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Prova de Avaliação da Articulação de Sons em Contexto de Frase ...

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Vicente, S. G., Castro, S. L., Santos, A., Barbosa, A., Borges, A., & Gomes, I. (2006). <strong>Prova</strong> <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>da</strong> articulação <strong>de</strong> sons <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> frase para o Português Europeu. In N. R.<br />

Santos, M. L. Lima, M. M. Melo, A. A. Can<strong>de</strong>ias, M. L. Grácio, & A. A. Calado (Orgs.), Actas do<br />

VI Simpósio Nacional <strong>de</strong> Investigação <strong>em</strong> Psicologia [CD, ISBN 978-972-98136-9-6]. Évora:<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora.<br />

<strong>Prova</strong> <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>Articulação</strong> <strong>de</strong> <strong>Sons</strong> <strong>em</strong> <strong>Contexto</strong> <strong>de</strong> <strong>Frase</strong><br />

para o Português Europeu<br />

Selene G. Vicente 1 , São Luís Castro 1 , Ana N. Santos 1 , Anabela N. Barbosa 1 ,<br />

Andreia P. Borges 1 , & Inês Gomes 2<br />

1 Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Educação, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Porto<br />

2 Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fernando Pessoa<br />

Resumo<br />

Apresenta-se uma primeira versão <strong>de</strong> uma prova construí<strong>da</strong> para avaliar a articulação<br />

espontânea <strong>de</strong> sons <strong>da</strong> fala <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> frase, dirigi<strong>da</strong> a crianças <strong>em</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> pré-escolar e <strong>de</strong><br />

início <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>. A prova é constituí<strong>da</strong> por duas narrativas ilustra<strong>da</strong>s, com cinco<br />

imagens ca<strong>da</strong> uma, que testam a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos 19 fon<strong>em</strong>as consonânticos do inventário<br />

fonológico do Português Europeu (PE) e um subconjunto <strong>de</strong> 6 grupos consonantais. Os<br />

fon<strong>em</strong>as consonânticos são avaliados nas três posições <strong>em</strong> que po<strong>de</strong>m ocorrer na palavra<br />

(inicial, medial e final), e os grupos consonantais apenas <strong>em</strong> posição inicial. Os fon<strong>em</strong>as-alvo<br />

estão inseridos <strong>em</strong> palavras-portadoras muito frequentes no vocabulário infantil, com<br />

diferentes extensões silábicas (1 a 5 sílabas) e pertencentes a várias classes gramaticais. A<br />

estrutura <strong>da</strong> sílaba <strong>em</strong> que se encontra posicionado o fon<strong>em</strong>a-alvo é varia<strong>da</strong> (para o fon<strong>em</strong>aalvo<br />

/r/, e.g., professora, frigorífico, cor<strong>da</strong>) obe<strong>de</strong>cendo a critérios <strong>de</strong>senvolvimentais para o<br />

PE. No âmbito <strong>de</strong> um estudo piloto, a prova foi administra<strong>da</strong> a 208 crianças monolingues no<br />

PE com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s compreendi<strong>da</strong>s entre os 3 e os 7 anos (meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s crianças testa<strong>da</strong> <strong>em</strong> ca<strong>da</strong><br />

narrativa). Apresentam-se os resultados e discute-se a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> prova ao nível do<br />

diagnóstico-intervenção.


Introdução<br />

A aquisição dos sons <strong>da</strong> língua materna é uma <strong>da</strong>s primeiras tarefas <strong>de</strong>senvolvimentais<br />

para qualquer falante <strong>de</strong> uma língua. Há actualmente um vasto leque <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>em</strong>píricos<br />

sobre as capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s perceptivas do bebé que apontam no sentido <strong>de</strong> que, na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong><br />

do primeiro ano <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, se <strong>de</strong>senvolve a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> às características fonéticas,<br />

fonotácticas, e prosódicas <strong>da</strong> língua materna. Este momento assinala a <strong>em</strong>ergência <strong>da</strong><br />

aquisição <strong>da</strong> fonologia e <strong>da</strong> representação <strong>da</strong> estrutura fonológica <strong>da</strong> língua. Após uma fase<br />

inicial <strong>de</strong> aquisição fonológica, geralmente situa<strong>da</strong> pelos investigadores entre o aparecimento<br />

