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Ecovilla - Projeto de Implantação - Valinhos

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Responsável: Marcos Trombetta<br />

Palestrante: Eng° Civil Marcos Trombeta<br />

Engª Agrª. Dorothéa Pereira


1. APRESENTAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO<br />

Nome:<br />

Resi<strong>de</strong>ncial <strong>Ecovilla</strong> Boa Vista<br />

Empreen<strong>de</strong>dor:<br />

“Vila Hípica Empreendimentos e Participações LTDA“, com se<strong>de</strong> em <strong>Valinhos</strong>.<br />

Localização:<br />

Rodovia dos Agricultores, SP-122/65 – Km 2,5 – Bairro Castro Prado <strong>Valinhos</strong> – SP.<br />

Área Total:<br />

302.411,18 m²


2. LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL<br />

2.1 Em relação ao município:<br />

Local do empreendimento


2.2 Em relação ao Parque Portugal:<br />

Rod. Dos Agricultores<br />

Parque Portugal<br />

Local do empreendimento


2.3 Foto Aérea:<br />

Legenda:<br />

Área <strong>de</strong> Estudo


3. HISTÓRICO DA ORIGEM DO IMÓVEL<br />

Proprieda<strong>de</strong> Original: Fazenda Espírito Santo<br />

Proprietários: Antônio Castro Prado e sua esposa Albertina Bierrenbach <strong>de</strong> Castro Prado


Uma família <strong>de</strong> <strong>Valinhos</strong>.<br />

Empreen<strong>de</strong>dores natos.


1885 a 1973:<br />

• Gran<strong>de</strong> produtora e exportadora <strong>de</strong> café.<br />

• O trabalho rural foi realizado no começo do século XX<br />

• por imigrantes italianos (cerca <strong>de</strong> 200 famílias).<br />

Fotos da Fazenda a cerca <strong>de</strong> 90 anos atrás


1940 a 1973:<br />

• Foi gran<strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> leite para o abastecimento do Município.<br />

Após década <strong>de</strong> 1970:<br />

• Expansão do Município através da subdivisão da Fazenda Espírito Santo<br />

nos seguintes loteamentos: Parque das Colinas; Jardim Centenário; Jardim<br />

Novo Mundo; Jardim Paraíso; Parque Portugal; Jardim Nova Espírito Santo;<br />

Condomínio Itapema; Parque da Floresta; Condomínio Tabatinga; Jardim<br />

Manacás e Conjunto Habitacional Alvorada.<br />

• Foi <strong>de</strong>stacada área para a construção da ETE (Capuava) e foi passado<br />

pela Fazenda a re<strong>de</strong> adutora do Rio Atibaia.


1991 a 2005:<br />

• Gleba do empreendimento proposto teve ativida<strong>de</strong> voltada para a criação <strong>de</strong><br />

eqüinos.<br />

2006 a 2010:<br />

• O local é utilizado como residência pelo proprietário<br />

• Não apresenta ativida<strong>de</strong>s rurais <strong>de</strong> relevância econômica


4. SITUAÇÃO DAS MATRÍCULAS QUE COMPÕEM A GLEBA.


5. DESCRIÇÃO DO PROJETO URBANÍSTICO<br />

5.1 Do Parcelamento<br />

• Área total: 302.411,18 m²<br />

• Testada: Rodovia dos Agricultores – por 800,00 m <strong>de</strong> extensão<br />

• Uso do solo atual: Macrozona Rural Turística (Artigo 74 – item III - Plano Diretor III)<br />

• Uso do solo pretendido: Zona urbana como Zona “5Bx”- Predominância <strong>de</strong><br />

Turismo/Resi<strong>de</strong>ncial I. (Artigo 11 – item XVI – Lei 4186/07 – Lei <strong>de</strong> Uso e Ocupação do Solo)<br />

• Área mínima por unida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial: 500 m²<br />

5.2 População Prevista<br />

• Baixa Densida<strong>de</strong>: 1hab/500 m² <strong>de</strong> área bruta (art. 74 - §2° - item I do Plano Diretor III)<br />

Densida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 3,6 hab/lote = 168 Lotes Resi<strong>de</strong>nciais.


5.2 Quadro <strong>de</strong> Áreas / Planta do <strong>Projeto</strong> Urbanístico<br />

ÁREA DE LOTES 109.295,68 36,14%<br />

LOTES RESIDENCIAIS 95.947,17 31,73%<br />

LOTES COMERCIAIS 13.348,51 4,41%<br />

ÁREAS PÚBLICAS 65.134,67 21,54%<br />

SISTEMA VIÁRIO 49.791,10 16,47%<br />

ÁREAS INSTITUCIONAIS 15.343,57 5,07%<br />

ESPAÇOS LIVRES DE USO PÚBLICO 119.943,88 39,66%<br />

ÁREAS VERDES / SISTEMAS DE LAZER 119.943,88 39,66%<br />

ÁREA NÃO EDIFICANTE 7.949,26 2,63%<br />

ÁREA PARA LIXEIRAS 87,69 0,03%<br />

TOTAL LOTEADO 302.411,18 100,00%


Planta do <strong>Projeto</strong> Urbanístico


5.3 INFRAESTRUTURA<br />

5.3.1 Abastecimento <strong>de</strong> Água<br />

DEMANDA<br />

- PARA CONSUMO DO LOTEAMENTO (168 X 4 X 200)...............................134,4 m3/dia<br />

- PARA DISPONIBILIZAÇÃO AO MUNICÍPIO (LEI 3841)...............................181,5 m3/dia<br />

TOTAL 315,9 m3/dia<br />

DISPONIBILIDADE<br />

- 1 POÇO PROFUNDO (VAZÃO MEDIDA)......................................................70,0 m3/dia<br />

- CAPTAÇÃO SUPERFICIAL 1........................................................................78,0 m3/dia<br />

- CAPTAÇÃO SUPERFICIAL 2........................................................................96,0 m3/dia<br />

- LANÇAMENTO DO ESGOTAMENTO DOMÉSTICO SANITÁRIO................134,4 m3/dia<br />

TOTAL 378,4 m3/dia


• A Nascente e o Direito <strong>de</strong> Uso<br />

Lote "S4A": Dominante <strong>de</strong> Servidões <strong>de</strong> Passagem e Captação D'água, conforme<br />

averbação AV. 6/73.905 (15/12/94) e AV. 2/73.906 (15/12/94), no Registro <strong>de</strong><br />

Imóveis <strong>de</strong> <strong>Valinhos</strong>.


