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11. avaliação das condições de higiene e estética dental em ...

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1UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDECURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIAMARCELO LUCENA DE MELOAVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E ESTÉTICA DENTALEM CRIANÇAS/ ADOLESCENTES DO PROGRAMA DEERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL DA COMUNIDADE SANTACLARA, JOÃO PESSOA/PBJoão Pessoa2010


3MARCELO LUCENA DE MELOAVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E ESTÉTICA DENTALEM CRIANÇAS/ ADOLESCENTES DO PROGRAMA DEERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL DA COMUNIDADE SANTACLARA, JOÃO PESSOA/PBTrabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Cursoapresentado ao Curso <strong>de</strong> Graduação<strong>em</strong> Odontologia, da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba <strong>em</strong> cumprimentoàs exigências para conclusão.Orientadora: Talitha Rodrigues Ribeiro Fernan<strong>de</strong>s Pessoa, MestreCo-orientador: Franklin Delano Soares Forte, DoutorJoão Pessoa2010


4M528aMelo, Marcelo Lucena <strong>de</strong>.Avaliação <strong>das</strong> Condições <strong>de</strong> Higiene e Estética Dental <strong>em</strong>Crianças/Adolescentes do Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil daComunida<strong>de</strong> Santa Clara, João Pessoa/PB. / Marcelo Lucena <strong>de</strong> Melo. – JoãoPessoa: [s.n.], 2010.89 f.: il. -Orientadora: Talitha Rodrigues Ribeiro Fernan<strong>de</strong>s Pessoa.Co-orientador: Franklin Delano Soares Forte.Monografia (Graduação) – UFPB/CCS.1. Saú<strong>de</strong> bucal. 2. Oclusão <strong>de</strong>ntária. 3. Epi<strong>de</strong>miologia.BS/CCS/UFPB CDU: 616.314-084-053.2(043.2)BS/CCS/UFPB CDU: 616.314-084-053.2(043.2)


6DEDICATÓRIAA Deus,pelo dom da vida, pelo seu amor incondicional, pelas oportunida<strong>de</strong>s concebi<strong>das</strong>,por renovar a cada dia minhas forças e por s<strong>em</strong>pre me conce<strong>de</strong>r vitórias <strong>em</strong> tudoque precisei. Agra<strong>de</strong>ço a ti, Senhor, por tudo!A vocês, Fátima, Eurizete (pais) e Margarida (avó),que, mesmo antes <strong>de</strong> me conhecer, <strong>de</strong>dicaram-me um amor incondicional, queirradiaram felicida<strong>de</strong> ao ouvir meu choro pela primeira vez. Eu lhes fui confiadopor Deus para ser treinado para a vida, e, no final <strong>de</strong>sta tão importante etapa,vejo o valor <strong>de</strong>ste treinamento que me <strong>de</strong>ram. Vejo como vocês me amaram,através do apoio, do incentivo, <strong>das</strong> orações, da renúncia e até do sacrifício pormim. Prometo que no exercício <strong>de</strong> minha profissão, irei, sinceramente, honrarseus nomes, suas lágrimas, suas vi<strong>das</strong>. Por isso, ofereço a vocês o mérito maior<strong>de</strong>sta vitória! Obrigado por tudo! Amo vocês!


7AGRADECIMENTOSA toda minha família, <strong>em</strong> especial aos meus primos José Bezerra (Júnior),Fábio José e Franciney Lucena.Por ter<strong>em</strong> me dado todo o suporte financeiro para que eu pu<strong>de</strong>sse concluir meucurso, s<strong>em</strong>pre com palavras <strong>de</strong> incentivo e apoio. Serei eternamente grato portudo que fizeram.A minha orientadora Profa Mestre Talitha Rodrigues Ribeiro Fernan<strong>de</strong>sPessoa.Pelos ensinamentos, atenção, confiança, solidarieda<strong>de</strong>, amiza<strong>de</strong> e pelaoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong>ste trabalho.Ao meu co-orientador Prof. Doutor Franklin Delano Soares Forte.Pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecê-lo, por tê-lo não só como co-orientador, mastambém como mestre, como ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação e competência. Agra<strong>de</strong>ço-osinceramente pela atenção, pela paciência e pelos conhecimentos transmitidos.


8Aos gran<strong>de</strong>s amigos Anne Emília e Yuri Trigueiro.Pela disponibilida<strong>de</strong>, amiza<strong>de</strong>, incentivo e participação voluntária, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início,como examinadores colaboradores <strong>de</strong>sta pesquisa, s<strong>em</strong>pre aguentando meusabusos e por dividir<strong>em</strong> todos os momentos difíceis e alegres, nos quais cresc<strong>em</strong>osjuntos.A to<strong>das</strong> as crianças do PETI.Com as quais este trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido, e aos seus responsáveis pelacolaboração <strong>em</strong> todos os momentos do estudo e por me proporcionar<strong>em</strong> umaconvivência tão rica e gratificante.


9“... Exist<strong>em</strong> momentos que nunca serão apagados,pessoas que nunca serão esqueci<strong>das</strong>,pois a vida não vale um momento,mas há momentos que val<strong>em</strong> uma vida...”(Autor <strong>de</strong>sconhecido)


10RESUMONa década <strong>de</strong> 50, a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) estabeleceu as doençasbucais <strong>de</strong> interesse <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, sendo a cárie <strong>de</strong>ntária, as doençasperiodontais, más oclusões, câncer <strong>de</strong> boca e fissura labiopalatinas as <strong>de</strong> maiorprevalência. O presente estudo teve como objetivo avaliar as condições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> eestética <strong>de</strong>ntal <strong>das</strong> crianças/adolescentes do Programa <strong>de</strong> Erradicação do TrabalhoInfantil (PETI) da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara, João Pessoa/PB. Para coleta <strong>de</strong> dadosfoi utilizado como técnicas a entrevista e o exame bucal para i<strong>de</strong>ntificação <strong>das</strong>condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e estética bucal <strong>das</strong> crianças e adolescentes baseando-se noManual da Equipe <strong>de</strong> Campo da Pesquisa Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal – SB Brasil2010. A amostra <strong>de</strong>ste estudo foi composta por 50 crianças/adolescentes na faixaetária <strong>de</strong> 07-15 anos, <strong>de</strong> ambos os gêneros, regularmente ativos no PETI. Os dadosforam submetidos a testes estatísticos <strong>de</strong> associação com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong>5%. Os resultados mostram um alto índice <strong>de</strong> placa visível (IPV) e <strong>de</strong> Sangramentogengival (ISG), 97,3% e 83,3% respectivamente, mesmo to<strong>das</strong> as criançaspossuindo escova <strong>de</strong>ntal e relatando escovar os <strong>de</strong>ntes três ou mais vezes ao dia.Procuram o serviço público 97,7% <strong>das</strong> crianças, sendo a rotina o principal motivo daconsulta. A presença <strong>de</strong> más oclusões foi observada <strong>em</strong> 66,7% <strong>das</strong> crianças, nãohavendo associação entre o gênero. A presença <strong>de</strong> apinhamento foi observada <strong>em</strong>61,9%, espaçamento 54,7%, mordida aberta anterior <strong>em</strong> 7,2%, a relação molarnormal <strong>em</strong> 52,4% e o overjet maxilar, <strong>de</strong>ntre as anormalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> espaço e oclusãofoi a mais prevalente. Não foi observada relação entre o grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> dospais e a má oclusão. Das crianças que apresentam má oclusão (66,7%), 45,2%relatam necessitar <strong>de</strong> algum tratamento, sendo o aparelho ortodôntico (35,7%) omais citado. Conclui-se que os participantes expressam baixa estima com a saú<strong>de</strong>bucal diante <strong>de</strong> um alto IPV e ISG. A elevada prevalência <strong>de</strong> alterações oclusais<strong>de</strong>monstra ser fundamental o reconhecimento <strong>das</strong> más oclusões como uma<strong>de</strong>manda importante que <strong>de</strong>va ser avaliada, não somente <strong>em</strong> relação à necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> tratamento, mas também no que se refere às ações preventivas e educativas, asquais <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser cont<strong>em</strong>pla<strong>das</strong> na elaboração <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para estacomunida<strong>de</strong>.PALAVRAS-CHAVE: Saú<strong>de</strong> bucal; Oclusão <strong>de</strong>ntária; Epi<strong>de</strong>miologia


11ABSTRACTIn the '50s, the World Health Organization (WHO) established the oral diseases ofinterest in Public Health, <strong>de</strong>ntal caries, periodontal diseases, malocclusion, oralcancer and cleft lip and palate the most prevalent. This study aimed to evaluate thehygiene and aesthetics <strong>de</strong>ntal of children / adolescents Eradication of Child Labor(PETI) of the Santa Clara, Joao Pessoa / PB. For data collection techniques wasused as the interview and examination to i<strong>de</strong>ntify oral health and oral aesthetics ofchildren and adolescents based on the Manual of Field Team from the NationalSurvey of Oral Health - SB Brazil 2010. The sample comprised 50 children /adolescents aged 07-15 years, of both gen<strong>de</strong>rs regularly active in PETI. Data weresubjected to statistical tests of association with a significance level of 5%. The resultsshow a high rate of visible plaque (VPI) and gingival bleeding (GBI), 97.3% and83.3% respectively, <strong>de</strong>spite all children having toothbrush and brush your teethreporting three or more times a day. Seeking public service 97.7% of children, theroutine the main reason for visiting. The presence of malocclusion was observed in66.7% of children, there was no association between gen<strong>de</strong>r. Thepresence of crowding was observed in 61.9%, 54.7% spacing, anterior open bitein7.2%, the normal molar relation ship and overjet in 52.4% jaw, among theabnormalities of space and occlusion was the most prevalent. No relationship wasfound between the educational level of parents and malocclusion. Of children withmalocclusion (66.7%), 45.2% report needing some treatment, braces (35.7%) th<strong>em</strong>ost cited. We conclu<strong>de</strong> that the participants express low este<strong>em</strong> with oral health ona high IPV and ISG. The high prevalence of malocclusion <strong>de</strong>monstrates thefundamental recognition of malocclusion as a significant <strong>de</strong>mand that should bejudged not only on the need for treatment, but also with regard to preventive an<strong>de</strong>ducational actions, which should be reflected in <strong>de</strong>velopment of a health programfor this community.KEYWORDS: Oral Health; Dental Occlusion; Epi<strong>de</strong>miology


12LISTA DE QUADROSQuadro 1. Códigos e critérios para a realização do DAI. Códigos e critériospara a realização do DAI. Fonte: Manual da Equipe <strong>de</strong> Campo, SB Brasil 2010(BRASIL, 2009).................................................................................................... 49


13LISTA DE TABELASTabela 1. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliaçãorelacionada com o índice <strong>de</strong> sangramento gengival e o índice <strong>de</strong> placa visívelsegundo o gênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI Santa Clara, CasteloBranco – João Pessoa/PB 2010 ............................................................................... 54Tabela 2. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliaçãorelacionada com os hábitos <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal segundo o gênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco – João Pessoa/PB2010............................................................................................................................ 55Tabela 3.Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliaçãorelacionada com os hábitos <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal segundo o gênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco – João Pessoa/PB2010........................................................................................................................... 56Tabela 4. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliaçãorelacionada com o acesso aos serviços odontológicos segundo o gênero- JoãoPessoa/PB.................................................................................................................. 57Tabela 5. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliaçãorelacionada com o gênero segundo a presença <strong>de</strong> má oclusão <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco – João Pessoa/PB2010.....................................57Tabela 6. Número e porcentag<strong>em</strong> <strong>em</strong> relação ao gênero segundo grupos <strong>de</strong>condições: <strong>de</strong>ntição, espaço e relação molar <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETISanta Clara, Castelo Branco – João Pessoa/PB 2010.............................................. 59Tabela 7. Média e <strong>de</strong>svio padrão dos grupos <strong>de</strong> condições: espaço e oclusãosegundo o gênero, João Pessoa/PB 2010................................................................. 60


14Tabela 8. Relação entre os aspectos socioeconômicos, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tratamento e o índice <strong>de</strong> má oclusão <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI SantaClara, Castelo Branco – João Pessoa/PB 2010......................................................... 61


15LISTA DE FIGURASFigura 1. Associação Comunitária dos Moradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara– ACMCSC............................................................................................................. 42Figura 2. Kits <strong>de</strong> exames clínicos compostos por espelho bucal plano e sondaperiodontal.............................................................................................................. 44Figura 3. Medição do diast<strong>em</strong>a.............................................................................. 49Figura 4. Medição do <strong>de</strong>salinhamento maxilar....................................................... 49Figura 5. Medição do overjet maxilar..................................................................... 49Figura 6. Índice <strong>de</strong> Placa Visível............................................................................ 50Figura 7. Sondag<strong>em</strong> dos el<strong>em</strong>entos (ISG)............................................................ 51Figura 8. Sangramento após sondag<strong>em</strong>.............................................................. 51Figura 9. Distribuição percentual da presença e ausência <strong>de</strong> placa visível esangramento, João Pessoa/PB 2010.................................................................... 55Figura 10. Distribuição percentual da Má Oclusão <strong>em</strong> crianças/adolescentes doPETI, João Pessoa/PB 2010.................................................................................. 58Figura <strong>11.</strong> Distribuição percentual da presença <strong>das</strong> más oclusões <strong>em</strong>crianças/adolescentes, João Pessoa/PB 2010...................................................... 60Figura 12. Distribuição percentual dos tipos <strong>de</strong> tratamento que os pesquisadosgostariam que foss<strong>em</strong> realizados <strong>em</strong> sua boca <strong>de</strong> acordo com a Má Oclusão,João Pessoa/PB 2010............................................................................................ 62


16LISTA DE ABREVIATURA E SIGLASACMCSC: Associação Comunitária dos Moradores da Comunida<strong>de</strong> Santa ClaraCCS: Centro <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>CPO-D: Dentes permanentes cariados, perdidos por cárie e obturadosceo-d:Dentes <strong>de</strong>cíduos cariados, com extração indicada e obturadosDAI: Índice <strong>de</strong> Estética DentalIPV: Índice <strong>de</strong> Placa VisívelISG: Índice <strong>de</strong> Sangramento GengivalMAA: Mordida Aberta AnteriorMSD: Ministério <strong>de</strong> Desenvolvimento e Combate à FomeOMS: Organização Mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>PBF: Programa Bolsa-FamíliaPCS: Profundida<strong>de</strong> Clínica <strong>de</strong> Sondag<strong>em</strong>PETI: Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho InfantilPSF: Programa Saú<strong>de</strong> da FamíliaSUAS: Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Assistência SocialTCC: Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> cursoUFPB: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba%: Porcentag<strong>em</strong>


17SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 192. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 222.1 PETI (Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil) ....................... 232.2 Levantamentos Epi<strong>de</strong>miológicos <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal ........................... 252.3 Condições <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal ............................................................... 282.3.1 Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV) e Índice <strong>de</strong> SangramentoGengival (ISG) ............................................................................. 282.3.2 Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI).............................................. 302.3.3 Autopercepção <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal............................................ 363. OBJETIVOS..................................................................................................... 383.1 Objetivos Específicos......................................................................... 394. METODOLOGIA............................................................................................. 404.1 Caracterização da Área <strong>de</strong> Estudo...................................................... 414.2 Universo e Amostra............................................................................. 424.3 Instrumentos Utilizados....................................................................... 434.4 Coleta <strong>de</strong> Dados................................................................................. 434.4.1 Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI)............................................. 454.4.2 Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV).................................................. 504.4.3 Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival (ISG)................................. 504.5 Análise dos Dados.............................................................................. 515. RESULTADOS................................................................................................ 536. DISCUSSÃO.................................................................................................... 637. CONCLUSÃO.................................................................................................. 69REFERÊNCIAS................................................................................................... 71


18APÊNDICES........................................................................................................ 78APÊNDICE A. Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido...................... 79APÊNDICE B. Entrevista.............................................................................. 81APÊNDICE C. Fichas para Exame <strong>de</strong> Higiene Bucal.................................. 84APÊNDICE D. Fichas para Exames <strong>de</strong> Anormalida<strong>de</strong>s Dentofaciais.......... 85ANEXOS.............................................................................................................. 86ANEXO 1. Certidão <strong>de</strong> Aprovação do Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa comSeres Humanos- CEP.................................................................................. 87ANEXO 2. Carta <strong>de</strong> Anuência 1................................................................... 88ANEXO 3. Carta <strong>de</strong> Anuência 2................................................................... 89