<strong>da</strong> primeira palavra e a constituição <strong>de</strong> um léxico com cerca <strong>de</strong> 50 entra<strong>da</strong>s, segue-se um<br />

período <strong>de</strong> refinamento do sist<strong>em</strong>a fonológico, processo gradual que se esten<strong>de</strong> ao longo dos<br />

primeiros cinco anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Da<strong>da</strong> a sua complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é natural que as crianças pequenas<br />

cometam algumas incorrecções na articulação dos fon<strong>em</strong>as que compõ<strong>em</strong> as palavras <strong>da</strong> sua<br />

língua no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>. Estas incorrecções, a que chamamos a<br />

partir <strong>de</strong> aqui <strong>de</strong>svios articulatórios, são uma componente normal do processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, resultando <strong>de</strong> vários constrangimentos e limitações na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

categorização, articulação, planeamento motor e m<strong>em</strong>ória, entre outras. Muni<strong>da</strong> <strong>de</strong> um<br />

inventário fonético e fonológico incompleto, a criança simplifica a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

produção <strong>de</strong> fala começando geralmente por omitir sílabas e segmentos <strong>de</strong> palavras (e.g.,<br />

FICO para frigorífico; CENOUA para cenoura; BINCO para brinco; POTA para porta),<br />

substituindo frequent<strong>em</strong>ente alguns sons por outros mais simples, muitas vezes <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />

mesma categoria fonética (e.g., TOISA para coisa; PISSAMA para pijama). Mo<strong>de</strong>los<br />

articulatórios computacionais têm sido usados para analisar quantitativamente os<br />

constrangimentos <strong>de</strong>senvolvimentais na articulação <strong>de</strong> fala <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista muscular.<br />

Por ex<strong>em</strong>plo, o mo<strong>de</strong>lo neuronal DIVA (Guenther, 1995) é usado para simular <strong>de</strong>svios<br />

articulatórios <strong>em</strong> fon<strong>em</strong>as-alvo produzidos <strong>em</strong> diferentes posições na palavra (e.g., Ijiri, Inui,<br />

Amano, & Kondo, 2005). Num dos estudos realizados, Ijiri e colaboradores (ibd.)<br />

observaram que a redução na veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> movimentação <strong>da</strong> língua no DIVA gerava o som<br />

/∫/ <strong>em</strong> vez <strong>de</strong> /s/, quando <strong>em</strong> posição inicial <strong>de</strong> palavra. Estes resultados são interessantes e<br />

sintonizam com <strong>da</strong>dos provenientes <strong>da</strong>s análises <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios articulatórios por<br />

substituição extraídos <strong>de</strong> um corpus <strong>de</strong> conversação adulto-criança <strong>de</strong> língua materna<br />

japonesa. Tal como observado pelos investigadores, é frequente crianças japonesas entre os 2<br />

e os 4 anos produzir<strong>em</strong> a articulação SHU-PA para su-pa (supermercado) e SHA-KASHU para<br />

sa-kasu (circo). Noutras línguas, como <strong>em</strong> Português Europeu (PE), observa-se fenómeno<br />

análogo (e.g., CHAPATO para sapato; CHOL para sol).


O <strong>de</strong>senvolvimento articulatório infantil é usualmente <strong>de</strong>scrito por referência ao mo<strong>de</strong>lo<br />

adulto. Quais as regras usa<strong>da</strong>s pela criança na aproximação ao mo<strong>de</strong>lo fonológico do adulto?<br />

Várias classificações têm sido propostas para <strong>de</strong>screver os processos fonológicos usados pela<br />

criança durante a fase <strong>de</strong> aquisição <strong>da</strong> fonologia (por ex<strong>em</strong>plo, para o PE, Castro & Gomes,<br />

2000; para o português do Brazil, Lamprecht et al., 2004), sendo notório o interesse crescente<br />

por estudos normativos e comparações translinguísticas (para compilação, ver McLeod,<br />

2002). A mestria na articulação <strong>de</strong>senvolve-se rapi<strong>da</strong>mente e por volta dos 5 anos as crianças<br />

articulam correctamente a maioria <strong>da</strong>s palavras, dominando a articulação dos sons e<br />

combinações <strong>de</strong> sons <strong>da</strong> sua língua materna. A produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios articulatórios, no entanto,<br />

persiste nalgumas crianças para além <strong>de</strong>sta i<strong>da</strong><strong>de</strong>, facto <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m vir a resultar<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s escolares <strong>em</strong> particular ao nível <strong>da</strong> aprendizag<strong>em</strong> <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> escrita. Por<br />

outro lado, as perturbações na articulação <strong>de</strong> fala po<strong>de</strong>m ser sintoma <strong>de</strong> outras perturbações<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e aprendizag<strong>em</strong>. Daí a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> investir no diagnóstico precoce<br />

através <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> atrasos na aquisição <strong>da</strong> competência articulatória. Deste modo, a<br />

avaliação <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s articulatórias <strong>da</strong> criança constitui uma área <strong>de</strong> interesse<br />

fun<strong>da</strong>mental, sendo imprescindível inclui-la na avaliação global do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong><br />

linguag<strong>em</strong> <strong>em</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> pré-escolar e <strong>de</strong> início <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

No presente trabalho <strong>de</strong>screv<strong>em</strong>os o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma prova concebi<strong>da</strong> para<br />

avaliar a articulação espontânea <strong>de</strong> sons <strong>da</strong> fala <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> frase, dirigi<strong>da</strong> a crianças dos<br />

3 aos 7 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. A prova é constituí<strong>da</strong> por duas pequenas narrativas ilustra<strong>da</strong>s, com<br />

cinco imagens ca<strong>da</strong>, testando a articulação dos 19 fon<strong>em</strong>as consonânticos do Português<br />

Europeu (PE) e <strong>de</strong> um subgrupo <strong>de</strong> 6 grupos consonantais.<br />

Método<br />

Participantes<br />

Um total <strong>de</strong> 352 crianças entre os 2 e os 7 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> participaram num estudo prévio<br />

à construção <strong>da</strong> prova <strong>de</strong> <strong>Articulação</strong> <strong>de</strong> <strong>Sons</strong> <strong>em</strong> <strong>Frase</strong>s. To<strong>da</strong>s as crianças frequentavam<br />

instituições educativas na zona metropolitana do Porto, eram monolíngues <strong>em</strong> PE, não<br />

apresentando dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s auditivas n<strong>em</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s articulatórias grosseiras.<br />

Material<br />

As crianças foram avalia<strong>da</strong>s na articulação <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> frase através <strong>de</strong> pequenas<br />

narrativas ilustra<strong>da</strong>s construí<strong>da</strong>s para o efeito (N = 35; quatro a cinco imagens ca<strong>da</strong>). As<br />

narrativas abrangiam t<strong>em</strong>áticas varia<strong>da</strong>s (e.g., activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s lúdicas, passeios e piqueniques,


otinas diárias, circo, praia), ca<strong>da</strong> uma permitindo testar um subgrupo <strong>de</strong> fon<strong>em</strong>as<br />

consonânticos do PE inseridos <strong>em</strong> várias estruturas silábicas (e.g., CV, CVC, CCV) e<br />

posições na palavra (inicial, medial e final).<br />

Procedimento<br />

Ca<strong>da</strong> criança foi avalia<strong>da</strong> individualmente numa única narrativa (ca. 10 crianças avalia<strong>da</strong>s<br />