Local da nascente em relação a área.


Detalhe do local da nascente,<br />

observando-se baixa<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos<br />

arbóreos.<br />

Neste local inserido na app da<br />

nascente externa à proprieda<strong>de</strong><br />

recomenda-se o enriquecimento<br />

através do plantio <strong>de</strong> espécies<br />

nativas climácicas.


• Tratamento <strong>de</strong> água:<br />

próprio através do sistema convencional (preparo e dosagem <strong>de</strong> produtos<br />

químicos, misturador hidráulico, clarificador, filtros e reservatório).<br />

• Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento dupla:<br />

água potável e sistema <strong>de</strong> reuso<br />

• Estatuto da associação <strong>de</strong> proprietários:<br />

previsão <strong>de</strong> reuso <strong>de</strong> água com re<strong>de</strong> dupla


5.3.2 Sistema <strong>de</strong> esgotamento sanitário<br />

• Instalação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s em tubos <strong>de</strong> PVC;<br />

• Sistema próprio <strong>de</strong> tratamento através <strong>de</strong> aeração prolongada com lodos ativados;<br />

• Tratamento <strong>de</strong> água para reuso.<br />

5.3.3 Sistema <strong>de</strong> Drenagem<br />

• Execução <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> captação e encaminhamento <strong>de</strong> águas pluviais;<br />

• Sistema para contenção, armazenamento e infiltração <strong>de</strong> águas pluviais nos lotes;<br />

• Obediência <strong>de</strong> percentual <strong>de</strong> área impermeabilizada dos lotes<br />

(art. 75 - §2° - item II – Plano Diretor III);


5.3.4 Sistema <strong>de</strong> Energia Elétrica<br />

Re<strong>de</strong>s subterrâneas <strong>de</strong> energias. Esse sistema permitirá o plantio <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong><br />

médio/ gran<strong>de</strong> porte promovendo massa arbórea que resultará em conforto<br />

térmico além <strong>de</strong> beneficiar a avifauna.<br />

5.3.5 Sistema Viário<br />

Rotatória no Km.2,6 da Rodovia dos Agricultores, recentemente implantada<br />

conforme projeto Aprovado pelo DER, após analise do ante-projeto do loteamento<br />

com a previsão <strong>de</strong> 168 lotes.<br />

As recentes obras <strong>de</strong> melhorias efetuadas pelo DER na Rod. Dos Agricultores,<br />

aliadas àquelas executadas pelo empreen<strong>de</strong>dor (rotatória, pistas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sacelaração/aceleração) resultaram num aumento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />

carros em 25%, segundo o DER.<br />

Assim sendo a anterior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tráfego da Rod. Dos Agricultores <strong>de</strong> 2.700<br />

VMD ( veículo médio diário) foi ampliada para 3.400 VMD.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que os primeiros 5 anos <strong>de</strong> implantação do empreendimento,<br />

correspon<strong>de</strong>rá a uma taxa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> 30%, resulta que o projeto gerará,<br />

neste período, um acréscimo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 7,4% ao tráfego atual


Através <strong>de</strong> recente matéria veiculada na<br />

imprensa local (Jornal <strong>de</strong> <strong>Valinhos</strong> -<br />

06/08/10), o po<strong>de</strong>r público municipal, em<br />

razão<br />

do atual tráfego da via, vem<br />

<strong>de</strong>monstrando preocupação em garantir<br />

maior segurança aos seus usuários.<br />

Além das benfeitorias recentemente<br />

conseguidas com o Governo Estadual<br />

<strong>de</strong> recapeamento da via e implantação<br />

do acostamento na sua extensão,<br />

execução <strong>de</strong> terceiras faixas e a<br />

rotatória <strong>de</strong> acesso ao Parque Portugal,<br />

possui projeto para iluminação da<br />

Rodovia com recursos próprios e já está<br />

solicitando duplicação <strong>de</strong>sta via ao<br />

presi<strong>de</strong>nte da Rota das Ban<strong>de</strong>iras,<br />

concessionária que administra a Rod.<br />

Dom Pedro I.


5.4 Consi<strong>de</strong>rações Gerais<br />

O projeto aten<strong>de</strong> a todos os índices urbanísticos da legislação municipal vigente<br />

(Plano Diretor ), extrapolando os índices <strong>de</strong>: Área Ver<strong>de</strong>, permeabilida<strong>de</strong>, etc.<br />

É o primeiro loteamento do município on<strong>de</strong> se propõe o reuso da água.<br />

Todos estes fatores aliados aos aspectos ambientais que serão <strong>de</strong>scritos a seguir<br />

confere ao empreendimento qualida<strong>de</strong> ambiental.


6. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL<br />

6.1 Introdução<br />

• Importância <strong>de</strong> se efetuar o Diagnóstico Ambiental para subsidiar o projeto<br />

urbanístico<br />

• Localização da gleba consi<strong>de</strong>rando o mapa <strong>de</strong> Áreas Especiais <strong>de</strong> Proteção<br />

<strong>de</strong>stinado a reserva <strong>de</strong> água para futura captação.<br />

Local do empreendimento


Localização da gleba<br />

consi<strong>de</strong>rando o mapa<br />

<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação.<br />

Fonte: Atlas das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação Ambiental do<br />

Estado <strong>de</strong> São Paulo Parte II (Interior) SET 1998


6.2 Meio Físico<br />

• Clima: Cwa Köppen – clima tropical <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>, mesotérmico, <strong>de</strong> inverno seco, verão<br />

quente e chuvoso.<br />

• Temperatura média anual: 20 °C<br />

• Pluviosida<strong>de</strong>: chuvas concentradas nos meses <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro a fevereiro<br />

(aproximadamente 240 mm/ mês)<br />

• Geomorfologia: Província geomórfica do Planalto Atlântico na Zona Planalto <strong>de</strong> Jundiaí.<br />

• Relevo: morrotes alongados e paralelos. A drenagem é <strong>de</strong> média a alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,<br />

padrão paralelo à treliça com vales fechados.<br />

• Geologia: Complexo Amparo (gnaisses migmátiticos e rochas metassedimentares)<br />

ocorrendo igualmente Granito Morungaba.<br />

• Pedologia: Argissolo vermelho amarelo, tipo litólico (aflora nas áreas <strong>de</strong> granito –<br />

campos <strong>de</strong> matacões), tipo câmbico (encostas <strong>de</strong> menor <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> e associado à<br />

gnaisse migmátitico) e tipo hidromórfico que ocorre <strong>de</strong> forma restrita em pequenas<br />

manchas.