191 Introdução


201 INTRODUÇÃONa década <strong>de</strong> 50, a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) estabeleceu asdoenças bucais <strong>de</strong> interesse <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, sendo a cárie <strong>de</strong>ntária, as doençasperiodontais, más oclusões, câncer <strong>de</strong> boca e fissura labiopalatinas as <strong>de</strong> maiorprevalência. Tal or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong> ser modificada <strong>em</strong> função <strong>das</strong> características <strong>de</strong>espaço e t<strong>em</strong>po e <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> segundo critérios <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> levando-se <strong>em</strong>consi<strong>de</strong>ração a morbida<strong>de</strong> dos agravos à saú<strong>de</strong> bucal (RONCALLI, 2005).Embora ressaltada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenção, a prática odontológicapredominante ainda não t<strong>em</strong> participado efetivamente no processo <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> bucal, uma vez que a atuação dos cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas, <strong>de</strong> maneira geral, nãoestá sendo feita <strong>de</strong> forma sist<strong>em</strong>ática e contínua. Além disto, as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>estão volta<strong>das</strong> somente para a cárie e doença periodontal, restritas a <strong>de</strong>terminadosgrupos populacionais, tanto na clínica privada, quanto no serviço público, nãoalcançando a população <strong>de</strong> modo geral, n<strong>em</strong> to<strong>das</strong> as doenças bucais existentes(SILVEIRA et al., 2008).Segundo Simões (1978) as más oclusões compreendi<strong>das</strong> como probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento que afetam a oclusão dos <strong>de</strong>ntes, po<strong>de</strong>m serconsi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> um probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, pois apresentam alta prevalência epossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenção e tratamento, além <strong>de</strong> provocar impacto social pelainterferência na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos indivíduos afetados.As más oclusões constitu<strong>em</strong> o grupo <strong>de</strong> terceira maior prevalência <strong>de</strong>ntre aspatologias bucais, sendo inferior, apenas, à cárie e à doença periodontal. Contudo, amedição <strong>de</strong>sta prevalência t<strong>em</strong> mostrado ser complexa, os seus resultadosconsi<strong>de</strong>rados controvertidos e difíceis <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> comparados, o que aponta para anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> novos estudos e índices que sejam mais amplamenteutilizados (SULIANO et al., 2005).Juntamente com os distúrbios oclusais, a verificação <strong>das</strong> condições <strong>de</strong><strong>higiene</strong> bucal através do Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV) e Sangramento Gengival vêma contribuir com o esclarecimento <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>lesões cariosas frente a probl<strong>em</strong>as oclusais tais como apinhamentos e falta <strong>de</strong>espaço no arco. Dados do Levantamento Epi<strong>de</strong>miológico Nacional realizado <strong>em</strong>


212003 revelaram um quadro insatisfatório da saú<strong>de</strong> bucal dos adolescentesbrasileiros, com discrepâncias regionais, quando se comparam as regiões norte enor<strong>de</strong>ste com o sul e su<strong>de</strong>ste do país, e <strong>de</strong>monstrou um caráter mais crítico quandose verifica que, <strong>em</strong> todo o território nacional, cerca <strong>de</strong> 14% dos adolescentesbrasileiros nunca foram ao <strong>de</strong>ntista e, no nor<strong>de</strong>ste, esse percentual se eleva para22% (BRASIL, 2004; SANTOS et al., 2007).Segundo Marinho (2009), as crianças e adolescentes do PETI (Programa <strong>de</strong>Erradicação do Trabalho Infantil) da comunida<strong>de</strong> Santa Clara da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> JoãoPessoa (PB) apresentam um alto índice CPO-D/ ceo-d (Índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes cariados,perdidos e obturados): CPO-D (7-8 anos: média 2,40, <strong>de</strong>svio padrão ± 1,71; 9-10anos; média 3,16, <strong>de</strong>svio padrão ± 3,22; 11-12 anos: média 4,50, <strong>de</strong>svio padrão ±2,32 e 13-14 anos: média 5,89, <strong>de</strong>svio padrão ± 6,74) e uma saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong>ficiente,tornando-se evi<strong>de</strong>nte a inserção <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> promoção e prevenção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> afim <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> da saú<strong>de</strong> bucal dos integrantes <strong>de</strong>sta comunida<strong>de</strong>.Entretanto, a cárie <strong>de</strong>ntária não <strong>de</strong>ve ser o único fator <strong>de</strong>terminante <strong>das</strong>condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população, especialmente <strong>em</strong> crianças e adolescentes. NoLevantamento Epi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> 2003 (SB Brasil), a prevalência da condiçãooclusal muito severa ou incapacitante foi <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 21% nas crianças <strong>de</strong> 12 anos ecerca <strong>de</strong> 19% <strong>em</strong> adolescentes <strong>de</strong> 15 a 19 anos (BRASIL, 2004).Dessa forma, a investigação <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal e <strong>de</strong> oclusão<strong>de</strong>ntária <strong>das</strong> crianças e adolescentes do Programa <strong>de</strong> Erradicação do TrabalhoInfantil da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara a qual o presente trabalho se propôs, preten<strong>de</strong>esclarecer o perfil epi<strong>de</strong>miológico daquela população <strong>em</strong> relação às condiçõesinvestiga<strong>das</strong> e assim contribuir para o planejamento e continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>prevenção e promoção da saú<strong>de</strong> ali realiza<strong>das</strong>, assim como com o <strong>de</strong>vidoencaminhamento para ações curativas <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>manda <strong>em</strong>ergida doprocesso.


222 Revisão<strong>de</strong> Literatura


232 REVISÃO DE LITERATURA2.1 PETI (Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil)O PETI é um programa que consiste na transferência direta <strong>de</strong> renda dogoverno fe<strong>de</strong>ral para famílias <strong>de</strong> crianças e adolescentes envolvidos no trabalhoprecoce. Esse Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil compõe o Sist<strong>em</strong>aÚnico <strong>de</strong> Assistência Social (SUAS) com duas ações articula<strong>das</strong>: o Serviço Sócioeducativoofertado para as crianças e adolescentes afasta<strong>das</strong> do trabalho precoce ea transferência <strong>de</strong> renda para suas famílias, além <strong>de</strong> prever ações sócioassistenciaiscom foco na família, potencializando sua função protetora e os vínculosfamiliares e comunitários (BRASIL, 2004).Criado <strong>em</strong> 1996 pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral, e gerido pelo Ministério <strong>de</strong>Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS), o PETI visa retirar crianças eadolescentes entre 7 a 15 anos incompletos do trabalho perigoso, penoso, insalubree <strong>de</strong>gradante, priorizando aquelas que viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a pobreza, comrenda familiar per capita <strong>de</strong> até meio salário mínimo. O programa possibilita oacesso, a permanência e o bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> crianças e adolescentes na escola;além <strong>de</strong> proporcionar apoio e orientação às famílias beneficia<strong>das</strong> por meio <strong>de</strong> açõessócio-educativas e projetos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> trabalho e renda como oficinas e cursosprofissionalizantes e s<strong>em</strong>i-profissionalizantes (BRASIL, 2004)Os critérios <strong>de</strong> permanência da família no Programa são os seguintes: todosos filhos com menos <strong>de</strong> 16 anos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar preservados <strong>de</strong> qualquer forma <strong>de</strong>trabalho infantil; a criança e/ou adolescente participante do PETI <strong>de</strong>verá terfreqüência escolar mínima <strong>de</strong> 75% e o mesmo percentual <strong>de</strong> freqüência nasativida<strong>de</strong>s propostas pela jornada ampliada; e as famílias beneficia<strong>das</strong> <strong>de</strong>verãoparticipar <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s sócioeducativas e dos programas e projetos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong><strong>em</strong>prego e renda ofertados. O t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> permanência no Programa é <strong>de</strong>terminadopela ida<strong>de</strong> da criança e do adolescente, sendo também critério para <strong>de</strong>sligamento aconquista da <strong>em</strong>ancipação financeira da família (BRASIL, 2004).


24Na área rural, o valor da bolsa é <strong>de</strong> R$ 25,00 por criança e adolescente <strong>de</strong> 7 a15 anos que for efetivamente retirado do trabalho perigoso, penoso, insalubre ou<strong>de</strong>gradante. Na área urbana, o valor da bolsa é <strong>de</strong> R$ 40,00 por criança eadolescente <strong>de</strong> 7 a 15 anos que efetivamente for retirado do trabalho. Esse valorpo<strong>de</strong> ser adotado apenas nas capitais, regiões metropolitanas e municípios commais <strong>de</strong> 250.000 habitantes. Nos <strong>de</strong>mais municípios, o valor da bolsa é <strong>de</strong> R$ 25,00per capita (BRASIL, 2004).Em 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005, foi regulada a integração entre o Programa <strong>de</strong>Erradicação do Trabalho Infantil e o Programa Bolsa Família (PBF), pela PortariaGM/MDS nº 666, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005, que buscou racionalizar a gestão <strong>de</strong>ambos os programas, com o incr<strong>em</strong>ento da intersetorialida<strong>de</strong> e da potencialida<strong>de</strong><strong>das</strong> ações do Governo, evitando-se a fragmentação, a superposição <strong>de</strong> funções e o<strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos públicos. Assim, as questões <strong>de</strong> duplicida<strong>de</strong> e concorrênciaentre o PBF e o PETI, são enfrenta<strong>das</strong> através da integração, que se tornoucaminho viável face aos impasses e propiciou uma maior cobertura do atendimento<strong>das</strong> crianças e adolescentes <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> trabalho no Brasil, seja por meio doPBF ou do PETI (RUA, 2007).A integração do PETI com o PBF t<strong>em</strong> como objetivo acabar com asduplicida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> benefícios; evitar concorrência entre os dois programas; possibilitara ampliação do número <strong>de</strong> beneficiários; garantir a eficiência dos programas,ampliando o número <strong>de</strong> beneficiários, erradicando o trabalho infantil, estimulando apermanência <strong>das</strong> crianças na escola e garantindo a melhoria do aprendizado eassegurar melhores condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> às crianças atendi<strong>das</strong> pelos programas(RUA, 2007).O PETI da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara funciona na Associação Comunitária dosMoradores da mesma. As crianças que estão <strong>de</strong>vidamente inseri<strong>das</strong> no programa<strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segunda á sexta-feira, no turno <strong>em</strong> que não estão naescola. São acompanha<strong>das</strong> por supervisores e têm acesso a reforço escolar, aulas<strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong>, educação física, orientação sexual, aula <strong>de</strong> música <strong>de</strong>ntre outras,com profissionais capacitados no horário <strong>em</strong> que não estão na escola. Sua presençaé avaliada todos os dias, pois caso exceda o número <strong>de</strong> faltas, a bolsa que érepassada para sua família será cancelada.


252.2 Levantamentos Epi<strong>de</strong>miológicos <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> BucalA epi<strong>de</strong>miologia é o principal instrumento para o diagnóstico <strong>das</strong> condições <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> nas coletivida<strong>de</strong>s humanas e configura componente fundamental doplanejamento e avaliação <strong>das</strong> ações <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva (ANTUNES, J. L. F.;PERES, M. A., 2006).Os levantamentos básicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal fornec<strong>em</strong> uma base importante paraa estimativa do estado atual da saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong> uma população e suas necessida<strong>de</strong>sfuturas <strong>de</strong> cuidados com a saú<strong>de</strong> bucal, produzindo dados básicos <strong>de</strong> confiançapara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> programas nacionais ou regionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal e parao planejamento do número e do tipo apropriado <strong>de</strong> profissionais a<strong>de</strong>quados paratratamentos odontológicos (WHO, 1997).A Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) confere gran<strong>de</strong> importância aoslevantamentos epi<strong>de</strong>miológicos, por fornecer<strong>em</strong> uma base sólida para as estimativas<strong>das</strong> condições atuais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong> uma população, b<strong>em</strong> como suas futurasnecessida<strong>de</strong>s quanto aos cuidados nessa área. Ela recomenda às autorida<strong>de</strong>ssanitárias a realização <strong>de</strong> levantamentos epi<strong>de</strong>miológicos <strong>das</strong> doenças bucais maisprevalentes com periodicida<strong>de</strong> entre 5 e 10 anos (WHO, 1997).Desenvolver ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal dirigi<strong>das</strong> a grupos populacionais implicaconhecimento da sua situação epi<strong>de</strong>miológica, e isto po<strong>de</strong> ser conseguido por meio<strong>de</strong> levantamentos epi<strong>de</strong>miológicos, para os quais se utilizam diversos instrumentos,<strong>de</strong> acordo com as características <strong>de</strong> cada doença ou agravo (NARVAI et al., 2001).Constata-se que, ao longo dos anos, t<strong>em</strong>-se buscado aprimorar cada vez maisa metodologia dos levantamentos epi<strong>de</strong>miológicos, objetivando uma melhoraproximação às reais condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal da população. Tais mudanças têmfeito surgir questionamentos sobre os resultados obtidos, possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>comparação no t<strong>em</strong>po, além da confiança nos dados. Argumenta-se qu<strong>em</strong>etodologias distintas, basicamente critérios diagnósticos distintos, produziriamresultados diferentes. Haveria, então, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer e quantificar essadiferença, <strong>de</strong> modo a ajustar os resultados, tornando-os comparáveis quandonecessário, como por ex<strong>em</strong>plo, comparar os dados obtidos com um critério nos anos60 com dados obtidos com outro critério nos anos 90 (NARVAI et al., 2001).


26No Brasil foram realizados três gran<strong>de</strong>s levantamentos epi<strong>de</strong>miológicos quevisaram retratar a saú<strong>de</strong> bucal da população. No primeiro, <strong>em</strong> 1986, foram avaliadosos dois principais agravos, a cárie e a doença periodontal, além da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>prótese total e acesso aos serviços odontológicos. Após <strong>de</strong>z anos, <strong>em</strong> 1996, foirealizado o segundo, o qual previa exames relativos à cárie <strong>de</strong>ntária <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong>6 a 12 anos <strong>de</strong> escolas públicas e priva<strong>das</strong> <strong>das</strong> 27 capitais brasileiras. O últimolevantamento epi<strong>de</strong>miológico realizado no Brasil, que foi o Projeto SB Brasil 2003,bastante inovador <strong>em</strong> relação às experiências anteriores. Vários pontos <strong>de</strong>ficientes,objeto <strong>das</strong> críticas antes reporta<strong>das</strong> às pesquisas <strong>de</strong> 1986 e <strong>de</strong> 1996, foram<strong>de</strong>vidamente enfrentados. Entre eles, estão os exames domiciliares <strong>em</strong> populaçõesadolescente, adulta e idosa, o que era uma prática pouco comum na pesquisaepi<strong>de</strong>miológica <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal, além da avaliação <strong>de</strong> outros agravos, alguns dosquais nunca haviam sido objeto <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong> caráter nacional, como a fluorose ea oclusopatias (ANTUNES, J. L. F.; PERES, M. A.; 2006).Ainda segundo Antunes e Peres (2006), as experiências <strong>de</strong>scritas <strong>de</strong>ixam claroque o esforço pela produção <strong>de</strong> dados epi<strong>de</strong>miológicos no Brasil <strong>em</strong> quase duasdéca<strong>das</strong> t<strong>em</strong> sido compensador, a <strong>de</strong>speito <strong>das</strong> <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> caráter metodológico<strong>em</strong> cada uma <strong>das</strong> pesquisas analisa<strong>das</strong>. É b<strong>em</strong> verda<strong>de</strong> que ainda há muitocaminho a ser percorrido até que a Epi<strong>de</strong>miologia seja apropriada para mo<strong>de</strong>losassistenciais <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal na maior parte dos municípios brasileiros; contudo, umgran<strong>de</strong> passo t<strong>em</strong> sido dado na efetivação <strong>de</strong> uma metodologia uniforme e naconstrução <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> dados pública e constante. Além disso, é importanteassinalar que a produção <strong>de</strong> dados por si não basta. É preciso que essasinformações componham um sist<strong>em</strong>a eficiente <strong>de</strong> vigilância à saú<strong>de</strong> e quecontribuam para as ações <strong>de</strong> planejamento e avaliação dos serviços, b<strong>em</strong> comodê<strong>em</strong> o norte <strong>das</strong> políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal nos três níveis <strong>de</strong> governo.Tais levantamentos foram <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância para a construção <strong>de</strong> umaconsistente base <strong>de</strong> dados relativa ao perfil epi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal dapopulação brasileira. Visando a construção <strong>de</strong> uma série histórica <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> bucal com o objetivo <strong>de</strong> verificar tendências, planejar e avaliar serviços, éimprescindível que a realização <strong>de</strong>stes estudos faça parte <strong>de</strong> uma estratégiainserida no componente <strong>de</strong> vigilância à saú<strong>de</strong> da Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. É nesse sentidoque a Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal – Brasil Sorri<strong>de</strong>nte – se insere, ao trabalharos eixos da atenção à saú<strong>de</strong> bucal a partir do incr<strong>em</strong>ento da atenção básica por


