Ler Dissertação - CCS - Universidade Federal da ParaÃba
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Conforme Grossi (2001), a obtenção de bom controle metabólico ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
não é fácil, pois o diabetes é uma doença imprevisível e também porque ca<strong>da</strong> pessoa responde<br />
de maneira diferente ao tratamento. Contudo, de acordo com Smeltzer e Bare (2002), a pessoa<br />
diabética poderá levar uma vi<strong>da</strong> normal, integra<strong>da</strong> à socie<strong>da</strong>de, mas para isto deverá ser<br />
acompanha<strong>da</strong> e orienta<strong>da</strong> quanto à necessi<strong>da</strong>de de uma vi<strong>da</strong> de autocontrole no que diz<br />
respeito à dieta, ativi<strong>da</strong>de física e aprendizado <strong>da</strong>s habili<strong>da</strong>des de autocui<strong>da</strong>do diário de forma<br />
a manter níveis glicêmicos próximos ao fisiológico, evitando alterações que venham trazer<br />
complicações diabéticas em longo prazo.<br />
A importância do controle do diabetes acentua-se pelo fato de constituir-se como a<br />
sexta causa básica de morte no Brasil, a principal causa de cegueira adquiri<strong>da</strong> e de amputação<br />
de membros inferiores. Além disso, os pacientes diabéticos representam 30% <strong>da</strong>s internações<br />
em uni<strong>da</strong>des coronarianas intensivas com dor precordial. A chance de os portadores de<br />
diabetes sofrerem um derrame cerebral é duas vezes maior em relação aos não-diabéticos<br />
(SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE-SP, 2001).<br />
A Norma Operacional de Assistência à Saúde do Sistema Único de Saúde 01/01-<br />
NOAS-SUS (BRASIL, 2001) define, entre as áreas de atuações estratégicas mínimas para<br />
habilitação de municípios na condição de gestão Plena de Atenção Básica Amplia<strong>da</strong>, o<br />
controle do Diabetes mellitus. Neste contexto, Rodrigues; Lima e Nozawa (2006) estabelecem<br />
que o acesso, o acompanhamento e a responsabilização pela doença devam ser garantidos aos<br />
ci<strong>da</strong>dãos pelas uni<strong>da</strong>des básicas de saúde.<br />
Com o fim <strong>da</strong> era glacial, observamos inúmeras mu<strong>da</strong>nças na quanti<strong>da</strong>de e no<br />
tipo de alimento que estamos ingerindo. De uma dieta basea<strong>da</strong> em proteína animal, para uma<br />
basea<strong>da</strong> em carboidratos na forma de cereais integrais, hortaliças e feijões. Uma modificação<br />
nos hábitos alimentares como esta também mu<strong>da</strong>ria as concentrações de glicose no sangue<br />
circulante, principalmente após uma refeição porque o alimento do nível de glicose no sangue<br />
depois de uma refeição dependia do Índice Glicêmico (IG) dos carboidratos. Outra mu<strong>da</strong>nça<br />
importante veio com o advento <strong>da</strong> indústria, pois, em vez de produtos integrais, os novos<br />
procedimentos de moagem produziam carboidratos refinados, o que eleva a IG, e<br />
transformaram um alimento de baixo IG em um alimento de alto IG. Quando esse alimento<br />
refinado é consumido e absorvido, gera uma maior elevação nos níveis de glicose no sangue,<br />
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