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KARATE DO O MEU MODO DE VIDA.pdf - Visionvox

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Embora seja verdade que um especialista em karatê tem a energia para quebrar uma<br />

tábua grossa ou várias camadas de telha com um golpe de mão, garanto a meus leitores<br />

que qualquer um é capaz de fazer a mesma coisa depois de passar por um treinamento<br />

prolongado. Não há nada de extraordinário num feito desses.<br />

E também não tem nada a ver com o verdadeiro espírito do karatê; trata-se apenas de<br />

uma demonstração do tipo de força que um homem pode adquirir através da prática. Não<br />

há nada de misterioso nisso. Pessoas pouco familiarizadas com o karatê muitas vezes me<br />

perguntam se a categoria de um especialista depende do número de tábuas ou de telhas<br />

que é capaz de quebrar com um golpe da mão. Obviamente, não há nenhum tipo de<br />

relação entre as duas coisas. Por mais que o karatê seja uma das artes marciais mais<br />

refinadas, qualquer profissional que se gabe da quantidade de tábuas ou de telhas que<br />

pode quebrar com a mão ou que proclame ser capaz de retalhar carne ou de arrancar<br />

costelas é alguém que não tem a mínima idéia do que o karatê é realmente.<br />

O Professor<br />

Quando comecei minha carreira pedagógica, havia quatro categorias de instrutores de<br />

escola primária: aqueles que ensinavam para as classes mais elementares, aqueles que<br />

lecionavam para as turmas mais avançadas, os que eram responsáveis por cursos<br />

especiais e os que serviam como assistentes. Naquela época, eram compulsórios quatro<br />

anos da escola primária. Os professores da primeira categoria davam aulas para a<br />

primeira e a segunda séries, enquanto os professores da categoria mais adiantada<br />

estavam qualificados a assumir as duas últimas séries obrigatórias, a terceira e a quarta,<br />

como também as séries ulteriores (de quinta a oitava), que não eram compulsórias.<br />

Embora, inicialmente, eu tenha sido contratado como assistente, pouco tempo depois<br />

fui aprovado nos exames que me qualificaram para atuar como instrutor das séries iniciais.<br />

Fui então transferido para Naha, a sede da prefeitura de Okinawa. Considerei essa<br />

transferência, que na verdade foi uma promoção, um acontecimento dos mais felizes, pois<br />

me possibilitou dispor de mais tempo e de maior oportunidade para a prática do karatê.<br />

Posteriormente, também me qualifiquei como instrutor para as séries mais adiantadas.<br />

Entretanto, por não ser graduado de um colégio de formação para o magistério e porque<br />

um número cada vez maior de formados por esses colégios entrava na rede de ensino de<br />

Okinawa, percebi que uma promoção ulterior passaria por um processo muito lento.<br />

Finalmente, o diretor de minha escola recomendou-me para uma posição mais<br />

avançada. Recusei essa promoção em particular, pois se a aceitasse teria de deslocar-me

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