27meio da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família, da impl<strong>em</strong>entação dos Centros <strong>de</strong>Especialida<strong>de</strong>s Odontológicas como el<strong>em</strong>ento estruturante da atenção secundária,além <strong>das</strong> ações <strong>de</strong> caráter coletivo. Tal projeto constitui-se num marco na história<strong>das</strong> Políticas Públicas no Brasil na medida <strong>em</strong> que incorpora uma agenda <strong>em</strong>discussão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira e traduz, <strong>em</strong> seuspressupostos operacionais, os princípios do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (BRASIL,2009).Recent<strong>em</strong>ente, está sendo realizado no Brasil mais uma Pesquisa Nacional<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – Projeto SB Brasil 2010, o qual é um processo histórico que se ampliou eaprofundou com o Projeto SB Brasil 2003, o qual proporcionou um dos maiscompletos diagnósticos da saú<strong>de</strong> bucal dos brasileiros. Dessa forma, preten<strong>de</strong>-secom este projeto, dar continuida<strong>de</strong> a esse processo, realizando uma pesquisa <strong>em</strong>mol<strong>de</strong>s s<strong>em</strong>elhantes, <strong>de</strong> maneira a construir uma série histórica, contribuindo paraas estratégias <strong>de</strong> avaliação e planejamento dos serviços, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> queconsolida um mo<strong>de</strong>lo metodológico e <strong>de</strong>marca o campo <strong>de</strong> atuação do componente<strong>de</strong> vigilância à saú<strong>de</strong> da Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal (BRASIL, 2009).2.3 Condições <strong>de</strong> Higiene Bucal2.3.1 Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV) e Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival(ISG)A doença periodontal e a cárie <strong>de</strong>ntária são consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> duas doenças <strong>de</strong>importância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> pública e ating<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte da população brasileira. Obiofilme <strong>de</strong>ntal t<strong>em</strong> uma importante função no <strong>de</strong>senvolvimento e progressão tantoda cárie <strong>de</strong>ntária quanto da doença periodontal. Desta forma, a efetiva r<strong>em</strong>oçãomecânica do biofilme representa uma valiosa ferramenta no controle e manutençãoda saú<strong>de</strong> bucal (SOUZA, 2004).


28Segundo Antunes e Peres (2006), os índices mais utilizados <strong>em</strong> pesquisasepi<strong>de</strong>miológicas sobre condições periodontais são Índice <strong>de</strong> Higiene OralSimplificado, Índice <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Placa, Índice <strong>de</strong> Sangramento após Sondag<strong>em</strong>ou Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival, Índice Periodontal Comunitário <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> Tratamento, Índice Periodontal Comunitário e Índice <strong>de</strong> Perda <strong>de</strong> Inserção. Taisíndices são <strong>de</strong> fundamental importância, pois quando utilizados <strong>em</strong> estudosepi<strong>de</strong>miológicos visam contribuir para uma maior compreensão do processo saú<strong>de</strong>doençaperiodontal. O Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV), preconizado por Ainamo; Bay(1975) também é uma alternativa viável para a aferição <strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> biofilme e,consequent<strong>em</strong>ente, <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal <strong>em</strong> levantamentosepi<strong>de</strong>miológicos.Os índices que quantificam biofilme e inflamação gengival <strong>em</strong> diferentesregiões <strong>de</strong> cada superfície <strong>de</strong>ntária são bastante eficazes e t<strong>em</strong> a vantag<strong>em</strong> <strong>de</strong>oferecer informações mais acura<strong>das</strong> <strong>das</strong> variáveis clínicas, além <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> maissensíveis na avaliação <strong>das</strong> mesmas, pelo fato <strong>de</strong>las ser<strong>em</strong> quantifica<strong>das</strong> <strong>em</strong> cadalocal ou <strong>em</strong> escala incr<strong>em</strong>ental (GALGUT, 1999).Silveira; Oliveira; Padilha (2002), avaliando o índice <strong>de</strong> sangramento gengivale o índice <strong>de</strong> placa visível <strong>em</strong> 42 crianças com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nove anosinseri<strong>das</strong> <strong>em</strong> um programa <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> no Rio <strong>de</strong> Janeiro, encontraramum índice <strong>de</strong> 13% na primeira avaliação e <strong>de</strong> 5% ao final do estudo, para o ISG, eum índice <strong>de</strong> 29% na primeira avaliação e <strong>de</strong> 11% ao final do estudo para o IPV,revelando melhora do estado periodontal.Toassi; Petry (2002), <strong>em</strong> seu estudo, tiveram como objetivo avaliar a eficácia<strong>de</strong> duas estratégias motivacionais <strong>em</strong> relação ao controle do biofilme <strong>de</strong>ntal esangramento gengival <strong>em</strong> 135 escolares da re<strong>de</strong> estadual e municipal <strong>de</strong> ensino domunicípio <strong>de</strong> Santa Tereza, RS, 1999. O programa <strong>de</strong> motivação a que os escolarestinham acesso constou da utilização <strong>de</strong> diversos recursos aplicados <strong>em</strong> dois grupos<strong>de</strong> intervenção: Grupo A, motivação <strong>em</strong> sessão única, e Grupo B, motivação <strong>em</strong>quatro sessões. Para a avaliação da metodologia <strong>em</strong>pregada foram realizadoslevantamentos do índice <strong>de</strong> placa visível (IPV) e do índice <strong>de</strong> sangramento gengival(ISG). Dos 61 escolares examinados no grupo A, 55 (90%) apresentaram <strong>de</strong> 0 a25% <strong>das</strong> superfícies <strong>de</strong>ntais com placa visível e 6 (10%) com mais <strong>de</strong> 25%. Dos 74escolares examinados no grupo B, 54 (73%) apresentaram <strong>de</strong> 0 a 25% <strong>das</strong>


29superfícies <strong>de</strong>ntais com placa visível, 19 (26%) com 26-50% <strong>das</strong> superfícies complaca visível e apenas 1 (1%) com mais <strong>de</strong> 50% <strong>das</strong> superfícies acometi<strong>das</strong>.Santos et al. (2008), avaliaram um Programa Educativo-PreventivoPeriodontal <strong>em</strong> Crianças <strong>de</strong> 6 a 8 anos <strong>de</strong> uma Escola da Re<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> PortoVelho – RO. De um total <strong>de</strong> 67 crianças examina<strong>das</strong>, 46,26 % eram do gênerof<strong>em</strong>inino e 53,73 % do gênero masculino. Os valores registrados no ISG (T0) foi <strong>de</strong>6,39% e quando comparado com o ISG(T1) mostraram uma redução <strong>de</strong> 47,5 %.Castro (2009), <strong>em</strong> seu estudo com 51 crianças <strong>em</strong> Portugal, on<strong>de</strong> 2/3 são dosexo f<strong>em</strong>inino, com uma faixa etária média <strong>de</strong> 8 anos, 27,5% apresentaramsangramento a sondag<strong>em</strong> e, <strong>em</strong> relação a presença <strong>de</strong> placa visível, 74,5%apresentavam valor superior a 30% o que revela que a eficácia da higienizaçãoefetuada pelos participantes é fraca. No entanto, é <strong>de</strong> ressalvar que 7,84% nãoapresentavam biofilme <strong>de</strong>ntal.Chambrone et al. (2010), verificaram a prevalência e severida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gengivite<strong>em</strong> uma amostra <strong>de</strong> crianças <strong>em</strong> ida<strong>de</strong> escolar, b<strong>em</strong> como sua relação compossíveis fatores <strong>de</strong> risco locais. Duzentos e seis indivíduos foram examinados,sendo 107 meninos e 99 meninas, com ida<strong>de</strong>s entre 7 e 14 anos; foram coletadosdados referentes ao índice <strong>de</strong> placa visível (IPV), índice sangramento gengival (ISG)e profundida<strong>de</strong> clínica <strong>de</strong> sondag<strong>em</strong> (PCS). No geral, os indivíduos do sexomasculino apresentaram estatisticamente maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> biofilme <strong>de</strong>ntário doque os do sexo f<strong>em</strong>inino. Em relação ao ISG, 28 crianças (13,59%) apresentaramsangramento a sondag<strong>em</strong> <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 30% dos sítios examinados.Lima et al. (2008), avaliaram o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> risco Nexø, associadoao Cariograma® (Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia, Malmö, Suécia), <strong>em</strong> um programa <strong>de</strong>prevenção infantil da Clínica <strong>de</strong> Cariologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba. Aamostra foi composta por 107 crianças (2 a 14 anos) atendi<strong>das</strong> <strong>em</strong> duas ocasiões.Os dados clínicos do paciente e dos procedimentos executados foram obtidos pelasfichas clínicas na primeira ocasião e por exame clínico na segunda visita. Para oISG, as médias±DP foram 4,14±4,98 e 5,20±6,86 nos exames 1 e 2,respectivamente.


302.3.2 Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI)O índice <strong>de</strong> estética <strong>de</strong>ntal é um índice quantitativo, proposto, <strong>em</strong> 1986 porJenny; Cons, para avaliar o grau <strong>de</strong> impacto estético da <strong>de</strong>ntição. T<strong>em</strong> sido adotadopela OMS como um índice <strong>de</strong> rastreamento trans-cultural (WHO, 1997). O DAI éuma equação <strong>de</strong> regressão logística que relaciona, mat<strong>em</strong>aticamente, a percepçãodo público sobre a estética <strong>de</strong>ntal com medi<strong>das</strong> físicas objetivas <strong>de</strong> característicasoclusais associa<strong>das</strong> as más oclusões (BEGLIN et al., 2001; JENNY; CONS,1996).Os conceitos teóricos que <strong>em</strong>basam o DAI permit<strong>em</strong> afirmar que quanto mais oaspecto <strong>de</strong>ntário <strong>de</strong> uma pessoa e <strong>de</strong>sviado <strong>das</strong> normas sociais, maior aprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la apresentar limitações sociais e, consequent<strong>em</strong>ente, necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> tratamento ortodôntico. Em epi<strong>de</strong>miologia, o DAI po<strong>de</strong> ser utilizado como índice<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da ma oclusão e como índice <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamentoortodôntico (JENNY, J; CONS, N. C., 1996).O DAI é utilizado para <strong>de</strong>terminar as necessida<strong>de</strong>s normativas <strong>de</strong> tratamentoortodôntico. Tal índice avalia as informações relativas a três grupos <strong>de</strong> condições:<strong>de</strong>ntição, expressa pelo número <strong>de</strong> incisivos, caninos e pré-molares permanentesperdidos que causam probl<strong>em</strong>as estéticos; espaço, avaliado com base noapinhamento no segmento incisal, espaçamento no segmento incisal, presença <strong>de</strong>diast<strong>em</strong>a incisal, <strong>de</strong>salinhamento maxilar anterior e <strong>de</strong>salinhamento mandibularanterior; oclusão, baseado nas medi<strong>das</strong> do overjet maxilar anterior, do overjetmandibular anterior, da mordida aberta vertical anterior e da relação molar ânteroposterior.O DAI fornece quatro possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfecho: ausência <strong>de</strong>anormalida<strong>de</strong> ou más oclusões leves, cujo tratamento ortodôntico é <strong>de</strong>snecessário(DAI = 5); má oclusão <strong>de</strong>finida, cujo tratamento é eletivo (DAI = 26-30); má oclusãosevera, cujo tratamento é altamente <strong>de</strong>sejável (DAI = 31-35) e má oclusão muitosevera ou incapacitante, cujo tratamento é fundamental (DAI = 36) (JENNY, J.;CONS, N. C. 1996)O último levantamento epi<strong>de</strong>miológico <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal realizado peloMinistério da Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> 2003 teve como um dos seus objetivos i<strong>de</strong>ntificar, naamostra correspon<strong>de</strong>nte às ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 5, 12 e 15 anos, a prevalência <strong>de</strong>oclusopatias, baseado nos critérios do Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI) e encontrou


31uma ocorrência <strong>de</strong> oclusopatias no Brasil <strong>de</strong> 36,46% (22,01%-leve; 14,45%-mo<strong>de</strong>rada/ severa) aos 5 anos; 58,14% (21,59%-<strong>de</strong>finida; 15,79%-severa e 20,76%-muito severa/incapacitante) aos 12 anos e 53,23% (20,44%-<strong>de</strong>finida; 14,04%-severae 18,75%-muito severa/ incapacitante) aos 15 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Tais dados mostramuma alta prevalência <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as oclusais (BRASIL, 2004).Moura; Cavalcanti (2007), a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a prevalência <strong>das</strong> másoclusões e da cárie <strong>de</strong>ntária <strong>em</strong> 88 crianças <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, matricula<strong>das</strong>regularmente nas escolas urbanas da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>-PB, e investigar uma possível associação existente entre a prevalência <strong>de</strong> cárie<strong>de</strong>ntária e as más oclusões observa<strong>das</strong>, observaram que, <strong>de</strong> acordo com os critériosnormativos (DAI), o tratamento ortodôntico foi consi<strong>de</strong>rado necessário <strong>em</strong> 69(78,4%) escolares. Em 21 (23,8%) escolares, o tratamento da má oclusão foiconsi<strong>de</strong>rado eletivo, já para 16 (18,2%) e 32 (36,4%) escolares, o tratamento foiconsi<strong>de</strong>rado altamente <strong>de</strong>sejável e fundamental, respectivamente.Cavalcanti et al. (2008), avaliaram a prevalência <strong>das</strong> más oclusões <strong>em</strong>escolares <strong>de</strong> 6 a 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> do município <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, Paraíba,Brasil. Foram examina<strong>das</strong> 516 crianças. Ao se avaliar a presença <strong>de</strong> má oclusão,verificou-se que 416 crianças (80,6%) apresentavam alterações oclusais. Quanto aosexo, encontrou-se uma distribuição eqüitativa da prevalência <strong>de</strong> má oclusão, sendo<strong>de</strong> 80,8% no sexo f<strong>em</strong>inino e <strong>de</strong> 80,5% no sexo masculino, s<strong>em</strong> diferençasestatisticamente significantes. A sobressaliência acentuada (48,0%) foi o tipo <strong>de</strong> máoclusão mais freqüente. Com relação ao grau da mordida aberta anterior (MAA), amaioria dos portadores (59,1%) apresentava MAA <strong>em</strong> grau severo, seguida do grauleve com 27,9% e apenas 13,0% possuíam-na com um grau mo<strong>de</strong>rado, nãoexistindo diferenças entre o tipo <strong>de</strong> mordida aberta e o sexo. A análise do tipo <strong>de</strong>mordida cruzada revelou que a mais prevalente foi a mordida cruzada posterior com69,3% dos casos (n=104), seguida da mordida cruzada anterior totalizando 19,3%(n=29) e a associação da mordida cruzada posterior com a anterior ocorreu <strong>em</strong>apenas 11,3% (n=17) dos casos. Quanto à relação molar, verificou-se que 61,6%<strong>das</strong> crianças examina<strong>das</strong> (n=318) possuíam relação molar <strong>de</strong> classe I, seguida daclasse II com 29,1% (n=150) e apenas 9,3% da amostra (n= 48) possuíam relaçãomolar <strong>de</strong> classe III.Alves; Forte; Sampaio (2009), verificaram a prevalência <strong>de</strong> más oclusões econdições socioeconômicas <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 5 e 12 anos na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da


