302.3.2 Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI)O índice <strong>de</strong> estética <strong>de</strong>ntal é um índice quantitativo, proposto, <strong>em</strong> 1986 porJenny; Cons, para avaliar o grau <strong>de</strong> impacto estético da <strong>de</strong>ntição. T<strong>em</strong> sido adotadopela OMS como um índice <strong>de</strong> rastreamento trans-cultural (WHO, 1997). O DAI éuma equação <strong>de</strong> regressão logística que relaciona, mat<strong>em</strong>aticamente, a percepçãodo público sobre a estética <strong>de</strong>ntal com medi<strong>das</strong> físicas objetivas <strong>de</strong> característicasoclusais associa<strong>das</strong> as más oclusões (BEGLIN et al., 2001; JENNY; CONS,1996).Os conceitos teóricos que <strong>em</strong>basam o DAI permit<strong>em</strong> afirmar que quanto mais oaspecto <strong>de</strong>ntário <strong>de</strong> uma pessoa e <strong>de</strong>sviado <strong>das</strong> normas sociais, maior aprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la apresentar limitações sociais e, consequent<strong>em</strong>ente, necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> tratamento ortodôntico. Em epi<strong>de</strong>miologia, o DAI po<strong>de</strong> ser utilizado como índice<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da ma oclusão e como índice <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamentoortodôntico (JENNY, J; CONS, N. C., 1996).O DAI é utilizado para <strong>de</strong>terminar as necessida<strong>de</strong>s normativas <strong>de</strong> tratamentoortodôntico. Tal índice avalia as informações relativas a três grupos <strong>de</strong> condições:<strong>de</strong>ntição, expressa pelo número <strong>de</strong> incisivos, caninos e pré-molares permanentesperdidos que causam probl<strong>em</strong>as estéticos; espaço, avaliado com base noapinhamento no segmento incisal, espaçamento no segmento incisal, presença <strong>de</strong>diast<strong>em</strong>a incisal, <strong>de</strong>salinhamento maxilar anterior e <strong>de</strong>salinhamento mandibularanterior; oclusão, baseado nas medi<strong>das</strong> do overjet maxilar anterior, do overjetmandibular anterior, da mordida aberta vertical anterior e da relação molar ânteroposterior.O DAI fornece quatro possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfecho: ausência <strong>de</strong>anormalida<strong>de</strong> ou más oclusões leves, cujo tratamento ortodôntico é <strong>de</strong>snecessário(DAI = 5); má oclusão <strong>de</strong>finida, cujo tratamento é eletivo (DAI = 26-30); má oclusãosevera, cujo tratamento é altamente <strong>de</strong>sejável (DAI = 31-35) e má oclusão muitosevera ou incapacitante, cujo tratamento é fundamental (DAI = 36) (JENNY, J.;CONS, N. C. 1996)O último levantamento epi<strong>de</strong>miológico <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal realizado peloMinistério da Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> 2003 teve como um dos seus objetivos i<strong>de</strong>ntificar, naamostra correspon<strong>de</strong>nte às ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 5, 12 e 15 anos, a prevalência <strong>de</strong>oclusopatias, baseado nos critérios do Índice <strong>de</strong> Estética Dental (DAI) e encontrou
31uma ocorrência <strong>de</strong> oclusopatias no Brasil <strong>de</strong> 36,46% (22,01%-leve; 14,45%-mo<strong>de</strong>rada/ severa) aos 5 anos; 58,14% (21,59%-<strong>de</strong>finida; 15,79%-severa e 20,76%-muito severa/incapacitante) aos 12 anos e 53,23% (20,44%-<strong>de</strong>finida; 14,04%-severae 18,75%-muito severa/ incapacitante) aos 15 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Tais dados mostramuma alta prevalência <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as oclusais (BRASIL, 2004).Moura; Cavalcanti (2007), a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a prevalência <strong>das</strong> másoclusões e da cárie <strong>de</strong>ntária <strong>em</strong> 88 crianças <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, matricula<strong>das</strong>regularmente nas escolas urbanas da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>-PB, e investigar uma possível associação existente entre a prevalência <strong>de</strong> cárie<strong>de</strong>ntária e as más oclusões observa<strong>das</strong>, observaram que, <strong>de</strong> acordo com os critériosnormativos (DAI), o tratamento ortodôntico foi consi<strong>de</strong>rado necessário <strong>em</strong> 69(78,4%) escolares. Em 21 (23,8%) escolares, o tratamento da má oclusão foiconsi<strong>de</strong>rado eletivo, já para 16 (18,2%) e 32 (36,4%) escolares, o tratamento foiconsi<strong>de</strong>rado altamente <strong>de</strong>sejável e fundamental, respectivamente.Cavalcanti et al. (2008), avaliaram a prevalência <strong>das</strong> más oclusões <strong>em</strong>escolares <strong>de</strong> 6 a 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> do município <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, Paraíba,Brasil. Foram examina<strong>das</strong> 516 crianças. Ao se avaliar a presença <strong>de</strong> má oclusão,verificou-se que 416 crianças (80,6%) apresentavam alterações oclusais. Quanto aosexo, encontrou-se uma distribuição eqüitativa da prevalência <strong>de</strong> má oclusão, sendo<strong>de</strong> 80,8% no sexo f<strong>em</strong>inino e <strong>de</strong> 80,5% no sexo masculino, s<strong>em</strong> diferençasestatisticamente significantes. A sobressaliência acentuada (48,0%) foi o tipo <strong>de</strong> máoclusão mais freqüente. Com relação ao grau da mordida aberta anterior (MAA), amaioria dos portadores (59,1%) apresentava MAA <strong>em</strong> grau severo, seguida do grauleve com 27,9% e apenas 13,0% possuíam-na com um grau mo<strong>de</strong>rado, nãoexistindo diferenças entre o tipo <strong>de</strong> mordida aberta e o sexo. A análise do tipo <strong>de</strong>mordida cruzada revelou que a mais prevalente foi a mordida cruzada posterior com69,3% dos casos (n=104), seguida da mordida cruzada anterior totalizando 19,3%(n=29) e a associação da mordida cruzada posterior com a anterior ocorreu <strong>em</strong>apenas 11,3% (n=17) dos casos. Quanto à relação molar, verificou-se que 61,6%<strong>das</strong> crianças examina<strong>das</strong> (n=318) possuíam relação molar <strong>de</strong> classe I, seguida daclasse II com 29,1% (n=150) e apenas 9,3% da amostra (n= 48) possuíam relaçãomolar <strong>de</strong> classe III.Alves; Forte; Sampaio (2009), verificaram a prevalência <strong>de</strong> más oclusões econdições socioeconômicas <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 5 e 12 anos na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da
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81Ficha nº. _______APÊNDICE B - E
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83Os dentes duram a vida toda?Sim N
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85APÊNDICE D - FICHAS PARA EXAMES
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