19.07.2014 Views

língua portuguesa - Colégio Platão

língua portuguesa - Colégio Platão

língua portuguesa - Colégio Platão

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

É uma forma de os professores<br />

do <strong>Colégio</strong> <strong>Platão</strong> contribuírem<br />

com seus alunos, orientando-os<br />

na resolução das questões do<br />

vestibular da UEM.<br />

Este caderno ajuda o vestibulando<br />

no processo de aprendizagem<br />

porque comenta a resolução de<br />

cada questão de forma clara e<br />

objetiva.<br />

No final, temos o comentário<br />

de cada disciplina, feito pelos<br />

professores do <strong>Colégio</strong> <strong>Platão</strong>.<br />

Página 1


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

REDAÇÃO<br />

Os textos A e B desta prova de Redação abordam<br />

o tema morar em república. Tendo-os como apoio,<br />

redija os gêneros textuais solicitados.<br />

TEXTO A<br />

Morar em república pede divisão de tarefas<br />

da Folha de São Paulo<br />

Conciliar festas e estudos e uma boa dose de<br />

liberdade com responsabilidade. Esses talvez sejam os<br />

maiores dilemas para quem mora em uma república.<br />

“A maior dificuldade de estudar em Ouro Preto<br />

é aguentar a quantidade de festas”, afirma Enauê<br />

Paiva, 22, que cursa o sétimo período de Nutrição na<br />

Universidade Federal de Ouro Preto. Enauê divide o<br />

aluguel de R$ 1.300 da república particular Snoopy,<br />

onde mora, com mais 13 mulheres, todas estudantes.<br />

E como será conviver com um grupo de 13,<br />

20 moradores sob o mesmo teto? Para Enauê, “é<br />

preciso respeitar o outro”. “Morar com 13 pessoas<br />

não é fácil, ainda mais sendo mulheres, mas vale<br />

a pena. A gente se sente como irmãs.” Ouro Preto<br />

(MG) pode ser considerada a capital brasileira das<br />

repúblicas estudantis. A cidade, que tem cerca de 65<br />

mil habitantes, possui 72 repúblicas públicas e mais de<br />

200 particulares.<br />

Otávio Luiz Machado, 27, também mora em Ouro<br />

Preto, mas em uma república masculina e pública,<br />

com outros 24 moradores. Para ele, não há muitos<br />

problemas em morar com tantas pessoas, desde que<br />

as tarefas sejam divididas e cumpridas de forma justa.<br />

“Temos reuniões a cada 15 dias. Em cada mês, uma<br />

dupla fica responsável pelas questões administrativas<br />

da casa. Quanto à limpeza, além da diarista, cada um<br />

tem de zelar pelo seu espaço.” Se você não encontrar<br />

vaga em uma república, outra opção é morar em uma<br />

pensão, onde geralmente os custos também são baixos,<br />

mas com menor liberdade. Ou você mesmo pode fundar<br />

uma república. Foi o que fez Domingos Fortunato Netto,<br />

22, estudante de Direito da Universidade Mackenzie<br />

de SP. Em 1997, ele alugou um apartamento na região<br />

central da capital paulista e começou a dividi-lo com<br />

outros estudantes. Hoje, ele mora com três alunos<br />

universitários. “É bom porque economizamos bastante<br />

dividindo as despesas. Mas o melhor é que aprendi<br />

muito, a cuidar de uma casa e a tolerar os outros”, diz.<br />

(Alessandro Tarso)<br />

TEXTO B<br />

Morar em república<br />

Entre as maiores mudanças que entrar na faculdade<br />

pode proporcionar para alguns calouros está a mudança<br />

de cidade. Em busca de melhores oportunidades de<br />

formação e profissionais, eles deixam o município em<br />

que vivem e encaram uma nova realidade que quase<br />

sempre inclui morar em uma república.(...). “Os alunos<br />

saem de cidades bem pequenas para uma cidade<br />

relativamente grande, em comparação com a de origem<br />

deles”, afirma Sabrina Novãs, assessora para assuntos<br />

comunitários e culturais da Universidade de Franca<br />

(Unifran). Ela estima que cerca de 45% dos alunos da<br />

instituição venham de outras localidades. Acostumarse<br />

ao cotidiano de uma cidade grande é, na opinião de<br />

Sabrina, a primeira dificuldade com que os estudantes<br />

se deparam.<br />

Encontrar uma pessoa com quem dividir o novo<br />

lar também é complicado. A assessora, que atende<br />

aos alunos da Unifran, recomenda aos calouros que<br />

procurem conhecer melhor os colegas com quem<br />

pretendem formar a república antes de se mudarem.<br />

Quanto menos gente, melhor. “Difícil conciliar os<br />

interesses e necessidades de muitas pessoas. E, de<br />

uma forma geral, repúblicas de pessoas com cursos<br />

afins dão mais certo.”(...)<br />

Para a psicóloga Ana Maria Franco, essencial<br />

mesmo é definir bem as regras da república logo no<br />

início. “Decidam quem vai pagar as contas, quem vai<br />

tirar o lixo, como será feita a limpeza, se vão cozinhar<br />

juntos ou cada um vai fazer sua alimentação separado,<br />

se namorados e amigos podem frequentar a casa e em<br />

que horários. Quanto mais detalhada e conversada<br />

for essa divisão, menor a chance de aborrecimentos<br />

depois”, afirma.<br />

Apesar das dificuldades, morar fora é sempre uma<br />

experiência enriquecedora e até recomendável, dizem<br />

as especialistas. “O estudante aprende a respeitar o<br />

espaço dos outros”, diz Sabrina.<br />

“Os jovens ganham maturidade e desenvolvem<br />

a responsabilidade. É uma grande oportunidade de<br />

crescimento pessoal e por isso deve ser aproveitada<br />

ao máximo”, afirma Ana Maria.<br />

(http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2004/0322/<br />

morar-em-republica.html. Acesso em 9 de agosto de 2011)<br />

(www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u2641.shtml.<br />

Acesso em 9 de agosto de 2011)<br />

Página 2


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

COMENTÁRIO:<br />

A prova de redação do Vestibular de Verão/2011<br />

trouxe um tema que não estampou as capas<br />

das revistas semanais, tampouco fez parte de<br />

grandes reportagens da TV nos últimos meses;<br />

pelo contrário. “Morar em república” é um tema<br />

comum, mas que certamente agradou a maioria<br />

dos candidatos, justamente por fazer parte, de<br />

alguma forma, da realidade de muitos deles.<br />

Os textos de apoio, retirados da versão eletrônica<br />

da Folha de São Paulo e do site de notícias<br />

Universia, apresentaram descrições sobre o<br />

universo de quem mora em repúblicas e relatos<br />

de universitários.<br />

Mesmo com algumas informações parecidas,<br />

os textos tinham particularidades e, por isso, a<br />

leitura atenta de cada um deles era absolutamente<br />

necessária.<br />

Os gêneros pedidos foram o texto instrucional e<br />

a resposta argumentativa, ambos já solicitados<br />

em vestibulares anteriores.<br />

GÊNERO TEXTUAL 1<br />

TEXTO INSTRUCIONAL<br />

Redija um texto instrucional, em até 15 linhas,<br />

aos leitores da Folhateen, caderno do jornal Folha de<br />

S.Paulo, que contém matérias dirigidas, geralmente,<br />

ao público jovem. Você assumirá a posição de um(a)<br />

estudante morador(a) de uma república, que dará<br />

instruções de sobrevivência para quem deseja<br />

morar em uma república para estudar, levando em<br />

consideração as informações dos textos A e B, mas<br />

também ampliando-as.<br />

COMENTÁRIO:<br />

Na proposta 1, o candidato deveria assumir a<br />

posição de um(a) estudante morador(a) de uma<br />

república e dar instruções de sobrevivência para<br />

quem desejasse passar por essa experiência. O<br />

comando deixou claro que as informações dos<br />

textos A e B seriam consideradas, mas que sua<br />

ampliação seria importante.<br />

Portanto, questões como divisão de tarefas e<br />

respeito ao espaço alheio, levantadas pelos textos<br />

de apoio, deveriam ser discutidas pelo candidato.<br />

Por mais óbvio que pareça, ao escrever “divida<br />

as tarefas semanalmente”, por exemplo, o<br />

produtor do texto teria que explicar por que um<br />

morador de república precisa ficar atento a essa<br />

recomendação.<br />

Um texto instrucional adequado – e que receberá<br />

uma boa pontuação – será aquele que, de maneira<br />

clara, porém bastante ilustrativa, consiga passar ao<br />

leitor que nunca morou em república as instruções<br />

mais relevantes para que ele encare essa nova<br />

experiência sabendo que realidade irá encontrar.<br />

GÊNERO TEXTUAL 2<br />

RESPOSTA ARGUMENTATIVA<br />

Como estudante morador(a) de república, redija, em<br />

até 15 linhas, uma resposta argumentativa à pergunta:<br />

“Morar em república é ou não uma experiência<br />

enriquecedora?”. Sua resposta pode apoiar-se nas<br />

informações dos textos A e B, mas não deve apresentar<br />

cópias deles.<br />

COMENTÁRIO:<br />

Na proposta 2, a qual pedia uma resposta<br />

argumentativa, o candidato, a partir das informações<br />

apresentadas, deveria responder à seguinte<br />

pergunta: “ Morar em república é ou não<br />

uma experiência enriquecedora?” Importante<br />

ressaltar que a redação não poderia apresentar<br />

cópias dos textos de apoio e que todo argumento<br />

extra agregará valor à resposta.<br />

Assim como na proposta 1, na 2 o candidato também<br />

deveria assumir o papel social de um morador(a)<br />

de república, mas isso não quer dizer que o texto<br />

pudesse ter características de relato, por exemplo.<br />

Para isso, o mais indicado seria usar o verbo na<br />

primeira pessoa do plural, e não na do singular. De<br />

qualquer forma, o mais importante seria retomar o<br />

enunciado, tomar um posicionamento, explicar e<br />

exemplificar.<br />

COMENTÁRIO FINAL:<br />

Candidatos que observaram as características<br />

peculiares de cada gênero – orientar na primeira<br />

proposta e defender uma opinião na segunda – e<br />

também ficaram atentos a questões importantes<br />

como coesão e aspectos gramaticais têm grandes<br />

chances de obterem uma nota satisfatória.<br />

Em suma, uma prova de redação acessível aos que<br />

se dedicaram ao estudo dos gêneros e à produção<br />

de textos escritos.<br />

Parabéns aos responsáveis pela elaboração da<br />

prova: a escolha do tema tornou a tarefa dos<br />

candidatos mais leve e a clareza das propostas<br />

ajudou na elaboração dos textos.<br />

Página 3


5<br />

510<br />

10 15<br />

15 20<br />

20 25<br />

25 30<br />

30 35<br />

35 40<br />

40 45<br />

45 50<br />

- A gente precisa comprar uma máquina de<br />

45 lavar roupa para essa casa! Ou tomar vergonha na<br />

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

cara e lavar a roupa! A gente não pode achar<br />

Língua Estrangeira e Redação normal esses sacos estarem no meio da sala há<br />

uma<br />

A<br />

semana!<br />

casa estava<br />

- reclamei,<br />

um horror.<br />

antes de dizer boa-noite<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

para<br />

Nós<br />

as minhas<br />

três somos<br />

amigas.<br />

terríveis juntas.<br />

50 -<br />

A<br />

Não<br />

Helô,<br />

cabe<br />

então,<br />

máquina<br />

é sem noção.<br />

de lavar<br />

É capaz<br />

aqui no<br />

de<br />

55<br />

TEXTO 1<br />

apartamento<br />

deixar durante<br />

- disseram-me<br />

dias uma maçã<br />

as duas<br />

comida<br />

calmamente.<br />

sobre a pia<br />

da cozinha.<br />

A Isso casa porque estava um a lixeirinha horror. fica ao lado da<br />

A minha mãe falava sério!<br />

torneira. Nós três somos terríveis juntas.<br />

Thalita Rebouças<br />

A Andando Helô, irritada, então, é pisei sem forte noção. e ouvi É um capaz nítido de<br />

55<br />

- Isso aqui é um chiqueiro! Não acredito que<br />

60 deixar e crocante durante “créééc”. dias uma maçã comida sobre a pia<br />

TEXTO 1<br />

da cozinha.<br />

você trocou nossa casa superacolhedora,<br />

- Quanto farelo, gente! Quem foi que comeu<br />

limpíssima e sempre arrumadíssima por essa<br />

biscoito Isso porque sem pratinho a lixeirinha embaixo? fica ao Cadê lado da<br />

A minha mãe falava sério!<br />

o<br />

torneira.<br />

pocilga. Fala sério, Maria de Thalita Lourdes! Rebouças -<br />

aspiradorzinho que a minha mãe deu pra gente?<br />

Andando<br />

exasperou-se minha mãe, mãos na cintura, a<br />

As duas começaram irritada, pisei a rir. forte e ouvi um nítido<br />

última - Isso vez aqui que veio é um me chiqueiro! visitar. Não acredito que<br />

