TêXTIL E CONFECçãO: INOVAR, DESENVOLVER E ... - CNI
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Figura 5g. Poliéster<br />
Fonte: Vasconcelos, F.B. (2008).<br />
Passamos a apresentar as conclusões analíticas de Vasconcelos. O autor ressalta<br />
que cada fibra estudada possui características e propriedades próprias que definem<br />
mercados específicos, não podendo ser avaliadas isoladamente de seu ciclo de vida.<br />
De fato, outros trabalhos enfatizam que, no setor têxtil e de confecção, a fase de uso<br />
pode ser responsável pela maior parcela dos impactos ambientais devido às sucessivas<br />
lavagens e secagens das roupas ao longo de sua vida útil (para uma revisão<br />
sobre a Avaliação de Ciclo de Vida no setor têxtil ver, por exemplo, BRUNO, 2009).<br />
Vasconcelos analisa que, no caso das fibras naturais, como algodão, a atenção deve<br />
estar concentrada na minimização do uso de pesticidas, herbicidas, desfoliantes ou<br />
adubos sintéticos, pois esses são responsáveis pelos maiores impactos ambientais<br />
de toda a cadeia.<br />
Com relação às fibras artificiais, com exceção de Lyocel e Tencel, o problema se<br />
concentra nas emissões de CS 2<br />
e H 2<br />
S, devido ao custo das instalações de filtragem.<br />
Em relação à fibra de viscose, o autor avalia que o deslocamento da produção para<br />
os países em desenvolvimento, onde não há o mesmo rigor de países desenvolvidos<br />
quanto à observância de regulamentações ambientais, faz com que a mitigação<br />
de seus efeitos seja postergada em nível mundial. Devemos notar a avaliação feita<br />
para a fibra de viscose a partir do bambu. Na verdade, sua verdadeira contribuição<br />
ambiental resume-se às vantagens do cultivo do bambu em relação às outras<br />
fibras vegetais utilizadas para produzir viscose. Ressalte-se que as características<br />
bacteriostáticas e bactericidas atribuídas comumente à fibra de bambu não têm<br />
comprovação científica.<br />
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ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE