Acontece Unimep 04/2008
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12<br />
UNIVERCIDADES<br />
A história é de quatro argentinas.<br />
Todas elas conhecem o<br />
Esporte Clube XV de Novembro<br />
de Piracicaba, mas, obviamente,<br />
Julieta Garcia, 24, prefere Maradona<br />
a Pelé, afinal, segundo ela,<br />
cada nação deve defender o seu<br />
próprio futebol. Nadia Catelli,<br />
23, está ansiosa para assistir um<br />
clássico entre Corinthians e Palmeiras,<br />
pois o alvinegro teve em<br />
suas fileiras um de seus conterrâneos,<br />
o jogador Herrera. Já Florencia<br />
Luzia Vignatti, 22, e Sabrina<br />
Paili, 23, não ligam muito<br />
para futebol, mas acompanham<br />
jogos às vezes. Nadia, Julieta,<br />
Florencia e Sabrina, que residem<br />
em Rosario, na Argentina, localizada<br />
a 300 km a noroeste de<br />
Buenos Aires, e desde novembro<br />
estão em Piracicaba, são personagens<br />
da 7ª edição do Univer-<br />
Cidades, que traz experiências<br />
Guevara (1928-1967), a temporada<br />
em terras brasileiras, antes<br />
conhecidas em período de<br />
férias, tem sido importante na<br />
trajetória profissional e pessoal.<br />
E de muitas mudanças culturais.<br />
A começar pelo movimento e<br />
ritmo de vida dos dois lugares.<br />
“Piracicaba é bonita, apesar de<br />
não ter muitas coisas para fazer.<br />
As lojas do Centro fecham<br />
muito cedo e tudo é bem mais<br />
tranqüilo. A vida em Rosario é<br />
mais ativa: há cinemas no Centro,<br />
nos shoppings, nos bairros,<br />
perto ou longe. Para compras<br />
as opções são muito melhores”,<br />
compara Julieta, formada em<br />
engenharia de alimentos e que<br />
veio em busca de estágios em<br />
empresas da área.<br />
Nadia, que cursa disciplinas<br />
dos cursos de administração de<br />
manhã e economia à noite, con-<br />
ESQUEMA TÁTICO<br />
ROSARINO<br />
de estudantes de outros municípios,<br />
Estados e países.<br />
Em Piracicaba permanecem<br />
até junho por meio de um intercâmbio<br />
firmado entre a <strong>Unimep</strong><br />
(Universidade Metodista<br />
de Piracicaba) e a Universidad<br />
del Centro Educativo Latinoamericano<br />
(Ucel), a primeira<br />
universidade metodista fundada<br />
na Argentina. Para as quatro<br />
conterrâneas do revolucionário<br />
e também rosarino Ernesto Che<br />
As argentinas Sabrina, Florencia, Julieta e Nádia<br />
corda com a amiga, mas ressalta<br />
que há algo muito forte e natural<br />
nos brasileiros: o acolhimento e<br />
a simpatia. “Acho que os piracicabanos<br />
são solidários e atenciosos,<br />
estão atentos às nossas<br />
necessidades. Todo mundo quer<br />
nos conhecer, conversar. Na Argentina<br />
não é assim”, afirma ela,<br />
que acredita também que Piracicaba<br />
tem um grande potencial<br />
de crescimento econômico e<br />
muito emprego a oferecer.<br />
Costumes<br />
Tal como o chimarrão, é<br />
comum na Argentina o preparo<br />
de uma bebida feita com erva e<br />
água quente, conhecido como<br />
mate, e preparado por elas por<br />
meio de um produto conhecido<br />
como Playadito. O contato<br />
com a comida também foi difícil.<br />
“Aqui é tudo frito, há muita<br />
fritura até no café da manhã”,<br />
explica Florencia, que ao lado<br />
das colegas prefere preparar<br />
o próprio alimento, à base de<br />
muita salada e produtos enviados<br />
pelos pais. Florencia optou<br />
em cursar nutrição e participa<br />
de estágios nos bairros Jardim<br />
Oriente e Bosque dos Lenheiros.<br />
De acordo com ela, ir de<br />
um ponto a outro é um problema.<br />
“Não tem comodidade e os<br />
ônibus são antigos. Tem de se<br />
levantar muito mais cedo para<br />
conseguir chegar no horário e as<br />
viagens são cansativas”, detalha<br />
Sabrina, que também cursa nutrição<br />
e faz estágios nos bairros<br />
Itapuã e Tupi. Segundo a intercambista,<br />
as ruas à noite são desertas<br />
e as pessoas alertam que<br />
é perigoso. “Em virtude disso e<br />
do cansaço, não saímos muito”,<br />
conta.<br />
Ponto de Vista<br />
A postura dos alunos brasileiros<br />
em sala de aula também<br />
foi alvo de críticas das quatro argentinas.<br />
“Nas aulas há desatenção<br />
e às vezes falta de respeito”,<br />
observa Sabrina. “Os alunos ficam<br />
no celular, conversam muito,<br />
fazem outras atividades, sem<br />
ligar para o professor”, destaca<br />
Nadia, que diz considerar os<br />
professores mais exigentes em<br />
seu país.<br />
ROSARIO<br />
Habitantes: 1.300.000<br />
Localização: zona sul<br />
da Província de Santa<br />
Fé, República Argentina.<br />
Situada às margens do rio<br />
Paraná, um dos maiores da<br />
América do Sul.<br />
Atividades econômicas:<br />
indústria, comércio e agropecuária.<br />
Fonte:<br />
Assessoria<br />
para Assuntos<br />
Internacionais<br />
da <strong>Unimep</strong><br />
e site<br />
www.rosario.<br />
gov.ar