08.01.2015 Views

avaliação in vitro da temperatura obtida através de diferentes testes ...

avaliação in vitro da temperatura obtida através de diferentes testes ...

avaliação in vitro da temperatura obtida através de diferentes testes ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA<br />

JEFERSON WAGNER DINIZ TAVARES<br />

Avaliação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong><br />

<strong>testes</strong> térmicos, em <strong>de</strong>ntes humanos extraídos, na endodontia<br />

João Pessoa<br />

2010<br />

1


JEFERSON WAGNER DINIZ TAVARES<br />

Avaliação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong><br />

<strong>testes</strong> térmicos, em <strong>de</strong>ntes humanos extraídos, na endodontia<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

apresentado ao Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

em Odontologia, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba em cumprimento<br />

às exigências para conclusão.<br />

Orientador: Juan Ramon Salazar Silva, Doutor<br />

João Pessoa<br />

2010<br />

2


T231a<br />

Tavares, Jeferson Wagner D<strong>in</strong>iz.<br />

Avaliação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong><br />

<strong>testes</strong> térmicos, em <strong>de</strong>ntes humanos extraídos, na endodontia /<br />

Jeferson Wagner D<strong>in</strong>iz Tavares. – João Pessoa : [s.n.], 2009.<br />

43 f. : il.<br />

Orientador: Juan Ramon Salazar Silva.<br />

Monografia (Graduação) – UFPB/CCS.<br />

1. Diagnóstico. 2. Teste <strong>da</strong> polpa <strong>de</strong>ntária. 3. Endodontia.<br />

4. Odontologia.<br />

3


AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>ço aos meus pais Luiz Tavares D<strong>in</strong>iz e Maria Ãngela D<strong>in</strong>iz e aos meus<br />

irmãos Gleidson Willian D<strong>in</strong>iz Tavares, George Wilson D<strong>in</strong>iz Tavares Jonathan<br />

Walter D<strong>in</strong>iz Tavares e a m<strong>in</strong>ha irmã Teresa Gabriela D<strong>in</strong>iz Tavares que mesmo a<br />

distância nunca mediram esforços para me aju<strong>da</strong>r. Ao meu orientador Juan Ramon<br />

Salazar Silva, que me guiou na construção <strong>de</strong> m<strong>in</strong>ha pesquisa e por ter me mostrado<br />

durante o curso os cam<strong>in</strong>hos <strong>da</strong> endodontia com todo apresso e <strong>de</strong>dicação.<br />

Agra<strong>de</strong>ço a m<strong>in</strong>ha namora<strong>da</strong> Adriana que sempre esteve ao meu lado durante essa<br />

batalha que é a universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Agra<strong>de</strong>ço a todos os meus colegas <strong>de</strong> curso por tudo<br />

que nós construímos juntos. E por fim direciono a Deus todos os agra<strong>de</strong>cimentos<br />

pela sua obra div<strong>in</strong>a que é a nossa existência.<br />

5


RESUMO<br />

O sucesso do tratamento endodôntico esta diretamente relacionado com um<br />

diagnóstico correto, com isso o estudo dos meios auxiliares diagnósticos na<br />

endodontia possuem gran<strong>de</strong> importância. Este trabalho teve como objetivo verificar a<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> agentes térmicos provocarem alterações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong><br />

<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar. Para tanto, foi realizado etapas <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong><br />

<strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar em pré-molares extraídos, após o uso <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong><br />

gases refrigerantes e a guta-percha aqueci<strong>da</strong>, utilizando-se <strong>de</strong> um termopar<br />

conectado a um termômetro para realização <strong>da</strong> verificação <strong>da</strong> variação <strong>de</strong><br />

<strong>temperatura</strong>. O universo foi composta por pré-molares <strong>in</strong>feriores, sendo<br />

selecionados 10 <strong>de</strong>ntes que apresentarão corno pulpar correspon<strong>de</strong>nte a face<br />

vestibular com normali<strong>da</strong><strong>de</strong>. A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi dividi<strong>da</strong> em quatro grupos a serem<br />

testados, realiza<strong>da</strong> através do uso <strong>de</strong> quadros <strong>de</strong>senvolvidos no Excel para<br />

anotação dos resultados dos <strong>testes</strong>. Após a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos esses foram analisados<br />

através dos <strong>testes</strong> estatísticos <strong>de</strong> Anova e Tukey. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que<br />

o Congelante aerossol promoveu maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e alterações térmicas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />

câmara pulpar quando comparado com o Endofrost, Endo-ice e a guta-percha<br />

aqueci<strong>da</strong>, respectivamente nos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, havendo diferenças<br />

estatísticas entre o Congelante Aerossol e os <strong>de</strong>mais grupos. Com isso conclui-se<br />

que o Congelante Aerossol possui um gran<strong>de</strong> potencial em produzir alterações<br />

térmicas a nível <strong>de</strong> câmara pulpar, po<strong>de</strong>ndo ser utilizado para <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pulpar, po<strong>de</strong>ndo agir melhor que o outros agentes térmicos utilizados na<br />

odontologia.<br />

Palavras-chave: Diagnóstico, teste <strong>da</strong> polpa <strong>de</strong>ntária, endodontia.<br />