Declivida<strong>de</strong>: cerca <strong>de</strong><br />

88% da gleba apresenta<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0 a 30%.


• Geotecnia: capacida<strong>de</strong> é a<strong>de</strong>quada para edificações (prognóstico) não constatou-se<br />

solos colapsáveis.<br />

Bloco da rocha que constitui o substrato rochoso – A rocha regional correspon<strong>de</strong> a gnaisses com graus<br />

variáveis <strong>de</strong> hornfelização, representando as conseqüências <strong>de</strong> metamorfismo <strong>de</strong> baixa pressão e alta<br />

temperatura, <strong>de</strong>vido a proximida<strong>de</strong> com a intrusão granítica do batólito Morungaba.


Encostas Convexas<br />

Calha do Ribeirão Pinheiros<br />

com erosões<br />

Encosta Côncava<br />

Elementos do relevo na margem direita do Ribeirão Pinheiros – As encostas convexas são suaves no<br />

domínio do gnaisse e acentuadas no domínio do granito. A encosta côncava abriga um talvegue<br />

canalizado, que se encontra assoreado. A calha do ribeirão Pinheiros apresenta locais com erosões e<br />

<strong>de</strong>sbarrancamentos.


• Recursos hídricos: O imóvel está inserido na sub-bacia do Rio Atibaia a qual faz<br />

parte da UGRHI – 5 – PCJ – Bacia Hidrográfica dos rios<br />

Piracicaba/Jundiaí/Capivari. Em âmbito municipal a área se insere na micro-bacia<br />

do Ribeirão Pinheiros, que tem como principais afluentes os córregos: Ponte Alta,<br />

Invernada, São José, Samambaia e Bom Jardim. A gleba é cortada pelo Ribeirão<br />

Pinheiros.<br />

Os recursos hídricos superficiais são compostos por:<br />

Lagos 1 e 2<br />

Nascente 1 (intermitente)<br />

Córregos 1 (Ribeirão Pinheiros) e 2<br />

Mapa do IGC: Ribeirão Pinheiros e córrego 2<br />

Recursos hídricos subterrâneos: Aquífero cristalino associado a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s<br />

estruturais.


Mapa <strong>de</strong> Recursos Hídricos


Mapa do IGC


• Áreas <strong>de</strong> preservação permanente (app): Atendimento aos índices da Lei Fe<strong>de</strong>ral nº<br />

4771/ 65 e suas alterações e Resolução CONAMA nº 303/02.<br />

Foram consi<strong>de</strong>rados:<br />

30m ao redor dos lagos 1 e 2 (área urbana)<br />

50m do raio da nascente 1<br />

30m a partir da margem do córrego 2<br />

50m a partir da margem do Ribeirão Pinheiros<br />

As áreas <strong>de</strong> app correspon<strong>de</strong>m a 5,02 ha (16,60 % da gleba)


Mapa <strong>de</strong> Recursos Hídricos e apps


Vista geral do Lago 1, sendo o <strong>de</strong> maior<br />

extensão <strong>de</strong> espelho d’água.


Vista geral do Lago 2, observando-se a<br />

presença <strong>de</strong> bambus no entorno


Vista do Ribeirão Pinheiros, observandose<br />

na faixa <strong>de</strong> app a predominância <strong>de</strong><br />

bambus e gramíneas


Detalhe do córrego 2 no entorno da<br />

touceira <strong>de</strong> bambús (A9.4).


6.3 Meio Biótico<br />

6.3.1 Flora:<br />

– Regional: Decreto fe<strong>de</strong>ral nº 750/93: Domínio <strong>de</strong> Mata Atlântica, on<strong>de</strong> ocorre alta<br />

concentração populacional, sendo um dos biomas mais ameaçados do Planeta.<br />

– Município: Mapa <strong>de</strong> Vegetação do IBGE (1993): Floresta Ombrófila Densa –<br />

vegetação secundária e ativida<strong>de</strong>s agrícolas. A região <strong>de</strong> <strong>Valinhos</strong> está situada em<br />

área <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong> Mata Atlântica, on<strong>de</strong> ocorre Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual<br />

(FES) em uma faixa <strong>de</strong> transição com a Floresta Ombrófila. Os remanescentes<br />

florestais <strong>de</strong> modo geral são bastante reduzidos e muito fragmentados.<br />

De acordo com o Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado <strong>de</strong> São Paulo da<br />

SMA <strong>de</strong> Março/ 2005, a Bacia Hidrográfica PCJ apresenta 6,9% <strong>de</strong> sua superfície com<br />

vegetação natural remanescente, dos quais 1,2% (18.435 ha) são cobertos por FES.<br />

Diversida<strong>de</strong> na região (Atibaia, Jundiaí e Campinas): 30 famílias, 80 espécies – alta<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies.


• Histórico <strong>de</strong> ocupação da gleba: consi<strong>de</strong>rando as ativida<strong>de</strong>s agropastoris pretéritas<br />

(café, gado <strong>de</strong> leite e reflorestamento), atualmente na gleba ocorre a predominância<br />

<strong>de</strong> áreas com gramíneas (cerca <strong>de</strong>76% da área total). Os fragmentos remanescentes<br />

não apresentam conexão.


Tabela da ocupação do solo/fitofisionomias i<strong>de</strong>ntificadas na gleba:<br />

Fitofisionomias Área (ha) %<br />

Área A1 – Vegetação em estágio pioneiro/gramíneas 23,067463 76,27<br />

Área A2 – Vegetação secundária em estágio inicial <strong>de</strong> regeneração 1,254465 4,15<br />

Área A3 – Vegetação secundária em estágio médio <strong>de</strong>gradado 1,621850 5,36<br />