32Família Castelo Branco III, <strong>em</strong> João Pessoa/PB. Foram examina<strong>das</strong> 49 crianças comida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 5 e 12 anos on<strong>de</strong> a presença <strong>de</strong> más oclusões foi observada <strong>em</strong> 33,3%<strong>das</strong> crianças <strong>de</strong> 5 anos e 40,7% <strong>das</strong> <strong>de</strong> 12 anos, no entanto, não houve associaçãocom o gênero <strong>em</strong> ambas as faixas etárias.Marques et al. (2005), verificaram a prevalência da má oclusão e necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> tratamento ortodôntico <strong>em</strong> escolares <strong>de</strong> 10 a 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>em</strong> BeloHorizonte, Minas Gerais. A prevalência <strong>de</strong> má oclusão foi <strong>de</strong> 62,0% (n = 206), sendo<strong>de</strong> 62,6% <strong>em</strong> escolares <strong>de</strong> 10 e 12 anos e <strong>de</strong> 61,3% naqueles <strong>de</strong> 13 e 14 anos <strong>de</strong>ida<strong>de</strong>. Quanto aos tipos <strong>de</strong> má oclusão, apinhamento <strong>de</strong>ntal foi o mais prevalente(37,8%), sendo mais freqüente na arcada superior (32,7%) do que na arcada inferior(18,3%), seguido por overjet igual ou maior que 4mm (37,5%), espaçamento nos<strong>de</strong>ntes anteriores (35,7%) e diast<strong>em</strong>a mediano igual ou maior que 2mm (13,2%).Dentes ausentes na arcada superior (5,7%), na arcada inferior (2,4%), mordidaaberta anterior (3,3%) e sobressaliência mandibular anterior (1,0%) foram asalterações menos prevalentes.Alves et al. (2006), <strong>em</strong> seu estudo, verificaram a prevalência <strong>de</strong> oclusopatia<strong>em</strong> 97 escolares <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma escola pública do município <strong>de</strong> Feira<strong>de</strong> Santana-BA. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que a prevalência <strong>de</strong> oclusopatias nosescolares examinados foi alta (21,6%), sendo o percentual <strong>de</strong> casos nos graus“severo” e “incapacitante” 11,3 e 10,3% respectivamente, apesar da maioria tenhaapresentado grau <strong>de</strong> severida<strong>de</strong> do DAI normal (58,8%). A perda dos el<strong>em</strong>entos<strong>de</strong>ntários anteriores foi pouco expressiva 4,12%, sendo 2,06% na arcada superior e2,06% na arcada inferior; quanto à presença <strong>de</strong> apinhamento, 61,8% não oapresentaram, 31,8% o apresentaram <strong>em</strong> um segmento e 7,28% apresentaram nosdois segmentos; com relação ao espaçamento, os valores encontrados foram iguaisaos do apinhamento, <strong>em</strong>bora não tenha nenhuma correlação entre ambos. Quanto àrelação molar, apenas 48,4% dos escolares apresentaram relação normal, sendoexpressivo o percentual <strong>de</strong> 45,4% apresentando <strong>de</strong>svio da relação meia cúspi<strong>de</strong>, e6,2% apresentando <strong>de</strong>svio da relação cúspi<strong>de</strong> inteira.Gabris; Marton; Madléna (2006), verificaram a prevalência <strong>de</strong> má oclusão,associada experiência <strong>de</strong> cárie <strong>de</strong>ntária e nível <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal na populaçãohúngara usando questionário para avaliar anomalias <strong>de</strong>ntofaciais. Um total <strong>de</strong> 483adolescentes (289 meninas e 194 meninos), com ida<strong>de</strong>s entre 16-18 anos, foramavaliados. Anomalias ortodônticas foram <strong>de</strong>tectados <strong>em</strong> 70,4 por cento da amostra.


33Apinhamento e espaçamento foram observados <strong>em</strong> 14,3 e 17 por cento,respectivamente. A oclusão <strong>de</strong> Classe I foi encontrada <strong>em</strong> 52,8 por cento dossujeitos. A meia cúspi<strong>de</strong> na relação molar ântero-posterior foi mais prevalente doque a cúspi<strong>de</strong> completa (26,9 e 20,3 por cento, respectivamente).Lima (2005), verificou a prevalência <strong>de</strong> oclusopatias, b<strong>em</strong> como dos seus<strong>de</strong>terminantes nas <strong>de</strong>ntições <strong>de</strong>cídua, mista e permanente na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Natal/RN<strong>em</strong> 765 crianças. A prevalência geral <strong>de</strong> oclusopatias, observando-se as três<strong>de</strong>ntições, foi <strong>de</strong> 76,5%. No que se refere à prevalência para cada <strong>de</strong>ntição obtevese75,5% para <strong>de</strong>ntição <strong>de</strong>cídua, 84,8% e 70,5% para as <strong>de</strong>ntições mista epermanente, respectivamente. As principais oclusopatias encontra<strong>das</strong> na <strong>de</strong>ntiçãomista foram sobressaliência positiva (33,8%), apinhamento (28,3%) e discrepânciamaxilar (20,7%). Essa predominância permanece inalterada na <strong>de</strong>ntição permanentee, <strong>de</strong>ssa forma, teve-se: sobressaliência positiva (27,4%), apinhamento (22,8%) ediscrepância maxilar (19%).Almeida et al. (2007), verificaram a prevalência da oclusão normal e da máoclusão <strong>em</strong> escolares <strong>de</strong> 7 a 11 anos, <strong>de</strong> ambos os gêneros, na re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong>ensino da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus, Amazonas. Em relação à oclusão, observou-se queentre 957 escolares, 630 eram portadores <strong>de</strong> má oclusão, resultando numaprevalência <strong>de</strong>, aproximadamente, 66%. Para portadores <strong>de</strong> oclusão normal, estaprevalência foi <strong>de</strong> 34%. Quanto ao apinhamento, predominou na região ânteroinferior.A gran<strong>de</strong> maioria não apresentou sobressaliência (86,9%), sendo que 8,9%apresentaram até 5mm <strong>de</strong> sobressaliência, e 4,2% apresentaram 5mm ou mais. Emrelação a sobr<strong>em</strong>ordida, 76,2% não apresentavam, e para 16,7%, era profunda <strong>de</strong>até 3mm e para 7,1% era maior ou igual a 3mm. Já a mordida aberta anterior foiverificada para 57 escolares, correspon<strong>de</strong>ndo a 5,9%, e a mordida aberta posteriorfoi observada <strong>em</strong> apenas dois <strong>de</strong>les (0,002%). Observou-se que 5,6% apresentavammordida cruzada anterior e que 3,0% possuíam mordida cruzada posterior.Sá; Vasconcelos (2008), realizaram um levantamento <strong>das</strong> necessida<strong>de</strong>sodontológicas <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 12 anos da zona urbana do município <strong>de</strong> Ver<strong>de</strong>jante-PE. Participaram do estudo 50 crianças <strong>de</strong> 12 anos do município, sendo 23 do sexof<strong>em</strong>inino e 27 do sexo masculino. Com relação ao apinhamento <strong>em</strong> incisivos, 16escolares (32%) apresentaram o distúrbio. Das 50 crianças do presente estudo, 17apresentaram diast<strong>em</strong>as entre incisivos que variavam <strong>de</strong> 1 a 4mm <strong>de</strong> extensão. O<strong>de</strong>salinhamento maxilar anterior foi outro it<strong>em</strong> analisado nas crianças do município


34<strong>de</strong> Ver<strong>de</strong>jante-PE e 14, ou seja, 28% do total apresentaram o distúrbio, com<strong>de</strong>sarmonia <strong>de</strong> até 5 mm, enquanto que o <strong>de</strong>salinhamento mandibular foi observado<strong>em</strong> apenas 7 dos escolares examinados. O overjet maxilar acometeu 12 crianças, ouseja, 24%, sendo a maioria do sexo masculino, no entanto não houve registro <strong>de</strong>overjet mandibular. A mordida aberta anterior foi outra má oclusão prevalenteencontrada <strong>em</strong> 7 crianças (14%), variando <strong>de</strong> 2 até 5mm <strong>de</strong> extensão. Quando arelação molar ântero-posterior foi observada, houve um gran<strong>de</strong> percentual <strong>de</strong>crianças que possuía alguma alteração nesse sentido e 22 (44%) apresentaramdiferença <strong>de</strong> meia cúspi<strong>de</strong> da oclusão normal e ainda 14 (28%) uma cúspi<strong>de</strong> inteira,ficando apenas 14 (28%) <strong>de</strong>ntro da normalida<strong>de</strong>.Freitas et al. (2002), encontraram <strong>em</strong> sua pesquisa para avaliar a prevalência<strong>das</strong> más oclusões <strong>em</strong> pacientes inscritos para tratamento ortodôntico na Faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Bauru-USP, realizada com 520 adolescentes entre 10 e 15 anos,a presença <strong>de</strong> apinhamentos que chegam a 67% no arco superior e 71% no inferior.Mordida cruzada anterior 18% e posterior 27%, b<strong>em</strong> como mordida aberta anterior9%.Souza et al. (2008), avaliaram a prevalência <strong>de</strong> má oclusão <strong>em</strong> umapopulação <strong>de</strong> escolares brasileiros na <strong>de</strong>ntição mista, avaliando sua relação com aperda <strong>de</strong>ntária precoce. A população <strong>de</strong> estudo consistiu <strong>de</strong> 1.014 crianças 7-11anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> ambos os sexos, com baixo nível socioeconômico ecaracterísticas multirraciais, vivendo na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jequié/ BA, na região Nor<strong>de</strong>ste doBrasil. A mordida cruzada anterior foi observada <strong>em</strong> 5,7% dos sujeitos, sendo 2,4%homens e 3,2% <strong>em</strong> mulheres, a mordida cruzada posterior <strong>em</strong> 8,4%, sendo 3% <strong>em</strong>homens e 5,3% <strong>em</strong> mulheres. A mordida cruzada anterior e posterior,simultaneamente, <strong>em</strong> 2,6%, sendo 1,3% <strong>em</strong> homens e 1,1% <strong>em</strong> mulheres. Mordidaaberta <strong>em</strong> 13%, sendo 5,4% <strong>em</strong> homens e 7,5 <strong>em</strong> mulheres e o apinhamento<strong>de</strong>ntário <strong>em</strong> 49,6% dos indivíduos, sendo 22,7% <strong>em</strong> homens e 26,8% <strong>em</strong> mulheres.Farahani, Ali; Farahani, Anahid; Eslamipour (2009), <strong>em</strong> um estudotransversal, <strong>de</strong>terminaram a prevalência <strong>das</strong> más oclusões e sua distribuição porgênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> uma escola iraniana na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Isfahan, no Irã. Quinhentose dois sujeitos (253 mulheres e 249 homens, com ida<strong>de</strong> entre 11-14 anos) foramexaminados. Simétrica relação molar estava presente <strong>em</strong> 69,5 por cento. Um overjet<strong>de</strong> pelo menos 3,5 mm ou mais, estava presente <strong>em</strong> 28,1%; um overjet <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 6mm <strong>em</strong> 3,6% e 4,2% tiveram uma overjet inversa. A sobr<strong>em</strong>ordida normal foi


35observada <strong>em</strong> 60,4%, enquanto 34,5% tiveram um aumento e 2,2% um overbiteprofundo. Mordida aberta anterior esteve presente <strong>em</strong> 1,6% e a mordida <strong>em</strong> tesouraou mordida cruzada anterior <strong>em</strong> 2 e 8,4%, respectivamente. A mordida cruzadaposterior foi observada <strong>em</strong> 12,4%, <strong>de</strong>svio da linha média estava presente <strong>em</strong> 23,7por cento. Grave apinhamento (≥ 5,1 mm) foi observada <strong>em</strong> 16,7 e 10,8% eespaçamento <strong>em</strong> 18,9 e 20,7% <strong>das</strong> arca<strong>das</strong> superior e inferior, respectivamente.Lux et al. (2009), <strong>em</strong> seu estudo, obtiveram informações <strong>de</strong>talha<strong>das</strong> sobre aprevalência <strong>de</strong> anomalias oclusais <strong>em</strong> um período ortodonticamente relevantes do<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ntário.Quatrocentos e noventa e quatro escolares al<strong>em</strong>ães (237homens e 257 mulheres), com ida<strong>de</strong> mediana <strong>de</strong> 9 anos, foram examinados. Ooverjet apresentou uma ampla faixa entre - 2 e 12 mm (valores médios 3-3,5 mm).Um maior sobressaliência foi mais prevalente do que uma overjet reduzida ouinversa, e um overjet aumentado severamente maior <strong>de</strong> 6 mm afeta cerca <strong>de</strong> 5 –10% <strong>das</strong> crianças. Da mesma forma, sobr<strong>em</strong>ordida mostraram variaçõesconsi<strong>de</strong>ráveis entre - 1 e 9 mm (mediana 3-3,5 mm) e homens apresentaramsignificativamente sobr<strong>em</strong>ordida maiores que as mulheres.Utomi; Onyeaso (2009), verificaram a prevalência <strong>de</strong> má oclusão enecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento ortodôntico <strong>em</strong> crianças e adolescentes nigerianos comnecessida<strong>de</strong>s especiais através do Dental Aesthetic In<strong>de</strong>x (DAI); e avaliaram se amá oclusão sofre influência da ida<strong>de</strong> e do sexo da criança. A amostra foi compostapor 102 crianças e adolescentes com ida<strong>de</strong>s entre 6 a 18 anos atendidos <strong>em</strong> 5escolas/centros para pessoas com necessida<strong>de</strong>s especiais. Não se verificoudiferenças significativas nos escores dos DAI entre o sexo e a ida<strong>de</strong>. Ausência <strong>de</strong>má oclusão foi observada <strong>em</strong> 41% <strong>das</strong> crianças. Má oclusão severa com tratamentoaltamente <strong>de</strong>sejável foi observada <strong>em</strong> 18,0% da amostra. Má oclusão muito severafoi encontrada <strong>em</strong> 19%, sendo o tratamento fundamental. A perda <strong>de</strong> um ou mais<strong>de</strong>ntes estava presente <strong>em</strong> 8,8%, enquanto o apinhamento incisal foi visto <strong>em</strong> 28,4%e o espaçamento <strong>em</strong> 58,8%. Alterações no segmento anterior da maxila e damandíbula foram encontra<strong>das</strong> <strong>em</strong> 38,2% e 47,1%, respectivamente. A mordidaaberta foi diagnosticada <strong>em</strong> 25,5% da amostra. Relação molar <strong>de</strong> classe I foiobservada <strong>em</strong> 68,6%.Souames et al. (2006), avaliaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento ortodôntico <strong>em</strong>crianças francesas com a ida<strong>de</strong> entre 9 - 12 anos. Vinte e um por cento <strong>das</strong> criançasapresentaram uma necessida<strong>de</strong> objetiva para o tratamento ortodôntico, 28 por cento


36havia apinhamento, 28 por cento uma sobressaliência acentuada, e 15 por cento umaumento da sobr<strong>em</strong>ordida.Pedrin et al. (2008), realizaram um levantamento epi<strong>de</strong>miológico on<strong>de</strong>avaliaram 1.500 crianças, pertencentes às raças branca, negra e indígena, sendo721 crianças do sexo masculino e 779 do sexo f<strong>em</strong>inino, na faixa etária <strong>de</strong> 6 a 12anos, <strong>de</strong> três escolas públicas da zona urbana e uma escola pública da zona rural(al<strong>de</strong>ia indígena: tribos Terena e Kadweu), da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Miranda/MS. Os resultadosobtidos foram: 4,27% <strong>de</strong> oclusão normal e 95,73% <strong>de</strong> má-oclusão (48,27% <strong>de</strong>Classe I; 25,00% <strong>de</strong> Classe II, Divisão 1; 10,46% <strong>de</strong> Classe II; Divisão 2 e 12,00%<strong>de</strong> Classe III). Os maus hábitos estiveram presentes <strong>em</strong> 16,58% <strong>das</strong> crianças. Paramordida aberta observou-se 13,20% <strong>de</strong> prevalência; a mordida profunda acometeu27,00% <strong>das</strong> crianças; as mordi<strong>das</strong> cruza<strong>das</strong> totalizaram 11,99% (3,33% <strong>de</strong> mordidacruzada anterior, 8,40% <strong>de</strong> mordida cruzada posterior e 0,26% <strong>de</strong> mordida cruzadatotal). Os diast<strong>em</strong>as foram observados <strong>em</strong> 45,25% <strong>das</strong> crianças e os apinhamentos<strong>de</strong>ntários <strong>em</strong> 53,52%.Suliano et al. (2007), <strong>em</strong> seu trabalho, objetivaram estimar a prevalência <strong>de</strong>más oclusões entre escolares com 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> do Município <strong>de</strong> Camaragibe,Pernambuco, Brasil. Os escolares foram selecionados randomicamente <strong>em</strong> 11escolas públicas. Dos 173 sorteados, 82,1% apresentaram má oclusão (IC95%:76,4-87,8), sendo 38,2% consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong> manifestações menores <strong>de</strong> más oclusões;20,8% más oclusões <strong>de</strong>fini<strong>das</strong>; 13,3% más oclusões severas; e 9,8% más oclusõesmuito severas.2.3.3 Autopercepção <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> bucalEm relação à auto-avaliação sobre as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal, o SB Brasil2003 <strong>de</strong>monstrou que quase meta<strong>de</strong> dos adolescentes brasileiros avaliadosconsi<strong>de</strong>rou péssima, ruim ou regular sua condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal, e elevadaparcela <strong>de</strong>stes relatou ter alguma dificulda<strong>de</strong> mastigatória e/ou dor <strong>de</strong>ntária(BRASIL, 2004).


