N.º - Ordem dos Enfermeiros

Todos os Dias são Dias
SECÇÃO REGIONAL DO CENTRO
entre os adolescentes. Estes ingerem cada vez mais bebidas
destiladas (shots) em detrimento da cerveja. Aumentaram as
situações de embriaguez, assim como o número de bebidas alcoólicas
destiladas ingeridas na mesma ocasião. Cada vez se
inicia os consumos mais cedo.
Segundo a UNESCO “os estudantes começam a beber por
curiosidade, pelo desejo de inserção social, para esquecer problemas
e para ter coragem para tentar namorar”.
Como os adolescentes estão numa fase de estruturação da
personalidade, ao consumirem álcool para se desinibirem e facilitar
o relacionamento, podem vir, mais tarde, a não conseguir fazêlo
sem beber. Além disso, frequentemente o consumo excessivo
de álcool leva a outros comportamentos de risco, como relações
sexuais não protegidas, condução perigosa ou delinquência.
Este é um problema grave, de difícil resolução, tanto mais
que o álcool existe nas nossas casas, está culturalmente associado
a ocasiões festivas e, muitas vezes, está presente em todas as
refeições, podendo, para o adolescente, parecer normal e obrigatório
o seu consumo.
Mas então o que podemos fazer
Enquanto cidadãos, devemos exigir que se cumpram as leis
sobre comercialização de bebidas alcoólicas, aumentando a fiscalização.
Enquanto pais e educadores, conversando abertamente com
os nossos filhos sobre os riscos que correm e como os podem
evitar. Dar-lhes espaço para que se sintam à vontade para falar
sobre estes assuntos e para que manifestem a sua opinião.
Manter uma atitude de vigilância e atenção. Quando saem,
para onde vão Com quem Ficam em casa de um amigo ou
amiga – os pais deles sabem Conversou com eles
Estar atento a mudanças de comportamento dos nossos filhos
é essencial. As notas baixaram Têm ainda mais dificuldade
em se levantar de manhã Estão mais agressivos Isolam-se
no quarto e não querem falar com ninguém Estes podem ser
sinais de alerta de que algo não está bem. Se necessário, procure
ajuda junto do seu médico ou enfermeiro de família.
8 | Enfermagem e o Cidadão