Área A4 (A4.1 a A4.10) – Agrupamento arbóreo 0,637320 2,11<br />

Área A5 – Reflorestamento <strong>de</strong> eucaliptos 0,456060 1,51<br />

Área A6 – Pomar 0,071060 0,24<br />

Área A7 – Reflorestamento com espécies nativas 0,866070 2,86<br />

Área A8 – Cerca-viva 0,211520 0,70<br />

Área A9 (A9.1 a A9.5) – Bambús 0,443430 1,47<br />

TOTAL 28,629238 94,67<br />

Espelhos dágua (lagos e rio) 1,611880 5,33<br />

TOTAL GERAL 30,241118 100<br />

Árvores isoladas 389 indivíduos


Listagem das espécies arbóreas i<strong>de</strong>ntificadas na gleba<br />

Nº Nome Popular Nome Científico<br />

1 amoreira* Morus nigra<br />

2 angico Ana<strong>de</strong>nanthera macrocarpa<br />

3 araribá Centrolobium tomentosum<br />

4 araticum-do-mato Rollinia silvatica<br />

5 cabreúva Myroxylon peruiferum<br />

6 cajá * Spondias lútea<br />

7 cambará Gochnatia polymorpha<br />

8 canafístula Peltophorum dubium<br />

9 canela Ocotea sp<br />

10 canjerana Cabralea canjerana<br />

11 capixingui Croton floribundus<br />

12 carambola* Averrhoa carambola<br />

13 catiguá Trichilia catigua<br />

14 cedro Cedrela fissilis<br />

15 chapéu <strong>de</strong> sol* Terminalia catappa<br />

16 crindiúva Trema micranta<br />

17 eucalipto* Eucalyptus sp<br />

18 falsa seringueira* Ficus elastica<br />

19 figueira* Ficus benjamina<br />

20 figueira lira* Ficus lyrata<br />

21 goiabeira Psidium guajava<br />

22 grevílea* Grevillea sp<br />

Nota: *espécies exóticas


Nº Nome Popular Nome Científico<br />

23 guaçatonga Casearia sylvestris<br />

24 guapuruvu Schyzolobium parahyba<br />

25 ipê rosa Tabebuia heptaphylla<br />

26 jabuticabeira Myrciaria caulifolia<br />

27 jacarandá mimoso* Jacaranda mimosifolia<br />

28 jacarandá-bico-<strong>de</strong>-pato Machaerium aculleatum<br />

29 jambolão* Syzygium cumini<br />

30 jatobá Hymenaea courbaril<br />

31 jerivá Syagrus romanzoffiana<br />

32 juá Solanum sp<br />

33 laranjeira* Citrus sp<br />

34 mamica-<strong>de</strong>-porca Zanthoxylum rhoifolium<br />

35 mangueira* Mangifera indica<br />

36 melaleuca* Melaleuca leuca<strong>de</strong>ndron<br />

37 óleo <strong>de</strong> copaíba Copaifera langsdorffii<br />

38 paineira Chorisia speciosa<br />

39 paineira vermelha* Bombax malabaricum<br />

40 palmeira imperial* Roystonea oleracea<br />

41 palmeira leque* Latania sp<br />

Nota: *espécies exóticas


Nº Nome Popular Nome Científico<br />

42 palmeira rabo <strong>de</strong> peixe* Caryota urens<br />

43 palmeira seafórtia* Seaforthia elegans<br />

44 pata <strong>de</strong> vaca* Bauhinia blakeana<br />

45 pau brasil Caesalpinia echinata<br />

46 pau ferro Caesalpinia ferrea<br />

47 pau formiga Triplarias brasiliana<br />

48 pau jacaré Pipta<strong>de</strong>nia gonoacantha<br />

49 pau viola Cytharexyllum myriantum<br />

50 quaresmeira Tibouchina granulosa<br />

51 sangra d’água Croton urucurana<br />

52 tangerina* Citrus sp<br />

53 urucum Bixa orelana<br />

Nota: *espécies exóticas


Das 53 espécies arbóreas i<strong>de</strong>ntificadas, 21 espécies são exóticas e 32 são nativas.<br />

Nenhuma das espécies i<strong>de</strong>ntificadas encontra-se na lista <strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong><br />

extinção da Resolução SMA n° 48 <strong>de</strong> 21/09/2004. Apenas a espécie <strong>de</strong>nominada<br />

Caesalpinia echinata consta da Instrução Normativa MMA nº 6 <strong>de</strong> 23/09/2008; porém<br />

será preservada. Consi<strong>de</strong>rando os levantamentos regionais como referência, po<strong>de</strong>-se<br />

consi<strong>de</strong>rar que há baixa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies na gleba.


Observa-se o entorno da se<strong>de</strong> on<strong>de</strong> ocorre em 1º plano agrupamente <strong>de</strong><br />

pau ferro (Caesealpinea ferrea), e ao fundo, fileira <strong>de</strong> palmeiras.


Vista do pomar, próximo à se<strong>de</strong> on<strong>de</strong> ocorrem diversas frutíferas:<br />

jaboticabeira (Myrciaria trunciflora), amoreiras (Morus nigra), bananeira<br />

(Musa sp), entre outras.


Observa-se em 1º plano, pasto com árvores isoladas (Cedrela fissilis).<br />

Ao fundo cerca viva situada na divisa oeste da proprieda<strong>de</strong>.


Observa-se pasto com árvores nativas isoladas. No canto superior<br />

esquerdo da foto, fileira <strong>de</strong> grevíleas (Grevillea robusta).


Em 1º plano observa-se pasto. Ao fundo, a se<strong>de</strong> é ro<strong>de</strong>ada por<br />

espécies ornamentais e ao lado direito ocorre fileira <strong>de</strong> grevíleas<br />

(Grevillea robusta).


Detalhe do interior do fragmento <strong>de</strong> vegetação em estágio médio <strong>de</strong>gradado<br />

(Área A3) , com alta incidência <strong>de</strong> indivíduos nativos <strong>de</strong> pau jacaré (Pipta<strong>de</strong>nia<br />

gonoacantha), jerivá (Syagrus romanzoffiana) e da espécie exótica eucalipto<br />

(Eucalyptus sp).


Vista geral <strong>de</strong> área coberta por vegetação pioneira<br />

Área A1) e árvores isoladas esparsas.


Vista geral <strong>de</strong> porção central da proprieda<strong>de</strong> coberta com<br />

gramíneas (Área A1) e indivíduos arbóreos isolados.


Ao centro observa-se o lago 1, adjacente ao ribeirão Pinheiros, on<strong>de</strong> em sua<br />

margem (seta) ocorre vegetação secundária em estágio inicial (Área A2). Ao<br />

fundo, área com gramíneas (Área A1).


Vista do agrupamento arbóreo (A4.3) que ocorre entre o<br />

lago 1 e o Ribeirão Pinheiros.


Vista geral da porção leste da área <strong>de</strong> estudo on<strong>de</strong><br />

ocorrem gramíneas (Área A1).