37Santos et al., (2007) <strong>em</strong> seu estudo para caracterizar a saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong> 40adolescentes nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Recife e Feira <strong>de</strong> Santana, através da avaliação <strong>de</strong><strong>higiene</strong> bucal, cárie <strong>de</strong>ntária e doença periodontal, <strong>em</strong> relação a auto-percepçãoobtiveram os seguintes resultados: A auto-avaliação apontou que gran<strong>de</strong> parte dosadolescentes consi<strong>de</strong>rava sua condição <strong>de</strong>ntária insatisfatória (37,5%) e, <strong>em</strong> relaçãoaos hábitos, a maioria realizava escovação <strong>de</strong>ntária duas ou mais vezes ao dia,sendo que um adolescente admitiu nunca escovar os <strong>de</strong>ntes.Perin et al., (2004), avaliaram a percepção e condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal <strong>em</strong>crianças numa instituição na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lins/SP <strong>em</strong> 82 crianças <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.A análise do questionário <strong>de</strong>monstrou que as crianças tinham conhecimento sobresaú<strong>de</strong> e saú<strong>de</strong> bucal, enfatizando a estética da saú<strong>de</strong> bucal como fator importante.Elas possuíam noção relativa do que podia causar a cárie <strong>de</strong>ntária e dos métodosutilizados para a <strong>higiene</strong> bucal. Consi<strong>de</strong>rou-se com saú<strong>de</strong> bucal boa uma gran<strong>de</strong>percentag<strong>em</strong> <strong>de</strong>las, que escovavam seus <strong>de</strong>ntes numa freqüência média <strong>de</strong> trêsvezes ao dia e expunham como anseio maior a colocação <strong>de</strong> aparelhosortodônticos.Souza et al., (2007), investigaram a percepção, o conhecimento e as práticas<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal e a avaliação <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s educativas e preventivas <strong>de</strong> 219estudantes do 1º ano do ensino médio, do município <strong>de</strong> Embu (SP) 2005. Mais <strong>de</strong>um terço dos jovens 81(36,9%), <strong>de</strong>clarou que alguma coisa os incomodava naaparência, o que reforça a importância da imag<strong>em</strong> para os adolescentes e o <strong>de</strong>nteou o sorriso foram os mais citados, superando o <strong>de</strong>scontentamento com asespinhas, típicas da ida<strong>de</strong> e o excesso <strong>de</strong> peso. O grau <strong>de</strong> satisfação com aaparência da boca e com a saú<strong>de</strong> bucal foi similar, sendo que a maioria classificoucomo regular ou boa a própria saú<strong>de</strong> bucal.


383 Objetivos


393 OBJETIVOSAvaliar as condições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> e estética <strong>de</strong>ntal <strong>das</strong> crianças/adolescentesdo Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara, JoãoPessoa/PB.3.1 Objetivos Específicos:I<strong>de</strong>ntificar a condição <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal <strong>das</strong> crianças e adolescentespelo Índice <strong>de</strong> Placa Visível, b<strong>em</strong> como pelo Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival;Verificar a prevalência <strong>de</strong> oclusopatias através do Índice <strong>de</strong> EstéticaDental;Estimar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento relacionado com as condições<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal avalia<strong>das</strong>;Verificar a autopercepção <strong>das</strong> crianças/adolescentes quanto à saú<strong>de</strong>bucal.


404 Metodologia


414 METODOLOGIAFoi utilizada a referência <strong>de</strong> Lakatos e Marconi (2006), preconizando ométodo indutivo, utilizando procedimento estatístico e técnica por observação diretaintensiva, através do registro <strong>de</strong> variável para análise e da aplicação <strong>de</strong> umaentrevista feita pelos responsáveis <strong>de</strong>sse projeto como técnicas <strong>de</strong> pesquisa.O projeto foi submetido ao Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa do HospitalUniversitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley (HU/UFPB), sendo aprovado por unanimida<strong>de</strong> eapresentando protocolo <strong>de</strong> nº 126/10 (ANEXO 1).4.1 Caracterização da Área <strong>de</strong> EstudoA princípio, foi obtida a autorização da Presi<strong>de</strong>nte da Associação Comunitáriados Moradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC (ANEXO 2) e daCoor<strong>de</strong>nadora do Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) daComunida<strong>de</strong> Santa Clara (ANEXO 3).Nossas ativida<strong>de</strong>s foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>das</strong> na comunida<strong>de</strong> Santa Clara situadano Conjunto Habitacional Castelo Branco II no município <strong>de</strong> João Pessoa – Paraíba,tendo como público alvo <strong>de</strong>finido crianças que resi<strong>de</strong>m nesta comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> faixaetária <strong>de</strong> 07 a 15 anos, que participam do Programa <strong>de</strong> Erradicação do TrabalhoInfantil (PETI).De acordo com a presi<strong>de</strong>nte da Associação dos Moradores, atualmente há naComunida<strong>de</strong> 400 domicílios e 1800 habitantes. As famílias viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> precáriascondições sócio-econômicas e dispõ<strong>em</strong> <strong>de</strong> baixo po<strong>de</strong>r aquisitivo. Faltam escolas,posto policial, posto médico, biblioteca, circulação <strong>de</strong> transportes coletivos para alocomoção dos moradores até o local <strong>de</strong> trabalho. A comunida<strong>de</strong> Santa Clarapertence à área <strong>de</strong> abrangência do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) doConjunto Castelo Branco II.A implantação do Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), só foipossível <strong>de</strong>vido a criação da Associação Comunitária dos Moradores da


42Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC. Tal programa aten<strong>de</strong> crianças entre 07 e 15anos, gerando uma parceria entre os professores do PETI e alunos da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba que <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> as ativida<strong>de</strong>s dos projetos <strong>de</strong> extensão com ointuito <strong>de</strong> promover novas ativida<strong>de</strong>s com as crianças atendi<strong>das</strong> pelos programas eprojetos.Figura 1. Associação Comunitária dos Moradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC4.2 Universo e AmostraO universo da pesquisa foi composto por 50 crianças/adolescentes queparticipam do Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) da Comunida<strong>de</strong>Santa Clara, João Pessoa/PB <strong>de</strong>vidamente regularizado no programa.A população <strong>de</strong>ste estudo foi formada por crianças/adolescentes na faixaetária <strong>de</strong> 07-15 anos, <strong>de</strong> ambos os gêneros, regularmente ativos no Programa <strong>de</strong>Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara, JoãoPessoa/PB. Houve exclusão <strong>de</strong> 8 crianças/adolescentes do estudo por motivo <strong>de</strong><strong>de</strong>sistência por parte <strong>das</strong> mesmas. Os <strong>de</strong>mais se prontificaram a realizar<strong>em</strong> asavaliações; como também obtiv<strong>em</strong>os previamente autorização <strong>de</strong> todos os pais para


43a inclusão <strong>de</strong> seus filhos no nosso trabalho, por meio do Termo <strong>de</strong> ConsentimentoLivre e Esclarecido (APÊNDICE A).4.3 Instrumentos UtilizadosO instrumento utilizado para esta pesquisa foi uma entrevista (APÊNDICE B),a qual foi preenchida pelos participantes <strong>de</strong>sse projeto, constituída por perguntas,que abordaram assuntos relativos às condições socioeconômicas, acesso a serviços<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal, acesso a produtos <strong>de</strong> <strong>higiene</strong>, além da caracterização <strong>das</strong>crianças/adolescentes quanto á ida<strong>de</strong> e ao gênero. Além disso, foi realizado umexame bucal para i<strong>de</strong>ntificação <strong>das</strong> condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e estética bucal <strong>das</strong>crianças e adolescentes registrado <strong>em</strong> ficha apropriada para os índices aferidos(APÊNDICE C).4.4 Coleta <strong>de</strong> DadosA coleta <strong>de</strong> dados para esta pesquisa foi realizada por quatro pesquisadorestreinados (dois examinadores e dois auxiliares). Após a assinatura do Termo <strong>de</strong>Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais ou responsáveis <strong>de</strong>ssascrianças/adolescentes, foi feita uma entrevista com as crianças/adolescentes,permitindo a obtenção <strong>de</strong> respostas objetivas as quais foram transcritas pelospesquisadores. Além disso, foi realizado o exame intra-bucal.Foram obtidos dados relativos à condição socioeconômica do examinado,acesso a serviços odontológicos, autopercepção da saú<strong>de</strong> bucal e condições enecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento relacionados à saú<strong>de</strong> bucal.Os exames intra-bucais foram realizados sob luz natural na Associação dosMoradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC, conforme a faixa etária dossegmentos populacionais previstos no estudo. Esse procedimento foi realizado por


44uma equipe especialmente treinada <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s anteriormente realiza<strong>das</strong> <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> componente curricular da graduação <strong>em</strong> odontologia. A equipe utilizouinstrumentos, cuja finalida<strong>de</strong> foi auxiliar no exame visual e táctil dos tecidos bucais,constituídos <strong>de</strong> kits <strong>de</strong> exames clínicos compostos por espelho bucal plano e sondaperiodontal. Estes são instrumentos padronizados pela Organização Mundial daSaú<strong>de</strong> para levantamentos epi<strong>de</strong>miológicos <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal, <strong>de</strong>vidamenteesterilizados e separados <strong>em</strong> pacotes individuais, <strong>de</strong>ntro <strong>das</strong> normas <strong>de</strong>biossegurança previstas pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> (BRASIL, 2000).Os probl<strong>em</strong>as pesquisados foram a prevalência <strong>de</strong> má-oclusão e ascondições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal <strong>das</strong> crianças/adolescentes.Com relação prevalência <strong>de</strong> má-oclusão, foi utilizado o Índice <strong>de</strong> EstéticaDental (DAI), formulado <strong>em</strong> 1986 na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Iowa, reconhecido e indicadopela Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) (WHO, 1997), com o intuito <strong>de</strong> fazermensurações estéticas e oclusais, minimizando percepções subjetivas dosprofissionais e dos pacientes.Para verificar as condições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal, foi utilizado o Índice <strong>de</strong> PlacaVisível (IPV) <strong>de</strong> Ainamo & Bay (1975), e para verificar o índice <strong>de</strong> inflamação dostecidos gengivais, o Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival (ISG) criado por Löe <strong>em</strong> 1967.Figura 2. Kits <strong>de</strong> exames clínicos compostos por espelho bucal plano e sonda periodontal.


454.4.1 Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI)A <strong>de</strong>scrição da metodologia a seguir para a aplicação do DAI foi retirada doManual da Equipe <strong>de</strong> Campo da Pesquisa Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal – SB Brasil2010 (BRASIL, 2009).O princípio básico do DAI é <strong>de</strong> uma combinação <strong>de</strong> medi<strong>das</strong> (não somente <strong>de</strong>probl<strong>em</strong>as oclusais) as quais, <strong>em</strong> seu conjunto, expressam o estado oclusal doindivíduo e, consequent<strong>em</strong>ente, sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento, <strong>de</strong>vido àcomposição do índice que consi<strong>de</strong>ra comprometimento estético além da oclusão.Ao todo são 11 medi<strong>das</strong> obti<strong>das</strong>, consi<strong>de</strong>rando três gran<strong>de</strong>s dimensões aser<strong>em</strong> avalia<strong>das</strong>, a <strong>de</strong>ntição, o espaço e a oclusão propriamente dita. Além dainspeção visual, a sonda OMS foi utilizada nos exames. Nas situações <strong>em</strong> que aoclusão não foi avaliada, os respectivos campos foram preenchidos com o código“X”.1 DentiçãoAs condições da <strong>de</strong>ntição são expressas pelo número <strong>de</strong> incisivos, caninos epré-molares permanentes perdidos que causam probl<strong>em</strong>as estéticos, no arcosuperior e no arco inferior. O valor a ser registrado, para superiores e para inferiores,correspon<strong>de</strong> ao número <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes perdidos. Dentes perdidos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> serconsi<strong>de</strong>rados quando o seu respectivo espaço estiver fechado, o <strong>de</strong>cíduocorrespon<strong>de</strong>nte ainda estiver <strong>em</strong> posição, ou se prótese(s) estiver(<strong>em</strong>) instalada(s).Quando todos os <strong>de</strong>ntes no segmento estiver<strong>em</strong> ausentes e não houver umaprótese presente, assinala-se, na casela correspon<strong>de</strong>nte, o código T (significando oTotal <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes perdidos <strong>de</strong> pré-molar a pré-molar).2 EspaçoO espaço é avaliado com base no apinhamento no segmento incisal,espaçamento no segmento incisal, presença <strong>de</strong> diast<strong>em</strong>a incisal, <strong>de</strong>salinhamentomaxilar anterior e <strong>de</strong>salinhamento mandibular anterior. São os seguintes os códigose as respectivas condições:a) Apinhamento no Segmento Incisal– O segmento é <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> canino acanino. Consi<strong>de</strong>ra-se apinhamento quando há <strong>de</strong>ntes com giroversão ou mal


46posicionados no arco. Não se consi<strong>de</strong>ra apinhamento quando os 4 incisivosestão a<strong>de</strong>quadamente alinhados e um ou ambos os caninos estão<strong>de</strong>slocados.0 – S<strong>em</strong> apinhamento1 – Apinhamento <strong>em</strong> um segmento2 – Apinhamento <strong>em</strong> dois segmentosb) Espaçamento no Segmento Incisal– São examinados os arcos superior einferior. Há espaçamento quando a distância intercaninos é suficiente para oa<strong>de</strong>quado posicionamento <strong>de</strong> todos os incisivos e ainda sobra espaço e/ouum ou mais incisivos têm uma ou mais superfícies proximais s<strong>em</strong>estabelecimento <strong>de</strong> contato inter<strong>de</strong>ntal.0 – S<strong>em</strong> espaçamento1 – Espaçamento <strong>em</strong> um segmento2 – Espaçamento <strong>em</strong> dois segmentosc) Diast<strong>em</strong>a Incisal– É <strong>de</strong>finido como o espaço, <strong>em</strong> milímetros, entre os doisincisivos centrais superiores permanentes, quando estes per<strong>de</strong>m o ponto <strong>de</strong>contato. Diast<strong>em</strong>as <strong>em</strong> outras localizações ou no arco inferior (mesmoenvolvendo incisivos) não são consi<strong>de</strong>rados. O valor a ser registradocorrespon<strong>de</strong> ao tamanho <strong>em</strong> mm medido com a sonda OMS. Nos casos <strong>de</strong>ausência <strong>de</strong> incisivos centrais, assinalar código "x".d) Desalinhamento Maxilar Anterior – Po<strong>de</strong>m ser giroversões ou<strong>de</strong>slocamentos <strong>em</strong> relação ao alinhamento normal. Os 4 incisivos superioressão examinados, registrando-se a maior irregularida<strong>de</strong> entre <strong>de</strong>ntesadjacentes. A medida é feita, <strong>em</strong> mm, com a sonda OMS, cuja ponta éposicionada sobre a superfície vestibular do <strong>de</strong>nte posicionado mais paralingual, num plano paralelo ao plano oclusal e formando um ângulo reto com alinha do arco. Desalinhamento po<strong>de</strong> ocorrer com ou s<strong>em</strong> apinhamento.e) Desalinhamento Mandibular Anterior – O conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>salinhamento e osprocedimentos são s<strong>em</strong>elhantes ao arco superior.