<strong>em</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 35 narrativas). O examinador contava primeiro a história recorrendo ao<br />

gesto e à voz para enfatizar as palavras-alvo nas imagens, seguindo-se a vez <strong>da</strong> criança. A<br />

história conta<strong>da</strong> pela criança a partir <strong>da</strong>s imagens era grava<strong>da</strong> <strong>em</strong> suporte audio para posterior<br />

transcrição. As articulações <strong>da</strong>s crianças foram classifica<strong>da</strong>s <strong>em</strong> cinco categorias <strong>de</strong> resposta<br />

(correcta, alternativa, ausência, <strong>de</strong>svio articulatório, e ininteligível) <strong>de</strong> acordo com critérios<br />

<strong>de</strong>finidos <strong>em</strong> estudos anteriores (Castro & Gomes, 2000). Com base nos resultados obtidos<br />

construiu-se um corpus lexical constituído por to<strong>da</strong>s as palavras-alvo que as crianças<br />

articularam espontaneamente na totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s narrativas, e um corpus <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios (Vicente,<br />

Costa, Gonçalves, & Mesquita, 2006). Deste modo, foi possível reunir informação sobre um<br />

vasto número <strong>de</strong> palavras do vocabulário infantil com eleva<strong>da</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<strong>em</strong><br />

nomea<strong>da</strong>s espontaneamente a partir <strong>de</strong> representações gráficas, assim como informação sobre<br />

o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios articulatórios que <strong>em</strong>erg<strong>em</strong> <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> conversação. Foi com base<br />

nestes resultados que se construiu uma primeira versão <strong>da</strong> prova <strong>de</strong> <strong>Articulação</strong> <strong>Sons</strong> <strong>em</strong><br />

<strong>Frase</strong>s que se apresenta <strong>em</strong> segui<strong>da</strong>.<br />

Resultados<br />

Construíram-se duas pequenas narrativas ilustra<strong>da</strong>s, ca<strong>da</strong> uma com 5 imagens, que<br />

constitu<strong>em</strong> uma primeira versão <strong>da</strong> prova <strong>de</strong> <strong>Articulação</strong> <strong>Sons</strong> <strong>em</strong> <strong>Frase</strong>s (cf. Quadro 1). A<br />

narrativa “Um, dois, três… Vamos brincar!” gira <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

típicas <strong>de</strong> ambiente pré-escolar tendo como personag<strong>em</strong> principal uma menina chama<strong>da</strong> Rita.<br />

Por sua vez, a narrativa “Um dia com o João” centra-se nas rotinas diárias <strong>de</strong> uma criança, o<br />

João. Em conjunto, as duas narrativas avaliam os 19 fon<strong>em</strong>as consonânticos do inventário<br />

fonológico do português (Mateus & d’Andra<strong>de</strong>, 2002), e um subconjunto <strong>de</strong> 6 grupos<br />

consonantais (cf. Quadro 2). Os fon<strong>em</strong>as consonânticos são avaliados nas três posições <strong>em</strong><br />

que po<strong>de</strong>m ocorrer numa palavra (inicial, medial e final), e os grupos consonantais apenas <strong>em</strong><br />

posição inicial. Em posição final <strong>de</strong> palavra foram avaliados os três fon<strong>em</strong>as que ocorr<strong>em</strong> na<br />

língua nesta posição: [l, r, ∫], tendo também sido consi<strong>de</strong>rados os fon<strong>em</strong>as [t, d, n] seguidos


<strong>de</strong> schwa (e.g., pente, gran<strong>de</strong>, telefone). Várias estruturas silábicas foram ti<strong>da</strong>s <strong>em</strong> conta<br />

aten<strong>de</strong>ndo a <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> literatura <strong>de</strong>senvolvimental sobre a aquisição <strong>da</strong> sílaba (Freitas, 1997;<br />

