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O CASO EMBRAER Roberto Bernardes

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Cadernos de Gestão Tecnológica<br />

CYTED<br />

PGT/USP<br />

quantificação da demanda global de aeronaves através de uma técnica de análise<br />

chamada Top Down, que consiste em avaliar elementos como: frota, quantidade de<br />

aviões em operação e condição da frota, evolução das vendas, Backlog (carteira de<br />

pedidos), unidades vendidas e não entregues, previsão de vendas. A outra<br />

metodologia para quantificação é chamada Bottow-up e consiste na abordagem<br />

direta com os clientes sondando sobre a quantificação e o real interesse sobre o<br />

novo produto. Para o ERJ 135 foram realizadas, em 1997, através de 2 equipes,<br />

entrevistas diretas com 24 operadores norte-americanos e europeus, apoiados por<br />

estudos técnico e comercial, que representavam 30% do total de passageiros<br />

transportados no mercado da aviação regional. No caso do ERJ 145 foram visitadas<br />

cerca de 54 empresas, avaliando-se requisitos como preços, conforto operacional e<br />

técnico, entre outros.<br />

Para a elaboração dos estudos de Cenários e Tendências, de natureza<br />

qualitativa, são consideradas as principais zonas de transporte mundiais como a<br />

América do Norte, Europa, Américo do Sul e Central, Oriente Médio, África e<br />

Austrália. Nestes estudos são examinados critérios como o número de<br />

assentos/passageiros, distâncias típicas percorridas, tipos de motores (turboélices ou<br />

jatos), custos de operação, requisitos homologadores e de clientes, projeções de<br />

crescimento de PIB, custo do petróleo, distribuição da renda per capita, expansão e<br />

abertura de novas rotas aéreas, entre outros. Em suma, em relação à estratégia<br />

competitiva estatal, constatamos que hoje a Embraer dispõe de instrumentos de<br />

análise bem mais refinados e sintonizados com os sinais de mercado, podendo<br />

antecipar as tendências, que para este setor sujeito a turbulências pode significar a<br />

própria vida da empresa.<br />

3.6. A Engenharia Institucional de Um Novo Modelo Organizacional de<br />

Inovação e Aprendizado Tecnológico<br />

A partir da cristalização desse novo enfoque para a empresa, iniciou-se nesta<br />

fase um amplo processo de reorganização da empresa, segundo uma visão<br />

integrada. A nova diretoria promoveu uma radical alteração na organização interna<br />

da empresa. Foram criadas três vice-presidências, todas integradas ao único<br />

objetivo estratégico de atender à necessidade do cliente: industrial; financeira; e de<br />

planejamento organizacional e qualidade. O processo de tomada de decisões passa a<br />

transcorrer em um novo circuito de poder hierárquico. Foram organizadas duas<br />

áreas de mercados distintas, tendo em vista a natureza dos clientes e o foco de<br />

atuação de cada uma delas. A vice-presidência civil Comercial para Mercado<br />

Regional responde por 80% do faturamento da empresa, e visa atender ao mercado<br />

mundial de aviação de transporte regional. E, por fim, a vice-presidência Comercial<br />

para Mercado Militar, que responde por 20% do faturamento da empresa. O<br />

produto militar é fabricado basicamente por encomendas, atendendo as<br />

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