60 65 e crocante Permaneci “créééc”. séria, eu estava muito brava, muito<br />

você Eu trocou nunca encontro nossa palavras casa para superacolhedora, dizer nessas<br />

brava. - Quanto farelo, gente! Quem foi que comeu<br />

limpíssima horas. Durante e sempre seus ataques, arrumadíssima prefiro me por recolher essa<br />

biscoito - Malu! sem Desestressa! pratinho - disse embaixo? Helô. Cadê o<br />

pocilga. ao mais puro Fala silêncio sério, de consentimento.<br />

Maria de Lourdes! -<br />

aspiradorzinho - Comemos que sem a minha pratinho, mãe sim, deu depois pra gente? a gente<br />

exasperou-se Estou há sete minha meses mãe, dividindo mãos com na cintura, a Helô e a<br />

limpa As - completou duas começaram Bené. a rir.<br />

última Bené vez um que ridiculamente veio visitar.<br />

65<br />

pequeno apartamento.<br />

70 Permaneci - Depois quando? séria, eu estava muito brava, muito<br />

Bem Eu disse nunca minha encontro mãe, nada palavras cabe para no apartamento. dizer nessas<br />

brava. - Depois...<br />

horas. Nada mesmo! Durante Sinceramente, seus ataques, eu prefiro e as meninas recolher<br />

-<br />

mal<br />

Malu! Que biscoito Desestressa! foi? - De disse polvilho? Helô. - eu quis<br />

ao cabemos mais puro no silêncio “apertamento”, de consentimento. como chamamos<br />

saber. - Comemos sem pratinho, sim, depois a gente<br />

carinhosamente Estou há sete nosso meses lar-microlar. dividindo com a Helô e a<br />

limpa - Arrã - completou - fizeram Bené. as duas, sapecas.<br />

Bené Para um piorar, ridiculamente a Helô é superbagunceira, pequeno apartamento.<br />

70<br />

eu sou<br />

75 - Depois Tem ainda? quando? - Rendi-me à gula e à bagunça.<br />

Bem a megabagunceira disse minha mãe, e a nada Bené cabe é hiperbagunceira.<br />

no apartamento.<br />

- Comi Depois... o último do pacote e acabei rindo com<br />

Nada Bené, mesmo! aliás, tem Sinceramente, um outro probleminha eu e as meninas que é bem mal<br />

elas. - Eu Que até biscoito gosto de foi? bagunça. De polvilho? Sempre gostei. - eu quis<br />

cabemos chatinho: vive no “apertamento”, com o namorado como antipático chamamos<br />

saber.<br />

para<br />

Mas o apê estava tão bagunçado que tinha<br />

carinhosamente cima e para baixo. nosso Outro lar-microlar. dia o sem graça me viu<br />

ultrapassado - Arrã - fizeram até o as meu duas, sapecas. nível permitido de<br />

de calcinha Para piorar, e sutiã a Helô antes é de superbagunceira, uma festa. Quer eu mico sou<br />

75 80 bagunça. - Tem ainda? - Rendi-me à gula e à bagunça.<br />

a maior megabagunceira que esse? Morri e a de Bené vergonha. é hiperbagunceira.<br />

Comi<br />

Ele morreu<br />

- Pô, o gente, último assim do pacote não dá! e acabei A gente rindo precisa com<br />

Bené, de rir. aliás, Palhaço! tem um outro probleminha que é bem<br />

elas. tomar Eu vergonha até gosto na de bagunça. cara. Nossa Sempre casa gostei. está uma<br />

chatinho: Morar vive longe com de casa o namorado não tem sido antipático exatamente para<br />

zona! Mas o apê estava tão bagunçado que tinha<br />

cima o paraíso e para que baixo. eu imaginava, Outro dia o mas sem dias graça melhores<br />

viu<br />

ultrapassado até o meu nível permitido de<br />

de (Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de<br />

virão. calcinha Serei e efetivada sutiã antes no de meu uma estágio festa. (oba!), Quer mico<br />

80 bagunça.<br />

vou<br />

maior Janeiro: Rocco, 2006)<br />

ganhar que um esse? salário Morri decente e vergonha. acho que Ele logo, morreu<br />

- Pô, gente, assim não dá! A gente precisa<br />

logo<br />

de estarei rir. Palhaço!<br />

tomar vergonha na cara. Nossa casa está uma<br />

pronta para alugar o meu próprio cantinho.<br />

Decidi: Morar amo longe as meninas, de casa mas não quero, tem sido preciso exatamente<br />

zona!<br />

morar<br />

o sozinha. paraíso Pelo que bem eu da imaginava, nossa amizade. mas dias melhores<br />

(Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de<br />

virão. Para Serei dar efetivada uma ideia no meu do estágio caos que (oba!), é nossa vou<br />

Janeiro: Rocco, 2006)<br />

ganhar convivência, um salário outro decente dia cheguei e acho em que casa logo, e logo vi<br />

estarei repousando pronta no para chão alugar da microssala, o meu próprio repetindo, cantinho. no<br />

Decidi: chão da amo microssala, as meninas, vários, mas quero, de preciso novo, morar 01. Os vocábulos que se utilizam para fazer referência<br />

vários<br />

sozinha. objetos. Foi Pelo difícil bem da desviar nossa deles. amizade.<br />

a seres, lugares, eventos podem não apenas<br />

Primeiro, passei<br />

raspando Para dar por uma CD ideia do do Nando caos Reis, que é depois, nossa<br />

nomeá-los, mas também demonstrar o que se<br />

convivência, quase pisei na outro caixa dia do cheguei CD do Nando em casa com e um vi<br />

pensa sobre eles. Assinale o que for correto a<br />

repousando disco de funk no dentro, chão da na caixa microssala, do DVD repetindo, de Sex and no<br />

respeito dos vocábulos utilizados no texto 1.<br />

chão the City, da numa microssala, lixa de vários, unha, num de papel novo, de vários bala,<br />

01) Ao afirmar que o apartamento onde a filha<br />

objetos. num ventiladorzinho Foi difícil desviar portátil, deles. num Primeiro, tênis amarelo passei<br />

mora é um “chiqueiro” (linha 1), a mãe<br />

raspando imundo, num por pedaço um CD de do papel Nando com um Reis, número depois,<br />

da narradora-personagem Malu emprega<br />

quase telefone pisei anotado na caixa e em do entupidos CD Nando sacos de com roupa um<br />

uma metáfora, utilizando o conhecimento<br />

disco suja. de funk dentro, na caixa do DVD de Sex and<br />

extralinguístico que se tem de um curral de<br />

the City, - A gente numa precisa lixa de comprar unha, num uma papel máquina de bala, de<br />

porcos.<br />

num lavar ventiladorzinho roupa para essa casa! portátil, Ou num tomar tênis vergonha amarelo na<br />

02) Um recurso utilizado pela autora do texto<br />

imundo, cara e lavar num pedaço a roupa! de A papel gente com não um pode número achar de<br />

consiste em utilizar substantivos com função<br />

telefone normal esses anotado sacos e em estarem entupidos no meio sacos da de sala roupa há<br />

de adjetivo, como em “pocilga” (linha 4), “o<br />

suja. uma semana! - reclamei, antes de dizer boa-noite<br />

sem graça” (linha 20), “Palhaço” (linha 23).<br />

para - as A minhas gente amigas. precisa comprar uma máquina de<br />

lavar Página 4<br />

- roupa Não para cabe essa máquina casa! Ou de tomar lavar vergonha aqui no na<br />

cara apartamento e lavar - a disseram-me roupa! A gente as duas não calmamente. pode achar<br />

normal esses sacos estarem no meio da sala há<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

