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Em contrapartida, alguns estudos não d<strong>em</strong>onstram melhores resultados com a via vaginal.<br />

Um estudo de coorte prospectivo envolvendo 687 mulheres na Finlândia evidenciou um risco de<br />

complicações de 4,5% para histerectomia vaginal, <strong>em</strong> comparação com 1,7% para a abdominal<br />

(MELTOMAA et al, 1999). Mais uma vez, tratava-se de um estudo observacional e não de um<br />

ensaio clínico, limitando assim o poder da evidência. Outra questão metodológica a ser<br />

considerada é o grau de familiaridade dos cirurgiões com a técnica, uma vez que a curva de<br />

aprendizag<strong>em</strong> influencia os resultados da cirurgia (GATES, 1997).<br />

Neste sentido, DORSEY et al. (1996) afirmaram que, <strong>em</strong>bora seja fácil criticar o abuso da<br />

abordag<strong>em</strong> abdominal, pode ser melhor para as pacientes ser operadas por esta via, desde que o<br />

procedimento seja realizado por um cirurgião que se sinta habilitado e confiante para realizar a<br />

cirurgia proposta, <strong>em</strong> relação à via vaginal quando o cirurgião não se sente confortável n<strong>em</strong> t<strong>em</strong><br />

experiência suficiente com a técnica.<br />

Uma grande vantag<strong>em</strong> no que diz respeito à via vaginal parece ser a menor incidência de<br />

morbidade febril pós-operatória. Isto foi d<strong>em</strong>onstrado <strong>em</strong> um estudo que acompanhou durante 20<br />

anos 6.420 mulheres submetidas à histerectomia vaginal. Nestas pacientes foram descartadas as<br />

doenças malignas e um dado novo foi avaliado, comprovando mais uma vantag<strong>em</strong> deste tipo de<br />

cirurgia: o menor risco de complicações psicossexuais (KALOGIROU et al, 1996).<br />

Em uma série de 962 histerectomias indicadas por miomatose uterina, EL-GHAOUI et al.<br />

(1999) d<strong>em</strong>onstraram que, além do menor t<strong>em</strong>po operatório, menor risco de complicações<br />

infecciosas e menor média de permanência hospitalar, a técnica vaginal também associou-se a<br />

menor risco de acidentes trombo<strong>em</strong>bólicos. Neste estudo, um coorte retrospectivo, compararamse<br />

453 histerectomias vaginais e 509 histerectomias abdominais <strong>em</strong> um hospital francês.<br />

Um outro estudo retrospectivo de 682 pacientes com média de idade de 50 anos,<br />

submetidas à histerectomia por via vaginal entre 1992 e 1996, encontrou uma morbidade muito<br />

Histerectomia Vaginal X Histerectomia Abdominal

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