “essa<br />

preocupação com o <strong>em</strong>prego é coisa do passado.<br />

Hoje <strong>em</strong> dia, até médicos, policiais e advogados têm<br />

tatuag<strong>em</strong>! Para mim, isso é muito natural nos dias de<br />

hoje”, contestou Barbosa. Em janeiro deste ano, o filho<br />

de E. V. Barbosa, o estudante e músico D. V. de Oliveira,<br />

tatuou no braço direito o símbolo da banda de rock<br />

gaúcha Fresno, seguido da inscrição “Não deixe a luz<br />

se apagar”, trecho de uma música da banda.<br />

(...)<br />

Mais precoce que D. V. de Oliveira foi a estudante<br />

R. S. Reis, de 16 anos, que fez a primeira tatuag<strong>em</strong> aos<br />

15. Hoje R. S. Reis t<strong>em</strong> duas tatuagens: um trevo de<br />

quatro folhas, na região posterior do ombro esquerdo, e<br />

um conjunto de quatro pegadas caninas nas costas, que<br />

segu<strong>em</strong> <strong>em</strong> direção ao pescoço. A estudante garante<br />

não ter medo de se arrepender: “sei por que as fiz, o que<br />

elas significam pra mim. Claro que pode acontecer de eu<br />

me cansar delas, sei que daqui a alguns anos não vou<br />

pensar do mesmo jeito que hoje e uma delas pode talvez<br />

não se encaixar mais no meu contexto. Mas acho que<br />

é um risco que vale a pena correr, porque, de qualquer<br />

forma, elas poderão representar o que eu fui e pelo o<br />

que passei, um pedaço da minha história”.<br />

Para ela, a tatuag<strong>em</strong> é uma forma de expressão<br />

e o motivo de tantos jovens aderir<strong>em</strong> a essa prática é<br />

a necessidade de se expressar<strong>em</strong>: “claro que s<strong>em</strong>pre<br />

vão ter uns e outros que faz<strong>em</strong> pela modinha ou para<br />

entrar <strong>em</strong> algum grupo, isso acontece <strong>em</strong> qualquer<br />

lugar. Mas t<strong>em</strong> aqueles que realmente entend<strong>em</strong> e se<br />

expressam pelas tatuagens. A tatuag<strong>em</strong> não perdeu<br />

sua simbologia ou virou banal. Ela simplesmente se<br />

tornou d<strong>em</strong>ocrática!”<br />

(Texto adaptado de .<br />

Acesso <strong>em</strong> 5/4/2012)<br />

Página 2


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Comentário:<br />

Assim como <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de 2011, quando a<br />

Universidade Estadual de Maringá apresentou<br />

“Morar <strong>em</strong> república” como t<strong>em</strong>a da prova de<br />

redação, o vestibular de inverno/2012 trouxe uma<br />

discussão que faz parte do cotidiano de muitos<br />

vestibulandos: “O uso de tatuagens por crianças e<br />

adolescentes”. O primeiro texto de apoio, “Deputado<br />

baiano quer proibir tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> crianças e<br />

jovens”, retirado do site redeimprensalivre.com.<br />

br, descreveu uma proposta de projeto de lei<br />

de um parlamentar baiano, o qual acredita que<br />

o Estado deva criminalizar a prática, mesmo<br />

com a autorização dos pais; já o segundo texto,<br />

“Tatuag<strong>em</strong> vira moda entre adolescentes”, do<br />

site online.unisanta.br, trouxe opiniões diferentes<br />

sobre o t<strong>em</strong>a e apresentou relatos de qu<strong>em</strong> fez<br />

uma tatuag<strong>em</strong> e não se arrependeu. Os gêneros<br />

cobrados foram “carta pessoal” e “relato”, ambos<br />

já solicitados <strong>em</strong> vestibulares anteriores.<br />

GÊNERO TEXTUAL 1 – CARTA DO LEITOR<br />

Tendo como apoio os textos 1 e 2, escreva uma<br />

carta ao editor da revista Rede Imprensa Livre, Sr. Souza,<br />

com até 15 linhas, expondo sua opinião a respeito do<br />

projeto de lei do Deputado Federal Márcio Marinho, que<br />

proíbe tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> crianças e jovens. Não utilize nome<br />

próprio ou fictício para assinar a sua carta. Escreva<br />

apenas a palavra Leitor como assinatura.<br />

Comentário:<br />

Nessa proposta, o candidato, tendo como apoio os<br />

textos 1 e 2, deveria escrever uma carta do leitor,<br />

cuja finalidade seria manifestar sua opinião sobre<br />

a proposta do projeto de lei do deputado baiano,<br />

descrita no texto 1. Vestibulandos que observaram<br />

com atenção a estrutura do gênero (local e data,<br />

vocativo, corpo da carta, despedida e assinatura),<br />

criaram um papel social para o <strong>em</strong>issor, marcaram<br />

a interlocução com o editor da revista e defenderam<br />

um posicionamento com argumentos coerentes e<br />

convincentes têm grandes chances de tirar uma<br />

nota acima de 50. Isso, é claro, desde que aspectos<br />

de coesão e des<strong>em</strong>penho linguístico tenham sido<br />

observados. Importante ressaltar que a banca<br />

instruiu os candidatos para que assinass<strong>em</strong> a carta<br />

apenas com a palavra “Leitor”; portanto, qualquer<br />

identificação diferente anulará automaticamente o<br />

texto.<br />

GÊNERO TEXTUAL 2 – RELATO<br />

Tendo como apoio os textos 1 e 2, redija um relato,<br />

com até 15 linhas, que fará parte da reportag<strong>em</strong> de<br />

uma revista, sobre o uso de tatuag<strong>em</strong> por crianças e<br />

jovens. Nesse relato você deve ex<strong>em</strong>plificar com uma<br />

experiência (fictícia ou não) sua ou de outra pessoa<br />

sobre o uso ou a recusa de tatuag<strong>em</strong>. Para identificar<br />

a(s) pessoa(s) do relato, use, se achar necessário,<br />

nome(s) dentre os quais: João, Maria, Pedro, Ana,<br />

Eduardo, Beatriz. Não serão avaliados os textos que<br />

trouxer<strong>em</strong> quaisquer outros nomes que não esses<br />

sugeridos.<br />

Comentário:<br />

“relato” é um gênero textual acessível para boa parte<br />

dos vestibulandos, entretanto, a proposta poderia<br />

ter sido mais objetiva e focada apenas no relato de<br />

experiência vivida. Oferecer a escolha entre o relato<br />

de 1ª. pessoa (“... uma experiência (...) sua...”) ou<br />

o relato <strong>em</strong> 3ª. (“...ou de outra pessoa...”) foi uma<br />

instrução desnecessária da banca. Também não<br />

nos pareceu pertinente determinar os nomes que<br />

poderiam aparecer no texto (“João, Maria, Pedro,<br />

Ana, Eduardo, Beatriz”). Essa escolha, obviamente<br />

aleatória, pode fazer com que boas redações, que<br />

respeit<strong>em</strong> as características do gênero, sejam<br />

zeradas, afinal, é o que diz o comando (“... não<br />

serão avaliados textos que trouxer<strong>em</strong> quaisquer<br />

outros nomes ...”). Nesse sentido, esperamos<br />

bom senso da banca corretora para que reavalie<br />

essa instrução do comando. Por se tratar de um<br />

relato que faria parte de uma reportag<strong>em</strong>, o título<br />

era desnecessário, mas sua presença não afetará<br />

significativamente a avaliação. Com relação às<br />

características do gênero, o mais importante seria,<br />

a partir da discussão do t<strong>em</strong>a, apresentar uma<br />

sequência de ações que não causasse expectativa<br />

no leitor; no relato, os el<strong>em</strong>entos da narrativa são<br />

importantes, mas não a estrutura (o clímax, por<br />

ex<strong>em</strong>plo).<br />

Comentário final:<br />

De maneira geral, a prova de redação do vestibular<br />

de inverno/2012 foi b<strong>em</strong> elaborada e cont<strong>em</strong>plou<br />

o trabalho realizado <strong>em</strong> sala de aula. O t<strong>em</strong>a, por<br />

não estar <strong>em</strong> evidência, estampado <strong>em</strong> capas de<br />

revistas e páginas de jornais, possivelmente evitou<br />

o senso comum; além disso, os textos de apoio<br />

trouxeram bons argumentos, os quais poderiam ser<br />

desenvolvidos na carta do leitor e também servir<strong>em</strong><br />

como base para o gênero textual 2. Nossa única<br />

observação à banca elaboradora é que ela não<br />

puna no relato, com um zero, candidatos que, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, apenas cometeram o deslize de escrever<br />

“José” <strong>em</strong> vez de “João”; a habilidade linguística de<br />

qu<strong>em</strong> pleiteia uma vaga na universidade está muito<br />

além desse pequeno equívoco. De qualquer forma,<br />

a prova trouxe um t<strong>em</strong>a interessante e propostas<br />

acessíveis aos candidatos que se prepararam.<br />

Página 3


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA Julieta E LÍNGUA não ESTRANGEIRA<br />

acreditou no que ele estava<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

dizendo. Achou até que aquilo era uma<br />

encenação, Julieta uma espécie não acreditou de teste. no Todas que as garotas ele estava<br />

50 que conhecia d<strong>em</strong>onstravam seu amor tatuando no<br />

LÍNGUA TEXTO PORTUGUESA<br />

dizendo. Achou até que aquilo era uma<br />

1<br />

braço encenação, o nome do uma amado. espécie Ela de não teste. seria Todas diferente. as garotas<br />

Amor e tatuag<strong>em</strong><br />

50De que modo conhecia que não d<strong>em</strong>onstravam hesitou: foi seu a amor um tatuador tatuando no<br />

TEXTO 1<br />

conhecido<br />

Moacyr Scliar<br />

braço o e nome encomendou amado. o Ela serviço, não seria que diferente. ficou<br />

muito De bom. modo que não hesitou: foi a um tatuador<br />

Amor e tatuag<strong>em</strong><br />

Epígrafe<br />

55 conhecido Mas foi um e encomendou desastre. Furioso, o serviço, Shakespeare que ficou<br />

Moacyr Scliar disse muito que bom. não admitia ser contrariado e de<br />

Em t<strong>em</strong>pos de relacionamentos fugazes, uma<br />

imediato terminou o namoro. Julieta sofreu muito<br />

aliança no Epígrafe dedo já não t<strong>em</strong> os efeitos de antigamente, e<br />

55 Mas foi um desastre. Furioso, Shakespeare<br />

com<br />

a tatuag<strong>em</strong> surge como alternativa para selar<br />

disse aquilo. que Passava não os admitia dias <strong>em</strong> ser casa, contrariado chorando. e de<br />

Em t<strong>em</strong>pos de relacionamentos fugazes, uma<br />

definitivamente a união. O que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre funciona.<br />

imediato Quando finalmente terminou o saiu namoro. foi para Julieta fazer sofreu aquilo muito<br />

aliança no dedo já não t<strong>em</strong> os efeitos de antigamente, e<br />

5 Não faltam ex<strong>em</strong>plos de tatuados apaixonados que 60 que com todas aquilo. as ex-namoradas Passava os dias faz<strong>em</strong> <strong>em</strong> nessa casa, situação: chorando.<br />

a tatuag<strong>em</strong> surge como alternativa para selar<br />

depois tiveram de apagar ou cobrir as declarações;<br />

queria r<strong>em</strong>over Quando finalmente a tatuag<strong>em</strong>. saiu Desta foi para vez fazer não aquilo<br />

definitivamente a união. O que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre funciona.<br />

por isso, tatuar nomes de namorados costuma ser<br />

procurou o tatuador conhecido; dirigiu-se a um<br />

5 Não faltam ex<strong>em</strong>plos de tatuados apaixonados que 60 que todas as ex-namoradas faz<strong>em</strong> nessa situação:<br />

tarefa ingrata para os tatuadores. Sérgio Maciel, o<br />

grande estúdio onde foi atendida por um rapaz<br />

depois tiveram de apagar ou cobrir as declarações;<br />

queria r<strong>em</strong>over a tatuag<strong>em</strong>. Desta vez não<br />

Leds, do estúdio Leds Tattoo, conta que tenta d<strong>em</strong>over<br />

simpático, sorridente. Quando ela disse ao que<br />

por isso, tatuar nomes de namorados costuma ser<br />

procurou o tatuador conhecido; dirigiu-se a um<br />

10 essa ideia dos clientes. Em seu estúdio, na zona sul de<br />

tarefa ingrata para os tatuadores. Sérgio Maciel, o<br />

65 vinha grande e quando estúdio mostrou onde a foi tatuag<strong>em</strong>, atendida ele por arregalou um rapaz<br />

SP, ele oferece o serviço de r<strong>em</strong>oção e clareamento de<br />

Leds, do estúdio Leds Tattoo, conta que tenta d<strong>em</strong>over os olhos, simpático, incrédulo: sorridente. Shakespeare Quando também ela disse era ao o que<br />

tatuagens, solicitado por muitos ex-casais<br />

10 essa ideia dos clientes. Em seu estúdio, na zona sul de<br />

arrependidos. O preço para r<strong>em</strong>over nome ou desenho 65nome vinha dele, e quando dado pelo mostrou pai, professor a tatuag<strong>em</strong>, de literatura ele arregalou<br />