Freitas & Santos, 2001), a <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> frequência silábica para o PE (Vigário & Falé, 1994) e a<br />

análises anteriores sobre o papel <strong>da</strong> estrutura silábica na articulação <strong>em</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> pré-escolar<br />

(Castro, Neves, Gomes & Vicente, 1999). Por ex<strong>em</strong>plo, nas palavras-alvo encontramos o<br />

fon<strong>em</strong>a /r/ <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> sílaba canónica CV, <strong>em</strong> posição <strong>de</strong> co<strong>da</strong> <strong>em</strong> sílabas CVC, e<br />

formando um grupo consonantal <strong>em</strong> sílabas CCV (e.g., amarelas, cor<strong>da</strong>, e professora,<br />

respectivamente).<br />

Nesta primeira versão <strong>da</strong> prova <strong>de</strong> <strong>Articulação</strong> <strong>Sons</strong>-<strong>em</strong>-<strong>Frase</strong>s, ca<strong>da</strong> fon<strong>em</strong>a, tendo <strong>em</strong><br />

conta a estrutura silábica e a posição, é testado entre duas a seis vezes <strong>em</strong> palavras diferentes,<br />

ou por repetição <strong>da</strong> mesma palavra. No conjunto <strong>da</strong>s duas narrativas há actualmente um total<br />

<strong>de</strong> 98 palavras-alvo não repeti<strong>da</strong>s (M = 10 palavras por imag<strong>em</strong>, variação = 5 – 16; M = 8 e<br />

12, respectivamente na narrativa 1 e 2). To<strong>da</strong>s as palavras são frequentes no vocabulário<br />

infantil pré-escolar, tendo <strong>em</strong> média 2.5 sílabas <strong>de</strong> extensão (variação = 1 - 5). Na sua<br />

maioria são substantivos comuns (69%), havendo também adjectivos (15%), verbos (13%),<br />

numerais (1%) e preposições (1%). As imagens que ilustram as narrativas foram <strong>de</strong>senha<strong>da</strong>s<br />

<strong>em</strong> formato A4, representando graficamente tanto quanto possível apenas as palavras-alvo.<br />

Realizou-se um estudo piloto (Março a Maio <strong>de</strong> 2006) com o objectivo <strong>de</strong> testar o<br />

material construído. As duas narrativas foram administra<strong>da</strong>s junto <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 208<br />

crianças entre os 3 e os 7 anos, monolingues no PE. Em ca<strong>da</strong> narrativa foram avalia<strong>da</strong>s 104<br />

crianças, ca. <strong>de</strong> 20 <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos cinco grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> (3, 4, 5, 6 e 7 anos), sendo meta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> sexo. Em função dos resultados obtidos neste estudo piloto, proce<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os à selecção<br />

final <strong>da</strong>s palavras-alvo (redução <strong>em</strong> número) e a ajustamentos na sua distribuição pelas duas<br />

narrativas assim como no próprio corpo do texto.<br />

_______________<br />

Inserir Quadro 1<br />

________________<br />

_______________<br />

Inserir Quadro 2<br />

________________


Conclusões<br />

Apresentamos a primeira versão <strong>de</strong> uma prova que avalia a articulação espontânea <strong>de</strong><br />

fon<strong>em</strong>as consonânticos (N = 19) e grupos consonantais (N = 6) do inventário fonológico do<br />

PE, num contexto <strong>de</strong> frase s<strong>em</strong>elhante ao <strong>da</strong> conversação: a prova <strong>Articulação</strong> <strong>Sons</strong> <strong>em</strong><br />