Em primeiro plano observam-se gramíneas (Área A1). Ao fundo, fragmento <strong>de</strong><br />

vegetação secundária em estágio inicial <strong>de</strong> regeneração (Área A2) que ocorre<br />

na margem direita do Ribeirão Pinheiros.


6.3.2 Fauna<br />

• Regional: em função das ativida<strong>de</strong>s agrícolas pretéritas, houve fragmentação<br />

<strong>de</strong> áreas florestadas.<br />

A paisagem predominante é composta por pequenos fragmentos <strong>de</strong> vegetação natural, o<br />

que ocasiona a extinção <strong>de</strong> muitas espécies. Portanto, é muito importante que o<br />

planejamento ambiental contemple sempre a conexão entre os fragmentos<br />

remanescentes.<br />

Na região até o momento foram i<strong>de</strong>ntificadas:<br />

452 espécies<br />

52 espécies <strong>de</strong> anfíbios<br />

39 espécies <strong>de</strong> répteis<br />

299 espécies <strong>de</strong> aves<br />

62 espécies <strong>de</strong> mamíferos


• Na gleba: Foram i<strong>de</strong>ntificadas até o momento, cerca <strong>de</strong> 134 espécies. Por<br />

observação direta nenhuma das espécies i<strong>de</strong>ntificadas, estão relacionadas na lista<br />

<strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção do Decreto Estadual 53.494 <strong>de</strong> 02/10 / 2008,<br />

assim como nas Instruções Normativas MMA n° 003/ 2003 <strong>de</strong> 26/05/2003.<br />

7 espécies <strong>de</strong> anfíbios<br />

134 espécies<br />

11 espécies <strong>de</strong> répteis<br />

98 espécies <strong>de</strong> aves<br />

18 espécies <strong>de</strong> mamíferos<br />

Consi<strong>de</strong>rando os levantamentos realizados na região, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que<br />

a diversida<strong>de</strong> das espécies levantadas até o presente momento no imóvel<br />

apresenta relevância.


Observa-se (seta) um indivíduo bugio (Alouatta fusca) que foi avistado entre<br />

os galhos <strong>de</strong> um pau jacaré (Pipta<strong>de</strong>nia gonoacantha) na área <strong>de</strong> vegetação<br />

secundária em estágio médio <strong>de</strong>gradado (Área A3) – Reserva Legal 1 –<br />

Gleba B3.


CACHORRO-DO-MATO<br />

Nome Científico: Cerdocyon thous<br />

Habitat: Florestas, campos, matas <strong>de</strong> galeria.<br />

Comprimento: 65 cm; cauda 30 cm.<br />

Altura: até 30 cm.<br />

Peso: <strong>de</strong> 5 - 8 kg.


SAGÜI-DE-TUFOS-PRETOS<br />

Nome Científico: Callithrix penicillata<br />

Habitat: Habitam as florestas primárias ou <strong>de</strong>gradadas<br />

Comprimento: 26 cm.<br />

Peso: 250 g.


VEADO-CATINGUEIRO<br />

Nome Científico: Mazama gouazoubira<br />

Habitat: Ocupa ambientes variando <strong>de</strong><br />

florestas <strong>de</strong>nsas a savanas abertas com<br />

pequenas manchas <strong>de</strong> matas<br />

Comprimento: <strong>de</strong> 72 cm - 1,10 m.<br />

Peso: 13 - 20,5 kg.


TUCANO-TOCO<br />

Nome Científico: Ramphastos toco<br />

Habitat: Cerrados, matas, matas <strong>de</strong> galeria e capões.<br />

Comprimento: 56 cm.<br />

Peso: 540 gramas.


SUINDARA<br />

Nome Científico: Tyto Alba Habitat: Prefere nidificar em<br />

sótãos <strong>de</strong> casas velhas, forros e torres <strong>de</strong> igreja, pombais e<br />

grutas; <strong>de</strong> dia dorme, às vezes em palmeiras. Atrai a<br />

atenção em paisagens cultificadas.<br />

Comprimento: 37 cm, envergadura <strong>de</strong> até 90 cm.<br />

Hábitos: Geralmente noturnos, prefere presas vivas.<br />

Peso: 500 gramas.


PICA-PAU-DO-CAMPO<br />

Nome Científico: Colaptes campestris<br />

Comprimento: 32 cm<br />

Habitat: Regiões campestres, alto das serras, acima da<br />

linha das florestas e nas caatingas.<br />

Hábitos: Vive em pequenos bandos. Pula através da<br />

ramaria horizontalmente como uma gralha. Quando quer<br />

fugir procura árvores, estacas ou gran<strong>de</strong>s pedras. Este<br />

pica-pau é o que mais se acostumou a vida no chão,<br />

gostando até <strong>de</strong> tomar banho <strong>de</strong> poeira.


JACUPEMBA<br />

Nome Científico: Penelope superciliaris<br />

Habitat: Mata, capoeira baixa e capões <strong>de</strong><br />

mata no cerrado.<br />

Comprimento: 55 cm. Peso: 850 gramas.


JARARACA<br />

Nome Científico: Bothrops jararaca<br />

Habitat: Vive próxima a ambientes<br />

florestais.<br />

Hábitos: Serpente que po<strong>de</strong> ser vista<br />

no chão e sobre a vegetação, <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> crepuscular e noturna,<br />

apresenta alguma ativida<strong>de</strong> diurna.


SAPO MARTELO – SAPO FERREIRO<br />

Nome Científico: Hyla faber<br />

Comprimento: 90 mm.<br />

Hábitos: Po<strong>de</strong>m ser encontrados durante o dia, escondidos<br />

na vegetação.


• Corredor Ecológico: Na época foi i<strong>de</strong>ntificada a importância da implantação do<br />

CORREDOR ECOLÓGICO, que tem a função <strong>de</strong> facilitar o fluxo gênico entre as<br />

populações, aumentando a chance <strong>de</strong> sobrevivência a longo prazo das<br />

comunida<strong>de</strong>s biológicas e <strong>de</strong> suas espécies componentes. Trata-se <strong>de</strong> ferramenta<br />

fundamental para o planejamento da conservação da biodiversida<strong>de</strong>.<br />

• Restauração Ecológica: Para efeito foi implantado em 2006 <strong>Projeto</strong> <strong>de</strong><br />

Reflorestamento que abrangeu o plantio <strong>de</strong> 1.200 mudas <strong>de</strong> árvores nativas<br />

distribuídas em 35 espécies, promovendo a conectivida<strong>de</strong> da vegetação em<br />

estágio médio (Área A3) com as áreas <strong>de</strong> app do Lago 1 (Área A7), conectando<br />

portanto os fragmentos da gleba com as áreas <strong>de</strong> preservação permanente.<br />

• Passagens <strong>de</strong> fauna: as copas das árvores do fragmento A3 se sobrepõem ao da<br />

Área A7, possibilitando o <strong>de</strong>slocamento seguro dos primatas. Os projetos <strong>de</strong><br />

reflorestamento e enriquecimento das áreas <strong>de</strong> app fortalecerão o contínuum<br />

ecológico, sendo que a passagem dos animais silvestres terrestres para a gleba da<br />

margem direita do Ribeirão Pinheiros, po<strong>de</strong>rá ser feita pela ponte existente<br />

<strong>de</strong>vidamente regularizada junto ao DAEE.