SP, ele oferece o serviço de r<strong>em</strong>oção e clareamento de inglesa.<br />

que expresse o tal “amor eterno” é 50% mais alto do<br />

os olhos, incrédulo: Shakespeare também era o<br />

tatuagens, solicitado por muitos ex-casais<br />

Estão namorando, claro. Shakespeare está<br />

15 que o cobrado pela tatuag<strong>em</strong>.<br />

nome dele, dado pelo pai, professor de literatura<br />

arrependidos. O preço para r<strong>em</strong>over nome ou desenho 70 muito inglesa. orgulhoso por ter o nome tatuado no<br />

que expresse o tal “amor eterno” é 50% mais alto do<br />

(Folha de S.Paulo, Caderno “Cotidiano”, 7/6/2009)<br />

antebraço Estão de Julieta. namorando, Não é o claro. autor Shakespeare da obra, mas está<br />

15 que o cobrado pela tatuag<strong>em</strong>.<br />

70<br />

isso<br />

muito<br />

não impede<br />

orgulhoso<br />

que se<br />

por<br />

sinta<br />

ter<br />

consagrado.<br />

o nome tatuado no<br />

(Folha de S.Paulo, Caderno “Cotidiano”, 7/6/2009)<br />

antebraço de Julieta. Não é o autor da obra, mas<br />

(Folha de S.Paulo, 8/6/2009)<br />

isso não impede que se sinta consagrado.<br />

16 Quando foram apresentados, e o rapaz disse<br />

Nota: Romeu e Julieta, escrita entre 1591 e 1595, é a tragédia<br />

seu nome, Julieta quase desmaiou de <strong>em</strong>oção: ele mais popular de William Shakespeare.<br />

(Folha<br />

Trata-se<br />

de S.Paulo,<br />

da história<br />

8/6/2009)<br />

de<br />

16<br />

se chamava<br />

Quando<br />

Shakespeare,<br />

foram apresentados,<br />

Shakespeare<br />

e o<br />

da<br />

rapaz<br />

Silva<br />

disse amor entre dois adolescentes, cujas mortes acabam por unir<br />

Barros. Shakespeare: o autor de “Romeu e suas Nota: famílias, Romeu outrora e Julieta, <strong>em</strong> pé de escrita guerra. entre 1591 e 1595, é a tragédia<br />

seu nome, Julieta quase desmaiou de <strong>em</strong>oção: ele<br />

20 Julieta”. Coincidência maior seria impossível. mais popular de William Shakespeare. Trata-se da história de<br />

se chamava Shakespeare, Shakespeare da Silva<br />

Mais que isso, o jov<strong>em</strong> Shakespeare era alto, amor entre dois adolescentes, cujas mortes acabam por unir<br />

Barros. Shakespeare: o autor de “Romeu e suas famílias, outrora <strong>em</strong> pé de guerra.<br />

bonito, charmoso. Foi, para Julieta, amor à<br />

20 Julieta”. Coincidência maior seria impossível. Questão 01<br />

primeira vista. Verdade que para ela tratava-se do<br />

Mais que isso, o jov<strong>em</strong> Shakespeare era alto,<br />

primeiro namorado de verdade, enquanto que Assinale o que for correto a respeito dos el<strong>em</strong>entos<br />

bonito, charmoso. Foi, para Julieta, amor à<br />

01. Assinale o que for correto a respeito dos el<strong>em</strong>entos<br />

25 Shakespeare já tinha <strong>em</strong> seu currículo numerosos, linguísticos Questão do texto 1.<br />

primeira vista. Verdade que para ela tratava-se do<br />

linguísticos 01 do texto 1.<br />

e efêmeros, namoros. De qualquer modo, porém, é 01) No trecho “... e a tatuag<strong>em</strong> surge como alternativa<br />

primeiro namorado de verdade, enquanto que Assinale o que for correto a respeito dos el<strong>em</strong>entos<br />

que começaram a sair juntos, ela cada vez mais para selar definitivamente a união.” (linhas 2-4), a<br />

25 Shakespeare já tinha <strong>em</strong> seu currículo numerosos, linguísticos 01) No do trecho texto 1. “... e a tatuag<strong>em</strong> surge como<br />

apaixonada. E, como prova dessa paixão, resolveu pausa marcada pelo ponto final funciona como<br />

e efêmeros, namoros. De qualquer modo, porém, é 01) No trecho alternativa “... e para a tatuag<strong>em</strong> selar definitivamente surge como alternativa a união.”<br />

tatuar o nome dele no antebraço.<br />

recurso estilístico de ênfase para o comentário que<br />

que começaram a sair juntos, ela cada vez mais para selar (linhas definitivamente 2-4), a pausa a marcada união.” pelo (linhas ponto 2-4), final a<br />

30 Para sua surpresa, Shakespeare não mostrouse<br />

entusiasmado, ao contrário, parecia b<strong>em</strong> 4).<br />

v<strong>em</strong> a seguir: “O que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre funciona.” (linha<br />

apaixonada. E, como prova dessa paixão, resolveu pausa funciona marcada como pelo recurso ponto final estilístico funciona de ênfase como<br />

tatuar o nome dele no antebraço.<br />

recurso para estilístico o comentário de ênfase que para v<strong>em</strong> o a comentário seguir: “O que<br />

contrariado. Depois de muita vacilação, explicou 02) No trecho “... para ela tratava-se do primeiro<br />

30 Para sua surpresa, Shakespeare não mostrouse<br />

entusiasmado, ao contrário, parecia b<strong>em</strong><br />

v<strong>em</strong> a n<strong>em</strong> seguir: s<strong>em</strong>pre “O que funciona.” n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre (linha funciona.” 4). (linha<br />

o motivo desta paradoxal atitude: odiava o próprio namorado de verdade, enquanto que Shakespeare já<br />

nome, escolhido pelo pai, diretor de teatro, um<br />

4). 02) No trecho “... para ela tratava-se do primeiro<br />

tinha <strong>em</strong> seu currículo numerosos, e efêmeros,<br />

contrariado. Depois de muita vacilação, explicou<br />

35 pilantra (segundo o rapaz) que abandonara a<br />

02) No trecho namorado “... para de ela verdade, tratava-se enquanto do primeiro que<br />

namoros.” (linhas 23-26), a expressão “enquanto<br />

família<br />

o motivo<br />

e sumira<br />

desta<br />

por<br />

paradoxal<br />

completo<br />

atitude:<br />

depois<br />

odiava<br />

do fracasso<br />

o próprio namorado Shakespeare de verdade, já enquanto tinha <strong>em</strong> que Shakespeare seu currículo já<br />

que” estabelece relação de t<strong>em</strong>po.<br />

de<br />

nome,<br />

uma montag<strong>em</strong><br />

escolhido<br />

de<br />

pelo<br />

“Hamlet”.<br />

pai, diretor<br />

Deixara<br />

de teatro,<br />

aquela<br />

um<br />

04) No trecho<br />

tinha numerosos, <strong>em</strong><br />

“... ela<br />

seu<br />

cada<br />

currículo e<br />

vez<br />

efêmeros,<br />

mais<br />

numerosos,<br />

apaixonada.”<br />

namoros.” e<br />

(linhas<br />

(linhas efêmeros, 23-<br />

35<br />

herança<br />

pilantra<br />

que<br />

(segundo<br />

Shakespeare<br />

o rapaz)<br />

da<br />

que<br />

Silva<br />

abandonara<br />

Barros<br />

a<br />

27 e<br />

namoros.”<br />

28), a<br />

26),<br />

expressão<br />

a (linhas expressão<br />

“cada<br />

23-26),<br />

vez<br />

“enquanto<br />

mais”<br />

a expressão<br />

é utilizada<br />

que” estabelece “enquanto<br />

para<br />

abominava.<br />

família e<br />

Sim,<br />

sumira<br />

ele<br />

por<br />

sabia<br />

completo<br />

que se<br />

depois<br />

tratava<br />

do<br />

de<br />

fracasso<br />

um indicar<br />

que”<br />

a<br />

estabelece<br />

intensificação relação de relação t<strong>em</strong>po. de um<br />

de<br />

estado<br />

t<strong>em</strong>po.<br />

afetivo.<br />

40 grande<br />

de uma<br />

dramaturgo<br />

montag<strong>em</strong><br />

inglês,<br />

de “Hamlet”.<br />

mas jamais<br />

Deixara<br />

lera uma<br />

aquela<br />

08)<br />

04)<br />

No trecho<br />

No 04) trecho No “... trecho encomendou<br />

“... ela “... cada ela vez<br />

o cada serviço,<br />

mais vez apaixonada.”<br />

que mais ficou apaixonada.” muito<br />

(linhas<br />

peça<br />

herança<br />

do cara.<br />

que<br />

Mais que<br />

Shakespeare<br />

isso, tinha de<br />

da<br />

explicar,<br />

Silva<br />

aos<br />

Barros<br />

bom.”<br />

27 e<br />

(linhas<br />

28), (linhas a expressão<br />

5327 e e 54), 28), “cada<br />

a a oração expressão vez mais”<br />

adjetiva “cada é utilizada<br />

expressa vez mais” para<br />

inevitáveis<br />

abominava.<br />

curiosos,<br />

Sim,<br />

a<br />

ele<br />

orig<strong>em</strong><br />

sabia<br />

de<br />

que<br />

seu<br />

se<br />

nome<br />

tratava<br />

e, pior<br />

de um<br />

uma<br />

indicar<br />

avaliação. é a utilizada intensificação para indicar de um estado a intensificação afetivo. de um<br />

40<br />

de<br />

grande<br />

tudo, era<br />

dramaturgo<br />

obrigado a<br />

inglês,<br />

soletrá-lo<br />

mas<br />

<strong>em</strong><br />

jamais<br />

lojas,<br />

lera<br />

<strong>em</strong><br />

uma<br />

16)<br />

08)<br />

Na<br />

No<br />

expressão<br />

trecho estado “...<br />

“tatuados afetivo. encomendou<br />

apaixonados”<br />

o serviço,<br />

(linha<br />

que ficou<br />

5),<br />

muito<br />

a<br />

repartições,<br />

peça do cara.<br />

<strong>em</strong><br />

Mais<br />

vários<br />

que<br />

lugares.<br />

isso, tinha<br />

Carga<br />

de explicar,<br />

pesada,<br />

aos<br />

forma<br />

bom.” 08) participial No (linhas trecho “apaixonados”<br />

53 “... e encomendou 54), a oração<br />

qualifica o adjetiva serviço, a forma<br />

expressa que ficou<br />

45 portanto. inevitáveis Razão curiosos, pela qual a orig<strong>em</strong> pedia à de namorada seu nome que e, pior<br />

participial uma avaliação. muito “tatuados”. bom.” (linhas 53 e 54), a oração adjetiva<br />

não de fizesse tudo, tal era tatuag<strong>em</strong>. obrigado a soletrá-lo <strong>em</strong> lojas, <strong>em</strong> 16) Na expressão<br />

expressa<br />

“tatuados<br />

uma avaliação.<br />

apaixonados” (linha 5), a<br />

repartições, <strong>em</strong> vários lugares. Carga pesada, forma participial “apaixonados” qualifica a forma<br />

45 portanto. Razão pela qual pedia à namorada que<br />

Página 4<br />

participial “tatuados”.<br />

UEM/CVU<br />

não fizesse tal tatuag<strong>em</strong>.<br />

Vestibular de Inverno/2012 – Prova 2 4<br />

GABARITO 1<br />

UEM/CVU


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

16) Na expressão “tatuados apaixonados” (linha<br />

5), a forma participial “apaixonados” qualifica<br />

a forma participial “tatuados”.<br />

Resposta: 29 – Nível fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) INCORRETA – No trecho, a expressão<br />

