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Ler Dissertação - CCS - Universidade Federal da Paraíba

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Por ser uma doença crônica e degenerativa, é necessário um bom controle durante<br />

o tratamento, a fim de prevenir ou minimizar possíveis complicações e seqüelas oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

doença. Para isto, fazem-se necessárias várias mu<strong>da</strong>nças de hábitos de vi<strong>da</strong>, que incluem<br />

principalmente a prática de ações de autocui<strong>da</strong>do para que haja um bom controle metabólico,<br />

com níveis glicêmicos dentro dos limites normais. No entanto, quando essas medi<strong>da</strong>s de<br />

controle se tornam ineficazes surgem as complicações, e estas, muitas vezes, podem assumir<br />

um caráter irreversível, como podemos observar a seguir.<br />

De acordo com a Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Diabetes (2003, p.5),<br />

a longo prazo, decorrem de alterações micro e macrovasculares que levam à<br />

disfunção, <strong>da</strong>no ou falência de vários órgãos. As complicações crônicas incluem a<br />

nefropatia, com possível evolução para insuficiência renal, a retinopatia, com a<br />

possibili<strong>da</strong>de de cegueira. Pessoas com diabetes apresentam risco maior de doença<br />

vascular aterosclerótica, como doença coronariana, doença arterial periférica e<br />

doença vascular cerebral.<br />

Outra complicação comum provoca<strong>da</strong> pelo diabetes mal controlado e que afeta os<br />

membros inferiores, é a neuropatia diabética (MALERBI, 2004). Esta, quando não controla<strong>da</strong><br />

traz em conseqüência pé diabético que é uma temível complicação crônica do DM; é<br />

mutilante, recorrente, onerosa para o indivíduo e para o sistema de saúde e também de<br />

manuseio clínico-cirúrgico complexo. É estimado que 10% a 25% dos diabéticos<br />

desenvolverão lesões nos membros inferiores, em algum momento de suas vi<strong>da</strong>s. Estas lesões<br />

poderão evoluir para ulcerações, acarretando freqüentemente infecções que podem causar<br />

amputações e, às vezes, até levar à morte se não forem trata<strong>da</strong>s adequa<strong>da</strong>mente e em tempo<br />

hábil. Outro aspecto crucial é o fato de que, em nosso país, os problemas <strong>da</strong>s pernas e dos pés<br />

em diabéticos são pouco conhecidos e, muitas vezes, até negligenciados tanto pelos pacientes<br />

como pelos profissionais de saúde (INSTITUTO DE REUMATOLOGIA E<br />

ENDOCRINOLOGIA DE MATO GROSSO, 2007).<br />

De acordo com Alves (2004 apud IPONEMA; COSTA, 2007 p. 345),<br />

o desempenho na prevenção e no tratamento <strong>da</strong>s complicações nas extremi<strong>da</strong>des<br />

inferiores decorrentes do mau controle metabólico do DM deve ser uma prática<br />

essencial dos profissionais de saúde e, em especial, de enfermagem, tanto na<br />

implementação de ações de autocui<strong>da</strong>do com os pés quanto na realização de<br />

curativos especializados que otimizem a cicatrização.<br />

A úlcera precede 85% <strong>da</strong> amputações de membro inferior entre diabéticos,<br />

documentando-se a presença de gangrena em 50-70% dos casos, e a presença de infecção 20-<br />

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