GABARITO


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

04) Ao afirmar que “Morar longe de casa não tem<br />

sido exatamente o paraíso que eu imaginava”<br />

(linhas 24-25), a narradora-personagem Malu<br />

utiliza o vocábulo “paraíso” no sentido de lugar<br />

ideal, de felicidade.<br />

08) Os vocábulos “caos” (linha 31) e “zona” (linha<br />

83) são utilizados pela narradora-personagem<br />

Malu com sentidos semelhantes.<br />

16) Ao empregar o vocábulo “apertamento” (linha<br />

14), a narradora-personagem Malu cria um<br />

novo vocábulo por meio da proximidade<br />

dos significados dos vocábulos “aperto” e<br />

“apartamento”.<br />

RESPOSTA: 13 – NÍVEL FÁCIL<br />

01) CORRETA. Uma república não será<br />

literalmente um curral de porcos, a metáfora é<br />

uma ferramenta de transposição de significado<br />

já que o apartamento estava bastante<br />

desorganizado, parecido com um chiqueiro.<br />

02) INCORRETA. A primeira palavra (pocilga) é<br />

na realidade um substantivo que, no texto,<br />

continua com sua função de substantivo, o que<br />

confere um erro na declaração de que todos os<br />

substantivos são utilizados como adjetivo.<br />

04) CORRETA. O termo “paraíso” por si só já<br />

contém a conotação de ser um lugar ideal.<br />

08) CORRETA. Semanticamente, “caos”e “zona”,<br />

no contexto, têm significado semelhante.<br />

16) INCORRETA. As palavras têm radicais com<br />

significação diferente. “Aperto”está para comprimir<br />

e “Apartamento”em apartar, separar.<br />

02. Assinale o que for correto a respeito dos elementos<br />

linguísticos presentes no texto 1.<br />

01) Na linha 81, o vocábulo “gente” é utilizado com<br />

funções diferentes. Em “- Pô, gente”, funciona<br />

como vocativo, ao passo que, em “A gente<br />

precisa”, forma, juntamente com o artigo “a”,<br />

uma expressão que atua como pronome da<br />

primeira pessoa do plural.<br />

02) Em “a gente limpa” (linhas 68-69), a conjugação<br />

do verbo na terceira pessoa do singular<br />

concordando com a expressão “a gente” é<br />

comum na fala coloquial.<br />

04) N o s v o c á b u l o s “ s u p e r b a g u n c e i r a ” ,<br />

“megabagunceira” e “hiperbagunceira”<br />

(linhas 16-17), a autora utiliza os adjetivos de<br />

intensidade super, mega e hiper para indicar<br />

a flexão de grau do adjetivo bagunceira.<br />

08) Em “Morri de vergonha” (linha 22), o verbo morrer<br />

é utilizado no sentido de experimentar sentimento<br />

intenso, e, em “Ele morreu de rir” (linhas 22-23),<br />

é utilizado para indicar intensidade.<br />

16) O diminutivo é utilizado pela autora para se<br />

referir de forma pejorativa a substantivos de<br />

tamanho pequeno: “probleminha” (linha 18),<br />

“chatinho” (linha 19), “calcinha” (linha 21).<br />

RESPOSTA: 11 – NÍVEL FÁCIL<br />

01) CORRETA. “Gente” assume no texto duas<br />

funções. Na verdade, no primeiro momento,<br />

é um vocativo e, posteriormente, como<br />

expressão coloquial, um pronome de 1a.<br />

pessoa.<br />

02) CORRETA. Na linguagem coloquial palavra<br />

“gente” assumiu sua atuação como pronome<br />

de terceira pessoa do singular, em substituição<br />

ao pronome “nós”.<br />

04) INCORRETA. “Super, mega e hiper” são<br />

prefixos e não adjetivos.<br />

08) CORRETA. “Morrer”, neste acaso, acentua<br />

uma idéia hiperbólica de intensidade nas duas<br />

passagens.<br />

16) INCORRETA. Nem sempre um mesmo sufixo<br />

(INHA) tem sentido pejorativo. Em “calcinha”<br />

indica tamanho.<br />

03. Ao produzir um texto, o autor procura adequá-lo<br />

aos seus prováveis interlocutores. Assinale o que<br />

for correto a respeito do registro linguístico e da<br />

variedade do português utilizados no texto 1.<br />

01) Em “Eu nunca encontro palavras para dizer<br />

nessas horas” (linhas 7-8), a autora demonstra<br />

preocupação em utilizar o registro mais<br />

adequado para falar com sua mãe.<br />

02) A autora procura aproximar alguns enunciados<br />

das características da <strong>língua</strong> falada, como,<br />

por exemplo, o emprego de expressões e de<br />

interjeições típicas da oralidade, como em,<br />

respectivamente, “acho que logo, logo estarei<br />

pronta” (linhas 27-28), “(oba!)” (linha 26) e “-<br />

Pô, gente, assim não dá!” (linha 81).<br />

04) A autora procura atingir um público formado<br />

por adolescentes e/ou jovens, uma vez que<br />

utiliza expressões típicas desse público, como,<br />

por exemplo “Quer mico maior que esse”<br />

(linhas 21-22), “A Helô, então, é sem noção”<br />

(linha 54) e “Desestressa” (linha 67).<br />

08) A autora pretende atingir também um público<br />

adulto com as falas da mãe da narradorapersonagem,<br />

nas quais se observa o emprego<br />

do português padrão culto, como, por exemplo,<br />

em “casa superacolhedora, limpíssima e<br />

sempre arrumadíssima” (linhas 2-3).<br />

Página 5


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

16) A utilização de expressões coloquiais como<br />

“tomar vergonha na cara” (linhas 45-46) e até<br />

vulgares como “zona” (linha 83) evidencia o<br />

registro informal segundo o qual o texto foi<br />

produzido.<br />

RESPOSTA: 22 – NÍVEL FÁCIL<br />

01) INCORRETA. Não é a autora quem fala e, sim,<br />

a personagem.<br />

02) CORRETA. Por se tratar de um texto em<br />

linguagem bastante informal, é natural que a<br />

autora recorresse a tais recursos.<br />

04) CORRETA. Texto com linguagem coloquial<br />

justifica o emprego de expressões<br />

coloquiais.<br />

08) INCORRETA. Não existe intenção de atingir<br />

o público adulto, o texto é direcionado para<br />

jovens – principalmente aos de classe<br />

universitária.<br />

16) CORRETA. Texto para jovens, linguagem de<br />

jovem.<br />

04. Assinale o que for correto a respeito do uso dos<br />

advérbios no texto 1.<br />

01) Na expressão “Fala sério” (linha 4), o adjetivo<br />

funciona como advérbio mesmo sem a adição<br />

do sufixo -mente.<br />

02) Os advérbios “ridiculamente” (linha 11),<br />

“Sinceramente” (linha 13), “carinhosamente”<br />

(linha<br />

15) e “calmamente” (linha 51) são formados pelo<br />

acréscimo do sufixo -mente à forma feminina<br />

de adjetivos.<br />

04) No trecho “eu estava muito brava, muito<br />

brava” (linhas 65-66), a autora utiliza-se de<br />

dois recursos para indicar quão brava estava<br />

a personagem Malu: advérbio intensificador e<br />

repetição.<br />

08) Em “Morar longe de casa não tem sido<br />

exatamente o paraíso que eu imaginava”<br />

(linhas 24-25), o advérbio em negrito é<br />

utilizado para especificar uma circunstância<br />

de lugar.<br />

16) Em “bem chatinho” (linhas 18-19), o advérbio<br />

em negrito indica circunstância de modo.<br />

RESPOSTA 07 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. O adjetivo “sério”, no contexto,<br />

sofreu uma derivação imprópria ao se<br />

transformar em advérbio, sem que houvesse<br />

necessidade do sufixo “mente”.<br />

35<br />

Página 6<br />

02) CORRETA. Um adjetivo, posto no feminino,<br />

acrescido do sufixo “mente”, tornar-se-á um<br />

advérbio de modo.<br />

04) CORRETA. A palavra “muito” cumpriu, no<br />

texto, seu papel intensificador, um advérbio<br />

de intensidade.<br />

08) INCORRETA. O termo “exatamente” não<br />

está informando lugar, cumpre o papel de<br />

intensidade.<br />

16) INCORRETA. O advérbio “bem” não indica<br />

modo e, sim, intensidade.<br />

TEXTO 2<br />

Estudantes contam como é morar em república<br />

Do G1, em São Paulo<br />

26/2/2007<br />

5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

25<br />

30<br />

Fernanda Bassette<br />

Instalada no centro histórico de Ouro Preto<br />

(MG) há 61 anos, a república PIF-PAF abriga 13<br />

moradores: todos estudantes de Engenharia na<br />

Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Para<br />

acomodar tanta gente confortavelmente, são 11<br />

quartos (distribuídos em três andares), dois<br />

banheiros, sala de computador, biblioteca, sala de<br />

TV, sala de som, área de serviço, cozinha, área<br />

para churrasco e campinho de futebol.<br />

A casa é tombada e considerada patrimônio<br />

histórico de Ouro Preto, por isso, requer muitos<br />

cuidados e dedicação dos moradores. “Antes de<br />

virar uma república, essa casa era habitada por<br />

padres da paróquia Nossa Senhora do Pilar”,<br />

contou Artur Valadares Veras Siqueira Cruvinel,<br />

26, o Custelinha.<br />

De acordo com Custelinha, os moradores<br />

entraram num acordo e resolveram pagar uma<br />

mensalista, que trabalha de segunda a sábado. “A<br />

Girlene está conosco há cinco anos. Ela limpa a<br />

casa, arruma as camas, lava os banheiros, além de<br />

fazer uns bolinhos, sucos e lanchinhos. Ela não é<br />

paga para lavar e passar”, disse. Para lavar as<br />

roupas, os 13 moradores compraram uma máquina<br />

de lavar e cada um faz o seu serviço.<br />

Na PIF-PAF há apenas uma televisão, que<br />

fica na sala. “A gente prega a união entre os<br />

moradores. Se um deles instala uma televisão no<br />

quarto, ele se isola e não se reúne com os demais e<br />

não se integra. Por isso, a regra da república é<br />

proibir TV nos quartos”, avisou Custelinha.<br />

Os gastos mensais gerais, que incluem luz,<br />

água, internet, salário da mensalista e material de<br />

limpeza, giram em torno de R$ 130,00 por<br />

morador. As despesas extras são pagas com<br />

recursos arrecadados em festas organizadas pela<br />

república. São dois os pré-requisitos para um<br />

calouro ser mais um morador da PIF-PAF: é<br />

55<br />

60<br />

65<br />

70<br />

75<br />

80<br />

85<br />

90<br />

(Ada<br />


ette<br />

eto<br />

13<br />

na<br />

ara<br />

11<br />

ois<br />

de<br />

rea<br />

io<br />

tos<br />

de<br />

or<br />

r”,<br />

el,<br />

res<br />

ma<br />

“A<br />

a<br />

de<br />

é<br />

as<br />

ina<br />

ue<br />

os<br />

no<br />

s e<br />

é<br />

uz,<br />

30 25<br />

35 30<br />

40 35<br />

45 40<br />

50 45<br />

55 50<br />

60<br />

65<br />

70<br />

75<br />

80<br />

85<br />

90<br />

quarto, roupas, ele os se 13 isola moradores e não se compraram reúne com uma os demais máquina e<br />

não de lavar se integra. e cada um Por faz isso, o seu a regra serviço. da república é<br />

proibir Na TV PIF-PAF nos quartos”, há apenas avisou uma Custelinha. televisão, que<br />

fica Os na gastos sala. “A mensais gente gerais, prega que a união incluem entre luz, os<br />

água, moradores. internet, Se salário um deles da mensalista instala uma e televisão material de no<br />

limpeza, quarto, ele giram se isola em e não torno se reúne de R$ com 130,00 os demais por e<br />

morador. não se integra. As despesas Por isso, extras a regra são da pagas república com é<br />

recursos proibir TV arrecadados nos quartos”, em avisou festas Custelinha. organizadas pela<br />

república. Os gastos São mensais dois os gerais, pré-requisitos que incluem para um luz,<br />

calouro água, internet, ser mais salário um da morador mensalista da e PIF-PAF: material de é<br />

preciso limpeza, ser giram do sexo em masculino torno de e cursar R$ Engenharia 130,00 por<br />

na morador. Ufop. As despesas extras são pagas com<br />

recursos “O que arrecadados a gente mais em preza festas aqui organizadas é a iniciativa pela<br />

do república. morador São e o dois zelo os pelo pré-requisitos patrimônio. para Aqui um a<br />

organização calouro ser está mais sempre um morador em primeiro da PIF-PAF: lugar”, é<br />

afirmou preciso ser Custelinha. do sexo masculino e cursar Engenharia<br />

na Ufop.<br />

Kurva “O que D-Rio a gente mais preza aqui é a iniciativa<br />

do morador Em Piracicaba, e o zelo no interior pelo patrimônio. de São Paulo, Aqui dez a<br />

alunos organização da Escola está Superior sempre de em Agricultura primeiro Luiz lugar”, de<br />

Queiroz afirmou (Esalq/USP) Custelinha. dividem o mesmo espaço na<br />

república Kurva D-Rio. Segundo o morador Fábio<br />

Cherubin Kurva de D-Rio Barros, 21, o “Kuazimudo”, a<br />

república Em Piracicaba, tem esse nome interior por causa de São do Paulo, primeiro dez<br />

morador alunos da e Escola um dos Superior fundadores de Agricultura da casa. Luiz “Ele de<br />

morava Queiroz em (Esalq/USP) Rio Claro. dividem Além disso, o mesmo na curva espaço de rio na<br />

só república param tranqueiras”, Kurva D-Rio. brincou. Segundo o morador Fábio<br />

Cherubin A casa de tem Barros, três quartos, 21, o uma “Kuazimudo”, suíte e um a<br />

quarto nos fundos. Não tem TV a cabo, mas tem<br />

internet. E assim como na PIF-PAF, a TV é<br />

comunitária e fica somente na sala para “não<br />

dispersar o pessoal da casa”.<br />

Para manter a ordem, eles pagam uma<br />

mensalista que trabalha de segunda à sexta-feira.<br />

Além disso, dois moradores são responsáveis<br />

pelas refeições da semana. O gestor financeiro é<br />

eleito para ficar no cargo por seis meses. Não há<br />

uma poupança para gastos extras. “Se acontece<br />

alguma despesa emergencial, é preciso ratear o<br />

dinheiro na hora”, disse Kuazimudo.<br />

“Quando você mora em república, você<br />

amadurece porque aprende a respeitar as pessoas e<br />

a aceitar outras ideias. Esses moradores, com<br />

certeza, serão meus amigos para o resto da vida”,<br />

disse.<br />

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

GABARITO 1<br />

GABARITO 1<br />

Não conseguia estudar<br />

Recém-formado em Medicina Veterinária,<br />

Fábio Ouchana, 25, não conseguiu viver em<br />

república em Descalvado, no interior de São<br />

Paulo. Ele chegou a dividir a casa por quatro<br />

meses, mas não aguentou e preferiu dar um jeito<br />

de morar sozinho. “Não deu certo. É muita farra,<br />

muita festa, eu não conseguia estudar”, disse.<br />

Segundo Fábio, a gota d’água para ele decidir<br />

morar sozinho foi quando o companheiro da casa<br />

ficou só de cuecas quando seus pais visitavam a<br />

república. “Achei uma falta de respeito. Não<br />

estava no ‘Big Brother’. Resolvi alugar uma casa<br />

com ajuda dos meus pais e minhas despesas<br />

triplicaram, mas valeu a pena”, avalia.<br />

Fábio disse que aprendeu a cozinhar, lavar Página 7<br />

roupa, além de limpar a casa. “Só não aprendi a<br />

passar roupa, por isso pago uma pessoa para fazer<br />

triplicaram, morar sozinho mas foi valeu quando a pena”, o companheiro avalia. da casa<br />

90 85 ficou Fábio só de disse cuecas que quando aprendeu seus a pais cozinhar, visitavam lavar a<br />

roupa, república. além “Achei de limpar uma a casa. falta “Só de não respeito. aprendi Não a<br />

passar estava roupa, no ‘Big por Brother’. isso pago Resolvi uma pessoa alugar para uma fazer casa<br />

isso com aos ajuda sábados. Mas meus posso pais dizer e minhas que amadureci despesas<br />

muito triplicaram, com essa mas experiência”, valeu a pena”, disse. avalia.<br />

90 Fábio disse que aprendeu a cozinhar, lavar<br />

(Adaptação roupa, além do de limpar texto a casa. disponível “Só não aprendi em a<br />

. isso aos Acesso sábados. em 23/8/2011) Mas posso dizer que amadureci<br />

muito com essa experiência”, disse.<br />

(Adaptação do texto disponível em<br />

. Acesso em 23/8/2011)<br />

05. Assinale o que for correto a respeito do texto 2.<br />

01) Embora esteja alocado no link de notícias<br />

referentes a Vestibular da página de Internet<br />

de onde foi extraído, o texto 2 apresenta<br />

características de um texto jornalístico,<br />

podendo compor outra seção do site, não<br />

UEM/CVU<br />

Vestibular de Verão/2011 – Prova 2 6<br />

fosse sua temática específica.<br />

02) Algumas características positivas observadas<br />

nas repúblicas mencionadas no texto 2<br />

são a divisão de tarefas e de despesas, a<br />

responsabilidade financeira, a união e o<br />

UEM/CVU<br />

Vestibular de Verão/2011 – Prova 2 6<br />

respeito.<br />

04) Para que a vida em república seja uma<br />

experiência bem sucedida, é preciso tanto o<br />

estabelecimento quanto o cumprimento de<br />

regras. Caso isso não aconteça, a saída é<br />

morar sozinho, como é o caso apresentado<br />

nas linhas 75-94.<br />

08) Uma estratégia utilizada pela autora do texto<br />

2 para apresentar o que é a vida em república<br />

é organizar os depoimentos de estudantes<br />

que vivem em república ou que já passaram<br />

por essa experiência na forma de discurso<br />

direto.<br />

16) Nem todos os estudantes conseguem se<br />

adaptar à vida em república por causa da falta<br />

de organização, característica desse tipo de<br />

microssociedade.<br />

RESPOSTA: 15 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. A linguagem do texto 2 é bem<br />

diferente daquela do texto 1. Tem exatamente<br />

características de um texto jornalístico.<br />

02) CORRETA. O texto 2 apresenta um novo<br />

conceito do que é uma “república” – um<br />

espaço onde existem regras e divisões de<br />

trabalho.<br />

04) CORRETA. Morar em república, ainda que<br />

seja por um período que envolve o tempo<br />

de universidade, requer ordem. Vida coletiva<br />

pede organização.