“enquanto que” não estabelece uma<br />

relação de t<strong>em</strong>po. Na verdade, o conetivo<br />

“enquanto que” estabelece uma idéia de<br />

oposição.<br />

04) CORRETA<br />

08) CORRETA<br />

16) CORRETA<br />

02. As crônicas de Moacyr Scliar geralmente resgatam<br />

trechos de notícias publicadas <strong>em</strong> jornal. No<br />

texto 1, esse resgate é apresentado na forma de<br />

epígrafe. Assinale o que for correto a respeito do<br />

texto 1.<br />

01) Para criar sua crônica, Moacyr Scliar toma<br />

<strong>em</strong>prestados o t<strong>em</strong>a, o enredo e os personagens<br />

da famosa tragédia shakespeariana “Romeu<br />

e Julieta”.<br />

02) Na crônica de Moacyr Scliar, a tragédia<br />

shakespeariana “Romeu e Julieta” é adaptada<br />

ao contexto atual por meio da referência a um<br />

costume moderno, a tatuag<strong>em</strong>.<br />

04) A tatuag<strong>em</strong> feita por Julieta é responsável<br />

tanto pelo clímax quanto pelo desfecho da<br />

crônica de Moacyr Scliar.<br />

08) A crônica de Moacyr Scliar é uma paródia da<br />

tragédia de Shakespeare “Romeu e Julieta”.<br />

16) Partindo de um fato real, um modismo,<br />

registrado na epígrafe, Moacyr Scliar cria<br />

enredo e personagens fictícios que r<strong>em</strong>et<strong>em</strong><br />

a esse fato.<br />

Resposta: 20 - Nível fácil<br />

01) INCORRETA – O autor não utiliza o enredo<br />

ou personagens da tragédia shakespeariana<br />

“Romeu e Julieta”<br />

02) INCORRETA – A tragédia “Romeu e<br />

Julieta”nunca esteve atada à idéia de se usar<br />

tatuag<strong>em</strong> ou não.<br />

04) CORRETA<br />

08) INCORRETA – Em nenhum momento Moacir<br />

Scliar faz paródia da criação de Shakespeare.<br />

Ele apenas cita a obra para endossar as<br />

palavras de uma das personagens da<br />

crônica.<br />

16) CORRETA.<br />

03. Assinale o que for correto a respeito do conteúdo<br />

do texto 1.<br />

01) Julieta t<strong>em</strong> atitudes comuns a mulheres<br />

apaixonadas.<br />

02) Ao contrário de Julieta, Shakespeare da<br />

Silva Barros não estava apaixonado por sua<br />

namorada.<br />

04) Shakespeare da Silva Barros nutre aversão<br />

pela obra de Shakespeare pelo fato de ter sido<br />

abandonado por seu pai, diretor de teatro fã<br />

de William Shakespeare.<br />

08) O caráter indelével da tatuag<strong>em</strong> contrasta com<br />

a ef<strong>em</strong>eridade dos relacionamentos atuais.<br />

16) A técnica mais eficiente utilizada pelo tatuador<br />

Sérgio Maciel para convencer as pessoas a<br />

não r<strong>em</strong>over<strong>em</strong> suas tatuagens é a cobrança<br />

de preço b<strong>em</strong> mais alto por esse serviço.<br />

Resposta: 09 – Nível fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) INCORRETA – O probl<strong>em</strong>a com o Shakespeare<br />

da Silva Barros não estava <strong>em</strong> gostar ou não<br />

de sua namorada. O probl<strong>em</strong>a estava no<br />

fato de ela querer fazer uma tatuag<strong>em</strong> com<br />

o nome do namorado, nome de que ele não<br />

gostava.<br />

04) INCORRETA – Shakespeare não nutria<br />

aversão pela obra do dramaturgo inglês e,<br />

sim, pelo fato de o pai ter escolhido tal nome<br />

para ele.<br />

08) CORRETA<br />

16) INCORRETA – O tatuador Sérgio Maciel<br />

não usa o preço para d<strong>em</strong>over a idéia de<br />

tatuar nomes de namorados ou namoradas,<br />

o preço é conseqüência porque exige uma<br />

técnica apurada. Certamente Sérgio Cabral<br />

expõe inicialmente ao desejoso ou desejosa<br />

a inconveniência de tatuar nomes de pessoas<br />

com qu<strong>em</strong> há um relacionamento.<br />

Página 5


tam<br />

esse<br />

le o<br />

oma<br />

da<br />

.<br />

édia<br />

ao<br />

ume<br />

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25<br />

30<br />

35<br />

40<br />

45<br />

50<br />

45 ela continua exibindo uma “sombrinha” por aí.<br />

A modelo Isabeli Fontana, hoje atual<br />

PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA namorada E de LITERATURAS Marcelo Falcão, também se<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA aventurou E LÍNGUA a fazer ESTRANGEIRA o nome de seu ex-marido, o ator<br />

Henri Castelli, com qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> um filho. Na<br />

TEXTO 2<br />

50 ocasião, Isabeli tatuou <strong>em</strong> seu lábio inferior<br />

interno o nome “Henri”. De novo: meses depois, o<br />

Bateu arrependimento? Confira técnicas para<br />

casal se separou e é claro que a modelo resolveu<br />

r<strong>em</strong>oção de tattoos<br />

r<strong>em</strong>over a palavra. Na época, ela afirmou que o<br />

Kizzy Bortolo (Rio de Janeiro)<br />

Tudo está <strong>em</strong> transição... Os planos mudam, os<br />

amores acabam, mas a tatuag<strong>em</strong> fica. E quando<br />

bate aquele arrependimento? O que fazer? Será<br />

que a medicina, nesses casos, pode entrar <strong>em</strong><br />

cena? Muitas pessoas, após ter<strong>em</strong> feito uma<br />

tatuag<strong>em</strong>, pod<strong>em</strong> vir a se arrepender e, com isso,<br />

pretender r<strong>em</strong>ovê-la.<br />

GABARITO 55 1<br />

E os motivos são vários, segundo o tatuador 65<br />

carioca Marcelo Cabral. “Há pessoas que se<br />

cansam do desenho que tatuaram ou terminam o<br />

relacionamento e quer<strong>em</strong> retirar o nome do ex.<br />

(...) Já fiz muitas coberturas por cima de tattoos<br />

antigas, já até perdi as contas de quantas foram. 70<br />

Toda s<strong>em</strong>ana, por ex<strong>em</strong>plo, t<strong>em</strong> pelo menos uma<br />

cobertura para fazer, já que as pessoas acabam se<br />

arrependendo por algum motivo.” (...)<br />

Muitas pessoas ditas “apaixonadas” – e<br />

muitos famosos estão nessa lista – se arrepend<strong>em</strong><br />

75<br />

da homenag<strong>em</strong> quando o romance chega ao fim.<br />

E para esquecer o antigo amor, principalmente<br />

quando se carrega essa l<strong>em</strong>brança no corpo, vale<br />

fazer de tudo, desde usar lasers para r<strong>em</strong>over, até<br />

fazer novas imagens por cima. O melhor<br />

80<br />

procedimento para a r<strong>em</strong>oção de uma tatuag<strong>em</strong><br />

indesejada, no entanto, é a utilização de aparelhos<br />

de raio laser. Um dos mais modernos e atuais do<br />

mundo é o ND: YAG 5, (...) que elimina quase<br />

95% das cores do desenho. A diferença do ND:<br />

85<br />

YAG 5 para os outros tipos de laser é que ele é o<br />

mais completo e indicado para eliminar quase<br />

todas as cores que pod<strong>em</strong> constar numa tatuag<strong>em</strong>.<br />

(...)<br />

(...) O Famosidades listou a seguir algumas<br />

90<br />

celebridades que se arrependeram das tatuagens<br />

que fizeram. Deborah Secco é a primeira delas. A<br />

atriz namorou por dois anos o cantor Marcelo<br />

Falcão, vocalista do grupo O Rappa. Nesse<br />

período, ela tatuou <strong>em</strong> seu pé a seguinte frase:<br />

95<br />

“Falcão, amor verdadeiro, amor eterno”. Bom, foi<br />

enquanto durou. T<strong>em</strong>pos depois, quando eles<br />

romperam a relação, Deborah teria se arrependido<br />

e tentou retirar a tattoo com várias sessões de<br />

aplicação a laser. O procedimento não foi 100% e<br />

100<br />

ela continua exibindo uma “sombrinha” por aí.<br />

A modelo Isabeli Fontana, hoje atual<br />

namorada de Marcelo Falcão, também se<br />

aventurou a fazer o nome de seu ex-marido, o ator<br />

Henri Castelli, com qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> um filho. Na<br />

ocasião, Isabeli tatuou <strong>em</strong> seu lábio inferior<br />

105<br />

interno o nome “Henri”. De novo: meses depois, o Página 6<br />

casal se separou e é claro que a modelo resolveu<br />

r<strong>em</strong>over a palavra. Na época, ela afirmou que o<br />

60<br />

processo, que fora feito num consultório médico<br />

UEM/CVU<br />

<strong>em</strong> São Paulo, Vestibular foi muito de Inverno/2012 doloroso, – Prova pois 2 a área 5<br />

tatuada teve que ser cortada e, por ser na boca,<br />

Isabeli teve que levar até pontos. Fora que a<br />

cicatrização d<strong>em</strong>orou meses, porque abriu de um<br />

lado.<br />

O craque Ronaldo Fenômeno também teve<br />

que improvisar para retirar a letra “D” do seu<br />

pulso. Quando o jogador se casou com a<br />

apresentadora Daniela Cicarelli, ele tatuou a<br />

inicial do nome da gata para provar seu amor. O<br />

jogador mostrava o pulso para as câmeras, todas<br />

as vezes que fazia um gol, homenageando, assim,<br />

Cicarelli. O casamento relâmpago durou apenas<br />

86 dias, mas a tatuag<strong>em</strong> ficou. E o que fazer<br />

nessas horas? Foi quando o Fenômeno teve a ideia<br />

de transformar a letra “D” num singelo “R”, de<br />

Ronaldo, o que não foi muito difícil, já que as<br />

duas letras têm quase o mesmo traço.<br />

A cantora Amy Winehouse também<br />

enfrentou probl<strong>em</strong>as com a tatuag<strong>em</strong> que fez <strong>em</strong><br />

homenag<strong>em</strong> ao ex-marido, Blake Fielder-Civil.<br />

De acordo com informações do jornal inglês<br />

Daily Star, o novo namorado da estrela, Reg<br />

Travis, não estaria nada, nada satisfeito com o<br />

nome do ex que fora escrito no seio esquerdo da<br />

roqueira. Segundo a publicação, a popstar havia<br />

procurado, desesperadamente, clínicas de<br />

tratamento a laser com o objetivo de encontrar um<br />

método eficaz para retirar, de vez, o nome de<br />

Blake do seu peito.<br />

A modelo Gracyanne Barbosa, noiva do<br />

pagodeiro Belo, também não perdeu a chance de<br />

homenagear o amado usando seu corpo como<br />

suporte. “Tenho o nome do Belo que eu tatuei no<br />

cóccix. Fiz uma outra, para homenagear ele<br />

também, na minha perna. Tenho também uma flor<br />

nas costas. Adoro tattoos! Nunca me arrependi,<br />

até agora, de ter feito nenhuma delas. E, mesmo<br />

se, um dia, a gente vier a terminar, ainda assim<br />

pretendo ficar com a tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> meu corpo para<br />

marcar a época <strong>em</strong> que vivi ao lado dele, até<br />

porque se eu fiz, é porque acredito que o nosso<br />

relacionamento vá durar para s<strong>em</strong>pre”, declarou.<br />

A modelo Viviane Araújo foi mais radical. A<br />

Rainha de Bateria do Salgueiro não escondeu as<br />

marcas causadas pelo tratamento a laser que ainda<br />

faz para apagar o nome do ex-namorado, o<br />

pagodeiro Belo, no antebraço direito. (...)<br />

Reincidente de causa, a morena deixou o coração<br />

falar mais alto novamente e voltou a tatuar o<br />

nome da pessoa amada no corpo. Vivi t<strong>em</strong> o nome<br />

do atual namorado, o jogador de futebol Radamés,<br />

com qu<strong>em</strong> se relaciona há quase três anos. “(...)<br />

Gosto muito de tattoos e, quando eu tiver meu<br />

filho, colocarei o nome dele também <strong>em</strong> alguma<br />

115<br />

120<br />

125<br />

(Text<br />

msn.c<br />

6>. A<br />

Qu<br />

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lingu<br />

01) N<br />

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100<br />

105<br />

110<br />

115<br />

120<br />

125<br />

marcas causadas pelo tratamento a laser que ainda<br />

faz para apagar o nome do ex-namorado, o<br />

pagodeiro Belo, PROVA no antebraço 2 - LÍNGUA direito. PORTUGUESA (...) E LITERATURAS<br />

Reincidente de EM causa, LÍNGUA a morena PORTUGUESA deixou o coração E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

falar mais alto novamente e voltou a tatuar o<br />

nome da pessoa amada no corpo. Vivi t<strong>em</strong> o nome<br />

do atual namorado, o jogador de futebol Radamés,<br />

com qu<strong>em</strong> se relaciona há quase três anos. “(...)<br />

Gosto muito de tattoos e, quando eu tiver meu<br />

filho, colocarei o nome dele também <strong>em</strong> alguma<br />

parte do meu corpo (...)”, revelou a modelo (...).<br />

Deixando de lado romances acabados e<br />

tatuagens arrependidas, o nome dos filhos é<br />

s<strong>em</strong>pre uma boa pedida para qu<strong>em</strong> quer fazer uma<br />

homenag<strong>em</strong> definitiva no corpo. A musa Luiza<br />

Brunet é uma das mães que seguiu a dica. (...)<br />

“Acho que é uma forma de expressão. (...) Eu, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, nunca fiz uma tattoo que viesse a me<br />

arrepender. Mas, para isso, a pessoa t<strong>em</strong> que<br />

tomar cuidado e saber o que está fazendo. Eu,<br />

particularmente, jamais colocaria nome de marido<br />

ou namorado no meu corpo. Acho cafonérrimo!<br />

Não que eu não acredite no amor, não é isso.<br />

Acredito sim, até d<strong>em</strong>ais! Mas acho que exist<strong>em</strong><br />

outras formas de declarar nossos sentimentos”,<br />

contou. E ela continuou: “Eu só colocaria nome<br />

de filho mesmo, como já fiz. Isso sim, pra mim, é<br />

amor pra vida inteira. Acho feio também aqueles<br />

nomes enormes que as pessoas costumam colocar<br />

no antebraço. Acho um gesto cafona d<strong>em</strong>ais”.<br />

(Texto adaptado, disponível <strong>em</strong> . Acesso <strong>em</strong> 14/3/2012)<br />

