jornal balcao automotivo_edicao-00<strong>80</strong>f_Layout 1 24/05/2013 17:54 Page 18 18 CAPA Maio de 2013 | <strong>Edição</strong> <strong>80</strong> RANIERI LEITÃO, PRESIDENTE DO SINCOPEÇAS NACIONAL E DO SINCOPEÇAS-CE JOSÉ DIONÍSIO GOBBI, EMPRESÁRIO CAPIXABA DO GRUPO MOTOCAP, DE COLATINA ANA PALMIRA NERI, PROPRIETÁRIA DA ATLANTA AUTOPEÇAS E ACESSÓRIOS, DE SÃO PAULO (SP) ALEXANDRE LIMA, DIRETOR GERAL DO GRUPO APUL (RS) impostos e compra mercadorias com nota fiscal. Mas o que temos notado é que todos estão se adequando, pois os nossos fornecedores estão exigindo. A própria Nota Fiscal Eletrônica não é validada se a empresa não estiver legalizada, o que já é uma filtragem. Observamos que a cultura da informalidade está mudando e todos buscando se formalizar”, conclui. Proprietária da Atlanta Autopeças e Acessórios, Ana Palmira Neri conta que eles foram um dos pioneiros na implantação de um sistema de informatização muito bem estruturado. “E foram surgindo novas situações que tivemos que estar sempre nos atualizando”, recorda-se. Especificamente a implantação da Nota Fiscal Eletrônica não foi uma tarefa fácil. “Foi difícil, deixamos a critério do nosso contador e, em relação ao SPED, nós temos um profissional interno de Tecnologia da Informação que faz todo o controle em conjunto com a Contabilidade, principalmente na parte de fornecimento que é mensal e tem que ser feito corretamente para não haver problemas com a fiscalização”, especifica. O resultado, avalia Ana, é confiabilidade e competitividade em pé de igualdade. “Todo esse processo gera confiança tanto para os funcionários como para os clientes, pois eles sentem que temos atendido em todos os sentidos. Além disso, em relação ao mercado a competitividade se torna de igual para igual e é preciso que seja em todo o conjunto, independentemente do tamanho da empresa. Tem que ser correto, não há como escapar”, defende. DIFERENÇAS ENTRE AS CIDADES No caso específico do Grupo Apul, que conta com unidades nas cidades de Santa Maria, São Leopoldo e Porto Alegre, todas elas no Rio Grande do Sul, essas várias frentes os obriga a se atentarem fortemente com a legislação já que a mesma varia de uma localidade para outra. “Além disso, nós trabalhamos com produtos e serviços e tivemos que buscar uma assessoria especializada; um escritório de contabilidade pela diversidade de legislação. Para exemplificar, enquanto em São Leopoldo emite-se uma nota fiscal eletrônica única para produtos e serviços, em Porto Alegre é preciso emitir duas notas, especificamente para cada um (produto e serviço), explica o diretor geral do Grupo Apul, Alexandre Lima. Segundo ele, por atuarem com produtos e serviços e em diferentes cidades, tudo isso se torna mais trabalhoso, mais custoso e exige um maior controle. “E nós também vendemos equipamentos nacionais e importados. Imagina o emaranhado de legislação que temos que estar sempre atentos”, comenta. Para dar conta do recado, o Grupo Apul tem um sistema único, interligado e online com replicação a cada três minutos, que permite visualizar as operações realizadas em todas as cidades. “Assim, nós temos em um mesmo programa de informática operacional todas as peculiaridades, tanto em relação à classificação fiscal e tributária, como as legislações municipais. Fora isso, a tributação nas diferentes cidades muda para produtos de uma mesma linha”, destaca. E mesmo com todo o trabalho, Lima enfatiza que este é o caminho para quem quer crescer. “O trabalho maior foi no início, foi preciso haver uma mudança cultural para que todos os envolvidos compreendessem os benefícios. Hoje, todos os players estão iguais e em termos de administração e aprendizado foi muito bom para nós. O que pode haver em termos de concorrência é em relação às empresas inseridas no Simples, que têm custos menores em termos de tributação. Nós sentimos diferença quando participamos de tributações”, conclui.
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