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DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC

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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 17<br />

Para muitas outras pessoas, o problema é que não usam seus<br />

mecanismos respiratórios normais corretamente, ao falarem. Elas<br />

geralmente ajustam-se a uma das três categorias seguintes:<br />

¢<br />

Os Atletas - Ao invés de permitirem que a respiração renove-se<br />

automaticamente, os atletas podem tentar fazê-la funcionar. Eles<br />

podem levantar seus ombros e puxar o ar audivelmente<br />

mantendo seu diafragma contraído. Eles podem assemelhar-se a<br />

um peixe fora da água, mas são apenas seres humanos, cujo ar<br />

¢<br />

¢<br />

está prestes a acabar;<br />

0s Jogadores - O jogador não toma ar suficiente em uma<br />

respiração. Ele tem tanta pressa para dizer algo (talvez por medo<br />

de perder a atenção de seus ouvintes) que apenas toma uma<br />

rápida e superficial inspiração e segue a toda velocidade falando,<br />

apostando que terá ar o bastante para terminar o que está<br />

dizendo;<br />

O Esbanjador - Essas pessoas podem tomar muito ar em cada<br />

respiração, mas então comportam-se como se este pudesse<br />

durar para sempre, não importando o quanto falem.<br />

O que todos esses tipos familiares têm em comum é que não<br />

permitem que seus mecanismos respiratórios funcionem naturalmente a seu<br />

favor. Na verdade, na maior parte do tempo eles comportam-se como se<br />

respirar fosse um obstáculo à fala, ao invés de aquilo que a torna possível. O<br />

jogador e o esbanjador parecem incomodados por terem de fazer uma pausa<br />

para tomarem ar, enquanto o atleta parece ver a respiração como uma série<br />

de manobras que precisa realizar para dizer o que pretende. E todos eles<br />

estão provando que fazem um trabalho muito pior tentando fazer a<br />

respiração enquanto falam, ao invés de apenas deixarem que ela ocorra<br />

naturalmente.<br />

O corpo possui muitos processos vitais completamente<br />

automáticos, desde o piscar de olhos até os batimentos cardíacos, e a<br />

respiração é um deles. Nós não precisamos dirigir conscientemente o piscar<br />

para mantermos unida a superfície dos nossos olhos, ou nossos batimentos<br />

cardíacos para fazermos com que o sangue seja bombeado para todo o<br />

corpo. Com a respiração para a fala, tudo o que precisamos fazer é aprender<br />

como respirar (ou reaprender, já que nascemos sabendo) tão natural e<br />

facilmente quando falamos quanto fazemos em outras atividades de nossas<br />

vidas. A grande diferença para a fala é que esta requer uma rápida<br />

inspiração seguida por uma expiração prolongada, enquanto para a maioria<br />

das outras atividades diárias a inspiração e a expiração são quase iguais.<br />

Para Boone e McFarlane, 1994, os humanos aprenderam a usar a<br />

respiração para a fala, sustentando suas exalações para a vocalização.<br />

Tanto falar como cantar requer um fluxo de ar expiratório capaz de ativar a

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