04. Assinale o que for correto a respeito dos el<strong>em</strong>entos<br />

linguísticos e das construções gramaticais do texto 2.<br />

Questão 04<br />

01) No trecho “E para esquecer o antigo amor,<br />

Assinale o que for correto a respeito dos el<strong>em</strong>entos<br />

(...) vale fazer de tudo, desde usar lasers<br />

linguísticos e das construções gramaticais do texto 2.<br />

01) No trecho para “E r<strong>em</strong>over, para esquecer até fazer o antigo novas amor, imagens (...) vale por<br />

fazer de cima.” tudo, (linhas desde 21-24), usar lasers a oração para adverbial r<strong>em</strong>over, final, até<br />

fazer novas anteposta imagens à oração por principal, cima.” (linhas traz uma 21-24), situação a<br />

oração probl<strong>em</strong>ática, adverbial final, cuja anteposta solução à é oração apresentada principal, na<br />

traz uma sequência. situação probl<strong>em</strong>ática, cuja solução é<br />

apresentada na sequência.<br />

02) As expressões “cafona d<strong>em</strong>ais” (linha 129)<br />

02) As expressões “cafona d<strong>em</strong>ais” (linha 129) e<br />

“cafonérrimo”<br />

e “cafonérrimo”<br />

(linha<br />

(linha<br />

121)<br />

121)<br />

têm<br />

têm significados<br />

significados<br />

s<strong>em</strong>elhantes, s<strong>em</strong>elhantes, mas efeitos mas estilisticamente efeitos estilisticamente<br />

distintos.<br />

04) No trecho distintos. “... deixou o coração falar mais alto ...”<br />

(linhas 04) No 103 trecho e 104), “... a deixou figura de o coração estilo utilizada falar mais é a<br />

prosopopeia alto ...” ou (linhas personificação. 103 e 104), a figura de estilo<br />

08) No trecho utilizada “... usar é a lasers prosopopeia para r<strong>em</strong>over ou personificação.<br />

...” (linha 23),<br />

a oração adverbial final apresenta o objetivo para a<br />

08) No trecho “... usar lasers para r<strong>em</strong>over ...”<br />

ação da oração principal.<br />

16) No trecho<br />

(linha<br />

“...<br />

23),<br />

não<br />

a<br />

estaria<br />

oração<br />

nada,<br />

adverbial<br />

nada satisfeito<br />

final apresenta<br />

com o<br />

nome do o objetivo ex ...” (linhas para a ação 78 e 79), da oração a construção principal. com<br />

repetição 16) No de trecho um it<strong>em</strong> “... não se justifica estaria nada, pelo fato nada de satisfeito se tratar<br />

de discurso com direto o nome de Reg do ex Travis. ...” (linhas 78 e 79), a<br />

GABARITO 1<br />

Página 7<br />

construção com repetição de um it<strong>em</strong> se<br />

justifica pelo fato de se tratar de discurso direto<br />

de Reg Travis.<br />

Resposta: 15 – Nível fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) CORRETA<br />

04) CORRETA<br />

08) CORRETA<br />

UEM/CVU<br />

Vestibular de Inverno/2012 – Prova 2 6<br />

16) INCORRETA – O trecho não revela a fala de<br />

Reg Travis, não é discurso direto, trata-se de<br />

uma informação dada pelo autor do texto.<br />

05. Assinale o que for correto a respeito dos el<strong>em</strong>entos<br />

linguísticos que indicam definição, indefinição e<br />

quantificação no texto 2.<br />

01) No trecho “O Famosidades listou a seguir<br />

algumas celebridades ...” (linhas 34 e 35), o<br />

pronome “algumas” marca uma quantidade<br />

não exata de indivíduos.<br />

02) No trecho “... indicado para eliminar quase<br />

todas as cores que pod<strong>em</strong> constar numa<br />

tatuag<strong>em</strong>.” (linhas 31 e 32), a expressão “quase<br />

todas” indica variedade e/ou quantidade.<br />

04) No trecho “E os motivos são vários ...” (linha<br />

9), o pronome indefinido “vários” se refere à<br />

diversidade.<br />

08) Em “... as pessoas acabam se arrependendo<br />

...” (linhas 16 e 17), o artigo “as”, flexionado<br />

no plural, generaliza o nome que determina,<br />

ao passo que no trecho “... a pessoa t<strong>em</strong> que<br />

tomar cuidado ...” (linhas 118 e 119), o artigo<br />

“a”, s<strong>em</strong> flexão de número, particulariza o<br />

nome.<br />

16) No trecho “Nunca me arrependi, até agora,<br />

de ter feito nenhuma delas.” (linhas 91 e 92),<br />

o pronome indefinido “nenhuma” dá ideia de<br />

negatividade.<br />

Resposta: 23 – Nível fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) CORRETA<br />

04) CORRETA<br />

08) INCORRETA – Os artigos definidos “a” ou “as”<br />

têm como função individualizar o substantivo.<br />

Para generalizar, <strong>em</strong>pregamos os artigos<br />

indefinidos “um”, “uma”, “uns”ou “umas”.<br />

16) CORRETA


06. Assinale o que for correto a respeito do conteúdo<br />

do texto 2.<br />

01) No trecho “Acho feio também aqueles nomes<br />

enormes que as pessoas costumam colocar<br />

no antebraço.” (linhas 127-129), a autora<br />

do texto utiliza a fala de Luiza Brunet para<br />

alfinetar o craque Ronaldo por exibir a inicial<br />

de sua ex-mulher tatuada no pulso.<br />

02) O procedimento ao qual Deborah Secco se<br />

submeteu para r<strong>em</strong>oção da tatuag<strong>em</strong> é o ND:<br />

YAG 5.<br />

04) No texto 2, mencionam-se três formas de<br />

r<strong>em</strong>oção de tatuag<strong>em</strong>: cobertura com uma<br />

nova tatuag<strong>em</strong>, r<strong>em</strong>oção com raio laser e<br />

r<strong>em</strong>oção da área tatuada.<br />

08) A expressão “reincidente de causa” (linha 103)<br />

indica que o arrependimento de Viviane Araújo<br />

não diz respeito à tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> si, mas ao que<br />

ela representa.<br />

16) Na opinião de Luiza Brunet, o tipo de amor<br />

como o mencionado no início do texto<br />

não deveria ser homenageado com uma<br />

tatuag<strong>em</strong>.<br />

Resposta: 28 – Nível fácil<br />

01) INCORRETA – Luiza Brunet <strong>em</strong> nenhum<br />

momento pensou <strong>em</strong> alfinetar o craque<br />

Ronaldo, o que ela lida é o fato de se colocar<br />

o nome de marido ou namorado tatuado. Ela<br />

pode colocar nome de filhos, mas nunca de<br />

marido ou namorado.<br />

02) INCORRETO – Deborah Secco apenas<br />

encabeça a lista das que se arrependeram de<br />

ter<strong>em</strong> tatuado o nome do seu amor, o texto<br />

não faz alusão de que ela tenha se utilizado<br />

do sist<strong>em</strong>a ND: YAG 5.<br />

04) CORRETA<br />

08) CORRETA<br />

16) CORRETA<br />

07. Assinale o que for correto a respeito dos mecanismos<br />

de coesão utilizados no texto 2.<br />

01) No trecho “Será que a medicina, nesses<br />

casos, pode entrar <strong>em</strong> cena?” (linhas 3-5), a<br />

expressão “nesses casos” retoma términos de<br />

relacionamentos e mudanças de planos.<br />

02) No trecho “Deborah Secco é a primeira delas.”<br />

(linha 36), o it<strong>em</strong> “delas” retoma “... algumas<br />

celebridades que se arrependeram das<br />

tatuagens que fizeram.” (linhas 34-36).<br />

04) A autora do texto cria uma imag<strong>em</strong><br />

estigmatizada do cantor Belo utilizando o<br />

termo pejorativo “pagodeiro” (linhas 86 e 102)<br />

PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Página 8<br />

para se referir a ele, ao passo que utiliza o<br />

termo neutro “cantor” (linha 37) para se referir<br />

a Marcelo Falcão e o termo “roqueira” (linha<br />

80), expressão valorizada socialmente, para<br />

se referir a Amy Winehouse.<br />

08) As expressões referenciais pod<strong>em</strong> explicitar<br />

a valoração da autora do texto <strong>em</strong> relação ao<br />

referente que deseja designar, como <strong>em</strong> “o<br />

craque Ronaldo Fenômeno” (linha 60), “nome<br />

da gata” (linha 64) e “a musa Luiza Brunet”<br />

(linhas 114 e 115).<br />

16) Embora anuncie, nas linhas 34 e 35, que vai<br />

listar celebridades (pessoas que, <strong>em</strong> tese,<br />

deveriam ser conhecidas de todos), a autora<br />

do texto utiliza, antes dos nomes dessas<br />

celebridades, termos que delimitam suas<br />

áreas de atuação. Caso o leitor da reportag<strong>em</strong><br />

não conheça alguma dessas celebridades,<br />

pelo menos sabe por que são famosas.<br />

Resposta: 27 – Nível fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) CORRETA<br />

04) INCORRETA – Que canta PAGODE é<br />

pagodeiro, qu<strong>em</strong> canta ROCK é roqueiro e<br />

qu<strong>em</strong> canta SAMBA é sambista. A palavra<br />

PAGODEIRO não é nome pejorativo.<br />

08) CORRETA<br />

16) CORRETA<br />

08. Assinale o que for correto a respeito do uso dos<br />

t<strong>em</strong>pos verbais nos textos 1 e 2.<br />

01) Os trechos a seguir, do texto 2, nos quais<br />

se observa o uso do futuro do subjuntivo,<br />

apresentam o mesmo grau de hipoteticidade:<br />

“... se, um dia, a gente vier a terminar, ainda<br />

assim pretendo ficar com a tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> meu<br />

corpo ...” (linhas 93 e 94) e “... quando eu tiver<br />

meu filho, colocarei o nome dele também <strong>em</strong><br />

alguma parte do meu corpo ...” (linhas 108-110).<br />

02) Nos trechos “... o novo namorado da estrela,<br />

Reg Travis, não estaria nada, nada satisfeito<br />

com o nome do ex ...” (texto 2, linhas 77-79) e<br />

“Coincidência maior seria impossível.” (texto 1,<br />

linha 20), o uso do futuro do pretérito confere<br />

certeza ao enunciado.<br />

04) Nos trechos “... abandonara a família e sumira<br />

por completo ...” (texto 1, linhas 35 e 36),<br />

“fora feito” (texto 2, linha 54), “fora escrito”<br />

(texto 2, linha 79) e “havia procurado” (texto<br />

2, linhas 80 e 81), os usos da forma simples<br />

e da forma composta do pretérito mais que<br />

perfeito exerc<strong>em</strong> a mesma função.


5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

25<br />

15 Quando a gente gama<br />

Tudo são flores, amores e blá blá blá<br />

PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS Quando vira um drama<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA Então é um chora pra lá e chora pra cá<br />

08) Em “... se eu fiz, é porque acredito ...” (texto<br />

2, linha 96), a utilização do pretérito perfeito,<br />

mesmo <strong>em</strong> uma construção condicional,<br />

garante que a hipótese é verdadeira.<br />

16) No trecho “Julieta não acreditou no que ele<br />

estava dizendo.” (texto 1, linhas 47 e 48), a<br />

locução verbal no gerúndio “estava dizendo”<br />

indica uma ação que teve início no passado<br />

e continua até o presente.<br />

Resposta: 12 – Nível fácil<br />

01) INCORRETA – No primeiro caso existe, sim,<br />

uma hipótese. No segundo, t<strong>em</strong>os uma<br />

afirmação de algo futuro. São situações<br />

diferentes.<br />

02) INCORRETA – Na primeira situação, o autor<br />

supõe a não satisfação do namorado. Na<br />

segunda, t<strong>em</strong>os uma afirmação.<br />

04) CORRETA<br />

08) CORRETA<br />

16) INCORRETA – No texto, a ação “estava<br />

dizendo” não t<strong>em</strong> sentido de passado, apenas<br />

reproduz o presente.<br />

TEXTO 3<br />

Tatuag<strong>em</strong><br />

Marjorie Estiano<br />

Composição: André Aquino, Rita Lee, Lancaster<br />

Fiz uma tatuag<strong>em</strong><br />

Quando no auge de uma louca paixão<br />

Escrevi na corag<strong>em</strong><br />

Seu nome no peito sobre o meu coração<br />

Você foi <strong>em</strong>bora, a tatuag<strong>em</strong> não<br />

Então agora é melhor tatuar no lugar<br />

Que tal uma tribal<br />

Super bacana<br />

Não vai deixar sinal<br />

De que você foi<br />

Um belo sacana<br />

Quando a gente gama<br />

Tudo são flores, amores e blá blá blá<br />

Quando vira um drama<br />

Então é um chora pra lá e chora pra cá<br />

Mas foi <strong>em</strong>bora e a tatuag<strong>em</strong> não<br />

Então agora é melhor tatuar no lugar<br />

Que tal uma tribal<br />

Super bacana<br />

Não vai deixar sinal<br />

De que você foi<br />

Um belo sacana<br />

(...)<br />

20<br />

25<br />

Mas foi <strong>em</strong>bora e a tatuag<strong>em</strong> não<br />

Então agora é melhor tatuar no lugar<br />

Que tal uma tribal<br />

Super bacana<br />

Não vai deixar sinal<br />

De que você foi<br />

Um belo sacana<br />

(...)<br />

(Disponível <strong>em</strong> . Acesso <strong>em</strong> 14/3/2012)<br />

09. Assinale o que for correto a respeito do texto 3.<br />

01) A tatuag<strong>em</strong> tribal pode ser r<strong>em</strong>ovida s<strong>em</strong><br />

deixar sinal.<br />

02) No trecho “Você foi <strong>em</strong>bora, a tatuag<strong>em</strong> não”<br />