08) CORRETA. A entrevista é, sem dúvida,<br />

uma grande ferramenta para garantir a<br />

confiabilidade num texto jornalístico. O<br />

discurso direto com os entrevistados é de<br />

grande importância para a veracidade dos<br />

fatos.<br />

16) INCORRETA. Necessariamente uma<br />

“república”não precisa ser desorganizada.<br />

06. A grafia dos nomes das repúblicas e dos apelidos<br />

de seus moradores apresentados no texto 2<br />

nem sempre segue as convenções ortográficas<br />

adotadas como padrão da escrita do português. A<br />

respeito disso, assinale o que for correto.<br />

01) Em “Custelinha” (linha 16), o uso de “u” no<br />

lugar de “o” é influenciado pelo fato de estar<br />

em sílaba anterior à sílaba tônica, posição<br />

na qual vogais mais baixas podem ser<br />

substituídas por vogais mais altas na fala<br />

coloquial, como acontece em escola>iscola<br />

comida>cumida.<br />

02) Em “Kuazimudo” (linha 51), o uso do “k”<br />

em vez de “c” é motivado pelo fato de a<br />

república Kurva D-Rio disponibilizar Internet<br />

e, consequentemente, seus moradores<br />

utilizarem-se de convenções do internetês<br />

para escreverem seus apelidos.<br />

04) Em “Kurva D-Rio” (linha 46), a letra “D”<br />

em caixa alta representa a pronúncia da<br />

preposição que foi omitida na escrita.<br />

08) O nome “PIF-PAF” tem motivação fonética<br />

por assimilação com o nome da universidade<br />

onde estudam seus moradores, a Ufop.<br />

16) Os nomes de repúblicas e os apelidos de seus<br />

moradores são intencionalmente grafados em<br />

desacordo com as convenções ortográficas<br />

vigentes e revelam informalidade.<br />

RESPOSTA: 21 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. Foneticamente, as vogais que<br />

antecedem a sílaba tônica tendem a sofrer<br />

mudança. Fato que se percebe na linguagem<br />

quotidiana. Exemplo: iscada > escada<br />

02) INCORRETA. O texto não expõe a idéia de<br />

que o nome “Kuazimudo” está ligado ao<br />

emprego da internet.<br />

04) CORRETA. É de conhecimento geral que<br />

muitas vezes a preposição “D” perde a vogal<br />

E que a acompanha.<br />

08) INCORRETA. “Ufop” é uma sigla que nada<br />

lembra a fonologia de PIF-PAF.<br />

16) CORRETA. A vida em república é informal,<br />

também serão assim as pessoas e seu<br />

linguajar.<br />

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

Página 8<br />

07. As relações que se estabelecem entre orações<br />

e entre partes do texto ajudam a organizar a<br />

coerência. Assinale o que for correto a respeito<br />

dos elementos que estabelecem essas relações<br />

no texto 2.<br />

01) Em “Para lavar as roupas, os 13 moradores<br />

compraram uma máquina de lavar” (linhas<br />

23-25), a oração iniciada pelo elemento em<br />

negrito introduz uma explicação para o fato<br />

expresso na oração seguinte.<br />

02) Em “Não tem TV a cabo, mas tem internet”<br />

(linhas 57-58), o elemento em negrito contrasta<br />

uma vantagem e uma desvantagem.<br />

04) O fato veiculado em “Se um deles instala<br />

televisão no quarto” (linhas 28-29) é condição<br />

para que também ocorram os fatos em “ele se<br />

isola e não se reúne com os demais e não se<br />

integra” (linhas 29-30).<br />

08) Em “A casa é tombada e considerada<br />

patrimônio histórico de Ouro Preto, por isso,<br />

requer muitos cuidados e dedicação dos<br />

moradores” (linhas 10-12), a expressão em<br />

negrito é utilizada para indicar uma conclusão<br />

obtida a partir das informações apresentadas<br />

na oração anterior.<br />

16) Em “Ela limpa a casa, arruma as camas, lava os<br />

banheiros, além de fazer uns bolinhos, sucos<br />

e lanchinhos” (linhas 20-22), a expressão<br />

em negrito é utilizada para indicar adição de<br />

informações.<br />

RESPOSTA: 30 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) INCORRETA. A própria interpretação do<br />

texto traz uma idéia de finalidade e não de<br />

explicação.<br />

02) CORRETA. O “mas”é uma conjunção<br />

coordenada adversativa, empregada para<br />

expor uma contrariedade, uma contradição.<br />

04) CORRETA. Existe na passagem uma ideia<br />

de que uma ação acaba levando à outra. Se<br />

alguém instala TV no quarto, certamente vai se<br />

isolar e não se reunirá com a comunidade.<br />

08) CORRETA. Existe uma conclusão. A expressão<br />

“por isso” pode ser trocada por “portanto”.<br />

16) CORRETA. No contexto, “além de” adiciona<br />

mais uma informação à anterior.<br />

08. A <strong>língua</strong> dispõe de recursos que permitem a<br />

retomada ou a antecipação de informações a<br />

respeito de referentes dos textos. A respeito disso,<br />

assinale o que for correto no texto 2.<br />

01) Em “todos estudantes de Engenharia”<br />

(linha 3), o pronome em negrito retoma “13<br />

moradores” (linhas 2-3).


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

02) Em “resolveram pagar uma mensalista”<br />

(linhas 18- 19), o substantivo em negrito<br />

apresenta uma categoria à qual se enquadra o<br />

nome próprio que será introduzido no período<br />

seguinte.<br />

04) Em “Ela limpa a casa, arruma as camas, lava<br />

os banheiros” (linhas 20-21), a retomada do<br />

referente “Girlene” (linha 20) é feita inicialmente<br />

por pronome e depois por elipse.<br />

08) Em “‘Quando você mora em república, você<br />

amadurece’” (linhas 69-70), a forma em<br />

negrito remete ao leitor do texto.<br />

16) Em “Instalada no centro histórico de Ouro Preto<br />

(MG) há 61 anos, a república PIF-PAF abriga”<br />

(linhas 1-2), a oração reduzida de particípio<br />

apresenta informações que permitem que<br />

o leitor situe, temporal e espacialmente, a<br />

república PIF-PAF mesmo antes da introdução<br />

desse referente no texto.<br />

RESPOSTA: 23 – NÍVEL FÁCIL<br />

01) CORRETA. Um caso de coesão textual.<br />

“Todos” retoma “os 13 moradores da<br />

república”.<br />

02) CORRETA. Girlene (nome próprio) é realmente<br />

a mensalista que trabalha na república.<br />

04) CORRETA. A retomada do referente é feita<br />

pelo pronome (ela) e, posteriormente, por<br />

elipse (figura de linguagem que consiste na<br />

omissão de um termo que o leitor poderá<br />

deduzir)<br />

08) INCORRETA. O pronome “você”, no caso,<br />

refere-se à própria personagem que fala e<br />

não ao leitor.<br />

16) CORRETA. Existe na passagem uma oração<br />

subordinada que remete à idéia de tempo e de<br />

espaço. A república existe há 61 anos e está<br />

localizada no centro histórico de Ouro Preto.<br />

As questões 09 e 10 referem-se aos textos 1 e 2.<br />

09. Textos de diferentes esferas sociais podem<br />

apresentar características diversas. A respeito<br />

disso, assinale o que for correto a respeito dos<br />

textos 1 e 2.<br />

01) O texto 1 tem a função de informar os<br />

leitores a respeito de como é a vida em uma<br />

república.<br />

02) O texto 2 é um relato que trata do tema “vida<br />

em república”.<br />

04) O texto 1 é construído a partir do relato<br />

das experiências da narradora-personagem<br />

Malu que, mesmo sendo ficcionais, são<br />

verossimilhantes.<br />

08) A finalidade informativa do texto 2 motiva a<br />

jornalista a apresentar nome completo e idade<br />

dos moradores das repúblicas, além de seus<br />

apelidos, para garantir veracidade.<br />

16) Por ter linguagem objetiva, o texto 1 apresenta<br />

predominância de adjetivos qualificadores.<br />

RESPOSTA: 12 – NÍVEL FÁCIL<br />

01) INCORRETA. No texto há uma referência a<br />

um tipo de república. Isso não quer dizer que<br />

toda república será assim.<br />

02) INCORRETA. O texto 2 não é relato, é um<br />

texto jornalístico.<br />

04) CORRETA. A personagem “Malu” expõe aos<br />

olhos dos leitores a sua experiência como<br />

moradora de um microapartamento.<br />

08) CORRETA. Sendo um texto jornalístico,<br />

ele precisa transmitir credibilidade. Essa<br />

credibilidade se dá com informações sobre<br />

nomes, apelidos e idade dos entrevistados.<br />

16) INCORRETA. O texto 1 não é objetivo, tem<br />

uma linguagem literária.<br />

10. Existem recursos na <strong>língua</strong> que permitem ao<br />

autor de um texto a inclusão da fala do outro em<br />

seu discurso. A respeito disso, assinale o que for<br />

correto nos textos 1 e 2.<br />

01) Em “São dois os pré-requisitos para um<br />

calouro ser mais um morador da PIF-PAF:<br />

é preciso ser do sexo masculino e cursar<br />

Engenharia na Ufop.” (texto 2, linhas 37-40),<br />

o discurso direto é indicado pelo uso de doispontos<br />

para separar a fala do autor do texto<br />

da fala do entrevistado.<br />

02) As regras de conversão do discurso direto para<br />

o discurso indireto exigem que formas verbais<br />

do presente como em “depois a gente limpa”<br />

(texto 1, linhas 68-69) sejam transformadas<br />

em formas verbais do pretérito imperfeito.<br />

04) Em “- Não cabe máquina de lavar aqui<br />

no apartamento” (texto 1, linhas 50-51), o<br />

advérbio em negrito, por estar em período<br />

constituído por discurso direto, remete ao local<br />

onde o texto foi produzido.<br />

08) Em “- Malu! Desestressa! - disse Helô” (texto<br />

1, linha 67), o discurso direto é marcado pelo<br />

emprego do verbo de dizer para anunciar a<br />

fala de um personagem.<br />

16) Em “Fábio disse que aprendeu a cozinhar”<br />

(texto 2, linha 90), além do fato de o discurso<br />

indireto ser marcado pelo verbo de dizer<br />

para anunciar a fala do outro, o período é<br />

constituído por uma oração subordinada<br />

substantiva objetiva direta, introduzida pela<br />

conjunção que.<br />

Página 9


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

RESPOSTA: 24 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) INCORRETA. Existe somente a fala do autor<br />