Serão colocados re<strong>de</strong>s e cordas nas copas das árvores para servir <strong>de</strong> “ponte” além <strong>de</strong><br />

tubulações que possam servir <strong>de</strong> passagem para pequenos animais associados com<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção em direção às estradas ou ruas.


Vista da área on<strong>de</strong> o fragmento A3 se conecta com a<br />

área A7 <strong>de</strong> reflorestamento através das copas das<br />

árvores.


Outro ângulo que <strong>de</strong>monstra a conexão entre o<br />

fragmento existente e o reflorestamento implantado


Observa-se reflorestamento com espécies nativas (Área A7) que foi<br />

implantado em uma das margens do lago 1. Ao fundo, observa-se vegetação<br />

graminói<strong>de</strong> (Área A1).


Detalhe do vigor <strong>de</strong> uma espécie pioneira plantada na área<br />

<strong>de</strong> reflorestamento, cujo local é frequentado pela avifauna.


Outro ângulo da área reflorestada <strong>de</strong>monstrando o bom<br />

<strong>de</strong>senvolvimento vegetativo das espécies nativas.


Vista da área contemplada com reflorestamento <strong>de</strong><br />

espécies nativas reforçando o conceito <strong>de</strong> contínuum<br />

ecológico


Outro ângulo da área reflorestada <strong>de</strong>monstrando o bom<br />

<strong>de</strong>senvolvimento vegetativo das espécies nativas.


Detalhe da área <strong>de</strong> reflorestamento on<strong>de</strong> observase<br />

a regeneração do sub-bosque.


Detalhe da app do lago 1 reflorestada apresentando<br />

espécies em floração.


Outro ângulo da app reflorestada.


6.3.3 Caracterização sócio-econômica<br />

• A conurbação da RMC é fato incontestável. A proposta do empreendimento<br />

aten<strong>de</strong>ndo as formais exigência técnicas e também imprimindo na sua concepção<br />

as principais diretrizes e objetivos urbanísticos <strong>de</strong>finidos pela legislação municipal<br />

para aquela região certamente evitará que o local, em virtu<strong>de</strong> das pressões dos<br />

mo<strong>de</strong>los indutores <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, futuramente receba uma ocupação mais<br />

agressiva.<br />

• Geração <strong>de</strong> emprego - A população do entorno, principalmente os moradores do<br />

Parque Portugal hoje se encontram ilhados da malha urbana consolidada,<br />

disponibilizando poucas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho próximas as suas residências. O<br />

empreendimento <strong>de</strong>verá gerar novos postos <strong>de</strong> serviços quer na fase <strong>de</strong><br />

implantação, ocupação e manutenção.


• Valorização imobiliária – Os investimentos que serão aplicados para a<br />

implantação do empreendimento, além <strong>de</strong> agregar valor no imóvel loteado,<br />

valorizará os imóveis do entorno.<br />

• A urbanização do local <strong>de</strong>verá através da tributação do IPTU gerar uma nova<br />

fonte <strong>de</strong> arrecadação para o Erário, que posteriormente, será revertida em<br />

melhorias para os <strong>de</strong>mais habitantes do Município.


6.4 Legislações Ambientais Consultadas<br />

Dentre as diversas legislações ambientais consultadas que constam no Diagnóstico<br />

Ambiental do ano <strong>de</strong> 2004, citamos as seguintes:<br />

Recursos Hídricos:<br />

• Resolução CNRH nº 16 <strong>de</strong> 08/05/01: Define critérios gerais para a outorga <strong>de</strong><br />

direito <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> recursos hídricos. A outorga confere o direito <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> recursos<br />

hídricos condicionado à disponibilida<strong>de</strong> hídrica e ao regime <strong>de</strong> racionamento,<br />

sujeitando o outorgado à suspensão da outorga.<br />

• Decreto Estadual nº 41.258 <strong>de</strong> 31/10/96: Regulamenta a outorga <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> uso<br />

dos recursos hídricos e dispõe sobre fiscalização.<br />

• Portaria DAEE nº 717 <strong>de</strong> 12/12/96: Aprova a Norma e os Anexos <strong>de</strong> I a XVIII que<br />

disciplinam o uso dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.


Cobertura Vegetal/ apps:<br />

•Lei nº 4.771 <strong>de</strong> 15/09/65, alterada pela Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 7.803/89: Institui o novo<br />

CódigoFlorestal.<br />

•Resoluções CONAMA nº 302 e 303 <strong>de</strong> 20/03/02: Dispõe sobre os parâmetros, <strong>de</strong>finições e<br />

limites <strong>de</strong> Preservação Permanente e dos reservatórios artificiais e o regime <strong>de</strong> uso do<br />

entorno.<br />

•Decreto Fe<strong>de</strong>ral nº 750 <strong>de</strong> 10/02/93:Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão <strong>de</strong><br />

vegetação primária ou nos estágios médio e avançado <strong>de</strong> regeneração da Mata Atlântica e<br />

dá outras providências.<br />

•Resolução SMA n° 48 <strong>de</strong> 21/09/2004 : Dispõe sobre a lista oficial das espécies da flora do<br />

Estado <strong>de</strong> São Paulo ameaçadas <strong>de</strong> extinção seguindo recomendação do Instituto <strong>de</strong><br />

Botânica <strong>de</strong> São Paulo.<br />

•Instrução Normativa n° 06 do MMA <strong>de</strong> 23/09/2008: Dispõe sobre as espécies da flora<br />

brasileira ameaçadas <strong>de</strong> extinção.