<strong>Frase</strong>s. As duas narrativas ilustra<strong>da</strong>s que compõ<strong>em</strong> a prova fornec<strong>em</strong> material<br />

experimentalmente controlado que permite avaliar a articulação dos segmentos-alvo num<br />

leque diversificado <strong>de</strong> palavras frequentes no vocabulário infantil, variando <strong>em</strong> extensão<br />

silábica e classe gramatical. Variáveis como a estrutura <strong>da</strong> sílaba <strong>em</strong> que se encontra o<br />

segmento-alvo, assim como a sua posição na palavra, foram sist<strong>em</strong>aticamente controla<strong>da</strong>s<br />

tendo <strong>em</strong> conta a estrutura fonológica do PE e resultados <strong>em</strong>píricos sobre a sua aquisição. A<br />

prova que se apresenta compl<strong>em</strong>enta uma outra construí<strong>da</strong> para avaliar a articulação do<br />

mesmo tipo <strong>de</strong> sons <strong>em</strong> contexto <strong>de</strong> palavra isola<strong>da</strong> (Castro, Vicente, Gomes & Neves, 2001;<br />

Gomes, Castro, & Vicente, 2006), à s<strong>em</strong>elhança do que acontece no teste <strong>de</strong> <strong>Articulação</strong><br />

Goldman-Fristoe para a língua inglesa (GFTA-2; Goldman & Fristoe, 2000). Este material<br />

<strong>de</strong>stina-se preferencialmente a uma população infantil <strong>em</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> pré-escolar e <strong>de</strong> início <strong>de</strong><br />

escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo no entanto possível a sua aplicação junto <strong>de</strong> jovens e adultos com<br />

perturbações articulatórias.<br />

Referências<br />

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para o ensino do Português como língua materna. Lisboa: Colibri – Artes Gráficas.<br />

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Gomes, I., Castro, S. L., & Vicente, S. (2006). <strong>Avaliação</strong> <strong>da</strong> <strong>Articulação</strong> <strong>em</strong> Português<br />

Europeu: As provas <strong>Sons</strong> <strong>em</strong> Palavras e Estimulação do Teste CPUP. Poster apresentado<br />

na XI Conferência Internacional <strong>Avaliação</strong> Psicológica: Formas e <strong>Contexto</strong>s, Braga,<br />

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constraints: Some evi<strong>de</strong>nce from child speech <strong>da</strong>ta. Proceedings of the 4 th IEEE<br />

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Lamprecht, R. R., Bonilha, G. F. G., Freitas, G. C. M., Matzenauer, C. L. B., Mezzomo, C.<br />

L., Oliveira, C. C., & Ribas, L. P. (2004). Aquisição fonológica do Português: Perfil <strong>de</strong><br />

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McLeod, S. (2002). Articulation and phonology: Typical <strong>de</strong>velopment of speech [versão<br />

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Mateus, M. H., & d’Andra<strong>de</strong> E. (2000). The phonology of Portuguese. New York: Oxford<br />

University Press.<br />

Vicente, S. G., Costa, A. S., Gonçalves, J. L., & Mesquita, E. M. (2006, Março). QUE GANDE<br />

BAGUIGA: Corpus <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios articulatórios. Poster apresentado no 1º Encontro <strong>da</strong><br />

Associação Portuguesa <strong>de</strong> Psicologia Experimental (APPE), Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro,<br />

Aveiro, Portugal.<br />

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consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m teórica. In APL (Ed.), Actas do IX Encontro <strong>da</strong> Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Linguística (pp. 465-478). Lisboa: Colibri – Artes Gráficas.


Quadro 1.<br />

As duas narrativas ilustra<strong>da</strong>s: Texto por imag<strong>em</strong> com marcação dos segmentos-alvo.<br />

