Alternanthera tenella Colla - Departamento de Agronomia - UEM
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luminoso é <strong>de</strong>nominada fotoblastia. Quando a luz promove a germinação, o<br />
fotoblastismo é positivo e quando a germinação é promovida na ausência da<br />
luz, o fotoblastismo é negativo.<br />
Klein e Felippe (1991) avaliaram a germinação das sementes <strong>de</strong><br />
diversas espécies <strong>de</strong> plantas daninhas e observaram que Commelina virginica,<br />
Emilia sonchifolia, Lepidum ru<strong>de</strong>rale e Euphorbia brasiliensis são fotoblásticas<br />
positivas. As sementes das espécies Panicum maximum, Ipomoea indica e<br />
Digitaria insularis mostraram-se indiferentes à luz. De forma semelhante, Fleck<br />
et al. (2001) observaram germinação das sementes <strong>de</strong> Sida rhombifolia, na<br />
qual não se constatou diferença significativa entre germinação na presença ou<br />
ausência <strong>de</strong> luz, sendo consi<strong>de</strong>radas insensíveis à luz.<br />
Para Dias Filho (1996) e Souza Filho et al. (2001), a germinação <strong>de</strong><br />
Ipomoea asarifolia foi insensível à luz; contudo, as sementes <strong>de</strong> Stachytarpheta<br />
cayennensis mostraram um comportamento fotoblástico positivo. Concluíram,<br />
então, que estes resultados po<strong>de</strong>m ser usados para práticas <strong>de</strong> manejo<br />
preventivo das sementes que necessitam <strong>de</strong> luz para germinar, por exemplo,<br />
solo coberto com palha po<strong>de</strong> reduzir drasticamente a emergência <strong>de</strong><br />
Stachytarpheta, enquanto, tal efeito não é esperado para Ipomoea. As<br />
sementes da espécie Ipomoea asarifolia se enquadram no grupo <strong>de</strong> plantas<br />
que não têm a luz como requerimento essencial para germinação.<br />
Um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> espécies apresenta uma germinação favorável<br />
em resposta a uma alternância <strong>de</strong> temperatura, à semelhança do que acontece<br />
naturalmente em alguns ambientes, em que as temperaturas diurnas são mais<br />
altas e as noturnas menores (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).<br />
Voll et al. (2003) avaliaram a porcentagem <strong>de</strong> germinação <strong>de</strong> espécies<br />
<strong>de</strong> plantas daninhas sob temperaturas alternadas <strong>de</strong> 30/20ºC e tiveram 88%<br />
para picão-preto, 31% para amendoim-bravo e 30% para guanxuma. Nesse<br />
regime <strong>de</strong> alternância <strong>de</strong> temperatura, os menores níveis <strong>de</strong> germinação<br />
ocorreram para corda-<strong>de</strong>-viola (5%), carrapicho-<strong>de</strong>-carneiro (4%) e trapoeraba<br />
(3%). Concluíram, assim, que a mesma temperatura tem diferentes efeitos na<br />
germinação <strong>de</strong> cada espécie. Esses resultados corroboram com os obtidos por<br />
A<strong>de</strong>gas et al. (2003) na germinação <strong>de</strong> Bi<strong>de</strong>ns pilosa sob temperatura<br />
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