6


ABSTRACT<br />

The success of endodontic treatment is directly related to a correct diagnosis,<br />

thus the study of auxiliary diagnoses <strong>in</strong> endodontics have great importance. This<br />

work aimed to verify the ability of different thermal agents<br />

cause changes <strong>in</strong> temperature with<strong>in</strong> the pulp chamber. For this, the work was<br />

carried out <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> steps of simulation tests postoperative sensitivity <strong>in</strong> pre-molars<br />

extracted, after the use of different refrigerants and gutta-percha heated, us<strong>in</strong>g a<br />

thermocouple connected to a thermometer to perform the verification of temperature<br />

variation. The universe was composed of premolars, which were selected 10 teeth<br />

that presented pulp horn correspond<strong>in</strong>g to the buccal smoothly. The <strong>da</strong>ta collection<br />

was divi<strong>de</strong>d <strong>in</strong>to four groups to be tested, accomplished through the use of<br />

frameworks <strong>de</strong>veloped <strong>in</strong> Excel for annotation of test results. After collect<strong>in</strong>g, these<br />

<strong>da</strong>ta were analyzed us<strong>in</strong>g Anova and Tukey’s statistical tests. The results showed<br />

that the Freez<strong>in</strong>g aerosol promoted greater capacity and thermal changes with<strong>in</strong> the<br />

pulp chamber when compared with the Endofrost, Endo-ice and heated gutta-percha,<br />

respectively <strong>in</strong> pulp sensitivity tests, occurr<strong>in</strong>g statistics differences between the<br />

Freez<strong>in</strong>g aerosol and other groups. Thus conclu<strong>de</strong>d that the Freez<strong>in</strong>g aerosol has a<br />

great potential <strong>in</strong> produce thermal changes at the level of the pulp chamber, can be<br />

used to test the postoperative sensitivity, and can act better the other thermal agents<br />

used <strong>in</strong> <strong>de</strong>ntistry.<br />

Key words: Diagnostic, pulp test <strong>de</strong>ntal, endodontics.<br />

.<br />

7


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................08<br />

2.REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................11<br />

2.1 Testes com Frio..................................................................................................11<br />

2.2 Testes <strong>de</strong> Calor...................................................................................................17<br />

3. PREPOSIÇÃO....................................................................................................................20<br />

3.1 Objetivo Geral.............................................................................................20<br />

3.2 Objetivos Específicos........................................................................................20<br />

4. MATERIAS E MÉTODOS.................................................................................................21<br />

4.1Aspectos Éticos...................................................................................................21<br />

4.2 Universo e Amostra.............................................................................................21<br />

4.3 Limpeza dos Dentes............................................................................................21<br />

4.4 Avaliação visual e radiográfica para seleção dos <strong>de</strong>ntes...............................22<br />

4.5 Preparo dos <strong>de</strong>ntes e <strong>testes</strong> térmicos..............................................................23<br />

4.6 Coleta <strong>de</strong> Dados ..................................................................................................26<br />

4.7 Análise dos Dados...............................................................................................26<br />

5. RESULTADOS..................................................................................................................27<br />

6. DISCUSSÃO.......................................................................................................................31<br />

7. CONCLUSÃO.....................................................................................................................36<br />

REFERÊNCIAS......................................................................................................................37<br />

9. ANEXOS.............................................................................................................................40<br />

Anexo I.......................................................................................................................40<br />

Anexo II.......................................................................................................................41<br />

Anexo III......................................................................................................................42<br />

Anexo IV.......................................................................................................................43<br />

8


1. INTRODUÇÃO<br />

Para realização <strong>de</strong> um tratamento endodôntico eficaz, a realização <strong>de</strong> um<br />

plano <strong>de</strong> tratamento organizado e correto possui caráter impar. Para que esse plano<br />

<strong>de</strong> tratamento seja concreto e traga um ótimo prognóstico, a semiologia <strong>de</strong>ve se<br />

valer <strong>de</strong> todos os métodos auxiliares para obtenção <strong>de</strong> uma hipótese diagnóstica<br />

mais precisa. Dessa forma, po<strong>de</strong>remos estabelecer um plano <strong>de</strong> tratamento<br />

direcionado para manutenção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> bucal do paciente.<br />

Antes <strong>da</strong> realização <strong>de</strong> procedimentos restauradores, protéticos, periodontais<br />

e ortodônticos, o estabelecimento <strong>da</strong>s condições pulpares <strong>de</strong>ve ser estabelecido<br />

através <strong>da</strong> realização <strong>de</strong> <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar (MEDEIROS et al., 2004).<br />

O emprego <strong>de</strong> <strong>testes</strong> térmicos como recurso auxiliar no diagnóstico pulpar é<br />

fun<strong>da</strong>mental: porém, em algumas situações, sua eficácia passa a ser questionável.<br />

Dentes com história <strong>de</strong> traumatismo, com cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar atrésica, ou que foram<br />

submetidos à pulpotomia, po<strong>de</strong>m gerar respostas negativas frente à aplicação do<br />

teste mesmo na presença <strong>de</strong> tecido pulpar sadio (ARALDI; KOOPER; TARTAROTI,<br />

2004).<br />

As alterações pulpares que acometem o órgão <strong>de</strong>ntário po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s a<br />

ação <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> hábitos do paciente, ou a<strong>in</strong><strong>da</strong> a ação dos <strong>diferentes</strong> tratamentos<br />

restauradores e/ou protéticos, bem como a <strong>in</strong>tercorrências causa<strong>da</strong>s por aci<strong>de</strong>ntes,<br />

como no caso do traumatismo <strong>de</strong>ntal, ou pela simples evolução <strong>da</strong> doença cárie. Em<br />

to<strong>da</strong>s as situações relata<strong>da</strong>s, o uso <strong>de</strong> métodos para verificar a vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar são<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia para <strong>in</strong>staurar o correto diagnóstico e por via <strong>de</strong> conseqüência, seu<br />

correto plano <strong>de</strong> tratamento.<br />

Os métodos mais utilizados para realização <strong>de</strong> <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar são<br />

os <strong>testes</strong> térmicos, que são realizados através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> estímulos a base <strong>de</strong><br />

calor e frio, que estimulam as fibras nervosas do complexo <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>o-pulpar. O teste<br />

térmico a frio se vale do uso <strong>de</strong> bastão <strong>de</strong> gelo, gelo seco e gases refrigerantes; e o<br />

estímulo térmico com calor se baseia na aplicação <strong>de</strong> água quente ou guta-percha<br />

aqueci<strong>da</strong> sobre a superfície <strong>de</strong>ntária (PITT FORD; PATEL, 2004).<br />