(linha 6), <strong>em</strong>bora não haja nenhum conectivo,<br />

observa-se uma relação de oposição.<br />

04) O it<strong>em</strong> “agora” (linha 7) marca um primeiro<br />

momento no qual o sujeito da canção está <strong>em</strong><br />

conjunção com seu amor, <strong>em</strong> oposição a um<br />

segundo momento, <strong>em</strong> que esse amor não<br />

está mais presente.<br />

08) Em “um chora pra lá” (linha 18), <strong>em</strong>bora a<br />

Questão expressão 09 seja formada por verbo, é tratada<br />

como substantivo por meio da anteposição de<br />

Assinale o que for correto a respeito do texto 3.<br />

um artigo indefinido.<br />

01) A tatuag<strong>em</strong> tribal pode ser r<strong>em</strong>ovida s<strong>em</strong> deixar<br />

16) No trecho “Então agora é melhor tatuar no<br />

sinal.<br />

02) No trecho<br />

lugar”<br />

“Você<br />

(linhas<br />

foi <strong>em</strong>bora,<br />

7 e 21),<br />

a tatuag<strong>em</strong><br />

o termo<br />

não”<br />

“então”<br />

(linha<br />

indica<br />

6), <strong>em</strong>bora<br />

subsequência<br />

não haja nenhum<br />

t<strong>em</strong>poral.<br />

conectivo, observa-se<br />

uma relação de oposição.<br />

04) O Resposta: it<strong>em</strong> “agora” 10 (linha – Nível 7) marca fácilum primeiro<br />

momento no qual o sujeito da canção está <strong>em</strong><br />

conjunção 01) INCORRETA com seu amor, – Não <strong>em</strong> oposição existe aí a uma segundo relação de<br />

momento, r<strong>em</strong>oção. que esse O que amor acontece não está é mais uma presente. sobreposição.<br />

08) Em “um Sobre chora pra a lá” tatuag<strong>em</strong> (linha 18), antiga, <strong>em</strong>bora coloca-se a expressão uma<br />

seja formada nova. por verbo, é tratada como substantivo<br />

por 02) meio CORRETA da anteposição de um artigo indefinido.<br />

16) No 04) trecho INCORRETA “Então agora – é No melhor texto tatuar está evidente no lugar” que<br />

(linhas 7 desde e 21), o início termo já “então” não existe indica mais subsequência a relação. Não<br />

t<strong>em</strong>poral. existe, portanto, um segundo momento.<br />

08) CORRETA<br />

16) INCORRETA – Não existe idéia de<br />

t<strong>em</strong>poralidade. Existe, sim, uma idéia de<br />

conclusão.<br />

GABARITO<br />

Questão 10<br />

10. Assinale o que for correto a respeito dos textos 1,<br />

Assinale 2 o e que 3. for correto a respeito dos textos 1, 2 e 3.<br />

01) O choro arrependido por ter feito uma tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

homenag<strong>em</strong> 01) O choro ao amado arrependido e depois ter sido por abandonada ter feito é uma<br />

uma característica tatuag<strong>em</strong> <strong>em</strong> comum homenag<strong>em</strong> entre ao as amado mulheres e depois<br />

apresentadas ter sido nos abandonada três textos, sejam é uma personagens característica<br />

ficcionais comum ou celebridades entre as do mulheres mundo real. apresentadas nos<br />

02) O seguinte três trecho textos, do sejam texto 1 personagens vale para o sujeito ficcionais da ou<br />

canção do texto 3 se o considerarmos do sexo<br />

Página 9 f<strong>em</strong>inino: “... fazer aquilo que todas as ex-namoradas<br />

faz<strong>em</strong> nessa situação: queria r<strong>em</strong>over a tatuag<strong>em</strong>.”<br />

(linhas 59-61).<br />

Que<br />

Assin<br />

01) O<br />

h<br />

u<br />

ap<br />

fi<br />

02) O<br />

ca<br />

fe<br />

fa<br />

(l<br />

04) A<br />

ta<br />

su<br />

se<br />

‘a<br />

q<br />

08) N<br />

m<br />

16) A<br />

co


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

celebridades do mundo real.<br />

02) O seguinte trecho do texto 1 vale para o sujeito<br />

da canção do texto 3 se o considerarmos do<br />

sexo f<strong>em</strong>inino: “... fazer aquilo que todas as<br />

ex-namoradas faz<strong>em</strong> nessa situação: queria<br />

r<strong>em</strong>over a tatuag<strong>em</strong>.” (linhas 59-61).<br />

04) A motivação para Julieta, protagonista do<br />

texto 1, e também para o sujeito do texto 3<br />

desejar<strong>em</strong> retirar suas tatuagens pode ser<br />

representada pela afirmação a seguir, do<br />

texto 2: “Muitas pessoas ditas ‘apaixonadas’<br />

(...) se arrepend<strong>em</strong> da homenag<strong>em</strong> quando o<br />

romance chega ao fim.” (linhas 18-20).<br />

08) No relato da canção do texto 3, encontra-se<br />

um dos métodos de r<strong>em</strong>oção de tatuagens<br />

citados no texto 2.<br />

16) A palavra “drama” mencionada no texto 3<br />

resume o conteúdo das linhas 57 e 58 do texto 1.<br />

Resposta: 30 – Nível fácil<br />

01) INCORRETA – Pelo contrário, muitas das<br />

personagens ratificaram a sua opção, mantendo<br />

a tatuag<strong>em</strong> ainda que o relacionamento venha<br />

a terminar.<br />

02) CORRETA<br />

04) CORRETA<br />

08) CORRETA<br />

16) CORRETA<br />

LITERATURAS EM LÍNGUA<br />

PORTUGUESA<br />

11. Sobre o “Sermão da Sexagésima” e seu autor, o<br />

padre Antônio Vieira, assinale o que for correto.<br />

01) A produção sermonística de Vieira marca<br />

um dos pontos mais altos não apenas da<br />

produção barroca brasileira, mas também da<br />

de Portugal, devido à posição particular do<br />

autor, que faz parte do cânone literário dos<br />

dois países.<br />

02) O “Sermão da Sexagésima” tece reflexões<br />

a respeito da própria estrutura dos sermões,<br />

apresentando uma engenhosa metáfora<br />

do gênero como uma árvore para ilustrar<br />

sua organização. Contudo, não apresenta<br />

exórdio ou peroração, afastando-se, assim, da<br />

estrutura usual dos sermões do século XVII.<br />

04) Do ponto de vista t<strong>em</strong>ático, o “Sermão da<br />

Sexagésima” aponta para o fato de que<br />

determinados excessos formais e de enfeite<br />

de linguag<strong>em</strong> prejudicavam a transmissão das<br />

ideias propostas pelos sermões. Contudo, a<br />

escola barroca cultivou tanto o uso rebuscado<br />

da linguag<strong>em</strong> quanto o jogo de ideias, de<br />

modo que pod<strong>em</strong>os ver na crítica do “Sermão<br />

da Sexagésima” uma crítica aos próprios<br />

excessos do barroco.<br />

08) A natureza crítica de sermões como o “da<br />

Sexagésima”, que pode ser notada <strong>em</strong> outros,<br />

tais como o “Sermão do bom ladrão”, foi uma<br />

constante na obra e na vida de Vieira, o que o<br />

levou, inclusive, à atuação como conselheiro<br />

real, diplomata e negociador. Essa postura<br />

ativa levou-o a ter probl<strong>em</strong>as com o tribunal<br />

do Santo Ofício.<br />

16) Considerando-se o contexto da literatura<br />

barroca brasileira, os sermões de Vieira<br />

não constituíram exceção, de modo que a<br />

sermonística encontrou <strong>em</strong> autores como<br />

Gregório de Matos expressão destacada.<br />

Em função da forte influência religiosa e<br />

da repressão contrarreformista, a lírica<br />

praticamente inexistiu, não restando registros<br />

de poetas relevantes.<br />

RESPOSTA: 13 – Nível Fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) INCORRETA – O sermão é um discurso<br />

sagrado sobre alguma verdade da doutrina<br />

cristã. Do latim sermo = palavra, discurso,<br />

pronunciado no púlpito para explicar a palavra<br />

de Deus ou para exercitar a prática da verdade.<br />

Os sermões de Vieira possu<strong>em</strong> influência<br />

clássica e, possu<strong>em</strong> partes distintas. São elas:<br />

texto, introito ou exórdio, desenvolvimento,<br />

peroração e invocação.<br />

04) CORRETA<br />

08) CORRETA<br />

16) INCORRETA – Apesar de a prosa barroca ter<br />

sido tão b<strong>em</strong> representada pelos sermões de<br />

Padre Vieira, não pod<strong>em</strong>os dizer que a lírica<br />

também não tenha tido um papel importante<br />

dentro deste período, afinal o próprio Gregório,<br />

citado na questão, foi um grande representante<br />

desta vertente da literatura, deixando claro <strong>em</strong><br />

seus textos seus sentimentos acerca dos<br />

questionamentos que acometiam os homens<br />

da época como por ex<strong>em</strong>plo a preocupação<br />

com a passag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po, a fugacidade<br />

da vida, a postura do ser humano diante da<br />

existência ou não de Deus e as tentações<br />

diante das vontades da carne.<br />

Página 10


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

12. Leia o po<strong>em</strong>a “Supr<strong>em</strong>o Desejo”, de Cruz e Sousa,<br />

e assinale o que for correto.<br />

Eternas, imortais origens vivas<br />

Da Luz, do Aroma, segredantes vozes<br />

Do mar e luares de cont<strong>em</strong>plativas,<br />

Vagas visões volúpicas, velozes...<br />

Aladas alegrias sugestivas<br />

De asa radiante e branca de albornozes,<br />

Tribos gloriosas, fúlgidas, altivas,<br />

De condores e de águias e albatrozes...<br />

Espiritualizai nos Astros louros,<br />

Do sol entre os clarões imorredouros<br />

Toda esta dor que na minh’alma clama...<br />

Quero vê-la subir, ficar cantando<br />

Na chama das Estrelas, dardejando<br />

Nas luminosas sensações da chama.<br />

(CRUZ e SOUSA, J. Poesias completas. Rio de Janeiro:<br />

Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997, p. 59)<br />

Glossário:<br />

Albornoz: manto ou casaco com capuz<br />

01) O apreço pelo vago e pelo impreciso,<br />

ex<strong>em</strong>plificado no verso “Aladas alegrias<br />

sugestivas”, comprova a busca, por parte<br />

dos poetas simbolistas, de uma arte que não<br />

expusesse diretamente a ideia, mas que a<br />

sugerisse.<br />

02) A busca de uma representação fluida, capaz<br />

de ilustrar o abstrato, é traduzida no po<strong>em</strong>a<br />

pela flexibilidade formal no tocante à métrica<br />

utilizada, que oscila de nove a doze sílabas<br />

poéticas nos catorze versos do soneto.<br />

04) O primeiro terceto do po<strong>em</strong>a ilustra uma das<br />

características marcantes do simbolismo, a<br />

saber: a concepção mística do mundo, com<br />

tendências esotéricas, <strong>em</strong> contraposição à<br />

base cientificista de escolas literárias como o<br />

Naturalismo.<br />

08) O uso acentuado de aliterações no verso<br />

“Vagas visões volúpicas, velozes...” é uma<br />

exceção na produção poética de Cruz e<br />

Sousa, uma vez que torna artificial o caráter<br />

melódico da linguag<strong>em</strong>, afastandose das<br />

propostas do Simbolismo.<br />

16) A utilização de sinestesias, conduta recorrente<br />

na escola simbolista, é ilustrada no po<strong>em</strong>a<br />

“Supr<strong>em</strong>o Desejo” por meio de expressões<br />

como “Astros louros” e “clarões imorredouros”,<br />

<strong>em</strong> consonância com o significado de<br />

“sinestesia”: representações sugestivas do<br />

espectro luminoso.<br />

RESPOSTA: 05 – Nível Fácil<br />

01) CORRETA<br />

02) INCORRETA – Os versos do soneto<br />

apresentado são na realidade decassílabos,<br />

característica aliás dos sonetos clássicos,<br />

forma apreciada pelos simbolistas.<br />

04) CORRETA<br />

08) INCORRETA – As aliterações são na verdade<br />

um recurso sonoro muito utilizado pelos<br />

poetas simbolistas e não uma exceção como<br />

a proposição sugere, e muito recorrente nas<br />

poesias de Cruz e Souza como, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

nos versos de outra poesia muito conhecida<br />

deste mesmo autor:”Vozes veladas, veludosas<br />

vozes,/ Volúpias dos violões, vozes veladas,/<br />

Vagam nos velhos vórtices velozes/ Dos<br />

ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”<br />

16) INCORRETA – A sinestesia é uma figura<br />

de linguag<strong>em</strong> que valoriza a relação feita<br />

entre vários sentidos, quanto mais sentidos<br />

for<strong>em</strong> relacionados <strong>em</strong> uma única conjunção<br />

sensorial, mais valia ela terá, contrariando a<br />

proposição que relaciona a sinestesia apenas<br />

com a visão.<br />

13. Leia o fragmento do romance Irac<strong>em</strong>a, de José de<br />

Alencar, e assinale o que for correto sobre esse<br />

trecho, sobre o romance ao qual ele pertence, e<br />

sobre a obra do autor.<br />

– Vai, e torna com o vinho de Tupã.<br />

Quando Irac<strong>em</strong>a foi de volta, já o Pajé não estava<br />

na cabana; tirou a virg<strong>em</strong> do seio o vaso que ali trazia<br />

oculto sob a carioba de algodão entretecida de penas.<br />

Martim lho arrebatou das mãos, e libou as gotas do<br />

verde e amargo licor.<br />

Agora podia viver com Irac<strong>em</strong>a, e colher <strong>em</strong> seus<br />

lábios o beijo, que ali viçava entre sorrisos, como o fruto<br />

na corola da flor. Podia amá-la e sugar desse amor o mel<br />

e o perfume, s<strong>em</strong> deixar veneno no seio da virg<strong>em</strong>.<br />