473 OclusãoA oclusão é avaliada com base nas medi<strong>das</strong> do overjet maxilar anterior, dooverjet mandibular anterior, da mordida-aberta vertical anterior e da relação molaranteroposterior.São os seguintes os códigos e as respectivas condições:a) Overjet Maxilar Anterior – A relação horizontal entre os incisivos é medidacom os <strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> oclusão cêntrica, utilizando-se a sonda OMS, posicionada<strong>em</strong> plano paralelo ao plano oclusal. O overjet é a distância, <strong>em</strong> mm, entre assuperfícies vestibulares do incisivo superior mais pro<strong>em</strong>inente e do incisivoinferior correspon<strong>de</strong>nte. O overjet maxilar não é registrado se todos osincisivos (superiores) foram perdidos ou se apresentam mordida cruzadalingual. Quando a mordida é do tipo “topo-a-topo” o valor é “0” (zero).b) Overjet Mandibular Anterior – O overjet mandibular é caracterizado quandoalgum incisivo inferior se posiciona anteriormente ou por vestibular <strong>em</strong> relaçãoao seu correspon<strong>de</strong>nte superior. A protrusão mandibular, ou mordida cruzada,é medida com a sonda OMS e registrada <strong>em</strong> milímetros. Os procedimentospara mensuração são os mesmos <strong>de</strong>scritos para o overjet maxilar. Não sãoleva<strong>das</strong> <strong>em</strong> conta (sendo, portanto, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong>) as situações <strong>em</strong> que hágiroversão <strong>de</strong> incisivo inferior, com apenas parte do bordo incisal <strong>em</strong>cruzamento.c) Mordida Aberta Vertical Anterior – Se há falta <strong>de</strong> ultrapassag<strong>em</strong> verticalentre incisivos opostos caracteriza-se uma situação <strong>de</strong> mordida aberta. Otamanho da distância entre os bordos incisais é medido com a sonda OMS eo valor, <strong>em</strong> mm, registrado no campo correspon<strong>de</strong>nte.d) Relação Molar Ântero-Posterior – A avaliação é feita com base na relaçãoentre os primeiros molares permanentes, superior e inferior. Se isso não épossível porque um ou ambos estão ausentes, não completamenteerupcionados, ou alterados <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> cárie ou restaurações, então oscaninos e pré-molares são utilizados. Os lados direito e esquerdo sãoavaliados com os <strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> oclusão e apenas o maior <strong>de</strong>svio da relaçãomolar normal é registrado. Os seguintes códigos são <strong>em</strong>pregados:


480 – Normal1 – Meia Cúspi<strong>de</strong>. O primeiro molar inferior está <strong>de</strong>slocado meiacúspi<strong>de</strong> para mesial ou distal, <strong>em</strong> relação à posição normal.2 – Cúspi<strong>de</strong> Inteira. O primeiro molar inferior está <strong>de</strong>slocado umacúspi<strong>de</strong> para mesial ou distal, <strong>em</strong> relação à posição normal


49Quadro 1. Códigos e critérios para a realização do DAI.Fonte: Manual da Equipe <strong>de</strong> Campo, SBBrasil 2010 (BRASIL, 2009).Figura 3. Medição do diast<strong>em</strong>aFigura 4. Medição do <strong>de</strong>salinhamento maxilarFigura 5. Medição do overjet maxilar


504.4.2 Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV)Consiste na avaliação por meio <strong>de</strong> exame visual com auxílio <strong>de</strong> espelhoclínico da presença ou ausência <strong>de</strong> biofilme <strong>de</strong>ntal num padrão binomial utilizandoos seguintes códigos:0 - Ausência <strong>de</strong> placa visível1 - Presença <strong>de</strong> placa visívelO índice foi calculado a partir da seguinte equação:IPV= nº <strong>de</strong> faces com biofilme visível X 100nº <strong>de</strong> faces susceptíveisFigura 6. Índice <strong>de</strong> Placa Visível (IPV)4.4.3 Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival (ISG)Para verificar o índice <strong>de</strong> inflamação dos tecidos gengival, foi utilizado oÍndice <strong>de</strong> Sangramento Gengival (ISG), sendo sonda<strong>das</strong> as regiões interpapilar(mesial e distal), vestibular e lingual (ou palatina) da gengiva marginal dos <strong>de</strong>ntes.Os tecidos periodontais inflamados ten<strong>de</strong>m ao sangramento quando da introdução<strong>de</strong> uma sonda <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> micro ulcerações no epitélio que reveste a


51pare<strong>de</strong> do tecido mole do sulco ou da bolsa periodontal. Há uma gran<strong>de</strong> importânciado sangramento a sondag<strong>em</strong>, pois, ajuda no diagnóstico indicando tecidosinflamados, ou seja, s<strong>em</strong> presença <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> periodontal.Para o Índice <strong>de</strong> Sangramento Gengival, uma sonda periodontal com secçãocircular foi inserida lev<strong>em</strong>ente (<strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 0,5 mm) na entrada do sulco gengival epercorrida por toda sua extensão <strong>de</strong>licadamente. Após esse procedimento,aguardou-se alguns minutos para verificar se houve ou não sangramento marginal.Em seguida, calculou-se o índice somando to<strong>das</strong> as superfícies que apresentaramsangramento à sondag<strong>em</strong> dividindo-as pelo total <strong>de</strong> faces sonda<strong>das</strong> (OPPERMAN,1999).Figura 7. Sondag<strong>em</strong> dos el<strong>em</strong>entos (ISG)Figura 8. Sangramento após sondag<strong>em</strong>4.5 Análise dos dadosApós a coleta dos dados, as fichas foram conferi<strong>das</strong> e os dados foramdigitados, criando-se assim, um banco <strong>de</strong> dados; foi realizado um processo <strong>de</strong>conferência e correção <strong>de</strong> erros i<strong>de</strong>ntificados nesse banco <strong>de</strong> dados. Após aconferência, esses dados foram dicotomizados pela variável com e s<strong>em</strong> má oclusãoe submetidos a testes estatísticos <strong>de</strong> associação, como o teste exato <strong>de</strong> Fisher comnível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5% (p < 0,05).Diante <strong>das</strong> respostas da<strong>das</strong> pelos entrevistados, foi promovido como forma <strong>de</strong>orientação as crianças/adolescentes e pais, um dia voltado às mães para


52mostrarmos a realida<strong>de</strong> dos seus filhos, <strong>de</strong> modo a motivá-las a inserir <strong>em</strong> casa ohábito <strong>de</strong> escovação <strong>de</strong>ntária além, <strong>de</strong> um treinamento com os extensionistas querealizam ativida<strong>de</strong>s nessa comunida<strong>de</strong> para enfatizar<strong>em</strong> e direcionar<strong>em</strong> asativida<strong>de</strong>s educativas propostas para as crianças <strong>de</strong> acordo com os resultadosobtidos. Essas ativida<strong>de</strong>s foram realiza<strong>das</strong> na Associação Comunitária dosMoradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC.Os voluntários da pesquisa foram beneficiados com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevençãoe promoção à saú<strong>de</strong> realizados pelos extensionistas do projeto Santa ClaraSorri<strong>de</strong>nte que é <strong>de</strong>senvolvido por estudantes <strong>de</strong> Odontologia no local do estudo..


535 Resultados


545 RESULTADOSOs resultados estão dispostos <strong>em</strong> tabelas, conforme as variáveis estuda<strong>das</strong>,e foram analisados pela estatística <strong>de</strong>scritiva e, quando possível, submetidos a testeestatístico <strong>de</strong> associação.Na tabela 1, observa-se uma alta prevalência do IPV (66,6%), comcomportamento s<strong>em</strong>elhante <strong>em</strong> ambos os gêneros, diferent<strong>em</strong>ente do que ocorreucom o ISG, on<strong>de</strong> a maior parte <strong>das</strong> crianças apresentou uma baixa taxa <strong>de</strong>sangramento (47,4%), sendo esta maior entre as do gênero f<strong>em</strong>inino (31%).Tabela 1. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliação relacionada com o índice <strong>de</strong>sangramento gengival e o índice <strong>de</strong> placa visível segundo o gênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos doPETI Santa Clara, Castelo Branco – João Pessoa/PB 2010GêneroMasculinoF<strong>em</strong>ininoVariáveis n % n % pISGBaixa 7 16,7 13 31Média 4 9,5 8 19 0,671Alta 5 11,9 5 11,9IPVBaixa 1 2,4 3 7,1Média 1 2,4 9 21,4 0,070Alta 14 33,3 14 33,3Na figura 9, po<strong>de</strong>-se verificar que, <strong>em</strong>bora o ISG tenha sido baixo, a presença<strong>de</strong> sangramento foi verificada <strong>em</strong> 88,33%.


55100,0%80,0%60,0%83,33%97,61%40,0%20,0%0,0%16,66%ISG2,38%IPV0 ≠ 0Figura 9. Distribuição percentual da presença e ausência <strong>de</strong> Placa visível e Sangramento <strong>em</strong>crianças/adolescentes, João Pessoa/PB 2010Na tabela 2, observa-se que a maior parte <strong>das</strong> crianças com ISG baixo,procurou o <strong>de</strong>ntista tendo a dor ou a consulta <strong>de</strong> rotina como principais motivos.Mesmo 100% <strong>das</strong> crianças afirmando possuir escova <strong>de</strong>ntal, e boa parte <strong>de</strong>clarandoescovar os <strong>de</strong>ntes 3 ou mais vezes ao dia, 66,7% apresentaram um alto ISG.Tabela 2. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliação relacionada com os hábitos<strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal segundo o gênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco– João Pessoa/PB 2010Baixo Médio Alton % n % n %MotivoDor 8 19,5 3 7,3 2 4,9Sangramento 0 0 0 0 1 2,4Cavida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes 2 4,9 5 12,2 2 4,9Rotina 8 19,5 2 4,9 4 9,8Possui EscovaSim 4 9,5 10 23,8 28 66,7Não 0 0 0 0 0 0Realiza Escovação1 vez 3 7,1 0 0 1 2,42 vezes 4 9,5 2 4,8 2 4,83 ou + 11 26,2 8 19 7 16,7ISG


56Já na tabela 3, observa-se que as crianças que apresentaram um alto IPV(22%) tiveram a dor como sendo o principal motivo <strong>de</strong> ida ao <strong>de</strong>ntista. Mesmo 100%<strong>das</strong> crianças possuindo escova <strong>de</strong>ntal, e a maioria escovando os <strong>de</strong>ntes 3 ou maisvezes ao dia, 40,5% apresentaram um alto IPV.Tabela 3. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliação relacionada com os hábitos<strong>de</strong> <strong>higiene</strong> bucal segundo o gênero <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco– João Pessoa/PB 2010IPVBaixo Médio Alton % n % n %MotivoDor 1 2,4 3 7,3 9 22Sangramento 0 0 0 0 1 2,4Cavida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes 3 0 1 2,4 8 19,5Rotina 4 7,3 6 14,6 5 12,2Possui EscovaSim 4 9,5 10 23,8 28 66,7Não 0 0 0 0 0 0Realiza Escovação1 vez 0 0 1 2,4 3 7,12 vezes 1 2,2 2 4,8 5 11,93 ou + 3 7,1 6 14,3 17 40,5Na tabela 4, observa-se que houve uma predominância do sexo masculino<strong>em</strong> relação ao f<strong>em</strong>inino, no que diz respeito ao t<strong>em</strong>po da última consulta ser hámenos <strong>de</strong> 1 ano (19,5%), on<strong>de</strong> 97,7% <strong>das</strong> crianças procuraram um serviço público,sendo a dor (22%) e a rotina (22%), os principais motivos da consulta entre o sexof<strong>em</strong>inino.


57Tabela 4. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliação relacionada com o acessoaos serviços odontológicos segundo o gênero- João Pessoa/PBGêneroMasculinoF<strong>em</strong>ininoVariáveis n % n %T<strong>em</strong>po <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última consulta> 1ano 8 19,5 6 14,61 – 3anos 6 14,6 6 14,64 ou + anos 1 2,4 2 4,9Local do atendimentoPúblico * 15 36,6 26 63,4Motivo do atendimentoDor 4 9,8 9 22Sangramento 1 2,4 0 0Cavida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes 2 4,9 7 17,1Rotina 5 12,2 9 22*Uma crianças respon<strong>de</strong>u nunca ter ido ao <strong>de</strong>ntistaNa tabela 5, ao se avaliar a presença <strong>de</strong> má oclusão, verifica-se que ascrianças do sexo f<strong>em</strong>inino são ligeiramente mais acometi<strong>das</strong> 16 (38,1%).Tabela 5. Distribuição <strong>em</strong> números absolutos e percentuais da avaliação relacionada com o gênerosegundo a presença <strong>de</strong> má oclusão <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco– João Pessoa/PB 2010MÁ OCLUSÃOAusência Presença pn % n %Masculino 4 9,5 12 28,6 0,369F<strong>em</strong>inino 10 23,8 16 38,1Total 14 33,3 28 66,7crianças.Na figura 10, observa-se que a má oclusão está presente <strong>em</strong> 28 (66,7%) <strong>das</strong>


58Má Oclusão33,3%66,7%PresençaAusênciaFigura 10. Distribuição percentual da Má Oclusão <strong>em</strong> crianças/adolescentes, João Pessoa/PB 2010Na tabela 6, observa-se que a maioria <strong>das</strong> crianças não apresenta per<strong>das</strong><strong>de</strong>ntárias inferiores n<strong>em</strong> superiores (88,1% e 85,7% respectivamente). Já <strong>em</strong>relação ao apinhamento e espaçamento na região anterior, ocorre o contrário, 62,1%e 54,7% respectivamente <strong>das</strong> crianças apresentam tal anormalida<strong>de</strong>. O mesmopo<strong>de</strong> ser observado <strong>em</strong> relação à mordida aberta anterior, a qual está presente <strong>em</strong>92,8% <strong>das</strong> crianças, sendo mais prevalente entre as mulheres (59,5%). Quanto àrelação molar ântero-posterior, 52,4% <strong>das</strong> crianças apresentam uma relação normal.


59Tabela 6. Número e porcentag<strong>em</strong> <strong>em</strong> relação ao gênero segundo grupos <strong>de</strong> condições: <strong>de</strong>ntição,espaço e relação molar <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco – JoãoPessoa/PB 2010GêneroMasculino F<strong>em</strong>inino pn % n %Dentes inferiores -0 15 35,7 22 52,41 1 2,4 4 9,5Dentes superiores -0 14 33,3 22 52,41 2 4,8 4 9,5ApinhamentoAusência 5 11,9 11 26,21 segmento 4 9,5 7 16,7 0,672 segmento 7 16,9 8 19Espaçamento -Ausência 5 11,9 14 33,31 segmento 6 14,3 8 192 segmento 5 11,9 4 9,5Mordida Aberta AnteriorPresença 2 4,8 1 2,4 0,32*Ausência 14 33,3 25 59,5Relação molar -0- Normal 10 23,8 12 28,61 - meia cúspi<strong>de</strong> 6 14,3 8 192 Cúspi<strong>de</strong>inteira*Teste Exato <strong>de</strong> Fisher0 0 6 14,3Na Figura 11, o gráfico mostra que <strong>de</strong>ntre as más oclusões, a que maisacomete as crianças é a mordida aberta anterior (92,8%).