Há a<strong>in</strong><strong>da</strong> outros métodos para realização do diagnóstico <strong>da</strong>s condições<br />

pulpares como o elétrico, que objetiva estimular fibras nervosas <strong>de</strong>lta-A <strong>in</strong>tactas que<br />

8


estão no complexo <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>o-pulpar, através <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> corrente elétrica na<br />

superfície do <strong>de</strong>nte (PANTERA; ANDERSON, PANTERA, 1993). A oximetria <strong>de</strong><br />

pulso verifica os níveis <strong>de</strong> saturação <strong>de</strong> oxigênio sanguíneos não necessitando <strong>de</strong><br />

resposta do <strong>in</strong>dividuo, o transmissor <strong>de</strong> luz fotopledismográfica (TLP) que é uma<br />

técnica não <strong>in</strong>vasiva <strong>de</strong> monitoramento do fluxo sanguíneo pulpar e o laser doppler<br />

que um método <strong>de</strong> avaliação do fluxo sanguíneo em um sistema micro vascular<br />

(GOPIKRISHINA; PRADEEP; VENKATESHBABU, 2008).<br />

Com o passar dos anos os <strong>testes</strong> a frio com utilização <strong>de</strong> gases refrigerantes,<br />

foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, tais como: diclorodifluorometano (PESCE et al, 1995),<br />

tetrafluoroetano (MEDEIROS; PESCE, 1998), e propano-Butano (ARALDI;<br />

KOOPER; TARTAROTI, 2004). Um dos pr<strong>in</strong>cipais gases refrigerante é o<br />

diclorodifluorometano, mas com a ass<strong>in</strong>atura do protocolo <strong>de</strong> Montreal que visa à<br />

redução <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> substâncias que possuem clorofluorcarbono (CFC), há<br />

contra-<strong>in</strong>dicação na sua utilização pela sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

ozônio (MOLINA; ROWLAND, 1974)<br />

O diagnóstico <strong>da</strong> situação <strong>da</strong> polpa <strong>de</strong>ntária <strong>de</strong>ve ser vista como uma síntese<br />

<strong>de</strong> histórico, exame clínico, <strong>testes</strong> especiais, e exames radiográficos, e não como<br />

resultado <strong>de</strong> um teste especifico. O teste <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar é importante no<br />

auxilio <strong>de</strong> diagnósticos <strong>de</strong> patologias pulpares e periodontites apicais<br />

(GOPIKRISHNA; PRADEEP; VENKATESHBABU, 2009), <strong>de</strong>vido à polpa se<br />

encontrar envolvi<strong>da</strong> por pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a, fato que impe<strong>de</strong> sua visualização direta<br />

pelo profissional durante o atendimento clínico (SILVA et al., 2008).<br />

O correto estabelecimento clínico <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar muitas<br />

vezes <strong>de</strong>fronta-se com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, entre outras, impostas pela presença <strong>da</strong> maior<br />

espessura <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária do <strong>de</strong>nte a ser testado. Além disso, outros fatores<br />

po<strong>de</strong>m <strong>in</strong>fluenciar na resposta pulpar, imped<strong>in</strong>do parcial ou totalmente a transmissão<br />

do estímulo aplicado até os receptores sensoriais <strong>da</strong> polpa. Dentre esses fatores,<br />

<strong>in</strong>cluem-se a maior espessura <strong>de</strong> esmalte e <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a, presença <strong>de</strong> alterações<br />

<strong>de</strong>generativas e, mesmo, fenômenos reacionais <strong>da</strong> polpa (CALDEIRA et al., 1995).<br />

É oportuno lembrar, que o teste a frio não agrava a situação <strong>de</strong> uma polpa<br />

<strong>de</strong>ntária normal ou <strong>in</strong>flama<strong>da</strong>. Fato contrário po<strong>de</strong>-se observar com o teste ao calor.<br />

Este teste não é aplicado como rot<strong>in</strong>a em polpa sugestiva <strong>de</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixando<br />

ao teste a frio, que é mais confiável rápido e efetivo, e não promove <strong>da</strong>nos pulpares<br />

como o calor. O teste com o calor é empregado em situações nas quais se requer o<br />

9


estabelecimento <strong>de</strong> um diagnóstico diferencial, em que o <strong>de</strong>nte com s<strong>in</strong>tomatologia<br />

não é facilmente i<strong>de</strong>ntificado. Em função do calor promover vaso dilatação, nos<br />

<strong>de</strong>ntes com <strong>in</strong>flamações pulpares s<strong>in</strong>tomáticas ou até necroses pulpares,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> extensão do processo, a resposta dolorosa com o calor torna-se,<br />

imediata e <strong>in</strong>tensa. O estímulo com o frio em polpa <strong>de</strong>ntária normal é imediato,<br />

enquanto que, com o calor é tardio, sendo que o tempo para a resposta com o frio é<br />

menor que o calor. As respostas pulpares que normalmente são obti<strong>da</strong>s com o<br />

emprego dos <strong>testes</strong> térmicos, em situações <strong>de</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong> (saú<strong>de</strong>) e <strong>de</strong> <strong>in</strong>flamação<br />