Um, dois, três, … Vamos brincar!<br />

1. Trrimm, trrimm, … A campainha toca e a<br />

professora entra na sala.<br />

Os meninos faz<strong>em</strong> uma surpresa à<br />

professora. Dão-lhe um ramo <strong>de</strong> flores<br />

amarelas e uma caneta muito bonita!<br />

Que bom! A professora ficou muito<br />

contente!<br />

2. Hoje vão fazer um <strong>de</strong>senho.<br />

A Rita teve uma i<strong>de</strong>ia! Vai <strong>de</strong>senhar um<br />

barco!<br />

A Rita pega numa folha <strong>de</strong> papel, num lápis,<br />

num pincel, e tinta para pintar.<br />

Ups! A tinta cor-<strong>de</strong>-laranja caiu na bota! A<br />

bota ficou to<strong>da</strong> suja!<br />

3. Está na hora <strong>da</strong> aula <strong>de</strong> música!<br />

Vamos cantar uma canção, diz a professora.<br />

A professora está a tocar flauta, a Rita a<br />

tocar tambor, a Joana a cantar, e o Zé a<br />

bater palmas.<br />

4. E agora? Toca a fazer ginástica!<br />

Os meninos estão a saltar à cor<strong>da</strong>.<br />

A Rita t<strong>em</strong> um fato <strong>de</strong> treino às riscas<br />

pretas e brancas. Até parece uma zebra!<br />

Olha, vê-se a barriga!<br />

O Zé tropeçou na cor<strong>da</strong>, caiu, e ficou muito<br />

triste! Que susto Zé!<br />

5. Está na hora <strong>de</strong> ir <strong>em</strong>bora. O avô e o gato<br />

vêm buscar a Rita à escola.<br />

Olha Rita, o avô está no carro à espera! E o<br />

teu gato está tão gordo!<br />

Mas que bom! O avô t<strong>em</strong> três rebuçados na<br />

mão! Vamos contar: Um, dois, três!...<br />

Queres que te conte outra vez?<br />

Um dia com o João.<br />

1. O relógio toca…<br />

Que preguiça! O João levanta os braços tão alto,<br />

tão alto, que toca na prateleira. Cui<strong>da</strong>do João,<br />

olha que o telefone vai cair! Ui, e o macaco <strong>de</strong><br />

peluche está a escorregar!...<br />

Mas que pijama tão giro! Já viram que o pijama<br />

do João t<strong>em</strong> um castelo pintado? Bom, vá lá<br />

João, são horas <strong>de</strong> levantar! Toca a sair <strong>da</strong> cama!<br />

2. O João está a lavar os <strong>de</strong>ntes com uma escova<br />

nova muito engraça<strong>da</strong>. A escova dos <strong>de</strong>ntes t<strong>em</strong><br />

um elefante com uma tromba muito gran<strong>de</strong>!<br />

O João pôs tanta pasta na escova dos <strong>de</strong>ntes que<br />

até sai<strong>em</strong> bolinhas!... Mas que divertido, uma<br />

bolinha ficou presa no cabelo do João! Ó João, é<br />

melhor penteares o cabelo com o teu pente<br />

branco!<br />

3. Que fome! A mãe do João preparou um<br />

pequeno almoço <strong>de</strong>licioso!<br />

O João está a beber um copo <strong>de</strong> leite com<br />

chocolate por uma palhinha azul e a comer um<br />

pão com queijo. A mãe prefere comer fruta e<br />

um iogurte. Ai! A mãe <strong>de</strong>ixou cair a colher no<br />

chão!... O chão ficou todo sujo e até saltou<br />

iogurte para o frigorífico! Mas que confusão!<br />

4. O João e o amigo Tó estão a jogar à bola no<br />

jardim <strong>de</strong> casa.<br />

O Tó t<strong>em</strong> tanta, tanta força que atira uma gran<strong>de</strong><br />

bola cor <strong>de</strong> laranja para cima do telhado! Ai que<br />

pontaria! A gran<strong>de</strong> bola laranja quase caiu <strong>em</strong><br />

cima do ninho do passarinho!<br />

E o João? O João <strong>de</strong>u um pontapé na bola ver<strong>de</strong> e<br />

a bola caiu <strong>em</strong> cima do vaso <strong>da</strong>s flores!...<br />

A mãe do João está à janela muito zanga<strong>da</strong> e<br />

gritou: “Meninos, acabou a brinca<strong>de</strong>ira! Já para<br />

casa!”<br />

5. O João está a jogar um jogo no computador e a<br />

comer uma bolacha. O Tó está sentado no sofá a<br />

comer pipocas e a ver <strong>de</strong>senhos animados na<br />

televisão.<br />

O Tó é um gran<strong>de</strong> maroto, acertou no nariz do<br />

João com uma pipoca!!!<br />

O João não gostou <strong>da</strong> brinca<strong>de</strong>ira e disse ao Tó:<br />

“Vou-te acertar no nariz com a minha bolacha!”<br />

Isto é que são dois amigos muito marotos, não<br />

são?