Fauna:<br />

• Portaria DG-DEPRN nº 42 <strong>de</strong> 23/10/00: Estabelece os procedimentos iniciais relativos à<br />

fauna silvestre para instrução <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> licenciamento no âmbito do DEPRN.<br />

• Lei nº 9.605 <strong>de</strong> 13/02/98: Dispõe sobre as sansões penais e administrativas <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong><br />

conduta e ativida<strong>de</strong>s lesivas ao meio ambiente a dá outras providências.<br />

• Instrução Normativa nº 3 do Ministério do Meio Ambiente <strong>de</strong> 27/05/03: Refere-se a lista<br />

oficial <strong>de</strong> espécies da fauna brasileira ameaçada <strong>de</strong> extinção no Brasil.<br />

• Decreto Estadual n° 53.494 <strong>de</strong> 02/10/2008: Dispõe sobre a lista do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

da Fauna Ameaçada <strong>de</strong> Extinção.<br />

• Instruções Normativas MMA n° 003/ 2003 <strong>de</strong> 26/05/2003: Apresenta a Lista Oficial <strong>de</strong><br />

espécies da fauna brasileira ameaçada <strong>de</strong> extinção.


Parcelamento/ Uso e ocupação do solo:<br />

Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 6766/1979 – Parcelamento do Solo Urbano.<br />

Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.257/2001 – Estatuto das Cida<strong>de</strong>s.<br />

Lei Municipal nº 3192/1998 – Loteamento fechado.<br />

Lei Municipal nº 2978/1996 (com respectivas alterações e extensão da incidência dada pela<br />

Lei nº 4213/07) – Parcelamento do Solo Urbano.<br />

Lei Municipal nº 3621/2002 – Determina a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rebaixamento <strong>de</strong> guia para<br />

acesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiente físico.<br />

Lei Municipal nº 4147/2007 – Normas para contenção <strong>de</strong> Enchentes e Destinação <strong>de</strong> Águas<br />

Pluviais.<br />

Lei Municipal nº 3841/2004 – Plano Diretor III do Município <strong>de</strong> <strong>Valinhos</strong> (em especial aos<br />

ditames dos artigos 74 e 75).


7. PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS / MEDIDAS MITIGADORAS


Medidas Mitigadoras<br />

PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

1. Aumento do consumo <strong>de</strong> água (168<br />

Sustentabilida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais)<br />

para ser utilizada pelo sistema público,<br />

aten<strong>de</strong>ndo a legislação Municipal<br />

Enriquecimento do fragmento <strong>de</strong> mata on<strong>de</strong><br />

está inserida a nascente externa à<br />

proprieda<strong>de</strong> que se tem o direito <strong>de</strong> uso<br />

2. Geração <strong>de</strong> efluentes domésticos<br />

O empreendimento tratará 100% do esgoto<br />

(esgoto)<br />

produzido e reuso <strong>de</strong> 50%.


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

3. Geração <strong>de</strong> resíduos sólidos (domiciliares,<br />

Implantação do PGRS<br />

entulhos da construção civil, etc.)<br />

Conscientização ambiental, coleta seletiva do<br />

lixo domiciliar.<br />

Contratação <strong>de</strong> empresas que possuam as<br />

licenças ambientais junto aos órgãos<br />

pertinentes<br />

4. Aumento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> equipamentos<br />

Disponibilização <strong>de</strong> área (AI) para futura<br />

públicos<br />

implantação <strong>de</strong> equipamento público.<br />

5. Aumento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> utilização dos<br />

A Associação <strong>de</strong> Moradores será responsável<br />

serviços públicos<br />

pelos encargos da manutenção e<br />

conservação dos bens na área interna.


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

6. Aumento da <strong>de</strong>manda da infra-estrutura<br />

Otimização da infra-estrutura já existente<br />

existente<br />

que é sub-utilizada atualmente.<br />

7. Aumento <strong>de</strong> tráfego Melhoria da segurança através da<br />

implantação da Rotatória <strong>de</strong> acesso ao local<br />

e reserva <strong>de</strong> área para abertura <strong>de</strong> futura via<br />

marginal.


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

8. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos<br />

Dimensionamento da bacia <strong>de</strong> captação para cálculos<br />

erosivos e assoreamentos<br />

do sistema <strong>de</strong> drenagem das águas pluviais e tanques<br />

provocados pelas obras <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> sedimentos<br />

terraplenagem/ infra-estrutura e <strong>de</strong><br />

As obras serão realizadas preferencialmente na época<br />

alteração da qualida<strong>de</strong> das águas<br />

<strong>de</strong> menores índices pluviométricos<br />

superficiais<br />

Plano <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Processos Erosivos/<br />

Assoreamentos (Plano <strong>de</strong> Controle Ambiental <strong>de</strong><br />

Obras)<br />

Plano <strong>de</strong> Monitoramento da Qualida<strong>de</strong> das Águas<br />

Superficiais


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

9. Baixa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> supressão<br />

Preservação <strong>de</strong> todos os fragmentos em estágio médio e<br />

<strong>de</strong> cobertura vegetal<br />

em estágio inicial. Será necessário a supressão apenas<br />

das áreas cobertas por pomares e árvores nativas<br />

isoladas. Elaboração <strong>de</strong> Diagnóstico Ambiental para<br />

subsidiar o <strong>Projeto</strong> Urbanístico<br />

Implantação <strong>de</strong> corredores ecológicos <strong>de</strong> modo a permitir<br />

a interligação entre os remanescentes <strong>de</strong> mata nativa<br />

Restauração Ecológica aumentando a área da cobertura<br />

vegetal arbórea nativa da proprieda<strong>de</strong>


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

10. <strong>Projeto</strong> <strong>de</strong> Restauração Ecológica e<br />

Proteção das app’s que se encontram<br />

Plano <strong>de</strong> Manejo para as Áreas Ver<strong>de</strong>s com<br />

<strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> cobertura vegetal arbórea<br />

mata<br />

nativa, incluindo a nascente não registrada<br />

no mapa do IGC, assim como recuperação<br />

das margens do Ribeirão Pinheiros<br />

Aumento da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos, <strong>de</strong><br />

abrigo e <strong>de</strong> locais para nidificação da fauna<br />

silvestre<br />

Enriquecimento das Matas já existentes<br />

através do plantio <strong>de</strong> espécies climácicas


Plantio <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 7.000 mudas <strong>de</strong><br />

espécies nativas no <strong>Projeto</strong> <strong>de</strong><br />

Enriquecimento dos fragmentos <strong>de</strong><br />

vegetação em estágio médio e inicial, e<br />

ainda na restauração ecológica das áreas<br />

<strong>de</strong> preservação permanente. Esta<br />

quantida<strong>de</strong> somada às da área já<br />

reflorestada (corredor ecológico) e da<br />

nascente externa, atinge aproximadamente<br />

o plantio <strong>de</strong> 9.000 mudas no total


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

11. Alteração da paisagem. <strong>Projeto</strong> <strong>de</strong> Restauração Ecológica<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>de</strong> Paisagismo e Arborização do<br />