(ESTRELA, 2004).<br />

O emprego <strong>de</strong> gelo seco, dióxido <strong>de</strong> carbono, ou do gás refrigerante permite<br />

obter respostas <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, confiáveis e uniformes. A diferença <strong>da</strong>s<br />

respostas resi<strong>de</strong> nos <strong>de</strong>ntes portadores <strong>de</strong> coroas totais e cariados, que é maior<br />

quando o emprego dos <strong>testes</strong> que apresentam maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resfriamento <strong>da</strong><br />

superfície <strong>de</strong>ntária, sadio ou restaurado (ESTRELA, 2004).<br />

Vários autores verificaram a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos agentes térmicos, promoverem<br />

variações térmicas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar, testando vários agentes térmicos a<br />

base do frio como o gelo (FUSS et al., 1986), dióxido <strong>de</strong> carbono (JONES; RIVERA;<br />

WALTO, 2002) e o gás refrigerante Endo-Ice GREEN® (MEDEIROS et al., 2004).<br />

Outros autores verificaram também a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações térmicas com<br />

a utilização <strong>da</strong> guta-percha aqueci<strong>da</strong> (LINSUWANONT; PALAMARA; MESSER,<br />

2008; PETERSON et al., 1999) e alguns autores mu<strong>da</strong>ram seus olhares para<br />

comparação <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> modificar as <strong>temperatura</strong>s com <strong>de</strong>term<strong>in</strong>a<strong>da</strong>s<br />

substâncias, como o butano-propano, tetrafluoroetano e o diclorodifluoroetano<br />

(MORAIS et al., 2008) e até a comparação <strong>de</strong> marcas comerciais como o -20 ºC <strong>da</strong><br />

AEROJET® e o Endofrost <strong>da</strong> ROEKO® (ARALDI; KOOPER; TARTAROTI, 2004).<br />

Diante <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> agentes térmicos encontrados em nosso meio, o<br />

presente estudo tem o propósito <strong>de</strong> registrar as variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong>s<br />

através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> três <strong>diferentes</strong> gases refrigerantes <strong>de</strong> composição<br />

<strong>diferentes</strong>, e a guta-percha aqueci<strong>da</strong>, com a f<strong>in</strong>ali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> eluci<strong>da</strong>r os estudos<br />

existentes sobre o assunto, verificando a relação existente entre a espessura amelo<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária<br />

e a variação <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar após realização dos<br />

<strong>testes</strong> térmicos.<br />

10


2. REVISÃO DA LITERATURA:<br />

2.1. TESTES COM FRIO<br />

Fuss et al. (1986) realizando um estudo comparativo com o teste elétrico,<br />

gelo, cloreto <strong>de</strong> etila (Gebauer chemical, Cleveland, OH), neve carbônica<br />

(Odontotest, Fricar AG, Zurique, Suíça) e diclorodifluorometano (DDM, Kaltetest<br />

Lege Artis, Deffenhausen, Alemanha Oriental), em respostas <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar.<br />

Aplicaram os <strong>testes</strong> em 96 pré-molares cl<strong>in</strong>icamente hígidos <strong>de</strong> 24 pacientes <strong>de</strong><br />

ambos os sexos e <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 9 e 34 anos. Os resultados mostraram que o gelo e<br />

o cloreto <strong>de</strong> etila foram menos efetivos em obter respostas <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar<br />

positivas, nos <strong>testes</strong> em todos os <strong>de</strong>ntes. Quando comparando as respostas nos<br />

<strong>in</strong>divíduos jovens <strong>de</strong> 9 a 13 anos e com os adultos 20 a 34 anos, ocorreu uma<br />

semelhança na obtenção <strong>de</strong> respostas positivas nos <strong>in</strong>divíduos adultos, enquanto<br />

nos <strong>in</strong>divíduos mais jovens o teste elétrico apresentou-se significantemente menos<br />

efetivo que a neve carbônica e o DDM, on<strong>de</strong> o teste elétrico conseguiu 78% <strong>de</strong><br />

respostas positivas enquanto que os gases refrigerantes obtiveram cerca <strong>de</strong> 95% <strong>de</strong><br />

respostas positivas. Nos mesmos estudos <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> foi avaliado o <strong>de</strong>créscimo <strong>da</strong><br />

<strong>temperatura</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar com a utilização <strong>de</strong> um termistor em 4 prémolares<br />

que foram extraídos <strong>de</strong>sses pacientes por motivos ortodônticos. Os<br />

resultados mostraram que após 5s <strong>de</strong> aplicação houve dim<strong>in</strong>uição <strong>de</strong> 0,4 ºC com o<br />

uso do gelo, 0,9 ºC para a neve carbônica e cloreto <strong>de</strong> etila e <strong>de</strong> 1,3 ºC para o DDM.<br />

Aos 10s ocorreu o maior <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong>, sendo <strong>de</strong> 1,7 ºC para o gelo,<br />

2,3 ºC para o cloreto <strong>de</strong> etila, 3,7 ºC para a neve carbônica e 4,3 ºC para o DDM.<br />

Aun et al. (1994) comparando os métodos <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar com<br />

gelo seco, teste elétrico e o gás refrigerante diclodifluorometano (DDM), em 86<br />

<strong>in</strong>cisivos centrais superiores <strong>de</strong> 46 crianças com i<strong>da</strong><strong>de</strong> variável entre 7 e 8 anos,<br />

sendo <strong>de</strong>ntes com rizogênese <strong>in</strong>completa, nos estágios 8 e 9 <strong>de</strong> Nolla, on<strong>de</strong> foram<br />

verifica<strong>da</strong>s radiograficamente o estágio <strong>de</strong> formação radicular. Verificaram que o gás<br />

refrigerante (DDM) apresentou 93% <strong>de</strong> respostas positivas, sendo o maior número<br />