do texto, não existe a fala do entrevistado.<br />

02) INCORRETA. Na passagem do discurso<br />

direto para o indireto, formas verbais do<br />

presente do indicativo não passam para o<br />

pretérito imperfeito, passam para o futuro do<br />

pretérito.<br />

04) INCORRETA. “Aqui” (advérbio de lugar) é<br />

o lugar onde a história se desenvolve e não<br />

onde foi escrita.<br />

08) CORRETA. A verbo “dizer” é um verbo<br />

“dicendi” – aquele que anuncia que uma<br />

personagem falou, afirmou, negou, contraargumentou...<br />

16) CORRETA. O discurso é indireto e a oração<br />

realmente é subordinada substantiva objetiva<br />

direta.<br />

LITERATURAS EM LÍNGUA<br />

PORTUGUESA<br />

11. Assinale o que for correto.<br />

01) O romance Senhora, de José de Alencar,<br />

classificado no âmbito do projeto literário<br />

do escritor como “urbano”, constitui-se uma<br />

intensa crítica à sociedade oitocentista, na<br />

qual o casamento consiste na única alternativa<br />

possível para a aceitação social da mulher: a<br />

protagonista declara ter comprado um marido<br />

por ser este “um traste indispensável às<br />

mulheres honestas”.<br />

02) O romance Dom Casmurro, de Machado<br />

de Assis, ocupa lugar de destaque na<br />

história da literatura brasileira, entre diversas<br />

razões, por retratar de maneira engenhosa o<br />

comportamento de um homem atormentado<br />

pelo ciúme. Nessa ordem de ideias, a grande<br />

questão do livro deixa de ser a famosa<br />

polêmica acerca da traição ou da inocência<br />

de Capitu e centra-se no modo de construção<br />

dos argumentos do narrador para atestar-lhe a<br />

culpa: “se te lembras bem da Capitu menina,<br />

hás de reconhecer que uma estava dentro da<br />

outra, como a fruta dentro da casca”.<br />

04) O romance Triste fim de Policarpo Quaresma,<br />

de Lima Barreto, integra o conjunto das obras<br />

de ficção que marcaram o período de transição<br />

entre as tendências literárias do final do século<br />

XIX (realismo-naturalismo, parnasianismo<br />

e simbolismo) e o modernismo brasileiro.<br />

Trata-se de uma obra caracterizada por<br />

reduplicar os padrões estéticos e ideológicos<br />

dos períodos anteriores. A denominação de<br />

“pré-modernista” vem somente do fato de<br />

anteceder, ou seja, vir antes do modernismo.<br />

Segue um fragmento do romance, cuja<br />

linguagem solene atesta esta afirmativa: “Não<br />

se pudera conter. Aquela leva de desgraçados<br />

a sair assim, a desoras, escolhidos a esmo,<br />

para uma carniçaria distante, falara fundo a<br />

todos os seus sentimentos”.<br />

08) A coletânea de narrativas curtas O cobrador,<br />

de Rubem Fonseca – diferentemente<br />

das demais obras do escritor paulistano,<br />

marcadas pela abordagem de problemas<br />

do cotidiano urbano contemporâneo, como<br />

a violência – caracteriza-se pelo intimismo<br />

ou pela sondagem psicológica, em que a<br />

problematização da sociedade urbana violenta<br />

cede lugar a colóquios amorosos. Pode-se<br />

atestar isso no seguinte fragmento do conto<br />

que dá nome à coletânea: “Agora, muito tempo<br />

depois, deitados olhando um para o outro<br />

hipnotizados até que anoitece e nossos rostos<br />

brilhamno escuro e o perfume do corpo dela<br />

traspassa as paredes do quarto”.<br />

16) A coletânea de narrativas curtas O calor<br />

das coisas, de Nélida Piñon, é construída<br />

em torno da temática do casamento. São<br />

ao todo 13 contos cujas personagens se<br />

veem mergulhadas em conflitos oriundos de<br />

uniões conjugais problemáticas. A exceção<br />

fica por conta de “I love my husband”,<br />

narrativa constituída do depoimento da<br />

narradoraprotagonista acerca de sua plenitude<br />

matrimonial, como demonstra o desfecho do<br />

conto: “Um pão que ele e eu comemos há<br />

tantos anos sem reclamar, ungidos pelo amor,<br />

atados pela cerimônia de um casamento que<br />

nos declarou marido e mulher. Ah, sim, eu amo<br />

meu marido”.<br />

RESPOSTA: 03 - NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. O autor José de Alencar inova<br />

a literatura em sua época, graças a sua<br />

capacidade de denunciar fatos e costumes<br />

que o Romantismo mantinha até então<br />

velados. O romance Senhora retrata o conflito<br />

que gira em torno da relação amorosa e do<br />

dinheiro como forma de denunciar que a base<br />

dos casamentos da época era o interesse.<br />

02) CORRETA. O ciúme de Bento Santiago ocupa<br />

lugar de grande relevância na obra Dom<br />

Casmurro, livro narrado em primeira pessoa,<br />

mostra claramente a preocupação do narrador<br />

Página 10


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

em convencer o ouvinte/leitor de que a traição<br />

é algo intrínseco à Capitu. Para alcançar<br />

esse objetivo, ele tenta mostrar que a própria<br />

personalidade de Capitu contribuiu para que,<br />

ao final da leitura, se chegue à conclusão de<br />

que realmente existiu uma traição.<br />

04) INCORRETA. O romance Triste fim de<br />

Policarpo Quaresma não é um mero antecessor<br />

do Modernismo brasileiro. Ao contrário do<br />

que afirma a questão, esse romance e as<br />

outras obras que integram o Pré-Modernismo<br />

brasileiro reivindicam uma literatura livre<br />

e questionam a imposição de padrões e<br />

ideologias dos movimentos anteriores.<br />

08) INCORRETA. A obra O cobrador traz contos<br />

que abordam temáticas como sexo, morte,<br />

amargura, violência, ironia e fotografia do<br />

cotidiano. Tudo isso representado em um<br />

estilo brutalista, que nada tem a ver com o<br />

“colóquio amoroso’, sugerido pela questão.<br />

16) INCORRETA. Nem todos os contos que<br />

integram a obra O calor das coisas têm<br />

suas construções baseadas nos conflitos<br />

do casamento. Pelo contrário, as temáticas<br />

apresentadas pela obra vão muito além. A<br />

autora aborda de maneira singular temas<br />

como o jogo entre a essência e aparência,<br />

como no conto O ilustre Menezes, ou ainda<br />

o universo feminino como no conto A sereia<br />

Ulisses, todos eles permeados pela dicotomia<br />

machismo X feminismo.<br />

12. Assinale o que for correto sobre o poema a seguir<br />

e sobre seu autor, João Cabral de Melo Neto.<br />

Autocrítica Só duas coisas conseguiram (des)<br />

feri-lo até a poesia:<br />

o Pernambuco de onde veio<br />

e o aonde foi, a Andaluzia.<br />

Um, o vacinou do falar rico<br />

e deu-lhe a outra, fêmea e viva,<br />

desafio demente: em verso<br />

dar a ver Sertão e Sevilha.<br />

01) O poema “Autocrítica”, por meio de seu<br />

próprio título, aponta para algumas das<br />

principais características da poética de João<br />

Cabral de Melo Neto: o rigor, a reflexão e a<br />

autoconsciência do fazer literário por parte do<br />

poeta.<br />

02) A presença das duas referências geográficas<br />

no poema (o sertão pernambucano e a região<br />

da Andaluzia, na Espanha) marcam dois<br />

aspectos importantes da primeira geração<br />

modernista, da qual João Cabral de Melo Neto<br />

foi um dos expoentes: a abordagem crítica de<br />

elementos da realidade nacional brasileira<br />

e a deglutição antropofágica do elemento<br />

estrangeiro.<br />

04) A referência ao sertão, embora importante no<br />

poema reproduzido, não encontra, contudo,<br />

espaço significativo na obra de João Cabral de<br />

Melo Neto como um todo. O ambiente urbano<br />

é o elemento de comparação e inspiração de<br />

sua produção lírica pautada pela postura do<br />

“poeta engenheiro”.<br />

08) O rigor e a severidade em termos formais<br />

conduzem a lírica cabralina a construções<br />

sóbrias, evitando ao máximo arroubos de<br />

emoção gratuitos. No poema “Autocrítica”,<br />

mesmo a lembrança de lugares importantes<br />

para o poeta é traduzida por meio de versos<br />

que atrelam sua significação ao pensamento<br />

metaliterário.<br />

16) A consciência arquitetural e a noção da<br />

poesia como composição, elementos que<br />

levaram a produção cabralina a um patamar<br />

destacado em termos de articulação de forma<br />

e conteúdo, influenciaram poetas posteriores,<br />

fazendo de João Cabral de Melo Neto um dos<br />

precursores do concretismo no Brasil.<br />

RESPOSTA: 25 - NÍVEL DIFÍCIL<br />

01) CORRETA. Talvez o valor da obra de João<br />

Cabral de Melo Neto, resida justamente no<br />

esmero com que ele produzia seus textos.<br />

A dedicação ao ato de escrever rendeu ao<br />

escritor uma obra cerebral, intelectualizada e<br />

que valoriza o poder das palavras.<br />

02) INCORRETA. Sabemos que em sua obra<br />

João Cabral realmente exaltou as duas<br />

cidades citadas na poesia e mostrou sempre<br />

um certo apreço por elas, contudo ele não<br />

faz parte da primeira geração modernista<br />

e, sim, da que conhecemos como terceira<br />

geração modernista, também conhecida como<br />

instrumentalista.<br />

04) INCORRETA. Uma obra muito importante<br />

e muito relevante para o meio literário de<br />

João Cabral retrata justamente a dureza do<br />

sertão, Morte e Vida Severina retrata a vida,<br />

os costumes e as dificuldades enfrentadas<br />

pelos sertanejos que fogem da seca no<br />

Nordeste. Mesmo que ele seja conhecido no<br />

meio literário como o “poeta engenheiro” e<br />

utilize figuras como cimento, tijolo, a paisagem<br />

da cidade em sua obra, ele não deixou de<br />

valorizar as origens de seus conterrâneos.<br />

Página 11


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

08) CORRETA. A metalinguagem é elemento de<br />

fundamental importância na obra cabralina.<br />

O poeta valeu-se de uma linguagem poética<br />

totalmente nova, sua linguagem beira a<br />

precisão matemática, o pouco uso de adjetivos<br />

destitui seus poemas do sentimentalismo,<br />

elemento recorrente na linguagem poética.<br />

16) CORRETA. A escolha semântica do autor<br />

privilegia os substantivos concretos, como a<br />

palavra pedra e a sua simbologia por exemplo.<br />

Isso concede à obra de João Cabral um caráter<br />

de poesia concretista e que, posteriormente,<br />

influenciará o concretismo brasileiro.<br />

13. Assinale o que for correto sobre o modernismo<br />

brasileiro.<br />

01) Embora seja possível traçar um quadro<br />

contendo as principais características do<br />

modernismo brasileiro, há de se ressaltar que,<br />

diferentemente das principais escolas literárias<br />

do século XIX, o movimento modernista não<br />

exibia um programa comum a ser seguido<br />

pelos escritores. Sua característica unificadora<br />

consiste no desejo de liberdade de criação e<br />

de expressão.<br />

02) O “Manifesto Pau-Brasil”, redigido por Oswald<br />

de Andrade, define os princípios fundamentais<br />

da poesia da primeira geração modernista<br />

(1922-1930): espontaneidade, ingenuidade<br />

e primitivismo, no sentido de não estar<br />

contaminada por regras preestabelecidas do<br />

fazer literário. A poesia Pau-Brasil, como a<br />

árvore do mesmo nome, pretendia se constituir<br />

em produto, ou cultura, de exportação, já que<br />

é concebida a partir da união da “cor local”<br />

com os meios de expressão de vanguarda.<br />

04) O “Prefácio interessantíssimo” apresenta os<br />

poemas de Pauliceia desvairada, de Mário de<br />

Andrade. Publicado em 1922, esse “prefácio”<br />

consiste no primeiro texto teórico a surgir<br />

no Brasil sobre a arte moderna. Trata-se<br />

de um texto que, bem ao gosto da estética<br />

modernista, mistura seriedade e divertimento,<br />

e aproveita as sugestões da fórmula:<br />

lirismo + arte = poesia.<br />

08) A segunda fase do modernismo brasileiro<br />

(1930-1945) é ainda mais radical do que<br />

a primeira em termos estético-formais.<br />

Os escritores intensificam as demandas<br />

revolucionárias anteriores, publicando<br />

manifestos, como o Antropofágico, de Oswald<br />

de Andrade, e romances, como Vidas secas,<br />

de Graciliano Ramos, caracterizados por uma<br />

postura de rompimento com o passado.<br />

16) Quanto aos temas do modernismo, a crítica<br />

costuma salientar que, embora os modernistas<br />

idealizadores da Semana de Arte Moderna<br />

defendessem a liberdade de expressão<br />

do artista, a temática por eles abordada,<br />

sobretudo na chamada “fase heroica” (1922-<br />

1930), gira em torno dos grandes temas da<br />

literatura tradicional: eventos importantes,<br />

sentimentos sublimes, o belo, conflitos<br />

existenciais etc.<br />

RESPOSTA: 07 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. Sem muita dificuldade para<br />