Sistema Viário, propiciando através do uso<br />

<strong>de</strong> espécies predominantemente nativas, a<br />

integração da paisagem do entorno<br />

Aumento do conforto térmico em função da<br />

massa arbórea<br />

Melhor opção <strong>de</strong> ocupação do solo <strong>de</strong>ntre as<br />

permitidas<br />

pela legislação municipal<br />

12. Geração <strong>de</strong> emprego e renda Priorizar a utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra local


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

13. Impermeabilização do solo. O uso do imóvel para baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e o<br />

alto índice <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> Área Ver<strong>de</strong><br />

garantirá ao local um elevado grau <strong>de</strong><br />

permeabilida<strong>de</strong> do solo, extrapolando os<br />

índices das exigências legais


PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS<br />

INTERFERÊNCIAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

14. Geração <strong>de</strong> recursos para o Município Arrecadação <strong>de</strong> impostos (IPTU, ISS, ITBI,<br />

etc.)<br />

15. Valorização Imobiliária Possibilida<strong>de</strong> da melhoria do patrimônio da<br />

população do entorno e do próprio imóvel


EXEMPLO DE PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DE OBRAS<br />

1. Programa <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Resíduos Sólidos.<br />

2. Monitoramento <strong>de</strong> Fauna Silvestre<br />

3. Monitoramento <strong>de</strong> Água<br />

4. Programa <strong>de</strong> Educação Ambiental<br />

5. Monitoramento e Controle <strong>de</strong> Processos Erosivos e Assoreamento<br />

6. Controle <strong>de</strong> Ressuspensão <strong>de</strong> Poeiras


1. Programa <strong>de</strong> Gerenciamento<br />

<strong>de</strong> Resíduos Sólidos


2. Monitoramento da<br />

Fauna Silvestre


Observa-se um indivíduo <strong>de</strong> gavião-<strong>de</strong>cauda-branca<br />

(Buteo albicaudatus ),<br />

em pouso em árvore próxima ao<br />

fragmento florestal FM2.<br />

Detalhe <strong>de</strong> um dos dois indivíduos <strong>de</strong><br />

tucano (Ramphastos toco) que<br />

estava alimentando-se <strong>de</strong> frutos <strong>de</strong><br />

alguns abacateiros existentes no<br />

pasto.


3. Monitoramento<br />

Da Água


Vista do técnico coletando<br />

amostra <strong>de</strong> água no córrego 4<br />

em área interna à proprieda<strong>de</strong>.<br />

Detalhe dos<br />

equipamentos utilizados<br />

para a analise das águas.


4. Programa <strong>de</strong><br />

Educação Ambiental


Vista dos funcionários que<br />

receberam a 1ª Palestra <strong>de</strong><br />

Educação Ambiental.<br />

Vista da palestrante e da platéia<br />

composta por funcionários da<br />

empresa responsável pela montagem<br />

dos “stand” <strong>de</strong> vendas.


5. Monitoramento e Controle <strong>de</strong><br />

Processos Erosivos e<br />

Assoreamento


O solo orgânico (seta vermelha) e o mineral (seta azul) são separados e utilizados<br />

posteriormente.


Sacos com terra vegetal semeados com gramíneas, diminuindo o fluxo das águas.


Tanques <strong>de</strong> contenção com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> sedimentos.


6. Controle <strong>de</strong> Ressuspensão<br />

De Poeiras


PROCEDIMENTO DE ASPERSÃO


CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Foi possível através do Diagnóstico Ambiental e da legislação inci<strong>de</strong>nte no âmbito<br />

fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal, fornecer diretrizes para a concepção <strong>de</strong> um <strong>Projeto</strong><br />

Urbanístico que respeita os atributos ambientais. Ressalta-se que foi elaborado<br />

igualmente, aten<strong>de</strong>ndo a vocação da região indicada no Plano Diretor do Município<br />

e certamente, <strong>de</strong>verá ser mo<strong>de</strong>lo indutor para outros empreendimentos que ali<br />

venham a serem implantados, resgatando a qualida<strong>de</strong> ambiental e paisagística<br />

daquela região do nosso Município.


Consi<strong>de</strong>rando ainda que:<br />

• Atualmente ocorre o predomínio <strong>de</strong> gramíneas no local<br />

• As áreas <strong>de</strong> app, se encontram predominantemente <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> cobertura<br />

vegetal arbórea nativa<br />

• Os fragmentos remanescentes não possuem conectivida<strong>de</strong><br />

• Não existem espécies da fauna e da flora ameaçadas <strong>de</strong> extinção<br />

• Existe baixa oferta <strong>de</strong> alimento e abrigo para a fauna silvestre<br />

• Em função do uso pretérito a paisagem se encontra longe <strong>de</strong> suas características<br />

originais


Será possível através da Implantação do <strong>Projeto</strong> Urbanístico:<br />

• Melhorar o aproveitamento da infra-estrutura que é sub-utilizada;<br />

• Recuperar a qualida<strong>de</strong> ambiental da área;<br />

• Atribuir função social a imóvel praticamente ocioso;<br />

• Melhorar a opção <strong>de</strong> ocupação do solo <strong>de</strong>ntre as permitidas<br />

pela legislação municipal;<br />

• Gerar recursos para o Município através da arrecadação <strong>de</strong> novos<br />

impostos;<br />

• Criar mo<strong>de</strong>lo indutor <strong>de</strong> empreendimentos com qualida<strong>de</strong><br />

ambiental e paisagística;<br />

• Gerar emprego e renda;


Em função do exposto, enten<strong>de</strong>mos que seja possível a concepção <strong>de</strong><br />

empreendimentos <strong>de</strong>sta magnitu<strong>de</strong>, aten<strong>de</strong>ndo-se as legislações ambientais e<br />

urbanísticas vigentes, promovendo a restauração ambiental, através <strong>de</strong> projetos<br />

ecologicamente corretos, socialmente sustentáveis e economicamente viáveis.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos a sua atenção<br />

Equipe Técnica da Vila Hípica Empreendimentos<br />

MAIO/ 2010

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