<strong>de</strong> resposta quando comparado com as aplicações do teste elétrico (77,9%) e o gelo<br />

(61,6%) nesta or<strong>de</strong>m, observando a<strong>de</strong>mais, uma maior rapi<strong>de</strong>z na obtenção <strong>da</strong><br />

11


esposta com gás refrigerante havendo até respostas imediatas, <strong>de</strong>vendo, porém ser<br />

utilizado como recurso adicional somente quando os métodos usuais não se<br />

mostrarem eficazes na avaliação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar.<br />

Pesce et al. (1995) mensuraram o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> na <strong>in</strong>terface<br />

<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a-polpa, em dois <strong>in</strong>cisivos centrais <strong>in</strong>feriores extraídos, através <strong>de</strong> <strong>testes</strong> <strong>de</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar com a utilização do gelo (em forma <strong>de</strong> bastão), neve carbônica<br />

(obti<strong>da</strong> <strong>de</strong> um cil<strong>in</strong>dro formador <strong>de</strong> gelo seco para uso em Odontologia) e gás<br />

refrigerante diclorodifluorometano (-20 ºC®). Para tal, foi a<strong>da</strong>ptado um termopar <strong>de</strong><br />

níquel-cobre (tipo T) no <strong>in</strong>terior <strong>da</strong> câmara pulpar acoplado a um termômetro<br />

(Yokogawa LR-4100) e as <strong>temperatura</strong>s registra<strong>da</strong>s. Os resultados mostraram<br />

<strong>de</strong>créscimos <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> no <strong>in</strong>terior <strong>da</strong> câmara pulpar até at<strong>in</strong>gir seu menor<br />

valor. A saber, para o gelo 4,5°C; para o gás refrigerante, 8,5°C; e quando <strong>da</strong><br />

aplicação <strong>da</strong> neve carbônica o <strong>de</strong>créscimo foi <strong>de</strong> e 13°C. Também verificaram a<br />

<strong>temperatura</strong> dos agentes térmicos em contato direto com o termopar, on<strong>de</strong> o gelo<br />

apresentou uma <strong>temperatura</strong> <strong>de</strong> 2 ºC, a neve carbônica <strong>de</strong> -40 ºC e -55 ºC para o<br />

DDM. Os tempos necessários para promover a menor <strong>temperatura</strong> dos agentes<br />

foram, 69s para o gelo, 36s para o DDM e 51s para a neve carbônica.<br />

Bittencourt (1998) avaliou as variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> externa e <strong>in</strong>terna <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntes anteriores extraídos colocando um termopar na face vestibular e outro no<br />

<strong>in</strong>terior <strong>da</strong> câmara pulpar em contato com a superfície vestibular <strong>in</strong>terna. Os <strong>de</strong>ntes<br />

foram reunidos em dois grupos <strong>de</strong> 10 espécimes ca<strong>da</strong> e testados com aplicações <strong>de</strong><br />

gelo e gás refrigerante (DDM). Ca<strong>da</strong> espécime foi preparado, para receber dois<br />

termopares constitu<strong>in</strong>do um "corpo <strong>de</strong> prova". Este foi imobilizado e tratado em<br />

banho <strong>de</strong> calibração termométrica para manter a <strong>temperatura</strong> <strong>in</strong>icial do experimento<br />

em torno <strong>de</strong> 37ºC. O agente refrigerante DDM na forma <strong>de</strong> spray foi levado através<br />

<strong>de</strong> um penso <strong>de</strong> algodão, seguro em p<strong>in</strong>ça clínica e em contato com o terço cervical<br />

dos <strong>de</strong>ntes. Os resultados do experimento mostraram que o DDM provocou uma<br />

maior que<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> tanto na superfície externa como na <strong>in</strong>terna quando<br />

comparado ao gelo, na coroa dos espécimes, sendo <strong>de</strong> 60ºC na superfície externa.<br />

Nos espécimes correspon<strong>de</strong>ntes a <strong>de</strong>ntes <strong>in</strong>cisivos foi <strong>de</strong> 8°C e nos can<strong>in</strong>os <strong>de</strong> 5°C.<br />

Por último observou, a<strong>in</strong><strong>da</strong>, que nos espécimes com maior espessura amelo<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária<br />

a dim<strong>in</strong>uição <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>in</strong>terna é menor em relação aos <strong>de</strong> menor<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tecidos duros, <strong>in</strong><strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> fonte <strong>de</strong> frio aplica<strong>da</strong>.<br />

12


Me<strong>de</strong>iros et al. (1998) em seu estudo verificou a variação <strong>de</strong> resposta pulpar<br />

na realização dos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar com o bastão <strong>de</strong> gelo e o gás<br />

refrigerante tetrafluoroetano, por períodos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> 5s, em 2420 <strong>de</strong>ntes<br />

humanos hígidos, <strong>de</strong> 148 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> variável entre 20<br />

e 30 anos. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que o tetrafluoroetano produziu índice <strong>de</strong><br />

acerto maior e estatisticamente significante que o bastão <strong>de</strong> gelo na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação<br />

<strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar. Os <strong>testes</strong> em <strong>in</strong>cisivos <strong>in</strong>feriores apresentaram maior grau <strong>de</strong><br />

confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em relação aos can<strong>in</strong>os <strong>in</strong>feriores, pré-molares superiores, prémolares<br />

<strong>in</strong>feriores, molares superiores, <strong>in</strong>cisivos superiores, can<strong>in</strong>os superiores,<br />

molares <strong>in</strong>feriores, na utilização do bastão <strong>de</strong> gelo; já na utilização do<br />

tetrafluoroetano a seqüência <strong>de</strong> confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>crescente foi, <strong>in</strong>cisivos <strong>in</strong>feriores,<br />

