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DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC

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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 27<br />

Dependendo da demanda fonatória será solicitada maior ou menor atividade<br />

da musculatura envolvida.<br />

Durante as situações de canto lírico (fortíssimos e agudíssimos) e<br />

locução teatral em fortes intensidades, existe um mecanismo distinto. Deve<br />

haver uma sustentação da abertura das costelas, por manutenção da<br />

contração dos intercostais externos e uma contração sincrônica da<br />

musculatura da cinta abdominal. Este procedimento permite melhores<br />

condições de apoio vocal, já que vários pulsos de ar poderão ser eliminados<br />

com pressão elevada dentro de um mesmo período expiratório. Ainda nesta<br />

modalidade, a emissão vocal em pianíssimos será altamente beneficiada<br />

com o controle da saída do ar com manutenção da sustentação intercostal,<br />

favorecendo exalação mais prolongada.<br />

O estudo do funcionamento do sistema respiratório nas diversas<br />

situações de fala e canto torna bastante claro que a melhora da função vocal<br />

pode ser obtida ou pelo menos auxiliada pela mudança dos hábitos<br />

respiratórios.<br />

O primeiro passo para a introdução do padrão costo-diafragmáticoabdominal<br />

é a respiração invertendo-se a ordem dos fatos, isto é, deve-se<br />

solicitar ao paciente que realize primeiro a expiração forçando a contração da<br />

musculatura abdominal, empurrando o conteúdo visceral para dentro. O<br />

terapeuta deve induzir os movimentos mencionados apertando com as mãos<br />

a região da cintura do paciente, incluindo as costelas, auxiliando na expulsão<br />

do ar, que deve ser expelido até o final do ar de reserva. Ao mesmo tempo,<br />

deve-se pedir ao paciente (caso ele esteja em pé) que incline levemente seu<br />

corpo para frente, de tal maneira que quando inalar novamente, bloqueie a<br />

elevação dos ombros. Imediatamente, solicita-se a inalação tentando manter<br />

postura corporal levemente inclinada e forçando a abertura lateral das<br />

costelas e a expansão abdominal. Após a realização deste procedimento,<br />

repetidamente, tentar inspirar normalmente mantendo o padrão ensinado.<br />

Outro procedimento que pode também auxiliar na introdução deste<br />

padrão respiratório, seria, em posição sentada, com os cotovelos apoiados<br />

sobre as costas e o queixo sobre as mãos, pedir ao paciente que inspire<br />

profundamente várias vezes, sentindo a abertura posterior das costelas e a<br />

expansão abdominal. Esta postura além de permitir a percepção da abertura<br />

das costelas e a expansão abdominal, ainda impede a elevação dos ombros,<br />

tão inadequada às situações de fonação.<br />

Outra forma, ainda, é utilizar o Método da Acentuação descrito por<br />

Kotby, 1995, o qual mescla o apoio da cinta abdominal a contrações rítmicas.<br />

Para tanto, é ensinado ao paciente a utilizar o padrão respiratório costodiafragmático-abdominal,<br />

com o controle sobre o diafragma, músculos<br />

intercostais e a cinta abdominal.

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