Versão PDF - correio de venezuela
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PORTUGAL <strong>correio</strong> <strong>de</strong> <strong>venezuela</strong> • 05 a 11 <strong>de</strong> maio DE 2011<br />
Os representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco<br />
Central Europeu e Comissão Europeia fazem na quinta-feira, 5 <strong>de</strong><br />
Maio, às 11 horas, uma conferência <strong>de</strong> imprensa para apresentar<br />
as medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> acordadas com o Executivo luso.<br />
Medidas para<br />
sair da crise<br />
✓ O Estado português vai<br />
acelerar os prazos para ven<strong>de</strong>r<br />
o BPN, sem um preço<br />
mínimo, esperando encontrar<br />
um comprador até ao<br />
final <strong>de</strong> julho,<br />
politica|Ajuda externa<br />
Governo diz que Portugal está<br />
melhor que Grécia e Irlanda<br />
✓ Os proprietários <strong>de</strong> habitações<br />
vão pagar mais IMI a<br />
partir <strong>de</strong> julho, agravamento<br />
compensado por uma baixa<br />
do IMT na compra da casa.<br />
✓ Pelo menos 1% dos trabalhadores<br />
da administração<br />
central e dois por cento da<br />
administração local e regional<br />
vão ter <strong>de</strong> ser reduzidos<br />
anualmente.<br />
✓ O Governo e a ‘troika’ irão<br />
apresentar até ao final do<br />
ano uma revisão da Lei da<br />
Programação Militar com a<br />
intenção <strong>de</strong> impor tetos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spesa.<br />
✓ O Estado vai sair do capital<br />
da EDP e da REN até ao<br />
final do ano, indica o memorando<br />
<strong>de</strong> entendimento entre<br />
o Governo e a ‘troika’.<br />
✓ As empresas portuguesas<br />
vão passar a pagar menos<br />
taxa social única.<br />
✓ As escolas públicas <strong>de</strong>verão<br />
receber financiamento<br />
com base na evolução <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho e na prestação<br />
<strong>de</strong> contas.<br />
✓ Os custos com o transporte<br />
<strong>de</strong> doentes têm <strong>de</strong> ser<br />
reduzidos em um terço até<br />
Setembro <strong>de</strong>ste ano e têm<br />
ainda <strong>de</strong> ser operados cortes<br />
nos meios complementares<br />
<strong>de</strong> diagnóstico.<br />
✓ Os apoios sociais do Estado<br />
vão passar a ser <strong>de</strong>clarados<br />
para o efeito <strong>de</strong> cálculo<br />
global <strong>de</strong> rendimentos dos<br />
beneficiários, mas a taxa <strong>de</strong><br />
IRS não incidirá sobre esses<br />
subsídios.<br />
Governo pediu mais responsabilida<strong>de</strong> à oposição faca à situação do país<br />
País foi arrastado<br />
“<strong>de</strong>snecessariamente”<br />
para o pedido <strong>de</strong><br />
assistência financeira<br />
internacional<br />
CORREIO/LUSA<br />
O ministro da Presidência<br />
consi<strong>de</strong>rou, quarta-feira, 4 <strong>de</strong><br />
Maio, que o acordo <strong>de</strong>monstra<br />
que a situação económica<br />
<strong>de</strong> Portugal é melhor do que<br />
a grega ou irlan<strong>de</strong>sa, mas o<br />
país foi arrastado “<strong>de</strong>snecessariamente”<br />
para o pedido <strong>de</strong><br />
assistência financeira internacional.<br />
“As razões que <strong>de</strong>terminaram<br />
este pedido <strong>de</strong> ajudas<br />
externa <strong>de</strong> Portugal são bem<br />
distintas daquelas que são conhecidas<br />
nos casos da Grécia e<br />
Irlanda. Certamente que são<br />
essas diferenças <strong>de</strong> substância<br />
quanto à situação <strong>de</strong> cada um<br />
dos países que <strong>de</strong>terminam as<br />
diferenças nos programas <strong>de</strong><br />
ajustamento”, sustentou o ministro<br />
da Presidência.<br />
Pedro Silva Pereira falava<br />
em conferência <strong>de</strong> imprensa,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter recebido <strong>de</strong>legações<br />
do Bloco <strong>de</strong> Esquerda,<br />
PCP e “Os Ver<strong>de</strong>s” na Presidência<br />
do Conselho <strong>de</strong> Ministros,<br />
encontros que se <strong>de</strong>stinaram<br />
a apresentar o teor do<br />
acordo alcançado com a União<br />
Europeia e o Fundo Monetário<br />
Internacional (FMI).<br />
De acordo com a tese do<br />
ministro da Presidência, do<br />
grupo <strong>de</strong> países que recorreu<br />
à ajuda externa, Portugal foi o<br />
único a não ser sujeito e medidas<br />
adicionais logo no ano em<br />
que o acordo internacional é<br />
concluído.<br />
“Isso nunca aconteceu em<br />
nenhum outro país que pediu<br />
ajuda externa e é o melhor reconhecimento<br />
do trabalho que<br />
estava já a ser feito pelo Governo<br />
e [prova] que a situação <strong>de</strong><br />
FMI realça “amplo programa económico”<br />
O FMI <strong>de</strong>stacou o acordo firmado entre a ‘troika’ e o Governo<br />
português para um “amplo programa económico”, manifestando<br />
o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> que o entendimento seja apoiado pelos restantes<br />
partidos.<br />
“Temos dito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início que é importante que qualquer acordo<br />
recolha apoio multipartidário e vamos continuar na nossa<br />
missão com os partidos da oposição para <strong>de</strong>monstrar que este é<br />
o caso”, disse a porta-voz do FMI à agência Lusa.<br />
A <strong>de</strong>claração da responsável do FMI surgiu após o anúncio do<br />
primeiro-ministro José Sócrates sobre o acordo para ajuda financeira<br />
a Portugal com a ‘troika’, composta pelo Fundo Monetário<br />
Internacional, Comissão Europeia (CE) e Banco Central<br />
Europeu (BCE).