<strong>in</strong>cisivos superiores, pré-molares superiores, can<strong>in</strong>os superiores, can<strong>in</strong>os <strong>in</strong>feriores,<br />

pré-molares <strong>in</strong>feriores, molares superiores, molares <strong>in</strong>feriores.<br />

Manfro Junior (1999) realizou um estudo <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> e em cães, através <strong>da</strong><br />

aplicação do gás refrigerante tetrafluoroetano por 10 s, em <strong>in</strong>cisivos, can<strong>in</strong>os e prémolares<br />

no hemi-arco direito, e utilizando do hemi-arco esquerdo como controle.<br />

Após os <strong>testes</strong>, os cães foram sacrificados para realização <strong>da</strong> análise histológica do<br />

tecido pulpar, on<strong>de</strong> não houve diferenças estatísticas entre o grupo experimental e o<br />

<strong>de</strong> controle em relação características histológicas do tecido pulpar. Com isso foi<br />

verificado que <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> quando realizados em cães e com a utilização<br />

do tetrafluoroetano não provocam <strong>in</strong>júrias no tecido pulpar.<br />

Jones et al. (1999) verificaram <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> o efeito do carreador do agente térmico,<br />

nos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> um <strong>in</strong>cisivo central <strong>in</strong>ferior<br />

seccionado e acoplado a um termopar. Quatro <strong>diferentes</strong> aplicadores foram usados:<br />

grupo 1 - pelota <strong>de</strong> algodão n° 2 (gran<strong>de</strong>), grupo 2 – pelota <strong>de</strong> algodão n° 4<br />

(pequena), grupo 3 – cotonete <strong>de</strong> algodão, e o grupo 4 – roletes <strong>de</strong> algodão. O gás<br />

DDM foi aplicado a uma distância <strong>de</strong> 5mm por 3s, por um período <strong>de</strong> 10s <strong>de</strong><br />

aplicação na superfície do <strong>de</strong>nte. Foi repeti<strong>da</strong> essa aplicação dos carreadores, mas<br />

ao <strong>in</strong>vés <strong>da</strong> aplicação direta do gás, ele foi colocado em um recipiente e os<br />

carreadores foram ume<strong>de</strong>cidos nesse recipiente. O grupo 1 com o uso do spray<br />

obteve um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> 47.1 ºC, o grupo 2 <strong>de</strong> 2.8 ºC, o grupo 3 <strong>de</strong> 0.5<br />

ºC e o grupo 4 <strong>de</strong> 5.8 ºC. Ume<strong>de</strong>cendo os carreadores o grupo 1 obteve 39.1 ºC, o<br />

grupo 2 5.4 ºC, o grupo 3 0.9 ºC e o grupo 4 3.8 ºC. O penso <strong>de</strong> algodão médio<br />

representado pelo grupo 1 apresentou maior <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> entre todos<br />

13


os grupos, não apresentando diferença estatisticamente significante tanto com jato<br />

direto do gás ou sendo ume<strong>de</strong>cido em um recipiente. Os outros grupos não<br />

apresentaram diferenças estatísticas em seus resultados.<br />

Jones et al. (2002) compararam em seu trabalho a resposta a estímulos<br />

térmicos provocados por um gás refrigerante 1,1,1,2-tetrafluoroetano (Endo-Ice®<br />

Green, Hygenic Whale<strong>de</strong>nt, Mahwah, NJ) e o dióxido <strong>de</strong> carbono obtido por um<br />

cil<strong>in</strong>dro plástico Odontotest - Union Broach Corporation (York, PA), em aplicações <strong>de</strong><br />

3s, em 15 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos e i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 28 e 56 anos, on<strong>de</strong> foram<br />

selecionados três <strong>de</strong>ntes por quadrante, um <strong>de</strong>nte anterior, um pré-molar e um<br />

molar, havendo <strong>de</strong>ntes restaurados, entre os selecionados. Com isso foi verificado<br />

que houve resposta equivalente entre o gás refrigerante e o dióxido <strong>de</strong> carbono nos<br />

<strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, mas foi verificado que o gás refrigerante provocou<br />

resposta pulpar mais rapi<strong>da</strong>mente, isso verificado nos três grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes. Houve<br />

uma diferença estatisticamente significante entre os tempos <strong>de</strong> resposta dos <strong>testes</strong><br />

com dióxido <strong>de</strong> carbono e o gás refrigerante <strong>de</strong> 1 a 3s, sendo as respostas com o<br />

uso do dióxido <strong>de</strong> carbono mais lentas. Não houve diferenças estatísticas nas<br />

respostas a estímulos térmicos entre elementos restaurados e os elementos hígidos.<br />

Me<strong>de</strong>iros et al. (2004) verificaram a eficácia do gelo e do tetrafluoroetano<br />

(Endo-Ice Green®, Hygenic Corporation, Akron, OH) na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pulpar em <strong>de</strong>ntes que possuíam coroas protéticas, on<strong>de</strong> os agentes eram aplicados<br />

por um tempo <strong>de</strong> 5s. Foram utilizados 400 <strong>de</strong>ntes humanos superiores e <strong>in</strong>feriores,<br />

pertencentes a 197 pacientes <strong>de</strong> ambos os sexos e <strong>de</strong> faixa etária variando <strong>de</strong> 19 a<br />