6070,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%61,90%Má Oclusão54,80%Apinhamento Espaçamento Mordida AbertaAnteriorMá Oclusão7,2%52,40%Relação MolarFigura <strong>11.</strong> Distribuição percentual da presença <strong>das</strong> más oclusões <strong>em</strong> crianças/adolescentes, JoãoPessoa/PB 2010.Na tabela 7 constata-se que, com relação ao espaço, a maior taxa estárelacionada com o overjet <strong>em</strong> ambos os gêneros, com média <strong>de</strong> 3,46 nos homens e2,13 nas mulheres, prevalecendo sobre as <strong>de</strong>mais anormalida<strong>de</strong>s.Tabela 7. Média e <strong>de</strong>svio padrão dos grupos <strong>de</strong> condições: espaço e oclusão segundo o gênero,João Pessoa/PB 2010GêneroMasculino (n=16) F<strong>em</strong>inino (n=26)m ±dp m ±dpDiast<strong>em</strong>a (mm) 0,70 1,18 0,74 1,22Desalinhamento Maxilar (mm) 0,71 1,32 0,90 1,08Desalinhamento mandibular (mm) 0,92 1,21 0,65 1,10Overjet (mm) 3,46 1,85 2,13 1,84Overjet mandibular (mm) 0 0 0 0Na tabela 8, observa-se que a maioria dos pais não possui escolarida<strong>de</strong>(52,4% dos pais e 47,6% <strong>das</strong> mães). Das crianças que apresentam má oclusão,45,2% relatam necessitar <strong>de</strong> algum tratamento, sendo o aparelho ortodôntico(35,7%) o mais citado (FIGURA 12). Com relação à condição bucal, 40,5% <strong>das</strong>crianças que classificaram como boa sua condição bucal, apresentaram má oclusão.


61Tabela 8. Relação entre os aspectos socioeconômicos, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento e o índice <strong>de</strong> máoclusão <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 15 anos do PETI Santa Clara, Castelo Branco – João Pessoa/PB 2010Má OclusãoVariáveis S<strong>em</strong> Com pn % n %Escolarida<strong>de</strong> PaiS<strong>em</strong> 10 23,8 12 28,6Até 8 anos 8 9,6 11 26,2 0,223+ 8 anos 0 0 5 11,9Escolarida<strong>de</strong> MãeS<strong>em</strong> 6 14,3 14 33,3Até 8 anos 7 16,7 10 23,8 0,621+ 8 anos 1 2,4 4 9,6Você Necessita <strong>de</strong> TratamentoSim 9 21,4 19 45,2 0,871Não 5 11,9 9 21,4Você Necessita <strong>de</strong> AparelhoSim 7 16,7 15 35,7 0,827Não 7 16,7 13 31Você Necessita <strong>de</strong> LimpezaSim 4 9,5 7 16,7 0,804Não 10 23,8 21 50Você Necessita <strong>de</strong> ClareamentoSim 2 4,8 4 9,5 1,00Não 12 28,6 24 57,1Você Necessita <strong>de</strong> RestauraçãoSim 2 4,8 3 7,1 0,736Não 12 28,6 25 59,5Você Necessita <strong>de</strong> ExtraçãoSim 2 4,8 4 9,5 1,00Não 12 28,6 24 57,1Como está sua Condição BucalPéssima 0 0 1 2,4Ruim 2 4,8 7 16,7Boa 9 21,4 17 40,5 0,641Ótima 2 4,8 1 2,4Não sabe 1 2,4 2 4,8Motivo <strong>de</strong> ir ao <strong>de</strong>ntistaDor 4 9,8 9 22Sangramento 0 0 1 2,4Cavida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes 4 9,8 5 12,2 0,883Rotina 5 12,2 9 22Outros 1 2,4 27 65,9


62O que gostaria que fosse feitoS<strong>em</strong> Má OclusãoCom Má Oclusão40,0%35,0%30,0%25,0%20,0%15,0%10,0%5,0%0,0%35,7016,7016,709,509,509,507,104,80 4,80 4,80Aparelho Limpeza Clareamento Restauração ExtraçãoFigura 12. Distribuição percentual dos tipos <strong>de</strong> tratamento que os pesquisados gostariam que foss<strong>em</strong>realizados <strong>em</strong> sua boca <strong>de</strong> acordo com a presença <strong>de</strong> Má Oclusão, João Pessoa/PB 2010.


636 Discussão


646 DISCUSSÃONo presente estudo, houve uma participação muito boa por parte <strong>das</strong>crianças, mesmo assim, ocorreu recusa no exame clínico e entrevista por parte <strong>de</strong>algumas <strong>de</strong>las. A metodologia do SB Brasil adotada pô<strong>de</strong> ser reproduzida s<strong>em</strong>alterações, conforme protocolo <strong>de</strong> pesquisa preconizado.Dados do Levantamento Epi<strong>de</strong>miológico Nacional realizado <strong>em</strong> 2003revelaram um quadro insatisfatório da saú<strong>de</strong> bucal dos adolescentes brasileiros. Emnosso estudo, percebeu-se que, 83,3% <strong>das</strong> crianças examina<strong>das</strong> apresentaramsangramento á sondag<strong>em</strong> e 97,6% com presença <strong>de</strong> biofilme, prevalecendo ogênero f<strong>em</strong>inino <strong>em</strong> relação ao masculino.Essa prevalência foi superior à encontrada por Silveira; Oliveira; Padilha(2002) no Rio <strong>de</strong> Janeiro, Santos et al. (2008) <strong>em</strong> Porto Velho/RO, Castro (2009) <strong>em</strong>Portugal, Chambrone et al. (2010) <strong>em</strong> São Bernardo do Campo/SP e Toassi; Petry(2002) <strong>em</strong> Santa Tereza/RS com relação ao ISG. Os resultados da presentepesquisa, <strong>em</strong> relação ao IPV, se aproximam dos encontrados também por Toassi;Petry (2002), cujo valor do IPV foi <strong>de</strong> 74,5%. No mais recente levantamentoepi<strong>de</strong>miológico da população da Macrorregião dos Vales (BRASIL, 2003), observouseum menor valor <strong>em</strong> relação ao ISG (36,07%) aos 12 anos.Ainda <strong>em</strong> relação ao IPV, os resultados da presente pesquisa mostram queas mulheres apresentaram um maior índice, resultado este não encontrado porChambrone et al. (2010) <strong>em</strong> São Bernardo do Campo/SP.Um resultado bastante contraditório foi encontrado. Mesmo to<strong>das</strong> as criançasafirmando possuir escova <strong>de</strong>ntal e relatando escovar os <strong>de</strong>ntes 3 ou mais vezes aodia, foi encontrada uma alta prevalência IPV e ISG. Isso po<strong>de</strong> <strong>de</strong>correr do fato <strong>das</strong>crianças estar<strong>em</strong> realizando uma escovação <strong>de</strong>ficiente, o que acaba levando aoacúmulo <strong>de</strong> biofilme <strong>de</strong>ntal, aumentando a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>probl<strong>em</strong>a gengivais, como constatado pela alta prevalência do ISG, mesmo <strong>em</strong>níveis baixos.Segundo Alexandre et al. (2006), Lacerda (2004) e Brasil (2004), a dor <strong>de</strong><strong>de</strong>nte é um dos principais motivos para a utilização dos serviços odontológicos.Nesse estudo, entretanto, <strong>em</strong> ambos os gêneros (34,2%) a rotina foi a principal


65razão para se procurar o atendimento odontológico, seguida da dor (31,8%).Concordando com esses resultados, encontra-se Castro (2009) o qual afirma que arotina (19,6%) é uma <strong>das</strong> razões mais comuns para a procura <strong>de</strong> cuidadoodontológico seguida da dor (9,8%).Em relação ao acesso aos serviços odontológicos, é pertinente <strong>de</strong>stacar quea gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>ssa população é atendida na re<strong>de</strong> pública o que é representadopor 97,7%, pois apenas uma <strong>das</strong> 42 crianças relatou nunca ter ido ao <strong>de</strong>ntista,corroborando com Noro et al. (2008) que <strong>em</strong> seu estudo encontrou que 85,4% dospesquisados procuraram a re<strong>de</strong> pública, e Alves; Forte; Sampaio (2009) com umataxa <strong>de</strong> 81,5%, tornando evi<strong>de</strong>nte a importância do SUS. Contudo, Barros; Bertoldi,(2002) encontraram situação bastante diferente <strong>das</strong> acima cita<strong>das</strong>, pois apenas 24%dos atendimentos odontológicos foram providos pelo SUS, e também por Souza etal.(2007), on<strong>de</strong> apenas 59,36% recorreram ao setor púbico, o que po<strong>de</strong> estarrelacionado com um melhor po<strong>de</strong>r aquisitivo da população por eles estudada.As más oclusões são probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong> interesse na Saú<strong>de</strong>Coletiva, <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> como agravos à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1950, pela OMS. O presenteestudo apresentou um alto percentual <strong>de</strong>ste agravo, pois cerca <strong>de</strong> 66,7% <strong>das</strong>crianças apresentavam algum tipo <strong>de</strong> má oclusão.Essa prevalência é inferior à encontrada por Pedrin et al. (2008) <strong>em</strong>Miranda/MS com taxa <strong>de</strong> 95,73%, Arashiro et al. (2009) <strong>em</strong> Campinas/SP com taxa<strong>de</strong> 87,4%, Moura et al. (2007) <strong>em</strong> Campina Gran<strong>de</strong>/PB com taxa <strong>de</strong> 78,4%, Alves;Forte; Sampaio (2009) <strong>em</strong> João Pessoa/PB com taxa <strong>de</strong> 74%, Suliano et al. (2007)<strong>em</strong> Camaragibe/PE com taxa <strong>de</strong> 82,1%, Farahani, Ali; Farahani, Anahid; Eslamipour(2009) no Irã com taxa <strong>de</strong> 77,1%, Cavalcanti et al. (2008) <strong>em</strong> Campina Gran<strong>de</strong>/PBcom taxa <strong>de</strong> 80,6%, Grabis; Marton; Madléna (2006) na Hungria com taxa <strong>de</strong> 70,4%,Suliano et al. (2005) <strong>em</strong> Juazeiro do Norte/CE com taxa <strong>de</strong> 77,3% e Lima (2005) <strong>em</strong>Natal/RN com percentual <strong>de</strong> 76,5%.Os resultados da presente pesquisa se aproximam dos encontrados porMarques et al. (2005) <strong>em</strong> Belo Horizonte/MG com taxa <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> másoclusões 62% e Almeida el al. (2007) <strong>em</strong> Manaus/AM com taxa <strong>de</strong> 66%, sendosuperior aos <strong>de</strong> Alves et al. (2006) <strong>em</strong> Feira <strong>de</strong> Santana/BA com taxa <strong>de</strong> 21,6%,Utomi; Onyeaso (2009) na Nigéria com taxa <strong>de</strong> 59% e Souames et al. (2006) naFrança com percentual <strong>de</strong> 21%, b<strong>em</strong> como ao do último levantamentoepi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> base nacional <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal realizado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>


66<strong>em</strong> 2003, no qual 58,14% dos escolares na ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 12 anos apresentou máoclusão (BRASIL, 2004)..Desta forma, estes altos percentuais na prevalência <strong>das</strong> más oclusões tantono Brasil como <strong>em</strong> outros países do mundo nos r<strong>em</strong>ete a Chaves (1986) que jáafirmara que as oclusopatias afetam gran<strong>de</strong> parte da população mundial, on<strong>de</strong> ospercentuais <strong>de</strong> freqüência raramente estão abaixo <strong>de</strong> 50,0%, constituindo, também,um sério probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.A má-oclusão foi diagnosticada como sendo ligeiramente mais freqüente nosexo f<strong>em</strong>inino, <strong>em</strong>bora s<strong>em</strong> diferenças estatisticamente significantes entre os sexos.Estes resultados corroboram com os achados da literatura Cavalcanti et al. (2008),Alves; Forte; Sampaio (2009), Marques et al. (2005), Almeida et al. (2007),Farahani, Ali; Farahani, Anahid; Eslamipour (2009) e Schwertner et al. (2007), nosquais, também não foram verifica<strong>das</strong> diferenças significativas quanto à prevalência<strong>de</strong> má-oclusão <strong>em</strong> função do sexo.Com relação ao apinhamento <strong>de</strong>ntário, 26 crianças (61,9%) apresentaram odistúrbio. Esses valores estão <strong>de</strong> acordo com os estudos <strong>de</strong> Schwertner et al. (2007)realizados <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 7 a 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, Estadodo Paraná no qual 65,5% do total apresentaram apinhamento <strong>de</strong>ntário, b<strong>em</strong> comoPedrin et al. (2008), encontrando uma prevalência <strong>de</strong> 53,52%. No entanto, Marqueset al. (2005), Alves et al. (2006), Grabis; Marton; Madléna (2006), Lima (2005), Sá;Vasconcelos (2008), Souames et al. (2006), Brasil (2003), Almeida et al. (2007) eUtomi; Onyeaso (2009) encontraram <strong>em</strong> seus estudos um percentual b<strong>em</strong> maior <strong>de</strong>crianças com ausência <strong>de</strong> apinhamento.A presença <strong>de</strong> espaçamento na região incisal foi observada <strong>em</strong> 54,7% <strong>das</strong>crianças, corroborando com os estudos <strong>de</strong> Utomi; Onyeaso (2009) on<strong>de</strong> 58,8%apresentavam espaçamento. Já Marques et al. (2005), Alves et al. (2006) e Grabis;Marton; Madléna (2006), obtiveram <strong>em</strong> suas estudos um percentual maior <strong>de</strong>crianças s<strong>em</strong> espaçamento.Quanto à mordida aberta anterior, a prevalência encontrada foi <strong>de</strong> 5 crianças(7,2%). Esses valores se aproximam dos encontrados por Cavalcanti et al. (2008)22,3%, Alves et al. (2006) 9,3%, Grabis; Marton; Madléna(2006) 10,8%, Lima (2005)12,1%, Almeida et al. (2007) 5,9%, Sá; Vasconcelos. (2008) 14%, Souza et al.(2008) 13%, Freitas et al. (2002) 9%, Farahani, Ali; Farahani, Anahid; Eslamipour


67(2009) 1,6%, Utomi; Oyneaso (2009) 25,5%, Brasil (2003) 6,85%, Pedrin et al.(2008) 13,2% e Schwertner et al. (2007) 14,2%.Quando a relação molar ântero-posterior foi observada, verificou-se que amaioria <strong>das</strong> crianças examina<strong>das</strong> apresentava uma relação molar normal (52,4%),estando, portanto, <strong>em</strong> concordância com os estudos <strong>de</strong> Cavalcanti et al. (2008),Alves et al. (2006), Grabis; Marton; Madléna(2006), Farahani, Ali; Farahani, Anahid;Eslamipour (2009), Utomi; Oyneaso (2009) e Schwertner et al. (2009), discordandoapenas <strong>de</strong> Sá; Vasconcelos (2008) o qual encontrou <strong>em</strong> seu estudo com 50 crianças<strong>em</strong> Ver<strong>de</strong>jante/PE, uma maior prevalência <strong>em</strong> relação ao molar inferior quando estáa meia cúspi<strong>de</strong> mesialmente da sua relação normal.O overjet maxilar foi mais prevalente <strong>de</strong>ntre as anormalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> espaço eoclusão corroborando com os estudos <strong>de</strong> Marques et al. (2005), Brasil (2003),Grabis; Marton; Madléna (2006) e Lima et al. (2005), porém nos estudos <strong>de</strong> Sá;Vasconcelos (2008) e Utomi; Onyeaso (2009) prevaleceu o diast<strong>em</strong>a.O overjet mandibular não foi encontrado <strong>em</strong> nenhuma <strong>das</strong> crianças, resultadoigual ao encontrado por Sá; Vasconcelos (2008). Baixas prevalências também foiencontrada por Marques et al. (2005), Brasil (2003), Grabis; Marton; Madléna (2006)e Utomi; Onyeaso (2009) <strong>em</strong> seus estudos.Poucos estudos foram <strong>de</strong>senvolvidos com objetivo <strong>de</strong> verificar a associaçãoentre os fatores socioeconômicos e as más oclusões. Em nosso estudo, não foiobservada relação entre o grau <strong>de</strong> instrução dos pais e a má oclusão, corroborandocom Alves; Forte; Sampaio (2009), b<strong>em</strong> como Meyers; Hertzberg (1988) <strong>em</strong> estudorealizado com crianças <strong>de</strong> 10 a 12 anos nos Estados Unidos da América.Das crianças que apresentaram má oclusão (66,7%), 45,2% relataramnecessitar <strong>de</strong> algum tratamento, sendo o aparelho ortodôntico (35,7%) o mais citado.Esse resultado <strong>de</strong>monstra que as crianças possu<strong>em</strong> um senso crítico eautopercepção <strong>em</strong> relação á estética <strong>de</strong>ntal.Apesar <strong>de</strong> existir um gran<strong>de</strong> avanço na odontologia, ficou claro que acomunida<strong>de</strong> abordada nesse estudo, ainda não apresenta boas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>bucal, a qual é bastante precária. O conhecimento da distribuição e características<strong>das</strong> más oclusões nessas crianças po<strong>de</strong> fornecer parâmetros para futuras análises,ao servir<strong>em</strong> como base <strong>de</strong> comparação para estudos posteriores, além <strong>de</strong> ser<strong>em</strong>norteadores no planejamento <strong>de</strong> ações <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> coletiva.