o aluno do <strong>Platão</strong>, o item reforçou a ideia<br />

principal do Modernismo, principalmente em<br />

sua fase inicial, em que a liberdade de criação<br />

e de expressão foram a tônica dominante.<br />

02) CORRETA. O Manifesto Pau-Brasil fomenta<br />

e personifica a busca da originalidade tão<br />

valorizada pelos primeiros modernistas, afinal<br />

o nacionalismo crítico da geração de 22 é<br />

um dos pilares que fortalecem a visão da cor<br />

local.<br />

04) CORRETA. Novamente a questão foi clara<br />

e objetiva. O Prefácio Interessantíssimo,<br />

como menciona o enunciado, foi o texto em<br />

que se apresentaram as principais ideias do<br />

grupo modernista de 1922, tudo com uma<br />

mistura de seriedade e bom humor típicos do<br />

movimento.<br />

08) INCORRETA. Ao contrário do que propõe<br />

a questão, a segunda fase do Modernismo<br />

manteve as conquistas da fase heroica,<br />

mas foi marcada por uma literatura mais<br />

madura, denominada construtiva. Além<br />

disso, o Manifesto Antropofágico, publicado<br />

em 1928, pertence à primeira fase do<br />

Modernismo brasileiro (1922 – 30), e a<br />

obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos,<br />

retrata a história de uma família de retirantes<br />

(Fabiano, Sinhá Vitória, os dois meninos e a<br />

cachorra Baleia), que está constantemente<br />

fugindo da seca.<br />

16) INCORRETA. A Literatura da primeira<br />

geração modernista foi marcada pelo tom<br />

irreverente e por valorizar a linguagem<br />

coloquial, típica do falar “brasileiro”. Por<br />

isso mesmo, podemos dizer que se opõe<br />

ao academicismo parnasiano, marcado<br />

principalmente pela valorização da beleza<br />

e da forma, além da utilização de uma<br />

linguagem bem elaborada, repleta de termos<br />

pouco usuais.<br />

Página 12


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

14. Assinale o que for correto sobre o poema a seguir<br />

e sobre seu autor, Manuel Bandeira.<br />

Poética<br />

Estou farto do lirismo comedido<br />

Do lirismo bem comportado<br />

Do lirismo funcionário público com livro de ponto<br />

[expediente protocolo e manifestações de apreço ao<br />

[sr. diretor<br />

Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no<br />

[dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo<br />

Abaixo os puristas<br />

Todas as palavras sobretudo os barbarismos<br />

universais<br />

Todas as construções sobretudo as sintaxes de<br />

exceção<br />

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis<br />

Estou farto do lirismo namorador<br />

Político<br />

Raquítico<br />

Sifilítico<br />

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora<br />

de<br />

[si mesmo.<br />

De resto não é lirismo<br />

Será contabilidade tabela de cossenos secretário do<br />

[amante exemplar com cem modelos de cartas e as<br />

[diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.<br />

Quero antes o lirismo dos loucos<br />

O lirismo dos bêbedos<br />

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos<br />

O lirismo dos clowns de Shakespeare<br />

— Não quero mais saber do lirismo que não é<br />

libertação.<br />

01) A lírica de Bandeira, apesar de ter legado à<br />

tradição literária brasileira poemas marcantes<br />

como “Poética”, constitui apenas uma pequena<br />

parte da produção do autor, uma vez que ele<br />

se notabilizou como romancista, merecendo<br />

destaque obras como Macunaíma e Memórias<br />

sentimentais de João Miramar.<br />

02) A preocupação com a forma poética revela<br />

a principal influência da lírica de Manuel<br />

Bandeira: o parnasianismo e seus mestres<br />

como Olavo Bilac e Alberto de Oliveira.<br />

04) A visão poética que o poema defende se<br />

adéqua àquela que o modernismo brasileiro<br />

apresentou, sobretudo aquele da geração de<br />

1922, da qual Bandeira foi um dos principais<br />

nomes.<br />

08) Apesar de propor o afastamento de todo<br />

“lirismo que não é libertação”, Bandeira<br />

constrói um poema com métrica regular, o que<br />

estabelece um diálogo com modelos poéticos<br />

anteriores aos do modernismo brasileiro.<br />

Página 13<br />

16) Embora Bandeira seja um dos mais<br />

expressivos exemplos do modernismo do<br />

Brasil, sua produção inicial foi marcada por<br />

forte influência do simbolismo, tal como pode<br />

ser verificado em uma obra como Cinza das<br />

horas, de 1917.<br />

RESPOSTA: 20 - NÍVEL DIFÍCIL<br />

01) INCORRETA. O mérito maior da obra de<br />

Bandeira talvez resida justamente na grande<br />

carga lírica que suas poesias apresentam. Ele<br />

trabalha com grande competência o sentimento<br />

do eu que as palavras sozinhas não conseguem<br />

expressar. Bandeira se notabilizou como poeta<br />

e não como romancista. E sabemos ainda que<br />

os romances citados pela questão pertencem a<br />

outros autores modernistas, Mário de Andrade<br />

e Oswald de Andrade, respectivamente.<br />

02) INCORRETA. Realmente a poesia de Manuel<br />

Bandeira sofreu influência de parnasianos e<br />

simbolistas, contudo, o amadurecimento de sua<br />

obra acontece justamente quando ele se opõe<br />

de maneira enérgica aos preceitos parnasianos<br />

e a qualquer tipo de regra que se possa impor<br />

ao fazer literário. O poema Os sapos que possui<br />

um valor muito grande em sua obra poética, foi<br />

declamado por Ronald de Carvalho da Semana<br />

de Arte Moderna, justamente como forma de<br />

criticar os arroubos da escola parnasiana.<br />

04) CORRETA. A geração de 1922, da qual Bandeira<br />

fez parte, buscava um fazer literário sem regras,<br />

sem cercas, que valorizasse a originalidade e<br />

a inspiração do autor literário. Autores como<br />

Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel<br />

Bandeira, militaram a favor de uma literatura livre<br />

que levasse em conta, além da formalidade, a<br />

originalidade de cada escritor.<br />

08) INCORRETA. Poética representa com clareza<br />

a busca de libertação das regras. Não por<br />

acaso Bandeira tornou-se o “rei” do verso<br />

livre. Sua liberdade criativa, sensibilidade e<br />

gratuidade representadas por uma linguagem<br />

popular se unem as suas inovações formais<br />

na construção da poesia.<br />

16) CORRETA. Os poemas de Bandeira,<br />

publicados em seu livro Cinza das horas,<br />

possuem uma temática intimista e muitas<br />

vezes representam um ar de obscuridade que<br />

muito lembram o Simbolismo. Contudo, ao<br />

longo de sua produção, ele transforma-se de<br />

maneira original e se revela um poeta diferente<br />

de todos os outros que o influenciaram,<br />

conservando apenas os traços que atribuíam<br />

mais brilhantismo à sua obra.


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

15. Assinale o que for correto.<br />

01) O romance Dom Casmurro, do escritor realista<br />

brasileiro Machado de Assis, é narrado<br />

em primeira pessoa por Bento Santiago.<br />

Assim, pode-se dizer que o foco narrativo do<br />

romance, ou seja, o ponto de vista a partir<br />

do qual a história é contada, é o do próprio<br />

narrador, conforme atesta este fragmento: “O<br />

meu fim evidente era atar as duas pontas da<br />

vida e restaurar na velhice a adolescência.<br />

Pois, senhor, não consegui recompor o que<br />

foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual,<br />

a fisionomia é diferente”.<br />

02) O romance Triste fim de Policarpo Quaresma,<br />

de Lima Barreto, é narrado em primeira<br />

pessoa por um narrador testemunha. Nesse<br />

sentido, a história não é contada a partir do<br />

ponto de vista do protagonista, mas sim a<br />

partir do ponto de vista do narrador. É o que<br />

se pode verificar neste fragmento: “Quaresma<br />

lia; e lembrava-se que Darwin escutava com<br />

prazer esse concerto dos charcos. Tudo na<br />

nossa terra é extraordinário! pensou”.<br />

04) O conto “O cobrador”, de Rubem Fonseca,<br />

é narrado em primeira pessoa pelo próprio<br />

protagonista. O foco narrativo, portanto, é o<br />

de um assassino em série que pratica seus<br />

atos como forma de cobrança das dívidas<br />

que acredita que a sociedade tem para com<br />

ele. Eis o início do conto: “Na porta da rua<br />

uma dentadura grande, embaixo escrito Dr.<br />

Carvalho, Dentista. Na sala de espera vazia<br />

uma placa, Espere o Doutor está atendendo<br />

um cliente”.<br />

08) O conto “O ilustre Menezes”, de Nélida Piñon,<br />

consiste na reescritura do conto de Machado<br />

de Assis “Missa do galo”. Enquanto, no texto<br />

original, a história é narrada a partir do ponto<br />

de vista do adolescente Nogueira, na versão<br />

da escritora contemporânea, o foco narrativo<br />

é o do marido de D.<br />

Conceição, o Menezes. Trata-se de uma<br />

estratégia narrativa que confere ao texto de<br />

Piñon um intenso caráter irônico, quando lido<br />

a partir da intertextualidade com a narrativa<br />

machadiana. Isso porque o narrador sequer<br />

é capaz de imaginar a capacidade de<br />

dissimulação da esposa traída: “Como prêmio,<br />

para certos infortúnios, tenho de Conceição<br />

a sua fidelidade e completa devoção ao lar.<br />

Assim, inimigo mesmo é o tempo a esgotar-se<br />

sem cerimônia”.<br />

16) O romance Senhora, de José de Alencar, é<br />

narrado em terceira pessoa por um narrador<br />

onisciente. No entanto, o foco narrativo<br />

é o de Fernando. É a partir de seu ponto<br />

de vista que a história é narrada. Sendo<br />

assim, Aurélia é retratada de fora, a partir<br />

das observações do protagonista acerca de<br />

seu comportamento. Essa é uma estratégia<br />

narrativa comum à estética romântica,<br />

uma vez que facilita a manifestação da<br />

subjetividade das personagens. Segue um<br />

trecho do romance: “Aurélia fitou o retrato<br />

com delícia. Arrebatada pela veemência do<br />

afeto que intumescia-lhe o seio, pousou nos<br />

lábios frios e mortos da imagem um beijo<br />

férvido, pujante, impetuoso; um desses beijos<br />

exuberantes que são verdadeiras explosões<br />

da alma irrupta pelo fogo de uma paixão<br />

subterrânea, longamente recalcada”.<br />

RESPOSTA: 13 – NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. A questão em si não apresentou<br />

problema, visto que o romance Dom<br />

Casmurro foi amplamente discutido com<br />

os alunos. Além disso, as informações<br />

requeridas não exigiram um alto grau de<br />

informações sobre a obra. No romance,<br />

a narração dos fatos é feita por Bento<br />

Santiago, sendo, portanto, uma narrativa em<br />

primeira pessoa, como afirma a questão e<br />

como comprova o fragmento mencionado:<br />

“O meu fim evidente era restaurar na velhice<br />

a adolescência. (...)”<br />

02) INCORRETA. A narração, em Triste Fim<br />

de Policarpo Quaresma, é em terceira<br />

pessoa, e não em primeira como afirma<br />

o enunciado da questão. Em seguida, o<br />

próprio elaborador confirma o fato de o<br />

narrador não ser o protagonista e, sim,<br />

um narrador, contrariando a perspectiva<br />

apresentada inicialmente.<br />

04) CORRETA. Sem dúvida, a questão privilegiou<br />

o aluno que realmente leu o livro O Cobrador,<br />

de Rubem Fonseca, principalmente o conto<br />

que dá nome ao livro e que foi utilizado pelo<br />

elaborador. As informações contidas na<br />

questão estão sucintas e claras e a chave<br />

para a resposta foi mesmo o fato de o aluno<br />

ter que lembrar como se inicia a narrativa.<br />

Portanto, é importante observar que a<br />

leitura comprometida possibilita a intimidade<br />

como o enredo e consequentemente traz<br />

segurança diante de uma passagem mais<br />

específica.<br />

Página 14


5<br />

10<br />

15<br />

20<br />

25<br />

30<br />

08) CORRETA. Novamente, o bom leitor foi<br />

beneficiado. Afinal, para poder responder<br />

corretamente, o aluno necessitava ter lido<br />

ambos os textos, além de ser capaz de<br />

perceber a intertextualidade entre eles e a<br />

ironia presente nesta leitura, como a própria<br />

questão menciona: o próprio “narrador (no<br />

caso do conto de Nélida, o próprio Menezes)<br />

sequer é capaz de imaginar a capacidade<br />

de dissimulação da esposa traída”, pois<br />

acreditava na total fidelidade da esposa.<br />

16) INCORRETA. Ao contrário do que propõe<br />

a questão, o ponto de vista da narrativa de<br />

Senhora, de José de Alencar, não é o de<br />

Fernando Seixas, o marido comprado. Caso<br />

fosse o ponto de vista do protagonista, a<br />

narrativa seria em primeira pessoa. No mais,<br />

as informações da questão estavam dentro<br />

do esperado.<br />

ESPANHOL<br />

ESPANHOL<br />

El fantasma que habita en mi casa.<br />

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

Ricardo César Garay<br />

Cuando mi padre la compró, yo era apenas un<br />

niño de dos años, el menor de tres hermanos,<br />

Pablo de quince y Hernán de dieciséis.<br />

La casa era antigua, sin embargo, muy bien<br />

mantenida, tenía grandes ambientes, cuatro<br />

dormitorios en la planta alta, uno que daba al<br />

frente y los otros a un parque con un tupido<br />

follaje. Al fondo, una vivienda que usaba la<br />

servidumbre.<br />

En la planta baja, el living, la biblioteca, el<br />

comedor, cocina y antecocina, una despensa y la<br />

puerta que daba al sótano.<br />

Durante el día, mis padres, docentes,<br />

concurrían a sus respectivas escuelas y mis<br />

hermanos a sus actividades estudiantiles. Yo<br />

permanecía al cuidado de Ester, la empleada, una<br />

tierna mujer que era también cocinera y mucama.<br />

Fue en uno de esos días, jugando en el living<br />

mientras Ester cocinaba, que lo vi parado en la<br />

puerta de la biblioteca, observándome. Era un<br />

hombre viejo y con gesto amable. Después de<br />

unos segundos, desapareció atravesando la pared.<br />

Lo veía con frecuencia y comencé a extrañarlo<br />

después que faltó algún tiempo. Le pregunté a<br />

Ester por él. La mujer se quedó mirándome entre<br />

asombrada e incrédula y no me contestó.<br />

Casi lo había borrado de mi mente cuando<br />

una tarde y ya adolescente, me encontraba<br />

estudiando una complicada materia que debía<br />

rendir y entonces… sentí su presencia. No me<br />

atemoricé, por el contrario, fue una agradable Página 15<br />

sorpresa. Allí estaba mirándome, parado junto a la<br />

puerta de la biblioteca. Él, como si hubiera leído<br />

25<br />

30<br />

35<br />

40<br />

Ester por él. La mujer se quedó mirándome entre<br />

asombrada e incrédula y no me contestó.<br />

Casi lo había borrado de mi mente cuando<br />

una tarde y ya adolescente, me encontraba<br />

estudiando una complicada materia que debía<br />

rendir y entonces… sentí su presencia. No me<br />

atemoricé, por el contrario, fue una agradable<br />

sorpresa. Allí estaba mirándome, parado junto a la<br />

puerta de la biblioteca. Él, como si hubiera leído<br />

mi pensamiento, saludó levantando su mano. Yo<br />

levanté la mía y sonreímos juntos. A partir de<br />

aquel momento estuvo junto a mí ayudándome a<br />

estudiar. Las respuestas a mis preguntas surgían<br />

del papel a modo de manuscrito, pero jamás<br />

contestó ninguna referida a él.<br />

Con los años me recibí de maestro, mis<br />

padres y mis hermanos fallecieron y me jubilé<br />

en la docencia.<br />

Hoy somos dos los fantasmas esperando a un<br />

niño a quien enseñar.<br />

(Texto adaptado. Disponible en:<br />

.<br />

Acceso el 30/08/2011)<br />

Questão 16<br />

16. Según el texto, señale lo que está correcto.<br />

Según el texto, señale lo que está correcto.<br />

01) Aunque 01) Aunque la casa la casa era era antigua, antigua, estaba estaba muy muy bien<br />

conservada. conservada.<br />

02) La 02) casa La tenía casa más dormitorios tenía más que habitantes. dormitorios que<br />

