646 DISCUSSÃONo presente estudo, houve uma participação muito boa por parte <strong>das</strong>crianças, mesmo assim, ocorreu recusa no exame clínico e entrevista por parte <strong>de</strong>algumas <strong>de</strong>las. A metodologia do SB Brasil adotada pô<strong>de</strong> ser reproduzida s<strong>em</strong>alterações, conforme protocolo <strong>de</strong> pesquisa preconizado.Dados do Levantamento Epi<strong>de</strong>miológico Nacional realizado <strong>em</strong> 2003revelaram um quadro insatisfatório da saú<strong>de</strong> bucal dos adolescentes brasileiros. Emnosso estudo, percebeu-se que, 83,3% <strong>das</strong> crianças examina<strong>das</strong> apresentaramsangramento á sondag<strong>em</strong> e 97,6% com presença <strong>de</strong> biofilme, prevalecendo ogênero f<strong>em</strong>inino <strong>em</strong> relação ao masculino.Essa prevalência foi superior à encontrada por Silveira; Oliveira; Padilha(2002) no Rio <strong>de</strong> Janeiro, Santos et al. (2008) <strong>em</strong> Porto Velho/RO, Castro (2009) <strong>em</strong>Portugal, Chambrone et al. (2010) <strong>em</strong> São Bernardo do Campo/SP e Toassi; Petry(2002) <strong>em</strong> Santa Tereza/RS com relação ao ISG. Os resultados da presentepesquisa, <strong>em</strong> relação ao IPV, se aproximam dos encontrados também por Toassi;Petry (2002), cujo valor do IPV foi <strong>de</strong> 74,5%. No mais recente levantamentoepi<strong>de</strong>miológico da população da Macrorregião dos Vales (BRASIL, 2003), observouseum menor valor <strong>em</strong> relação ao ISG (36,07%) aos 12 anos.Ainda <strong>em</strong> relação ao IPV, os resultados da presente pesquisa mostram queas mulheres apresentaram um maior índice, resultado este não encontrado porChambrone et al. (2010) <strong>em</strong> São Bernardo do Campo/SP.Um resultado bastante contraditório foi encontrado. Mesmo to<strong>das</strong> as criançasafirmando possuir escova <strong>de</strong>ntal e relatando escovar os <strong>de</strong>ntes 3 ou mais vezes aodia, foi encontrada uma alta prevalência IPV e ISG. Isso po<strong>de</strong> <strong>de</strong>correr do fato <strong>das</strong>crianças estar<strong>em</strong> realizando uma escovação <strong>de</strong>ficiente, o que acaba levando aoacúmulo <strong>de</strong> biofilme <strong>de</strong>ntal, aumentando a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>probl<strong>em</strong>a gengivais, como constatado pela alta prevalência do ISG, mesmo <strong>em</strong>níveis baixos.Segundo Alexandre et al. (2006), Lacerda (2004) e Brasil (2004), a dor <strong>de</strong><strong>de</strong>nte é um dos principais motivos para a utilização dos serviços odontológicos.Nesse estudo, entretanto, <strong>em</strong> ambos os gêneros (34,2%) a rotina foi a principal
65razão para se procurar o atendimento odontológico, seguida da dor (31,8%).Concordando com esses resultados, encontra-se Castro (2009) o qual afirma que arotina (19,6%) é uma <strong>das</strong> razões mais comuns para a procura <strong>de</strong> cuidadoodontológico seguida da dor (9,8%).Em relação ao acesso aos serviços odontológicos, é pertinente <strong>de</strong>stacar quea gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>ssa população é atendida na re<strong>de</strong> pública o que é representadopor 97,7%, pois apenas uma <strong>das</strong> 42 crianças relatou nunca ter ido ao <strong>de</strong>ntista,corroborando com Noro et al. (2008) que <strong>em</strong> seu estudo encontrou que 85,4% dospesquisados procuraram a re<strong>de</strong> pública, e Alves; Forte; Sampaio (2009) com umataxa <strong>de</strong> 81,5%, tornando evi<strong>de</strong>nte a importância do SUS. Contudo, Barros; Bertoldi,(2002) encontraram situação bastante diferente <strong>das</strong> acima cita<strong>das</strong>, pois apenas 24%dos atendimentos odontológicos foram providos pelo SUS, e também por Souza etal.(2007), on<strong>de</strong> apenas 59,36% recorreram ao setor púbico, o que po<strong>de</strong> estarrelacionado com um melhor po<strong>de</strong>r aquisitivo da população por eles estudada.As más oclusões são probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong> interesse na Saú<strong>de</strong>Coletiva, <strong>de</strong>fini<strong>das</strong> como agravos à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1950, pela OMS. O presenteestudo apresentou um alto percentual <strong>de</strong>ste agravo, pois cerca <strong>de</strong> 66,7% <strong>das</strong>crianças apresentavam algum tipo <strong>de</strong> má oclusão.Essa prevalência é inferior à encontrada por Pedrin et al. (2008) <strong>em</strong>Miranda/MS com taxa <strong>de</strong> 95,73%, Arashiro et al. (2009) <strong>em</strong> Campinas/SP com taxa<strong>de</strong> 87,4%, Moura et al. (2007) <strong>em</strong> Campina Gran<strong>de</strong>/PB com taxa <strong>de</strong> 78,4%, Alves;Forte; Sampaio (2009) <strong>em</strong> João Pessoa/PB com taxa <strong>de</strong> 74%, Suliano et al. (2007)<strong>em</strong> Camaragibe/PE com taxa <strong>de</strong> 82,1%, Farahani, Ali; Farahani, Anahid; Eslamipour(2009) no Irã com taxa <strong>de</strong> 77,1%, Cavalcanti et al. (2008) <strong>em</strong> Campina Gran<strong>de</strong>/PBcom taxa <strong>de</strong> 80,6%, Grabis; Marton; Madléna (2006) na Hungria com taxa <strong>de</strong> 70,4%,Suliano et al. (2005) <strong>em</strong> Juazeiro do Norte/CE com taxa <strong>de</strong> 77,3% e Lima (2005) <strong>em</strong>Natal/RN com percentual <strong>de</strong> 76,5%.Os resultados da presente pesquisa se aproximam dos encontrados porMarques et al. (2005) <strong>em</strong> Belo Horizonte/MG com taxa <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> másoclusões 62% e Almeida el al. (2007) <strong>em</strong> Manaus/AM com taxa <strong>de</strong> 66%, sendosuperior aos <strong>de</strong> Alves et al. (2006) <strong>em</strong> Feira <strong>de</strong> Santana/BA com taxa <strong>de</strong> 21,6%,Utomi; Onyeaso (2009) na Nigéria com taxa <strong>de</strong> 59% e Souames et al. (2006) naFrança com percentual <strong>de</strong> 21%, b<strong>em</strong> como ao do último levantamentoepi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> base nacional <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> bucal realizado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>
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