Quadro 2.<br />

Localizador <strong>de</strong> sons nas narrativas 1 e 2: Segmento-alvo e respectiva posição<br />

no contexto <strong>da</strong> palavra e <strong>da</strong> sílaba, e ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> palavras portadoras.<br />

Fon<strong>em</strong>a P-palavra P- sílaba Sílaba Palavra Narrativa<br />

p inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

CV<br />

pipocas<br />

computador<br />

copo<br />

2<br />

2<br />

2<br />

t<br />

k<br />

b<br />

d<br />

g<br />

m<br />

n<br />

R<br />

f<br />

s<br />

∫<br />

v<br />

z<br />

l<br />

y<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

medial<br />

medial<br />

medial<br />

medial<br />

inicial<br />

final<br />

final<br />

inicial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

final<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

Inicial<br />

medial<br />

inicial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

medial<br />

final<br />

medial<br />

final<br />

CV<br />

Cschwa<br />

CV<br />

CV<br />

CV<br />

Cschwa<br />

CV<br />

CVC<br />

CVC<br />

CV<br />

CVC<br />

CV<br />

CV<br />

CVC<br />

Cschwa<br />

CV<br />

CV<br />

CV<br />

CV<br />

CV<br />

CV<br />

CVG<br />

CV<br />

CV<br />

CV<br />

CVC<br />

tambor<br />

bota<br />

chocolate<br />

carro<br />

tocar<br />

bolacha<br />

cabelo<br />

<strong>de</strong>ntes<br />

jardim<br />

gran<strong>de</strong><br />

gato<br />

iogurte<br />

jogar<br />

macaco<br />

comer<br />

pijama<br />

ninho<br />

caneta<br />

meninos<br />

telefone<br />

rebuçados<br />

barriga<br />

carro<br />

fazer<br />

telefone<br />

sofá<br />

suja<br />

professora<br />

chocolate<br />

bolacha<br />

vaso<br />

televisão<br />

escova<br />

zebra<br />

televisão<br />

jogar<br />

pijama<br />

laranja (cor)<br />

laranja (cor)<br />

relógio<br />

bola<br />

palhinha<br />

colher<br />

medial final CV ninho 2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1


CVr<br />

CV∫<br />

CVl<br />

medial<br />

medial<br />

n/a<br />

final<br />

n/a<br />

final<br />

n/a<br />

final<br />

medial<br />

final<br />

inicial<br />

final<br />

inicial<br />

final<br />

inicial<br />

final<br />

CV<br />

CVC<br />

CVC<br />

CVC<br />

amarelas<br />

professora<br />

cor<strong>da</strong><br />

computador<br />

castelo<br />

lápis<br />

palmas<br />

pincel<br />

pr inicial inicial CCV professora,<br />

pretas<br />

1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 & 2<br />

tr inicial inicial CCV tropeçou, três 1 & 2<br />

fr inicial inicial CCV frigorífico, fruta 2<br />

br inicial inicial CCV branco,<br />

2<br />

brinca<strong>de</strong>ira<br />

gr inicial inicial CCV gran<strong>de</strong> 2<br />

fl inicial inicial CCV flores, flauta 1 & 2<br />

Nota. Narrativa 1 = “Um, dois, três, … Vamos brincar!”; Narrativa 2 = “Um dia com o João.<br />

Os fon<strong>em</strong>as encontram-se transcritos com o Alfabeto Fonético Internacional, AFI. Quando<br />

não-aplicável, indica-se n/a.

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