04) La casa habitantes. poseía tres pisos pues había un sótano.<br />

08) Debido 04) La a la casa antigüedad poseía de tres la construcción, pisos pues la había casa era un<br />

habitada sótano. por fantasmas.<br />

16) La 08) casa Debido tenía a piezas la antigüedad en la planta de la alta construcción, en la que la<br />

trabajaba casa la cocinera.<br />

habitada por fantasmas.<br />

16) La casa tenía piezas en la planta alta en la<br />

que trabajaba la cocinera.<br />

Resposta: 05 - nível fácil<br />

01) CORRETA. As linhas 04 e 05 dizem que a<br />

casa era muito bem mantida.<br />

02) INCORRETA. Não havia apenas quatro<br />

habitantes na casa.<br />

04) CORRETA. No segundo e terceiro parágrafo<br />

há uma descrição da casa, onde se confirma<br />

tal afirmação.<br />

08) INCORRETA. O texto fala sobre um fantasma<br />

e não fantasmas. Também o texto não<br />

apresenta a razão da casa ser habitada por<br />

fantasma<br />

16) INCORRETA. No andar superior havia apenas<br />

quartos.<br />

17. Señale la(s) alternativa(s) correcta(s) respecto a<br />

los aspectos gramaticales y léxicos de la Lengua<br />

Española presentes en el texto.<br />

01) En la frase “Cuando mi padre la compró” (línea<br />

1), “la” se refiere a la planta alta de la casa.<br />

GABARITO


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

02) En la frase “comencé a extrañarlo después<br />

que faltó algún tiempo” (líneas 23-24), “algún”<br />

es apócope de “alguno”.<br />

04) La afirmación “Allí estaba mirándome” (línea<br />

32), puede ser cambiada por “Allí me estaba<br />

mirando” sin alteración de significado.<br />

08) En las frases “Le pregunté a Ester por él” (líneas<br />

24-25) y “pero jamás contestó ninguna referida<br />

a él” (líneas 38-39), en ambas el pronombre<br />

“él” se refiere a la misma persona.<br />

16) En la frase “estuvo junto a mí ayudándome<br />

a estudiar” (línea 36), el verbo subrayado<br />

corresponde, en tercera persona del singular<br />

de imperativo afirmativo, a “Ayúdame a<br />

estudiar”.<br />

Resposta: 14 - nível médio<br />

01) INCORRETA. A partícula mencionada se<br />

refere à casa.<br />

02) CORRETA. A palavra “algún” é apócope de<br />

“alguno”.<br />

04) CORRETA. As regras para o uso do pronome<br />

“me” permite tal substituição.<br />

08) CORRETA. Nas duas frases apresentadas, o<br />

pronome “él” se refere ao fantasma.<br />

16) INCORRETA. O verbo destacado corresponde<br />

ao gerúndio de “ayudar”.<br />

18. Respecto al anciano visto por el narrador, es<br />

correcto afirmar que<br />

01) visitaba al chico toda vez que él no sabía la<br />

lección.<br />

02) le saludó levantando la mano y el chico<br />

respondió levantando la suya.<br />

04) preguntó cierta vez a Ester dónde estaba el<br />

chico.<br />

08) nunca respondía cuestiones sobre sí.<br />

16) fue olvidado por el chico pues éste sabía que<br />

no era real.<br />

Resposta: 10 - nível fácil<br />

01) INCORRETA. O fantasma se fazia presente<br />

toda vez que o rapaz ia estudar.<br />

02) CORRETA. Está absolutamente clara tal<br />

afirmação na leitura das linhas 33, 34 e 35.<br />

04) INCORRETA. O fantasma não falou com<br />

ninguém no texto. E foi o rapaz que perguntou<br />

pelo fantasma.<br />

08) CORRETA. A leitura das linhas 38 e 40<br />

confirma esta afirmação.<br />

16) INCORRETA. O texto diz que o rapaz<br />

“quase”havia esquecido o fantasma.<br />

19. Elija las frases que pueden ser sustituidas<br />

correctamente sin que haya alteración de<br />

sentido.<br />

01) “Lo veía con frecuencia” (línea 23) por “lo veía<br />

a menudo”.<br />

02) “mis padres, docentes, concurrían” (líneas 13-<br />

14) por “había competencia entre mis padres<br />

profesores”.<br />

04) “me recibí de maestro” (línea 40) por “concluí<br />

la carrera de profesor”.<br />

08) “comencé a extrañarlo” (línea 23) por “empecé<br />

a sentir su falta”.<br />

16) “jugando en el living mientras Ester cocinaba”<br />

(líneas 18-19) por “brincando en el living<br />

mientras Ester cocinaba”.<br />

Resposta: 13 - nível médio<br />

01) CORRETA. A expressão “a menudo” significa<br />

“com freqüência”.<br />

02) INCORRETA. A palavra “concurrir” é<br />

usada significando “participar ou ir” e não<br />

concorrer.<br />

04) CORRETA. A expressão destacada oferece a<br />

idéia de conclusão.<br />

08) CORRETA. A expressão “extrañar” significa<br />

“sentir falta de”.<br />

16) INCORRETA. A palavra “brincando” significa<br />

“pulando” e por esta razão não pode substituir<br />

“jugando”.<br />

20. Según el texto, es correcto afirmar que Ester<br />

01) era una mujer afectuosa.<br />

02) usaba siempre una vivienda ubicada en el<br />

mismo terreno.<br />

04) era atea.<br />

08) conocía al fantasma.<br />

16) tenía la casa bajo sus cuidados durante el<br />

día.<br />

Resposta: 17 - nível médio<br />

01) CORRETA. A palavra “tierna”, usada no texto,<br />

é sinônima de “afectuosa”.<br />

02) INCORRETA. O texto diz que os empregados<br />

tinham uma casa no mesmo terreno, mas não<br />

afirma que só usavam esta casa.<br />

04) INCORRETA. O texto não diz se ela era ateia<br />

ou não.<br />

08) INCORRETA. O texto não diz se ela conhecia<br />

ou não o fantasma.<br />

16) CORRETA. O quarto parágrafo traz tal<br />

informação.<br />

Página 16


hand, there will be many compensations. Views<br />

of the Earth from the space hotel’s special<br />

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

50 observation windows should be breathtaking as<br />

Língua Estrangeira e Redação the craft fastly moves round our planet every 90<br />

55 inclined minutes to – their providing line of guests flight. with Indeed, 16 sunsets the prospect and 16<br />

INGLÊS<br />

of sunrises weightlessness a day. Visitors offers will all sorts also be of able zero-gravity to choose<br />

activities to have that, their on Earth, beds can vertically only be or dreamt horizontally of.<br />

By contrast, the pleasures offered for those<br />

Space hotel to give rich a thrill that’s out of this world 55 who inclined go on to their suborbital line of flights flight. Indeed, offered the by prospect Virgin<br />

INGLÊS<br />

60 Galactic of weightlessness will be over offers far more all sorts quickly. of zero-gravity Launched<br />

Russian engineers have announced the<br />

on activities craft pioneered that, Earth, by can aviation only be designer dreamt of. Burt<br />

ultimate get-away-from-it-all holiday, revealing<br />

Rutan, By these contrast, craft will the allow pleasures passengers offered to for slip those<br />

Space plans hotel to to put give a rich hotel a into thrill orbit that’s 200 out miles of this above world<br />

the<br />

bonds who go of on the suborbital gravitational flights field offered for only by a Virgin few<br />

Earth by 2016. The four-room Hotel in the 60 minutes Galactic will before over their far more rocket-powered quickly. Launched craft<br />

5 Heavens Russian would engineers house up have to seven announced guests who the<br />

65 descends on craft back pioneered to Earth. by On aviation the other designer hand, Burt the<br />

would ultimate be get-away-from-it-all able to dance happily holiday, in zero-gravity revealing<br />

company’s Rutan, these plans craft are will allow far more passengers advanced to slip than the<br />

while plans watching to put a as hotel our planet into orbit turns. 200 miles above<br />

those bonds put of forward the gravitational by most other field for space only tourism a few<br />

Earth The by out-of-this-world 2016. The four-room experience Hotel will in not the<br />

entrepreneurs. minutes before Branson their says rocket-powered Virgin Galactic’s craft<br />

5 come Heavens cheaply, would however. house up Space to tourists seven guests will have who 65 first descends flights back should to Earth. begin next On the year. other Tickets hand, will the<br />

10 to would pay £500,000 be able to to travel dance on happily a Soyuz in rocket zero-gravity to get 70 cost company’s a mere plans $200,000, are far with more celebrities advanced such than as<br />

to while the watching hotel before as our struggling planet turns. to pay a further<br />

Paris those Hilton, put forward Tom Hanks by most and other Stephen space Hawking tourism<br />

£100,000 The for out-of-this-world a five-day stay. experience will not<br />

signing entrepreneurs. up for early Branson flights. says A billionaire’s Virgin Galactic’s dream<br />

come “The cheaply, hotel however. will be Space aimed tourists at will wealthy have<br />

venture, first flights in other should words. begin next year. Tickets will<br />

10 individuals to pay £500,000 and to people travel on working a Soyuz for rocket private to get 70 cost a mere $200,000, with celebrities such as<br />

15 companies to the hotel who before want struggling to do research to pay in a space,” further<br />

(Texto Paris Hilton, adaptado. Tom Hanks and Disponível Stephen Hawking em<br />

said £100,000 Sergei for Kostenko, a five-day chief stay. executive of Orbital . signing up for early flights. A billionaire’s Acesso dream em<br />

Technologies, “The hotel which will will be construct aimed the at orbiting wealthy 31/8/2011 venture, às 10h50min)<br />

other words.<br />

guest individuals house. “A and hotel people should working be comfortable, private and<br />

15 this companies one will be.” who want to do research in space,” (Texto adaptado. Disponível em<br />

20 said The Sergei news Kostenko, that Russia chief plans executive to launch of a Orbital hotel . Acesso em<br />

into Technologies, outer space which is the latest will example construct in the a series orbiting of 31/8/2011 às 10h50min)<br />

Questão 16<br />

extreme guest house. holidaymaking “A hotel should projects. be comfortable, As the world and<br />

16. According to the text, choose the correct alternative(s).<br />

accumulates this one will be.” more and more billionaires, According to the text, choose the correct alternative(s).<br />

20 entrepreneurs The news are that Russia seeking plans newer to launch and a more hotel 01) “who” 01) “who” (line 5) (line refers 5) to refers “ Russian to “ Russian engineers”. engineers”.<br />

25 demanding into outer space ways is the to latest provide example them in with a series the of 02) Questão “which” 02) “which” (line 16 17) refers (line to 17) “Orbital refers Technologies”. to “Orbital<br />

ultimate extreme in holidaymaking hi-tech thrills. projects. Apart As from the space world 04) “them” Technologies”.<br />

(line 25) refers to “entrepreneurs”.<br />

hotels, accumulates which have more also and been more touted recently billionaires, by 08) According “their” 04) “them” (line to 36) text, (line refers choose 25) to refers “guests”. the correct to “entrepreneurs”.<br />

alternative(s).<br />

US entrepreneurs and European are aerospace seeking companies, newer and proposals more 16) 01) “those” “who” 08) “their” (line 67) 5) (line refers refers 36) to to refers ““Virgin Russian to “guests”. Galactic’s engineers”. plans”.<br />