62 anos. A seguir os <strong>de</strong>ntes foram divididos em 4 grupos: grupo 1 – composta <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntes portadores <strong>de</strong> coroas metalo-cerâmica, grupo 2 – coroas metalo-plástica,<br />

grupo 3 – coroas metálicas e grupo 4 – coroas provisórias em res<strong>in</strong>a acrílica. No<br />

grupo 1 o tetrafluoroetano, obteve 88% <strong>de</strong> respostas positivas, no grupo 2 - 90%, no<br />

grupo 3 96% e no grupo 4 – 100%. O bastão <strong>de</strong> gelo apresentou apenas 4% <strong>de</strong><br />

respostas positivas no grupo 1, no grupo 2 – 1%, no grupo 3 – 8% e no grupo 4 –<br />

2%. Frente os <strong>testes</strong> utilizados conclui-se que o tetrafluoroetano conseguiu resultado<br />

estatisticamente significante em relação ao bastão <strong>de</strong> gelo, na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong><br />

vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar em <strong>de</strong>ntes portadores <strong>de</strong> coroa protética.<br />

Araldi et al. (2004) <strong>de</strong>term<strong>in</strong>aram em seu estudo a eficácia <strong>de</strong> dois <strong>diferentes</strong><br />

gases refrigerantes, on<strong>de</strong> os <strong>testes</strong> foram realizados em 52 <strong>in</strong>cisivos superiores com<br />

rizogênese <strong>in</strong>completa que se encontravam nos estágios 7, 8, 9 <strong>de</strong> Nolla, <strong>de</strong> 26<br />

14


crianças, através <strong>da</strong> aplicação dos gases por um tempo <strong>de</strong> 5s . On<strong>de</strong> os resultados<br />

<strong>de</strong>monstraram que em ambos os gases -20 ºC (Aerojet®) e Endofrost (Roeko,<br />

Germany) as respostas positivas para os <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> ocorreram entre o<br />

<strong>in</strong>tervalo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> 0 a 2s <strong>de</strong> aplicação, não havendo diferença estatisticamente<br />

significativa na eficácia <strong>da</strong> <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar em <strong>de</strong>ntes com<br />

rizogênese <strong>in</strong>completa, on<strong>de</strong> ambos os <strong>testes</strong> obtiveram elevado índice <strong>de</strong> respostas<br />

positivas quando aplicados em <strong>de</strong>ntes com rizogênese <strong>in</strong>completa, chegando a<br />

86,5% no Endofrost e 80,8% para o -20º C.<br />

Miller et al. (2004) mensuraram e compararam as mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong><br />

durante <strong>testes</strong> térmicos <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar. Foram empregados 10 pré-molares<br />

humanos extraídos, sendo 5 superiores e 5 <strong>in</strong>feriores, que foram submetidos a<br />

restauração protética metalo-cerâmica, cerâmica pura e ouro, consecutivamente.<br />

Para tal, foram empregados três agentes térmicos: bastão <strong>de</strong> gelo, Endo-Ice<br />

Green®, Hygenic Corporation, Akron, OH (tetrafluoroetano) e o dióxido <strong>de</strong> carbono,<br />

Odontotest - Union Broach Corporation (York, PA), em aplicações <strong>de</strong> até 30s na<br />

superfície <strong>de</strong>ntária que possuía um termopar acoplado na junção <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>o-pulpar e as<br />

leituras foram realiza<strong>da</strong>s em <strong>in</strong>tervalos <strong>de</strong> 5 segundos. Os resultados <strong>de</strong>monstraram<br />

que após 5s não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Já<br />

nas verificações <strong>de</strong> 10 e 25s o tetrafluoroetano promoveu maior <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

<strong>temperatura</strong> que o dióxido <strong>de</strong> carbono. Daí o tetrafluoroetano quando aplicado com<br />

uma pelota <strong>de</strong> algodão #2 é um método efetivo para produzir reduções <strong>de</strong><br />

<strong>temperatura</strong> na junção <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>o-pulpar em <strong>de</strong>ntes <strong>in</strong>tactos e em <strong>de</strong>ntes restaurados<br />

com ouro, metalo-cerâmica e cerâmica pura, quando testados em menos <strong>de</strong> 15s.<br />

Me<strong>de</strong>iros et al. (2005) <strong>in</strong>vestigaram a freqüência <strong>de</strong> respostas positivas e<br />

negativas em <strong>de</strong>ntes molares superiores e <strong>in</strong>feriores humanos antes dos<br />

procedimentos restauradores e após o uso <strong>de</strong> aparelho ortodôntico, sensibilizandoos<br />

pela aplicação do bastão <strong>de</strong> gelo e do gás refrigerante tetrafluoroetano. Foram<br />

selecionados 60 <strong>de</strong>ntes humanos superiores e <strong>in</strong>feriores portadores <strong>de</strong> processo <strong>de</strong><br />

cárie e <strong>de</strong>st<strong>in</strong>ados a tratamento ortodônticos, pertencentes a pacientes <strong>de</strong> ambos os<br />

sexos, entre 16 e 21 anos. Realizou-se a aplicação dos agentes térmicos para<br />

obtenção <strong>da</strong> resposta dolorosa pulpar. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que o gelo<br />

apresentou respostas positivas antes do tratamento <strong>de</strong> 33,3% e 15% após o<br />

tratamento, enquanto o gás refrigerante tetrafluoroetano apresentou 100% <strong>de</strong><br />

respostas positivas antes do tratamento e 95% <strong>de</strong>pois do tratamento. O<br />

15


tetrafluoroetano, quando comparado com o bastão <strong>de</strong> gelo, produziu índice <strong>de</strong><br />

acerto maior e estatisticamente significante na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar<br />

tanto antes como <strong>de</strong>pois do uso <strong>de</strong> aparelho ortodôntico, em <strong>de</strong>ntes molares<br />

superiores e <strong>in</strong>feriores humanos.<br />

Irala et al. (2007) verificaram em seu estudo <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> o <strong>de</strong>créscimo <strong>da</strong><br />

