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Sexualidade<br />
Mulher e sexo<br />
Até que ponto a liberdade<br />
sexual está de fato nas mãos<br />
das mulheres?<br />
Há tempos, a sexualidade é tratada com<br />
moderação e até mesmo restrição ao que<br />
diz respeito ao universo feminino. Em alguns<br />
períodos da história humana pode-se<br />
notar a glória da mulher, pois é o ser que<br />
controla o poder de dar à luz. Já em outros<br />
períodos se mantém uma ideia nada<br />
romântica, onde seu único e exclusivo<br />
papel era proporcionar prazer ao bicho<br />
homem! A ideia era que esse tão falado<br />
prazer estava reservado apenas a eles, para<br />
a mulher restava o sexo como o meio de<br />
cumprir o papel na geração de sua espécie.<br />
Essa visão grotesca e machista distanciava<br />
a mulher do prazer e automaticamente<br />
guiava sua vida rumo à maternidade. Claro,<br />
haviam mulheres que se atreviam a<br />
desfrutar desse sentimento e carregavam<br />
a “cruz” de serem mal vistas e mal faladas.<br />
Por conta disso, um dos únicos, senão o<br />
único tema discutido com mais liberdade<br />
eram os métodos de prevenção à gravidez.<br />
Absurdo afirmar, mas a preocupação e os<br />
cuidados em evitar a gravidez passou a ser<br />
tarefa quase que exclusiva das mulheres!<br />
Até que ponto a liberdade sexual<br />
está de fato nas mãos das mulheres?<br />
A sexualidade feminina nunca foi tão discutida<br />
como agora nos meios de comunicação.<br />
Segundo estudos voltados para o sexo, as<br />
20<br />
mulheres de hoje querem sexo e sexo com<br />
muito prazer, e isso não se prende somente<br />
às mulheres das novas gerações não, as<br />
mais velhas também passaram a exigir mais<br />
de seus parceiros. Já não basta ter uma<br />
boa aparência e dinheiro no bolso, tem<br />
que saber atender os desejos da mulher.<br />
As mocinhas iniciam a vida sexual com<br />
todo o fogo que lhe é permitido, nessa fase<br />
da vida até mesmo o elevador e a sala da<br />
casa dos pais são locais permitidos, investem<br />
em preliminares e jamais fingem o orgasmo!<br />
Na fase dos 30 anos, geralmente trabalham<br />
fora, estudam, são rainhas do lar<br />
(dona de casa é pouco), aprenderam a<br />
fingir o orgasmo e são mães... ufa! Mal<br />
dá para respirar, quanto mais fazer sexo!<br />
Na casa dos 40 (idade da loba), até<br />
perder de vista: a mulher já está mais experiente<br />
em todos os âmbitos de sua<br />
vida, inclusive amorosa. Conhece cada<br />
detalhe do parceiro e sabe como usar<br />
esse conhecimento a seu favor. Perdem<br />
menos tempo brigando e mais tempo na<br />
cama, com sexo sem pressa e sem tabus.<br />
A vida não é tão rosa assim! Nesse período<br />
vêm os desafios do tempo: menopausa<br />
e secura vaginal, que podem ter seus<br />
sintomas amenizados com o uso de medicamentos,<br />
sempre prescritos por um gine-<br />
cologista. O ato sexual se torna dificultoso<br />
com a secura da vagina, pois a falta de lubrificação<br />
aumenta o atrito causando as dores<br />
e, a menopausa por sua vez, diminui a libido<br />
sexual (o desejo sexual), além de causar<br />
mal estar e irritabilidade da mulher. Nesse<br />
caso vale o esforço de ambos para manutenção<br />
diária do relacionamento. Se há tratamento<br />
mulherada, não há para quê perder<br />
tempo, afinal de contas quem não dá<br />
assistência abre portas para a concorrência.<br />
Ainda há quem defenda a ideia de<br />
que uma vida sexual ativa pertença apenas<br />
aos mais jovens e que deixa de existir<br />
a partir de determinada faixa etária.<br />
Há uma espécie de tabela do tempo<br />
indicando que homens deixam de<br />
transar aos 70 anos e as mulheres sofrem<br />
desse declínio antes dos 60 anos.<br />
Nessa fase da vida o sexo não deve<br />
deixar de existir, é um sexo mais calmo e<br />
como menos vigor, mas com muita importância<br />
para a saúde. Quando o sexo<br />
deixa de ser algo prazeroso é a hora de<br />
procurar ajuda de ginecologistas e até<br />
mesmos urologistas, as causas do desinteresse<br />
sexual e dificuldade de ereção<br />
podem estar relacionadas a doenças<br />
como diabetes e depressão. Não há idade<br />
para viver a vida, praticar o sexo é viver.