68Um dos fatores a ser consi<strong>de</strong>rado a respeito da alta prevalência <strong>de</strong> máoclusão observada é que não exist<strong>em</strong> medi<strong>das</strong> efetivas <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Oplanejamento <strong>das</strong> políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve estar pautado no conhecimento<strong>das</strong> necessida<strong>de</strong>s da população, correlacionando causas, efeitos e soluçõespossíveis dos probl<strong>em</strong>as, dimensionando os recursos disponíveisDessa forma, medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> prevenção e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucaldireciona<strong>das</strong> às más oclusões <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser adota<strong>das</strong> na execução <strong>das</strong> ativida<strong>de</strong>s daequipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, uma vez que, a falta <strong>de</strong> acesso a serviçosespecializados para o tratamento <strong>das</strong> más oclusões ainda é precário no setorpúblico, daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encaminhamento <strong>de</strong>ssas crianças para unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>referência.


697 Conclusão


707 CONCLUSÃOAtravés dos resultados obtidos po<strong>de</strong>-se concluir que:‣ A <strong>higiene</strong> bucal <strong>de</strong>ficiente comprovada pela alta prevalência dos índices<strong>de</strong> placa visível e <strong>de</strong> sangramento gengival revela a necessida<strong>de</strong> daimplantação da escovação supervisionada para a prevenção <strong>das</strong> doençascárie e periodontal;‣ A elevada prevalência <strong>de</strong> alterações oclusais <strong>de</strong>monstra ser fundamentalo reconhecimento <strong>das</strong> más oclusões como uma <strong>de</strong>manda importante que<strong>de</strong>va ser avaliada, não somente <strong>em</strong> relação à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento,mas também no que se refere às ações preventivas e educativas, as quais<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser cont<strong>em</strong>pla<strong>das</strong> na elaboração <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>integral para esta comunida<strong>de</strong>;‣ A maioria <strong>das</strong> crianças possui uma boa percepção quanto a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> seus probl<strong>em</strong>as bucais;‣ A maioria <strong>das</strong> crianças apresentam uma gran<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tratamento <strong>em</strong> relação ás más oclusões.


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78Apêndices


79APÊNDICESAPÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE EESCLARECIDOUNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDEDEPARTAMENTO DE CLÍNICA E ODONTOLOGIA SOCIALTÍTULO DO PROJETO: Avaliação <strong>das</strong> Condições <strong>de</strong> Higiene e Estética Bucal <strong>em</strong>crianças/ adolescentes do Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil daComunida<strong>de</strong> Santa Clara, João Pessoa/PBTERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDOPrezado (a) Senhor (a)Estamos realizando um estudo com o objetivo <strong>de</strong> conhecer a condição <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> bucal <strong>das</strong> crianças/adolescentes que faz<strong>em</strong> parte do Programa <strong>de</strong>Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) na Comunida<strong>de</strong> Santa Clara. Essa pesquisapo<strong>de</strong>rá contribuir para um melhor conhecimento, controle e prevenção <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>asrelacionados com a saú<strong>de</strong> bucal. Durante o estudo serão realizados os seguintesprocedimentos: aplicação <strong>de</strong> uma entrevista e exame clinico intra-bucal.O exame éuma observação da boca, feita na própria escola, com toda técnica, segurança e<strong>higiene</strong>, conforme normas da Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> e do Ministério daSaú<strong>de</strong>. Não representa riscos n<strong>em</strong> <strong>de</strong>sconforto para qu<strong>em</strong> será examinado. Osdados individuais coletados não serão divulgados <strong>em</strong> nenhuma hipótese, mas osresultados da pesquisa ajudarão a prevenir doenças bucais e melhorar a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>todos. Esclarec<strong>em</strong>os que será garantido o sigilo do nome <strong>de</strong> todos participantes dapesquisa. A participação é voluntária e a pessoa não será prejudicada <strong>de</strong> formaalguma caso não queira participar do estudo, sendo também garantido o direito <strong>de</strong><strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> participar da pesquisa a qualquer t<strong>em</strong>po, s<strong>em</strong> que essa <strong>de</strong>cisão aprejudique.Após a avaliação <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> e <strong>de</strong> estética e oclusão, caso apresentenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento os pacientes serão <strong>de</strong>vidamente encaminhados paraclínicas do Curso <strong>de</strong> Odontologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba – UFPB. Alémdisso, os voluntários da pesquisa serão beneficiados com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>prevenção e promoção à saú<strong>de</strong> realizados pelos extensionistas do projeto SantaClara Sorri<strong>de</strong>nte que acontece no local do estudo.Caso necessite <strong>de</strong> maiores informações sobre o presente estudo, favor entrar<strong>em</strong> contato com a Profª Talitha Rodrigues Ribeiro Fernan<strong>de</strong>s Pessoa, telefone 32167798, e-mail: talitha.ribeiro@yahoo.com.br. Esperamos contar com seu apoio, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>já agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os <strong>em</strong> nome <strong>de</strong> todos os que se <strong>em</strong>penham para melhorar a saú<strong>de</strong>pública <strong>em</strong> nosso Estado. (Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa do Hospital UniversitárioLauro Wan<strong>de</strong>rley, 4º andar. Telefone: 3216-7302)


80AUTORIZAÇÃOApós ter sido informado (a) sobre a finalida<strong>de</strong> da pesquisa “Avaliação <strong>das</strong> Condições<strong>de</strong> Higiene e Estética Bucal <strong>em</strong> crianças/ adolescentes do Programa <strong>de</strong> Erradicaçãodo Trabalho Infantil da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara, João Pessoa/PB”, informo queautorizo meu filho(a) ____________________________________________participar do estudo e que autorizo a realização dos referidos procedimentos, b<strong>em</strong>como, da publicação dos resultados e fotografias <strong>de</strong>correntes do presente estudo.Estou ciente que receberei uma cópia <strong>de</strong>sse documento.__________________________________________________(Assinatura do menor)__________________________________________________(Assinatura do responsável)__________________________________________________(Assinatura da test<strong>em</strong>unha)__________________________________________________(Assinatura do Pesquisador (a) Responsável)


81Ficha nº. _______APÊNDICE B – ENTREVISTAENTREVISTA ESTRUTURADAParte I - Dados <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação/caracterização sócio-econômicaSexo: _________Ida<strong>de</strong>:__________En<strong>de</strong>reço:______________________________________________________________Renda familiar: Nenhuma Um salário mínimo 2 salários mínimos 3 ou mais saláriosmínimosNúmero <strong>de</strong> pessoas resi<strong>de</strong>ntes na casa: __________________________Situação <strong>de</strong> moradia:Própria Alugada Parente (cedida) Outras:___________Nº <strong>de</strong> cômodos da casa: ______________________________Tipo <strong>de</strong> moradia? Alvenaria Outras: ___________________Escolarida<strong>de</strong> do pai: S<strong>em</strong> Instrução Ensino Fundamental completo Ensino Médio completo Ensino Superior completoEscolarida<strong>de</strong> da mãe: S<strong>em</strong> Instrução Ensino Fundamental completo Ensino Médio completo Ensino Superior completo Ensino Fundamental incompleto Ensino Médio incompleto Ensino Superior incompleto Ensino Fundamental incompleto Ensino Médio incompleto Ensino Superior incompletoParte II- Acesso aos serviços odontológicosJá foi ao <strong>de</strong>ntista <strong>em</strong> sua vida?sim nãoHá quanto t<strong>em</strong>po?menos <strong>de</strong> 1 ano 1 a 3 anos 4 anos ou maisOn<strong>de</strong>?Serviço públicoServiço privado Serviço filantrópicoMotivo da consulta:dor feri<strong>das</strong>, manchas, etc na bocasangramento gengival cavida<strong>de</strong> nos <strong>de</strong>ntesrotina outros:_________________


82Parte III- Autopercepção <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucalSente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento atualmente?sim nãoO que você gostaria que fosse feito na sua bocaaparelholimpeza clareamento restauração extraçãoComo está sua saú<strong>de</strong> bucal?péssima ruim boa ótima não sabeRealiza <strong>higiene</strong> bucal (escovação <strong>de</strong>ntária):não sim 1 vez por dia 2 vezes por dia 3 vezes por diaPossui escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte?sim nãoOn<strong>de</strong> você costuma armazenar sua escova? ----------------------------Alguém utiliza esta escova além <strong>de</strong> você (irmãos, pai, mãe)?sim nãoEm caso afirmativo, qu<strong>em</strong> usa? ___________________ Por quê?______________Você costuma trocar a escova com que freqüência?2 meses 3 meses 6 meses 1 anoQuais os fatores que impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trocar a escova <strong>de</strong>ntal mais freqüent<strong>em</strong>ente?esquecimentodificulda<strong>de</strong> financeira outros: _____________________Usa cr<strong>em</strong>e <strong>de</strong>ntal?sim nãoUsa fio <strong>de</strong>ntal?sim nãoVocê t<strong>em</strong> cárie?Sim Não Não sabe O que é cárie?*Dente estragado, feio, amarelo, pretoBactéria, fungo, bichinho Falta <strong>de</strong> <strong>higiene</strong>, cuidado Não sabe Doce, alimentação Falta <strong>de</strong> tratamento, não ir ao <strong>de</strong>ntistaOutros O que fazer para não ter cárie?*Ter <strong>higiene</strong>, escovar Ir ao <strong>de</strong>ntista, tratar Cuidar alimentação, doces Usar flúor Não sabe OutrosVocê usa flúor?_______ Como?*Cr<strong>em</strong>e <strong>de</strong>ntal Solução para bochecho Água <strong>de</strong> beber Outros Não Não sabe/Não respon<strong>de</strong>u Para que serve o flúor?*Contra a cárie, proteger os <strong>de</strong>ntes Não sabe Outros


83Os <strong>de</strong>ntes duram a vida toda?Sim Não Outros Não respon<strong>de</strong>u Por quê?Estragam, ca<strong>em</strong>, duram algum t<strong>em</strong>poOutros Não sabe por quêSimSe cuidar, se tratar, se for ao <strong>de</strong>ntistaDepen<strong>de</strong> da sorte, natureza, geraçãoOutros Não sabe por quêNão


84APÊNDICE C – FICHAS PARA EXAMES DE HIGIENE BUCALÍndice <strong>de</strong> Sangramento Gengival:ISG =_____18 17 16 15 14 13 12 1121 22 23 24 25 26 27 2855 54 53 52 5161 62 63 64 6548 47 46 45 44 43 42 4131 32 33 34 35 36 37 3885 84 83 82 8171 72 73 74 75Índice <strong>de</strong> Placa Visível: IPV= _____18 17 16 15 14 13 12 1121 22 23 24 25 26 27 2855 54 53 52 5148 47 46 45 44 43 42 4161 62 63 64 6531 32 33 34 35 36 37 3885 84 83 82 8171 72 73 74 75


85APÊNDICE D – FICHAS PARA EXAMES DE ANORMALIDADES DENTOFACIAISÍndice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI)DentiçãoEspaçoNúmero <strong>de</strong> I, C e PM perdidosApinhamento na Espaçamento na Diast<strong>em</strong>a <strong>em</strong> Desalinhamento Desalinhamentoregião <strong>de</strong> incisivos região <strong>de</strong> incisivos milímetros maxilar anterior <strong>em</strong> mm mandibular <strong>em</strong> mmOclusãoOverjet maxilar Overjet mandibular Mordida aberta vertical Relação molaranterior <strong>em</strong> mm anterior <strong>em</strong> mm anterior <strong>em</strong> mm Ântero-posterior


86Anexos


87ANEXOSAnexo 1Anexo 2


88CARTA DE ANUÊNCIA 1UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDEDEPARTAMENTO DE CLÍNICA E ODONTOLOGIA SOCIALTÍTULO DO PROJETO: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E ESTÉTICABUCAL EM CRIANÇAS/ ADOLESCENTES DO PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DOTRABALHO INFANTIL DA COMUNIDADE SANTA CLARA, JOÃO PESSOA/PBCARTA DE ANUÊNCIAPrezado (a) Senhor (a),Estamos realizando um estudo com o objetivo produzir informações sobre ascondições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> e estética bucal <strong>das</strong> crianças/adolescentes do Programa <strong>de</strong>Erradicação do Trabalho Infantil da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara, João Pessoa/PB.Essa pesquisa po<strong>de</strong>rá cooperar para que os resultados aqui encontrados possamajudar a prevenir, diagnosticar e/ou tratar as necessida<strong>de</strong>s encontra<strong>das</strong> nessacomunida<strong>de</strong>. Durante o estudo serão realizados a aplicação <strong>de</strong> uma entrevistaestruturada e exame clínico intra-oral. Informamos que essa pesquisa não ofereceriscos para a saú<strong>de</strong> do adolescente/ criança.Eu, _____________________________________________________________, nacondição <strong>de</strong> ____________________________________da Se<strong>de</strong> da AssociaçãoComunitária dos Moradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC, venho pormeio <strong>de</strong>ste autorizar a realização <strong>de</strong>ssa pesquisa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que esta esteja a<strong>de</strong>quadaàs exigências do Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba.________________________________________________________Presi<strong>de</strong>nte da Se<strong>de</strong> da Associação Comunitária dos Moradoresda Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC.João Pessoa, ___ <strong>de</strong> ________<strong>de</strong> 2010.Anexo 3


89CARTA DE ANUÊNCIA 2UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDEDEPARTAMENTO DE CLÍNICA E ODONTOLOGIA SOCIALTÍTULO DO PROJETO: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E ESTÉTICABUCAL EM CRIANÇAS/ ADOLESCENTES DO PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DOTRABALHO INFANTIL DA COMUNIDADE SANTA CLARA, JOÃO PESSOA/PBCARTA DE ANUÊNCIAPrezado (a) Senhor (a),Estamos realizando um estudo com o objetivo produzir informações sobre ascondições <strong>de</strong> <strong>higiene</strong> e estética bucal <strong>das</strong> crianças/adolescentes do Programa <strong>de</strong>Erradicação do Trabalho Infantil da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara, João Pessoa/PB.Essa pesquisa po<strong>de</strong>rá cooperar para que os resultados aqui encontrados possamajudar a prevenir, diagnosticar e/ou tratar as necessida<strong>de</strong>s encontra<strong>das</strong> nessacomunida<strong>de</strong>. Durante o estudo serão realizados a aplicação <strong>de</strong> uma entrevistaestruturada e exame clínico intra-oral. Informamos que essa pesquisa não ofereceriscos para a saú<strong>de</strong> do adolescente/ criança.Eu, _____________________________________________________________, nacondição <strong>de</strong> ____________________________________da Se<strong>de</strong> da AssociaçãoComunitária dos Moradores da Comunida<strong>de</strong> Santa Clara – ACMCSC, venho pormeio <strong>de</strong>ste autorizar a realização <strong>de</strong>ssa pesquisa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que esta esteja a<strong>de</strong>quadaàs exigências do Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba.________________________________________________Coor<strong>de</strong>nadora do Programa <strong>de</strong> Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)da Comunida<strong>de</strong> Santa ClaraJoão Pessoa, ___ <strong>de</strong> ________<strong>de</strong> 2010.

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