O gozo era vida, pois o sentia mais forte e intenso;<br />

o mal era sonho e ilusão, que da virg<strong>em</strong> não possuía<br />

senão a imag<strong>em</strong>.<br />

Irac<strong>em</strong>a afastara-se opressa e suspirosa.<br />

Abriram-se os braços do guerreiro adormecido e<br />

seus lábios; o nome da virg<strong>em</strong> ressoou doc<strong>em</strong>ente.<br />

A juriti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho<br />

do companheiro; bate as asas, e voa a aconchegar-se<br />

ao tépido ninho. Assim a virg<strong>em</strong> do sertão aninhou-se<br />

nos braços do guerreiro.<br />

(Alencar, José. Irac<strong>em</strong>a. São Paulo: Moderna, 1993, p. 50 e 51)<br />

Página 11


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

01) O romance apresenta a lenda da fundação do<br />

Ceará, simbolizada por meio do relacionamento<br />

amoroso proibido entre Irac<strong>em</strong>a, índia da<br />

tribo dos Tabajaras, guardiã do “segredo de<br />

jur<strong>em</strong>a”, e Martim, colonizador português,<br />

aliado dos Pitiguaras. Tal proibição se justifica<br />

por se tratar de um hom<strong>em</strong> branco, aliado da<br />

tribo inimiga e, sobretudo, pelo fato de Irac<strong>em</strong>a<br />

ter de se manter virg<strong>em</strong> <strong>em</strong> função do posto<br />

que ocupa junto a seu povo: o de guardiã do<br />

segredo do preparo da “jur<strong>em</strong>a”, bebida cujos<br />

efeitos, explorados pelos pajés, resultam <strong>em</strong><br />

sonhos agradáveis, vivos e intensos.<br />

02) O romance integra o projeto literário de José de<br />

Alencar, cujo objetivo era traçar um panorama<br />

da história e da cultura brasileiras por meio<br />

de uma série de romances. Isso porque o<br />

país, tendo conquistado sua independência<br />

política, precisava, então, <strong>em</strong>ancipar-se e/ou<br />

identificar-se culturalmente. A representação<br />

literária, nesse sentido, ainda que idealizada<br />

na pena do escritor romântico, converte-se <strong>em</strong><br />

uma importante estratégia de valorização da<br />

cultura nacional.<br />

04) O fragmento transcrito refere-se ao modo<br />

como Irac<strong>em</strong>a resolve o impasse estabelecido<br />

entre o sentimento amoroso que a une<br />

a Martim e a interdição dessa união. Ele<br />

prefere não s<strong>em</strong>ear a desgraça na tribo dos<br />

Tabajaras, possuindo Irac<strong>em</strong>a apenas nos<br />

delírios provocados pelo “vinho de Tupã”; ela,<br />

todavia, valendo-se do estado de dormência<br />

do amado, favorece a consumação da união<br />

proibida, tendo que, posteriormente, arcar com<br />

as consequências.<br />

08) O romance, publicado <strong>em</strong> 1865, consiste no<br />

marco inaugural do Romantismo brasileiro.<br />

Isso porque, <strong>em</strong>bora outras obras do mesmo<br />

autor, e de outros cont<strong>em</strong>porâneos dele, já<br />

foss<strong>em</strong> conhecidas do público, nenhuma<br />

reuniu tantas características que a partir de<br />

então conferiram o tom da escola romântica.<br />

Dentre essas características, destaca-se o<br />

traço poético conferido ao texto narrativo,<br />

dando orig<strong>em</strong> à chamada prosa poética.<br />

16) O fato de Irac<strong>em</strong>a ter induzido Martim a<br />

consumar a união dos dois, conforme b<strong>em</strong> se<br />

pode verificar nesse fragmento, acarreta a ela<br />

a expulsão da tribo dos Tabajaras, assim como<br />

a maldição que vai resultar na sua morte, após<br />

o nascimento de seu filho Moacir. Trata-se de<br />

uma punição que, b<strong>em</strong> ao gosto da escola<br />

romântica, reafirma os padrões de moralidade<br />

da época, inclusive no que se refere ao modo<br />

como Martim passa a considerá-la a partir de<br />

então: uma adúltera <strong>em</strong> potencial.<br />

RESPOSTA: 07 – Nível Médio<br />

01) CORRETA<br />

02) CORRETA<br />

04) CORRETA<br />

08) INCORRETA – Apesar do romance <strong>em</strong><br />

questão ter sido uma grande referência de<br />

prosa romântica produzida por brasileiros,<br />

o Romantismo foi inaugurado com a obra<br />

“Suspiros poéticos e saudades” de Gonçalves<br />

de Magalhães, <strong>em</strong> 1836. O primeiro romance,<br />

assim considerado pela qualidade que<br />

apresentava, foi publicado <strong>em</strong> 1844, intitulado<br />

“A Moreninha”, de Joaquim Manuel de<br />

Macedo.<br />

16) INCORRETA – Durante o romance Martim<br />

permanece como o verdadeiro herói romântico,<br />

portanto sua postura quando lhe é revelado<br />

a consumação do amor dos dois é assumir a<br />

índia como sua esposa, atitude mais nobre na<br />

ocasião.<br />

14. Tendo <strong>em</strong> vista os gêneros literários, assinale o<br />

que for correto.<br />

01) Uma das principais características do gênero<br />

lírico é a tendência à objetividade, encontrada<br />

na expressão do mundo exterior por parte de<br />

um eu-lírico que dele não participa.<br />

02) No gênero épico, verifica-se um distanciamento<br />

entre sujeito e objeto, e o mundo representado<br />

é trabalhado por meio de categorias como<br />

t<strong>em</strong>po, espaço, personag<strong>em</strong>, foco narrativo<br />

e enredo.<br />

04) Uma vez que “drama” equivale à “ação”, o<br />

gênero dramático caracteriza-se por obras<br />

feitas para ser<strong>em</strong> encenadas (no caso, a<br />

encenação das ações das personagens no<br />

palco), de modo que o espetáculo é um dos<br />

el<strong>em</strong>entos fundamentais desse gênero.<br />

08) O soneto, cuja composição pressupõe o<br />

acompanhamento musical e a participação<br />

do coro, é um dos el<strong>em</strong>entos expressivos do<br />

espetáculo teatral.<br />

16) Apesar de cada gênero literário possuir<br />

características próprias, de modo que seja<br />

possível separá-los, essa separação não é<br />

precisa, havendo obras <strong>em</strong> que são notados<br />

el<strong>em</strong>entos de mais de um gênero.<br />

Página 12


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

RESPOSTA: 22 – Nível Fácil<br />

01) INCORRETA – A objetividade não se relaciona<br />

com o gênero lírico, afinal este gênero está<br />

relacionado justamente com os sentimentos<br />

do eu-po<strong>em</strong>ático, o tom lírico do texto poético<br />

advém da eclosão dos sentimentos mais<br />

íntimos.<br />

02) CORRETA<br />

04) CORRETA<br />

08) INCORRETA – A estrutura de um soneto<br />

na verdade não exige necessariamente a<br />

presença do coro, esta é uma característica<br />

de outros gêneros. Apenas para l<strong>em</strong>brar<br />

a composição de um soneto é: um texto<br />

composto por 14 versos, geralmente divididos<br />

<strong>em</strong> dois quartetos e dois tercetos.<br />

16) CORRETA<br />

15. Assinale o que for correto sobre o Modernismo<br />

brasileiro e sobre os autores que integram esse<br />

movimento.<br />

01) O manifesto “Pau-Brasil”, lançado por Oswald<br />

de Andrade, no contexto da primeira geração<br />

do Modernismo, teve por objetivo valorizar<br />

a cultura brasileira, <strong>em</strong>preendendo, assim,<br />

a defesa de abordagens étnicas, sociais e<br />

linguísticas s<strong>em</strong> preconceitos, de modo a<br />

resgatar as manifestações culturais oriundas<br />

do saber das camadas mais populares.<br />

02) O livro Macunaíma, de Mário de Andrade,<br />

publicado no contexto da segunda geração<br />

do Modernismo brasileiro, resgata e renova<br />

a imag<strong>em</strong> do índio, trazendo-o para o centro<br />

da história, não a partir da idealização<br />

romântica, mas a partir de um ponto de vista<br />

universalizante, marcado pelo humor e pela<br />

irreverência, o que lhe confere o estatuto de<br />

um trapalhão na cidade grande.<br />

04) A poesia de Carlos Drummond de Andrade,<br />

poeta da segunda geração modernista,<br />

apresenta, entre suas fases, a fase social,<br />

<strong>em</strong> que o poeta se mostra preocupado com<br />

os grandes acontecimentos sóciohistóricos da<br />

época, nacionais e internacionais. Coletâneas<br />

como Sentimento do mundo (1940) e A rosa<br />

do povo (1945) revelam o desencontro entre a<br />

imag<strong>em</strong> de uma sociedade justa e o contexto<br />

político conturbado do momento.<br />

08) A linguag<strong>em</strong> da prosa da segunda geração<br />

modernista, do chamado “romance de<br />

30”, <strong>em</strong>bora retrate dramas específicos de<br />

determinadas regiões do país, é extr<strong>em</strong>amente<br />

elaborada, evitando o registro exclusivo<br />

da “cor local”. Isso porque o intuito desses<br />

autores era divulgar a realidade do país e, ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po, expressar-se <strong>em</strong> consonância<br />

com as tendências experimentalistas das<br />

vanguardas europeias. O t<strong>em</strong>a é nacional,<br />

mas a expressão é universal.<br />

16) Na terceira geração do Modernismo brasileiro,<br />

<strong>em</strong> que se destacam escritores como Clarice<br />

Lispector, o romance e o conto assum<strong>em</strong><br />

uma configuração universalizante, a partir da<br />

t<strong>em</strong>atização de dramas humanos. A busca pela<br />

compreensão da consciência individual resulta<br />

na construção de personagens voltadas para<br />

o mundo interior. Em vista disso, tend<strong>em</strong> a<br />

desaparecer os enredos tradicionalmente<br />

estruturados, com começo, meio e fim.<br />

RESPOSTA: 21 – Nível Médio<br />

01) CORRETA<br />

02) INCORRETA – Mário de Andrade foi um<br />

grande nome da “S<strong>em</strong>ana de Arte Moderna”,<br />

e um escritor extr<strong>em</strong>amente importante<br />

da primeira geração modernista, e não da<br />

segunda como a proposição sugere.<br />

04) CORRETA<br />

08) INCORRETA – A implantação das vanguardas<br />

europeias foi uma conquista da chamada<br />

fase heroica do modernismo brasileiro. Os<br />

escritores da chamada segunda geração, ou<br />

geração de 30, buscam chamar a atenção para<br />

as regiões carentes do Brasil, lançam mão da<br />

irreverência dos primeiros modernistas, mas,<br />

também conservam traços da tradição literária<br />

brasileira, caracterizando assim um equilíbrio<br />

dentro da literatura da época.<br />

16) CORRETA<br />

Página 13


5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

25<br />

30<br />

35<br />

40<br />

45<br />

PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Questão 16<br />

Espanhol<br />

16. Respecto a los aspectos gramaticales y léxicos de<br />

ESPANHOL<br />

Respecto la lengua a los española, aspectos gramaticales señale lo que y está léxicos correcto.<br />

de la<br />

lengua española, señale lo que está correcto.<br />

El Otro Yo<br />

01) “nariz” 01) “nariz” y “radio” y (líneas “radio” 4 y 17) (líneas son heterogenéricos,<br />

4 y 17) son<br />

Mario Benedetti<br />

así como heterogenéricos, “sangre” y “leche”. así como “sangre” y<br />

02) En la expresión Se trataba de un muchacho corriente: en los<br />

“leche”.<br />

“En el primer momento” (líneas 19 y<br />

20) hay apócope, así como en “Al principio” (línea<br />

pantalones se le formaban rodilleras, leía<br />

02) En la expresión “En el primer momento”<br />

24) y “enseguida” (línea 26).<br />

historietas, hacía ruido cuando comía, se metía los<br />

04) “supo”,<br />

(líneas “dijo”<br />

19 y “tuvo”<br />

y 20) hay (líneas<br />

apócope, 20, 22<br />

así y 39)<br />

como están<br />

en en<br />

“Al<br />

dedos a la nariz, roncaba en la siesta, se llamaba<br />

pretérito principio” indefinido (línea (o perfecto 24) y “enseguida” simple), en (línea tercera 26).<br />

