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DIVERSAS TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO PARA O CANTO - CEFAC

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MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 25<br />

feito com sucesso na posição supina, o paciente deve tentar<br />

duplicar o procedimento enquanto permanece com as costas<br />

encostadas contra uma parede. Continuar a enganchar suas<br />

mãos sobre o abdômen ajudará o paciente a desenvolver alguma<br />

percepção inicial da diferença entre relaxamento abdominaldistensão<br />

e contração-achatamento. Tão logo o sujeito aprenda<br />

a respirar por este relaxamento-contração dos músculos<br />

abdominais, introduza algumas atividades de vocalização para<br />

serem feitas na expiração. O paciente vocal que esteve falando<br />

"no nível da sua garganta", sem apoio respiratório adequado,<br />

muitas vezes, "sentirá" a diferença que uma respiração maior faz<br />

apenas quando a vocalização é acrescentada.<br />

Para Pinho, 1998, vale, mais uma vez, ressaltar que a respiração<br />

bucal causa ressecamento de todo o trato vocal, prejudicando a vibração das<br />

pregas vocais. Na presença de rinite alérgica não intensa, a terapia<br />

respiratória pode auxiliar. O desuso do nariz como via de acesso do ar<br />

respiratório pode ser a causa da atrofia da mucosa nasal.<br />

Podemos acrescentar neste estudo sobre cantores o grande<br />

conhecimento de Quinteiro, 1989, pesquisadora de atores de teatro e fazer<br />

uma analogia aos cantores, onde ela ressalta que uma das preocupações<br />

mais frequentes no trabalho vocal do ator é o fato de a voz ir para a<br />

garganta, que é uma região de vibração. Mais especificamente, falamos das<br />

pregas vocais, que vibram para produzir o som e que não devem, portanto,<br />

receber qualquer tensão. No entanto, faz-se necessário um ponto de apoio<br />

para que se possa lançar o som vocal à distância que se deseja. Via de<br />

regra, os atores fazem da garganta esse ponto de apoio. Essa incoerência<br />

faz com que os atores passem a exibir gargantas estufadas e de veias<br />

saltadas.<br />

Nossa proposta de apoio é a pressão que pode ser deflagrada<br />

entre os dois diafragmas: o diafragma torácico e o diafragma pélvico.<br />

O ator deve promover uma leve pressão abdominal (baixo<br />

ventre), mais ou menos a uns quatro dedos abaixo do umbigo, seguindo-se<br />

de uma leve contração glútea. A situação pode ser comparada ao que nós<br />

chamamos de barriguinha de praia: um leve recolhimento da barriga, sem<br />

envolver a região estomacal, seguido de sutil contração glútea (figura 2).<br />

Este exercício deve ser incorporado ao dia-a-dia do ator, tornando-se um<br />

hábito natural e constante na sua vida.<br />

É para esta região pélvica que o ator deve encaminhar sua<br />

atenção quando desejar uma projeção mais resistente. O cinturão pélvico,<br />

como costumamos chamar a esta disposição corporal, é indispensável para<br />

a fala cênica. Quando o ator dirigir a sua fala para o grito ou para o sussurro,<br />

recomenda-se um cingimento máximo do cinturão pélvico. Nessa situação,

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