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Scott Cunnigham<br />
Há muitas invocações à Deusa e ao Deus no Livro de Sombras<br />
<strong>da</strong>s Pedras Ergui<strong>da</strong>s. Sinta-se à vontade para utilizá-los quando<br />
criar seus próprios rituais, mas lembre-se de que as invocações espontâneas<br />
são geralmente mais eficazes do que muitas <strong>da</strong>s antigas<br />
orações.<br />
Se você escreve suas próprias invocações, pode desejar incorporar<br />
um verso. Séculos de tradições mágicas atestam o valor <strong>da</strong>s<br />
rimas. Certamente, tornam as invocações muito mais fáceis de serem<br />
memoriza<strong>da</strong>s.<br />
A rima também acessa o inconsciente, ou mente psíquica. Ela<br />
entorpece nossa mente social, material e intelectual e permite que<br />
ingressemos na consciência ritual.<br />
No momento <strong>da</strong> invocação propriamente dita, não se irrite se<br />
esquecer uma palavra, pronunciar algo de modo errado ou perder<br />
completamente o fio <strong>da</strong> mea<strong>da</strong>. Isto é muito natural e é normalmente<br />
uma manifestação de fadiga, estresse ou um desejo de ser<br />
impecável dentro do círculo.<br />
A invocação requer uma disposição de abrir-se a si próprio à<br />
Deusa e ao Deus. Não precisa ser um desempenho prístino. Como<br />
a maioria dos rituais se inicia com uma invocação, esta é, num<br />
certo sentido, a hora <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de. Se a invocação não for sincera,<br />
ela não estabelecerá contato com a Deusa e com o Deus, e o ritual<br />
que se segue não passará de uma formali<strong>da</strong>de.<br />
Pratique a invocação <strong>da</strong> Deusa e do Deus, não apenas em ritual<br />
como também diariamente durante sua vi<strong>da</strong>. Lembre-se: a prática<br />
Wiccana não se limita às Luas Cheias e aos Sabbats - é um<br />
<strong>completo</strong> estilo de vi<strong>da</strong>.<br />
Num sentido mais metafísico, a invocação é um ato de dois<br />
estágios. Não só invoca a Deusa e o Deus, mas também nos desperta<br />
(mu<strong>da</strong> nossa consciência) para aquela parte de nós que é<br />
divina - nossa essência inviolável, intransmutável: nosso elo com<br />
Os Antigos.<br />
Em outras palavras, ao invocar, não só chame pelas forças mais<br />
eleva<strong>da</strong>s, como também as dei<strong>da</strong>des que habitam nosso interior,<br />
aquela fagulha de energia divina que existe dentro de to<strong>da</strong>s as<br />
criaturas vivas.<br />
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