Armando. Corriente en todo menos en una cosa:<br />

persona 04) “supo”, de singular. “dijo” y “tuvo” (líneas 20, 22 y 39) están<br />

tenía Otro Yo.<br />

08) “incómodo” en pretérito (línea indefinido 11) es (o heteros<strong>em</strong>ántico perfecto simple), y en<br />

El Otro Yo usaba cierta poesía en la mirada,<br />

“melancolía” tercera (línea persona 43) es de heterotónico. singular.<br />

se enamoraba de las actrices, mentía<br />

16) “se 08) había “incómodo” suicidado” (línea (línea 11) es 23) heteros<strong>em</strong>ántico es un pretérito y<br />

cautelosamente, se <strong>em</strong>ocionaba en los atardeceres.<br />

pluscuamperfecto, “melancolía” forma (línea compuesta 43) heterotónico.<br />

en indicativo.<br />

Al muchacho le preocupaba mucho su Otro Yo y<br />

le hacía sentirse incómodo frente a sus amigos.<br />

16) “se había suicidado” (línea 23) es un pretérito<br />

Por otra parte el Otro Yo era melancólico, y<br />

pluscuamperfecto, forma compuesta en<br />

debido a ello, Armando no podía ser tan vulgar<br />

indicativo.<br />

como era su deseo.<br />

Una tarde Armando llegó cansado del trabajo,<br />

RESPOSTA: 21 - NÍVEL MÉDIO<br />

se quitó los zapatos, movió lentamente los dedos<br />

de los pies y encendió la radio. En la radio estaba<br />

Questão 01) CORRETA.<br />

17<br />

Mozart, pero el muchacho se durmió. Cuando<br />

02) INCORRETA. Não há apócope <strong>em</strong> “principio”<br />

despertó el Otro Yo lloraba con desconsuelo. En Elija la(s) alternativa(s) correcta(s).<br />

el primer momento, el muchacho no supo qué 01) El fragmento<br />

n<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

“...<br />

“enseguida”<br />

lucir su nueva y completa<br />

hacer, pero después se rehizo e insultó vulgaridad.” 04) CORRETA. (líneas 30 y 31), significa<br />

concienzudamente al Otro Yo. Este no dijo nada, “enorgullecerse 08) INCORRETA. con su vulgaridad”. A palavra “incómodo” não é<br />

pero a la mañana siguiente se había suicidado. 02) El fragmento heteros<strong>em</strong>ántica “... no tuvo e más a palavra r<strong>em</strong>edio “melancolia” que dejar de não<br />

Al principio la muerte del Otro Yo fue un reír ...” é (líneas heterotónica. 39 y 40) corresponde a la expresión<br />

rudo golpe para el pobre Armando, pero “no 16) tuvo CORRETA. otra alternativa que cesar la risa”.<br />

enseguida pensó que ahora sí podría ser 04) La expresión “sintió a la altura del esternón un<br />

enteramente vulgar. Ese pensamiento lo ahogo” (líneas 40 y 41) significa que Armando “se<br />

reconfortó.<br />

17. sintió Elija atragantado la(s) alternativa(s) y sin aire”. correcta(s).<br />

Sólo llevaba cinco días de luto, cuando salió 08) El fragmento “... insultó concienzudamente al Otro<br />

a la calle con el propósito de lucir su nueva y Yo.” (líneas 21 y 22) es contrario de “alabó<br />

01) El fragmento “... lucir su nueva y completa<br />

completa vulgaridad. Desde lejos vio que se intuitivamente al Otro Yo”.<br />

vulgaridad.” (líneas 30 y 31), significa<br />

acercaban sus amigos. Eso le llenó de felicidad e 16) La expresión “Para peor de males” (línea 35) puede<br />

inmediatamente estalló en risotadas.<br />

ser sustituida,<br />

“enorgullecerse<br />

sin comprometer<br />

con su<br />

su<br />

vulgaridad”.<br />

sentido, por “Para<br />

Sin <strong>em</strong>bargo, cuando pasaron junto a él, ellos colmo 02) de El la fragmento dicha”. “... no tuvo más r<strong>em</strong>edio que<br />

no notaron su presencia. Para peor de males, el<br />

dejar de reír ...” (líneas 39 y 40) corresponde<br />

muchacho alcanzó a escuchar que comentaban:<br />

a la expresión “no tuvo otra alternativa que<br />

“Pobre Armando. Y pensar que parecía tan fuerte<br />

cesar la risa”.<br />

y saludable”.<br />

El muchacho no tuvo más r<strong>em</strong>edio que dejar<br />

de reír y, al mismo ti<strong>em</strong>po, sintió a la altura del<br />

esternón un ahogo que se parecía bastante a la<br />

nostalgia. Pero no pudo sentir auténtica<br />

melancolía, porque toda la melancolía se la había<br />

llevado el Otro Yo.<br />

FIN<br />

(BENEDETTI, Mario. Todos los cuentos de Mario Benedetti.<br />

La Habana: Casa de las Américas. 1980, p. 314 e 315)<br />

04) La expresión “sintió a la altura del esternón un<br />

ahogo” (líneas 40 y 41) significa que Armando<br />

“se sintió atragantado y sin aire”.<br />

08) El fragmento “... insultó concienzudamente<br />

al Otro Yo.” (líneas 21 y 22) es contrario de<br />

“alabó intuitivamente al Otro Yo”.<br />

16) La expresión “Para peor de males” (línea 35)<br />

puede ser sustituida, sin comprometer su<br />

sentido, por “Para colmo de la dicha”<br />

Página 14<br />

UEM/CVU<br />

12


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

RESPOSTA: 11 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA.<br />

02) CORRETA.<br />

04) INCORRETA. As expressões não possu<strong>em</strong> o<br />

mesmo significado.<br />

08) CORRETA.<br />

16) INCORRETA. As expressões não são<br />

sinônimas.<br />

18. Según el texto, señale lo que está correcto afirmar<br />

sobre Armando.<br />

01) Era sensible y llevaba corriente al pecho.<br />

02) Era nostálgico y melancólico.<br />

04) Era romántico y amante de música clásica.<br />

08) Tenía malos modales y se vestía con<br />

descuido.<br />

16) Era un ser humano común a quien le gustaba<br />

la chabacanería.<br />

RESPOSTA: 24 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) INCORRETA. A palavra “sensible” se refere<br />

ao “otro yo”.<br />

02) INCORRETA. A palavra “nostálgico” se refere<br />

ao “otro yo”.<br />

04) INCORRETA. Os adjetivos “romántico” e<br />

“amante” correspond<strong>em</strong> ao “otro yo”.<br />

08) CORRETA.<br />

16) CORRETA.<br />

20. Señale lo que está correcto.<br />

01) “encendió la radio” (línea 17) es el contrario<br />

de “conectó la radio”.<br />

02) El vocablo “rodilleras” (línea 2) se forma a<br />

partir de “rodilla”, parte de la pierna, y “codo”<br />

es una parte del brazo.<br />

04) “Desde lejos vio que se acercaban sus<br />

amigos.” (líneas 31 y 32) es contrario a “Desde<br />

cerca vio que se alejaban sus en<strong>em</strong>igos”.<br />

08) “... toda la melancolía se la había llevado el<br />

Otro Yo.” (líneas 43 y 44) es una oración en<br />

voz pasiva.<br />

16) “se metía los dedos a la nariz” (líneas 3 y 4) y<br />

“se quitó los zapatos” (línea 16) son opuestos,<br />

respectivamente, a “se ponía los dedos a la<br />

nariz” y “se sacaba los zapatos”.<br />

RESPOSTA: 06 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) INCORRETA. As expressões não são<br />

contrárias e sim sinônimas.<br />

02) CORRETA.<br />

04) CORRETA.<br />

08) INCORRETA. O uso dos pronomes “se la” não<br />

indicam a existência da voz passiva.<br />

16) INCORRETA. As expressões destacadas são<br />

sinônimas e não opostas.<br />

19. De acuerdo a la interpretación del texto, señale lo<br />

que está correcto.<br />

01) A causa del conflicto, el Otro Yo era la<br />

contraparte de Armando.<br />

02) El Otro Yo no admiraba la naturaleza, ni era<br />

dado al llanto.<br />

04) El Otro Yo era un poeta porque mentía con<br />

descuido.<br />

08) El texto propone que el individuo es uno y<br />

doble, a la vez.<br />

16) El Otro Yo le molestaba a Armando cuando<br />

éste quería mostrarse vulgar frente a sus<br />

amigos.<br />

RESPOSTA: 25 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA.<br />

02) INCORRETA. O “otro yo” amava a natureza<br />

e era melancólico.<br />

04) INCORRETA. O “otro yo” não era um poeta.<br />

08) CORRETA.<br />

16) CORRETA.<br />

Página 15


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Questão 16<br />

INGLÊS<br />

04) storm (line 8): water frozen into soft white<br />

Choose the<br />

flakes<br />

alternative(s)<br />

(=pieces)<br />

in<br />

that<br />

which<br />

fall<br />

the<br />

from<br />

definition<br />

the sky<br />

for<br />

in cold<br />

the<br />

word related to the weather is correct.<br />

weather and cover the ground.<br />

TEXT 1<br />

01) rainfall (line 6): a long period of dry weather when<br />

there 08) is flood not (line enough 16): water a very for large plants amount and animals of water to<br />

Extr<strong>em</strong>e weather events increased over past decade live. that covers an area that is usually dry.<br />

02) heatwave 16) hurricane (line 7): (line a period 18): a of powerful time such flash of a few light<br />

weeks in when the sky the caused weather by is much electricity hotter and than usually the<br />

Extr<strong>em</strong>e weather events over the past decade usual. followed by thunder.<br />

have increased and were very likely caused by 04) storm (line 8): water frozen into soft white flakes<br />

human-induced global warming, according to a (=pieces) that fall from the sky in cold weather and<br />

study in the journal Nature Climate Change.<br />

cover Resposta: the ground. 10 – nível fácil<br />

5 Scientists used physics, statistical analysis 08) flood (line 16): a very large amount of water that<br />

and computer simulations to link extr<strong>em</strong>e rainfall covers 01) INCORRETA. an area that is usually A tradução dry. da palavra “rainfall”<br />

and heatwaves to global warming. The link 16) hurricane é “chuva”, (line 18): e a powerful descrição flash proposta of light mostra in the a<br />

between warming and storms was less clear.<br />

sky caused<br />

It is very likely that several of the<br />

relação<br />

by<br />

com<br />

electricity<br />

clima seco<br />

and usually<br />

“dry weather”.<br />

followed by<br />

thunder.<br />

10 unprecedented extr<strong>em</strong>es of the past decade would<br />

02) CORRETA.<br />

not have occurred without anthropogenic global<br />

04) INCORRETA. A palavra “storm” pode ser<br />

warming. The past decade was probably the<br />

entendida como t<strong>em</strong>pestade e não “neve”<br />

warmest globally for at least a millennium.<br />

como mostra a questão, “water frozen ...”.<br />

Extr<strong>em</strong>e weather events were devastating in<br />

08) CORRETA.<br />

15 their impacts and affected nearly all regions of the Questão 17<br />

world. They included severe floods and record hot<br />

16) INCORRETA. O vocábulo “hurricane” t<strong>em</strong><br />

summers in Europe; a record number of tropical According como to text tradução 1, choose “t<strong>em</strong>pestade”.<br />

the correct alternative(s).<br />

storms and hurricanes in the Atlantic in 2005; the 01) Several types of extr<strong>em</strong>e weather the world has seen<br />

hottest Russian summer since 1500 in 2010 and in the last ten years have had human influence.<br />

20 the worst flooding in Pakistan’s history. In 2011 02) 17. American According scientists to text concluded 1, choose that the world the correct climate<br />

alone, the United States suffered 14 weather has alternative(s). basically changed due to natural phenomena such<br />

events which caused losses of over $1billion each. as El Nino or La Nina.<br />

The high amount of extr<strong>em</strong>es is not normal, 04) The<br />

01)<br />

United<br />

Several<br />

States<br />

types<br />

lost<br />

of<br />

over<br />

extr<strong>em</strong>e<br />

14 billion<br />

weather<br />

dollars<br />

the<br />

last<br />

world<br />

year<br />

the study said. For some types of extr<strong>em</strong>e because<br />

has<br />

of<br />

seen<br />

weather<br />

in the<br />

events.<br />

last ten years have had human<br />

25 weather, there are physical reasons why they 08) Global warming affects most regions of the world<br />

influence.<br />

would increase in a warming climate. For causing record numbers of hurricanes in all of th<strong>em</strong>.<br />

example, if average t<strong>em</strong>perature rises, then so will 16) Not 02) every American weather scientists extr<strong>em</strong>e concluded can be attributed that the to world the<br />

the number of heat records. Natural weather increase climate in world has t<strong>em</strong>peratures. basically changed due to natural<br />

phenomena such as El Nino or La Nina.<br />

patterns like El Nino or La Nina can also cause<br />

30 highs in global t<strong>em</strong>perature or increased<br />

04) The United States lost over 14 billion dollars<br />

precipitation which leads to floods.<br />

last year because of weather events.<br />

The link between storms and hurricanes and<br />

08) Global warming affects most regions of the<br />

global warming is less conclusive, but at least<br />

Questão<br />

world<br />

18<br />

causing record numbers of hurricanes<br />

some of recent rainfall extr<strong>em</strong>es can be attributed<br />

in all of th<strong>em</strong>.<br />

35 to human influences on the climate.<br />

Choose 16) the Not alternative(s) every weather in which extr<strong>em</strong>e the information can be attributed about<br />