25 to demanding fly thrill-seekers ways on to rocket provide flights them to the with edge of the 02) “which” 16) “those” (line 17) (line refers 67) to refers “Orbital to “Virgin Technologies”. Galactic’s<br />

30 space ultimate are in now hi-tech being thrills. finalised Apart by from Richard space 04) “them” plans”. (line 25) refers to “entrepreneurs”.<br />

Branson’s hotels, which Virgin have Galactic also been as touted well as recently by US by 08) “their” (line 36) refers to “guests”.<br />

companies. US and European aerospace companies, proposals 16) “those”<br />

RESPOSTA:<br />

(line 67)<br />

10<br />

refers<br />

– NÍVEL<br />

to “Virgin<br />

FÁCIL<br />

Galactic’s plans”.<br />

to fly In thrill-seekers the case of the on space rocket hotels, flights hedonism to the edge will of<br />

01) INCORRETA. Na linha 05 o pronome relativo<br />

30 be space limited. are Orbital now being Technologies finalised have by made Richard<br />

refere-se à “guests”.<br />

it<br />

35 clear Branson’s that guests Virgin will Galactic be restricted as well to consuming as by US<br />

02) CORRETA.<br />

iced companies.<br />

04) INCORRETA. Na linha 25 o pronome relativo<br />

tea and fruit juices for their liquid intake.<br />

“them” refere-se à “billionaires”.<br />

Alcohol In the will case be banned. of the space In addition, hotels, hedonism waste water will<br />

08) CORRETA.<br />

will be limited. be recycled Orbital while Technologies air will be have filtered made to it<br />

16) INCORRETA. A palavra “those” refere-se à<br />

35 remove clear that odour guests and will bacteria be restricted and then to returned consuming to<br />

“most other space tourism enterpreneur”.<br />

40 cabins. iced tea and fruit juices for their liquid intake.<br />

Alcohol Tourists, will accompanied be banned. In by addition, experienced waste crew, water 17. Choose the alternative(s) in which the information<br />

will will also be have recycled to dine while on food air will prepared be filtered on Earth to<br />

about the words/fragments from the text is correct.<br />

and remove reheated odour in and microwave bacteria ovens, and then while returned showers to<br />

01) “house up to seven guests” (line 5) means that<br />

40 will cabins. be carefully sealed affairs to prevent water<br />

more than seven guests can stay at the hotel<br />

45 escaping Tourists, as globules accompanied that otherwise by experienced would float crew,<br />

at the same time.<br />

around will also the have hotel’s to interior. dine on food prepared on Earth<br />

02) The words “cheaply” (line 9), “wealthy” (line<br />

and It reheated is scarcely in microwave five-star luxury. ovens, On while the showers other<br />

13) and “luxury” (line 47) are usually used to<br />

hand, will be there carefully will be sealed many affairs compensations. to prevent Views water<br />

talk about large amounts of money.<br />

45 of escaping the Earth as globules from the that space otherwise hotel’s would special float<br />

04) “newer” (line 24), “clear” (line 35) and “more<br />

50 observation around the hotel’s windows interior. should be breathtaking as<br />

advanced” (line 66) are comparative forms<br />

the craft It is fastly scarcely moves five-star round luxury. our planet On every the other 90<br />

used to show an increase in size or degree in<br />

minutes hand, there – providing will be guests many with compensations. 16 sunsets and Views 16<br />

relation to something else.<br />

sunrises of the a Earth day. Visitors from the will also space be hotel’s able to choose special<br />

50<br />

Página 17<br />

to observation have their windows beds vertically should be or breathtaking horizontally as<br />

the craft fastly moves round our planet every 90<br />

UEM/CVU<br />

minutes – providing guests with 16 sunsets and 16<br />

Vestibular de Verão/2011 – Prova 2 16<br />

GABARITO 1<br />

GABARITO


08) The extract “Alcohol will be banned” (line 37)<br />

means the guests will not be allowed to drink<br />

alcoholic drinks while staying at space hotels.<br />

16) The expressions “On the other hand” (lines 47-48)<br />

and “By contrast” (line 58) are used in the text to<br />

present an opposite idea.<br />

RESPOSTA:24 - NÍVEL MÉDIO<br />

01) INCORRETA. A expressão “house up to seven<br />

guests”, significa hospedar no máximo 07<br />

convidados.<br />

02) INCORRETA. A palavra “cheaply” quer dizer<br />

barato, portanto, não é usada para grande<br />

quantidade de dinheiro.<br />

04) INCORRETA. Na linha 35, a palavra “clear” não<br />

está na forma comparativa.<br />

08) CORRETA. Os convidados não poderão beber<br />

álcool durante a viagem.<br />

16) CORRETA. Qualquer uma das expressões (“On<br />

the other hand” / “By contrat”) podem ser usadas<br />

para apresentar idéias opostas.<br />

18. Choose the correct alternative(s), according to the<br />

text.<br />

01) Tourist companies want to offer more holiday<br />

possibilities for rich tourists.<br />

02) There are three options of trips into space: a<br />

house to live for a month, a hotel to spend some<br />

days, and a rocket to fly around the Earth for some<br />

minutes.<br />

04) The space hotel project has been designed as a<br />

way to provide tourists with extreme adventure<br />

holidays.<br />

08) The space hotel will not have exactly the same<br />

benefits as those on Earth, but other advantages<br />

will be offered.<br />

16) Famous people such as Paris Hilton and Tom<br />

Hanks think the flights to space cost too much.<br />

RESPOSTA: 13 - NÍVEL MÉDIO<br />

01) CORRETA. De acordo com o 4º parágrafo do<br />

texto, podemos dizer que as empresas que<br />

trabalham com turismo estão oferecendo cada<br />

vez mais opções para os ricos.<br />

02) INCORRETA. Dentre as três opções de<br />

viagens para o espaço, a única em que não<br />

há comentário no texto é a de morar por um<br />

mês no espaço.<br />

04) CORRETA. De acordo com 4º parágrafo,<br />

as empresas estão planejando formas de<br />

proporcionar aos turistas aventuras radicais.<br />

08) CORRETA. Podemos encontrar essa resposta<br />

entre as linhas 47 e 48.<br />

16) INCORRETA. Algumas pessoas famosas não<br />

reclamaram do preço; pelo contrário, elas já<br />

fizeram a sua reserva.<br />

Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

Página 18<br />

19. According to the text, choose the alternative(s) in which<br />

the information about the compounds is correct.<br />

01) In the extracts “the ultimate get-away-from-it-all<br />

holiday” (lines 1-2) and “The out-of-this-world<br />

experience” (line 8), the underlined parts are used<br />

to describe the nouns that follow them.<br />

02) A “four-room Hotel” (line 4) means “a hotel with<br />

four rooms” and a “five-day stay” (line 12) means<br />

“a stay that lasts five days”.<br />

04) “thrill-seekers” (line 29) refers to people who look for<br />

activities which make them excited and happy.<br />

08) “iced tea” (line 36), “fruit juices” (line 36) and<br />

“waste water” (line 37) are drinks that guests can<br />

have at the space hotels.<br />

16) “breathtaking” (line 50) can be translated into<br />

Portuguese as “emocionante” or “empolgante”.<br />

RESPOSTA: 23 – NÍVEL DIFÍCIL<br />

01) CORRETA. As duas ocorrências das<br />

palavras hifenizadas têm a característica de<br />

adjetivo, portanto, servem para descrever um<br />

substantivo.<br />

02) CORRETA.<br />

04) CORRETA. A palavra “thrill” pode ser traduzida<br />

como emoção ou excitação.<br />

08) INCORRETA. Tanto “iced tea” ou “fruit juice” são<br />

tipos de bebidas, porém “waste water” serve para<br />

mostrar o desperdício de água.<br />

16) CORRETA.<br />

20. According to the information from the text, choose the<br />

correct alternative(s).<br />

01) Space tourism also aims at non-governmental<br />

companies interested in studying more about<br />

space.<br />

02) Tourists will not be allowed to do whatever they<br />

want to while staying at the space hotel.<br />

04) Because of the position of the bed in the craft,<br />

visitors will have a restricted view of the Earth.<br />

08) Tourists will have to have a strict training program<br />

to survive by themselves in the space.<br />

16) Although the price for the space flight will be<br />

incredibly high, the trip will last only some<br />

minutes.<br />

RESPOSTA: 19 – NÍVEL DIFÍCIL<br />

01) CORRETA. Além das pessoas de alto poder<br />

aquisitivo, as empresas também querem atingir o<br />

público interessado em estudar o espaço.<br />

02) CORRETA. No 5º parágrafo, podemos entender<br />

que, mesmo com muita vontade, nem tudo será<br />

permitido.<br />

04) INCORRETA. Entre as linhas 48 e 50 temos a<br />

informação de que os visitantes poderão ter uma<br />

vista deslumbrante da Terra.<br />

08) INCORRETA. Na linha 41 aparece a informação<br />

de que os turistas serão acompanhados por uma<br />

tripulação experiente.<br />

16) CORRETA. A viagem terá a duração de cinco<br />

dias (linha 12).


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Uma prova jovem. Uma prova de jovem para jovens futuros universitários. Linguagem amena,<br />

agradabilíssima, leve, de fácil trato, uma idéia direcionada para o público que, aprovado, caminha para<br />

uma escola superior, essa será a realidade de muitos.<br />

Os dois textos se contrapuseram pelo estilo. O primeiro muito próximo da informalidade e o segundo,<br />

um exemplo que se encontra em qualquer jornal de dimensão mais ampla. A interpretação dividiu de<br />

forma competente as duas propostas. Houve questões bastante fáceis, algumas de nível médio e uma<br />

ou outra de situação mais complexa – o que determinou um equilíbrio na cobrança.<br />

Parabéns à equipe elaboradora que soube retratar uma realidade (até mesmo antepor), aliando<br />

exploração gramatical, semântica, sintaxe, literatura, numa mistura agradável de se lidar com uma<br />

prova de vestibular. “Fala sério, a gente não precisa de uma prova ferrada. Pô, essa foi uma prova da<br />

hora...”<br />

Parabéns!<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA<br />

A prova de literatura foi bastante acessível e bem distribuída. A prosa e a poesia foram contempladas,<br />

bem como autores e obras sugeridos, foram valorizados. As questões 11 e 15 (Gabarito 1) fizeram uma<br />

ponte, pois o conteúdo de uma reverberou na outra. Estas questões abordaram cinco obras, sendo três<br />

romances e dois livros de contos, portanto um cabedal substancial de enredos, personagens, focos, traços<br />

característicos entre outros que não foram explorados de forma intensa. Cobrou-se o que é elementar e,<br />

portanto, não exigiu do aluno um conhecimento profundo da obra. Entendemos que as proposições da<br />

questão 11 (Gabarito 1) foram bastante abrangentes, mas superficiais, permitindo ao candidato que tinha<br />

uma noção da obra alcançar êxito. Entendemos que a superficialidade das proposições desestimula o<br />

candidato comprometido com as leituras. Um exemplo bastante positivo é a questão 15 (Gabarito 1) nas<br />

proposições 04 e 08 que exigiram um domínio mais apurado, valorizando sobremaneira a necessidade<br />

da leitura vertical, não apenas horizontal. As proposições 01, 02 e 16 estão em consonância com as<br />

da questão 11.<br />

As questões em torno da poesia foram muito bem produzidas, visto que exigem um conhecimento<br />

prévio dos autores, das características e estilos destes, bem como capacidade interpretativa dos poemas<br />

apresentados, porém entendemos que na questão 14 (Gabarito 1) o poema poderia ser mais explorado<br />

do ponto de vista interpretativo. A questão 13 (Gabarito 1) também foi muito interessante, afinal exigiu<br />

do candidato uma visão mais ampla das gerações que marcaram o Modernismo, sobretudo a primeira<br />

geração.<br />

Parabéns à CVU pela prova.<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE ESPANHOL<br />

Uma vez mais o uso absoluto do idioma para o texto, enunciados e opções, o que dá um toque<br />

especial e charmoso à prova Parabéns aos elaboradores e à CVU por mais esta prova perfeitamente<br />

confeccionada e pensada de forma a testar efetivamente as habilidades dos candidatos que são os<br />

maiores beneficiados com isto.<br />

COMENTÁRIO SOBRE O CONTEÚDO DE INGLÊS<br />

A prova de Inglês do Vestibular de Verão 2011 mostrou que é possível cobrar interpretação de<br />

texto e gramática de forma plena. Assim, o candidato deve ter a consciência de que é necessária a sua<br />

preparação, pois saber vocabulário solto, através de música, internet, não é suficiente para uma prova<br />

técnica.<br />

A CVU mostra que a prova é seletiva e apenas aqueles que se prepararam corretamente podem<br />

garantir a sua vaga. Parabéns ao trabalho da CVU que sempre mostrou que, saber a Língua Inglesa<br />

para o vestibular, vai além dos conhecimentos básicos do idioma.<br />

Página 19


Prova 2 – Língua Portuguesa e Literaturas<br />

em Língua Portuguesa<br />

Língua Estrangeira e Redação<br />

Página 20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!