(Texto adaptado, disponível <strong>em</strong> .<br />

Acesso <strong>em</strong> 28/3/2012)<br />

16. Choose the alternative(s) in which the definition for<br />

the word related to the weather is correct.<br />

01) rainfall (line 6): a long period of dry weather<br />

when there is not enough water for plants and<br />

animals to live.<br />

02) heatwave (line 7): a period of time such as a<br />

few weeks when the weather is much hotter<br />

than the usual.<br />

the words from to the text increase 1 is correct. in world t<strong>em</strong>peratures.<br />

01) “It is very likely” (line 9) is the same as “It’s<br />

probably true”.<br />

02) “several”<br />

Resposta:21<br />

(line 9)<br />

-<br />

is<br />

nível<br />

a quantifier<br />

médio<br />

which derives from<br />

the 01) adjective CORRETA. “severe” (line 16).<br />

04) In 02) the INCORRETA. extract “Extr<strong>em</strong>e Entre as weather linhas 28 events e 31 pode-se were<br />

devastating entender in their que impacts os fenômenos ...” (lines 14 “El and Nino” 15), e the “La<br />

underlined Nina” words pod<strong>em</strong> are causar an example aumento of na t<strong>em</strong>peratura<br />

the present<br />

progressive ou precipitações tense. e não ser<strong>em</strong> agentes<br />

08) “increase” principais (line 26) para and a mudança “rises” (line climática. 27) both mean<br />

“become 04) CORRETA. larger in amount, number, or degree”.<br />

08) INCORRETA. De acordo com o 4º parágrafo, o<br />

16) The extract “... if average t<strong>em</strong>perature rises, then so<br />

aquecimento global afetou muitas regiões do<br />

will the number of heat records.” (lines 27 and 28) is<br />

mundo causando furacões no Atlântico, não no<br />

expressed in a conditional form.<br />

Página 16<br />

UEM/CVU 16


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

mundo inteiro, como especificado na proposição.<br />

16) CORRETA.<br />

18. Choose the alternative(s) in which the information<br />

about the words from text 1 is correct.<br />

01) “It is very likely” (line 9) is the same as “It’s<br />

probably true”.<br />

02) “several” (line 9) is a quantifier which derives<br />

from the adjective “severe” (line 16).<br />

04) In the extract “Extr<strong>em</strong>e weather events were<br />

devastating in their impacts ...” (lines 14 and<br />

15), the underlined words are an example of<br />

the present progressive tense.<br />

08) “increase” (line 26) and “rises” (line 27) both<br />

mean “become larger in amount, number, or<br />

degree”.<br />

16) The extract “... if average t<strong>em</strong>perature rises,<br />

then so will the number of heat records.”<br />

(lines 27 and 28) is expressed in a conditional<br />

form.<br />

Resposta: 25 - nível médio<br />

01) CORRETA.<br />

02) INCORRETA. O quantificador “several” quer dizer<br />

“vários”, enquanto “severe” significa “severo”, assim<br />

não t<strong>em</strong> nenhuma relação entre eles.<br />

04) INCORRETA. Apesar da palavra “devastating” ter<br />

o sufixo “ing” não pode ser classificada como um<br />

verbo, pois no contexto ela é um adjetivo.<br />

08) CORRETA.<br />

16) CORRETA.<br />

5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

25<br />

30<br />

TEXT 2<br />

Stress<br />

Stress is your body’s response to the d<strong>em</strong>ands<br />

placed upon it. A little stress is a good thing, but<br />

too much can have devastating consequences for<br />

your health and relationships.<br />

Everyone needs a certain amount of stress to<br />

live well. It’s what gets you out of bed in the<br />

morning and gives you the vitality to do all sorts<br />

of things.<br />

Stress becomes a probl<strong>em</strong> when there’s too<br />

much or too little. A lack of stress means your<br />

body is understimulated, leaving you feeling<br />

bored and isolated. In an effort to find stimulation,<br />

many people do things that are harmful to<br />

th<strong>em</strong>selves (such as taking drugs) or society (for<br />

instance, committing a crime).<br />

However, too much stress, can result in a<br />

range of health probl<strong>em</strong>s including headaches,<br />

stomach upsets, high blood pressure and even<br />

stroke or heart disease. It can also cause feelings<br />

of distrust, anger, anxiety and fear.<br />

People often feel over-stressed as a result of<br />

some event. This doesn’t have to be negative<br />

(such as the death of a loved one, redundancy or<br />

divorce); it can also be se<strong>em</strong>ingly positive (a new<br />

partner, new job or going on holiday).<br />

Among the bad stressbusters, it is possible to<br />

mention drinking alcohol, denying the probl<strong>em</strong>,<br />

taking drugs, overeating and smoking cigarettes.<br />

On the other hand, the good techniques to avoid<br />

stress are taking a nap; getting a massage;<br />

expressing yourself artistically; having a laugh;<br />

being gentle to yourself; and making use of<br />

meditation and relaxation techniques.<br />

Que<br />

Choo<br />

the w<br />

01) T<br />

02) T<br />

1<br />

04) T<br />

an<br />

o<br />

08) T<br />

h<br />

re<br />

fi<br />

16) T<br />

(l<br />

to<br />

Qu<br />

Choo<br />

01) S<br />

to<br />

02) P<br />

st<br />

04) L<br />

g<br />

08) If<br />

p<br />

16) O<br />

sh<br />

(Texto adaptado, disponível <strong>em</strong> . Acesso<br />

<strong>em</strong> 28/3/2012)<br />

Página 17<br />

19. Choose the alternative(s) in which the information<br />

about the words extracted from text 2 is correct.<br />

01) The pronoun “it” (line 2) refers to “stress” (line 1).<br />

02) The adjectives “bored” (line 12) and “harmful”<br />

(line 13) are used in a negative context.<br />

04) The prefixes “under”, in “understimulated” (line<br />

11), and “over”, in “over-stressed” (line 21),<br />

express opposite meanings.<br />

08) The word “result” in “... can result in a range of<br />

health probl<strong>em</strong>s ...” (lines 16 and 17) and “...<br />

as a result of some event.” (lines 21 and 22)<br />

is used in the first extract as a verb and in the<br />

second as a noun.


PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

16) The –ing form in “feelings” (line 19), “se<strong>em</strong>ingly”<br />

(line 24) and “denying” (line 27) is added to the<br />

noun to express the action or process of doing<br />

something.<br />

Resposta: 14 – nível médio<br />

01) INCORRETA. O pronome “it” refere-se à “body’s<br />

response” e não “stress”.<br />

02) CORRETA.<br />

04) CORRETA.<br />

08) CORRETA.<br />

16) INCORRETA. Representar a continuidade de uma<br />

ação deve-se usar o verbo no gerúndio (ing), porém<br />

a palavra “feelings” é classificada como substantivo<br />

e “se<strong>em</strong>ingly” é um advérbio.<br />

20. Choose the correct alternative(s), according to text 2.<br />

01) Stress, in certain circumstances, might bring<br />

benefits to people.<br />

02) People can do dangerous things in order to<br />

find stimuli to live.<br />

04) Losing one’s job does not cause as much<br />

stress as getting divorced.<br />

08) If you accept you have a probl<strong>em</strong>, the stress<br />

will probably be higher.<br />

16) One possible way to avoid stress is sleeping<br />

for a short time during the day.<br />

Resposta: 19 – nível difícil<br />

01) CORRETA.<br />

02) CORRETA.<br />

04) INCORRETA. De acordo com o 5º parágrafo a<br />

pessoa se sente estressada por causa de algum<br />

fato, tanto positivo quanto negativo. Perder o<br />

<strong>em</strong>prego e divorciar-se pod<strong>em</strong> ser considerados<br />

fatos negativos, portanto um não causa mais<br />

estresse do que o outro.<br />

08) INCORRETA. No texto há apenas a citação <strong>em</strong><br />

“negar o probl<strong>em</strong>a” como forma prejudicial de aliviar<br />

o estresse. (linhas 26-27)<br />

16) CORRETA.<br />

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />

A prova de <strong>Língua</strong> <strong>Portuguesa</strong> s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong> sido equilibrada, direcionada para alunos egressos de Ensino Médio,<br />

mantendo a tradição do departamento. O trabalho se repetiu. Alunos que leram, estudaram, prestaram atenção às<br />

aulas certamente foram cont<strong>em</strong>plados com um belo teste. Parabéns mais uma vez. Prova nota DEZ!<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Simplista. Não há outra palavra que defina de maneira tão objetiva a prova de Literatura deste vestibular da<br />

UEM. Isso porque, desta feita, a construção das questões e proposição dos assuntos apresentou um curso diferente<br />

de vestibulares passados.<br />

Elaborar uma prova por si só exige responsabilidade, comprometimento, coerência e quase s<strong>em</strong>pre gera polêmica<br />

ou insatisfação. Porém o vestibular norteia de maneira expressiva o processo de trabalho <strong>em</strong>pregado no Ensino Médio.<br />

Entend<strong>em</strong>os que, quando se apresenta uma lista de livros a ser cobrados, não significa necessariamente que a<br />

prova se findará <strong>em</strong> razão dos mesmos, mas s<strong>em</strong> dúvida eles serão a referência maior. Dito isso, precisamos fazer<br />

algumas considerações, entre as quais: há uma lista com 10 livros catalogados, obras extensas e densas, incluídos<br />

dois livros de contos, três romances, um livro de sermões, além de quatro livros de poesias. Tais obras exigiram<br />

do aluno, certamente, leitura, interpretação, além do conhecimento quanto à estruturação da obra. A pergunta do<br />

aluno comprometido com as leituras para o vestibular é: vale a pena ler as obras indicadas ou os resumos? O<br />

questionamento t<strong>em</strong> pleno sentido se olharmos as cinco questões, afinal as proposições não se aprofundaram nas<br />

obras, não valorizaram a interpretação, não foram exploradas as características da narrativa, personagens, t<strong>em</strong>po,<br />

espaço e enredo. A questão que cont<strong>em</strong>plou a poesia também se fez superficial, visto que poderia ter explorado<br />

mais as características do Simbolismo, b<strong>em</strong> como a própria interpretação. S<strong>em</strong> contar a questão 14 (Gabarito 1) que<br />

tratou dos gêneros literários de forma muito simples, afinal poderia ter explorado as obras indicadas, ex<strong>em</strong>plificando<br />

com passagens dos textos estabelecidos, fato que contribuiria para elevar a qualidade interpretativa, b<strong>em</strong> como a<br />

conexão dos assuntos propostos.<br />

Enfim, tiv<strong>em</strong>os uma prova que não valorizou o candidato mais b<strong>em</strong> preparado, até porque as questões, <strong>em</strong><br />

sua maioria, foram superficiais e nivelaram o processo avaliativo. E o que se alcança com uma avaliação com essa<br />

característica? A resposta é a desvalorização do aluno-leitor e a consequente banalização da leitura. Se foss<strong>em</strong><br />

sugeridas questões de interpretação, de encontro aluno-leitor e obra, estaria mais evidente a preocupação com<br />

a leitura. Mas, ao contrário, quando se cobram aspectos superficiais, mn<strong>em</strong>ônicos, ainda mais <strong>em</strong> um concurso<br />

vestibular que, regra geral, formata aquilo que se ensina no ensino médio, aposta-se <strong>em</strong> um ensino de literatura<br />

completamente artificial e <strong>em</strong> uma concepção de leitura estéril e desestimulante, quer para o professor, quer para o<br />

aluno. Esta prova não faz jus à história dos vestibulares de literatura da UEM.<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE ESPANHOL<br />

Parabéns aos elaboradores da prova de espanhol. Interessantíssimo o conto de Mario Benedetti utilizado como base<br />

para as questões, ótima escolha. Também ótima a elaboração das questões, bastante claras e acessíveis, pr<strong>em</strong>iando<br />

o candidato que passou um pouco mais de t<strong>em</strong>po estudando a gramática do idioma. Enfim, a CVU está de parabéns.<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE INGLÊS<br />

A prova de Inglês do Vestibular de Inverno 2012 teve como objetivo principal a interpretação de texto, não<br />

deixando de lado a gramática. Os textos apresentados na prova cobriram assuntos gerais, como aquecimento global<br />

e estresse, com vocabulário acessível ao candidato. A cobrança gramatical foi tranquila, fazendo com que o candidato<br />

mostrasse o seu conhecimento de Ensino Médio.<br />

Através dessa prova, a CVU mostra mais uma vez que resolver uma prova de inglês vai muito além de entender<br />

música, navegar na internet ou qualquer outra atividade que tenha o uso do inglês. A prova é seletiva e apenas aqueles<br />

que se prepararam corretamente poderão garantir a sua vaga. Parabéns ao trabalho da CVU que s<strong>em</strong>pre mostrou<br />

que, saber a <strong>Língua</strong> Inglesa para o vestibular, vai além dos conhecimentos básicos do idioma.<br />

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PROVA 2 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS<br />

EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

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