<strong>temperatura</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar após a aplicação <strong>de</strong> <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pulpar com um gás refrigerante (CS 68 Chemical Specialties – SP, Brasil) por um<br />

tempo <strong>de</strong> 3s, utilizando-se <strong>de</strong> um can<strong>in</strong>o humano hígido e através do uso <strong>de</strong> um<br />

termopar. Foram realizados os <strong>testes</strong> no elemento hígido, seguido <strong>da</strong> confecção <strong>de</strong><br />

um preparo cavitário classe V e uma restauração <strong>de</strong> amálgama, seguido <strong>de</strong> novos<br />

<strong>testes</strong>; por fim foi removi<strong>da</strong> a restauração <strong>de</strong> amálgama e a realização <strong>de</strong> uma<br />

restauração <strong>de</strong> res<strong>in</strong>a composta, novos <strong>testes</strong> foram realizados. Os resultados<br />

<strong>de</strong>monstraram que nas restaurações <strong>de</strong> amálgama houve maior dim<strong>in</strong>uição <strong>da</strong><br />

<strong>temperatura</strong> <strong>da</strong> câmara pulpar durante os <strong>testes</strong> térmicos em relação ao <strong>testes</strong><br />

realizados em <strong>de</strong>ntes hígidos e restaurados com res<strong>in</strong>a composta, não havendo<br />

diferenças estatísticas entre o <strong>de</strong>nte hígido e o restaurado com res<strong>in</strong>a composta.<br />

Morais et al. (2008) registraram as <strong>diferentes</strong> <strong>temperatura</strong>s no <strong>in</strong>terior <strong>da</strong><br />

câmara pulpar, <strong>de</strong> um <strong>in</strong>cisivo central superior, através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> um termopar<br />

tipo T, com a aplicação <strong>de</strong> agentes térmicos em um penso <strong>de</strong> algodão borrifado por<br />

3s e a uma distância <strong>de</strong> 5mm com os segu<strong>in</strong>tes gases refrigerantes, Endo-Ice Green<br />

(1,1,1,2-tetrafluoretano, Whale<strong>de</strong>nt, Mahwah, NJ, USA); Endofrost (propano-butano<br />

mistura, Roeko, Germany); Coolermatic (1,1-dicloro-1-fluoretano, Aeropac, Dia<strong>de</strong>ma,<br />

SP, Brasil) e Sprayon Contact and Tuner Cleaner (1,1-dicloro-1-fluoretano, Sherw<strong>in</strong>-<br />

Williams, Cleveland, OH, USA), por um tempo <strong>de</strong> 10s. O nitrogênio líquido e o<br />

bastão <strong>de</strong> gelo foram utilizados como controles para atestarem precisão. As<br />

variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong>s foram: nitrogênio liquido (9.6 + 7.5°C), Endofrost<br />

(7.1 + 8.5°C), Endo-Ice (9.3 + 7.6°C), Coolermatic (7.6 + 8.3°C), Sprayon (8.3 +<br />

8.0°C) e bastão <strong>de</strong> gelo (7.3 + 8.4°C). Com isso o tetrafluoretano (Endo-ice Green) e<br />

a mistura propano-butano (Endofrost) apresentaram as menores <strong>temperatura</strong>s entre<br />

os gases refrigerantes testados imediatamente após a aplicação do penso <strong>de</strong><br />

algodão. O diclorodifluoroetano (Coolermatic e Sprayon) apresentaram<br />

significativamente variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> maiores.<br />

16


2.2. TESTES COM CALOR<br />

Trowbridge et al. (1980) compararam em seu estudo a <strong>temperatura</strong><br />

necessária para sensibilizar um <strong>de</strong>nte após a aplicação <strong>de</strong> guta-percha aqueci<strong>da</strong> e<br />

um gás refrigerante a base <strong>de</strong> cloroetano. Foram selecionados 16 pré-molares, que<br />

iriam ser submetidos a processo <strong>de</strong> exodontia, <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 9 e 16<br />

anos. Após a realização dos <strong>testes</strong> <strong>in</strong> <strong>vitro</strong>, constatou-se que a <strong>temperatura</strong> na<br />

superfície <strong>de</strong>ntária após a aplicação <strong>da</strong> guta-percha aqueci<strong>da</strong> foi entre 68 e 76 ºC, e<br />

entre 14 e 20 ºC após a aplicação do gás refrigerante. Na superfície vestibular pulpar<br />

a troca <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> ocorreu em média <strong>de</strong> 3,68s, on<strong>de</strong> o paciente já relatava<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar por volta <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do tempo <strong>de</strong> aplicação do estímulo.<br />

Hall et al. (1998) em seu estudo verificaram respostas a <strong>testes</strong> térmicos <strong>de</strong><br />

vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar em sete pacientes <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre 14 e 18, que iriam participar <strong>de</strong><br />

tratamento ortodôntico. Foram realizados então 41 <strong>testes</strong> elétricos, 41 térmicos com<br />

gás refrigerante e 41 com a guta-percha aqueci<strong>da</strong>. Antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> colocação dos<br />

brackets, 4 e 8 semanas <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> colocação dos brackets ortodônticos. Antes e<br />

<strong>de</strong>pois <strong>da</strong> colocação dos brackets, o teste elétrico apresentou 37 respostas positivas<br />

enquanto que os <strong>testes</strong> térmicos apresentaram 41 respostas positivas, 4 semanas<br />

<strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s movimentações ortodônticas os <strong>testes</strong> elétricos apresentaram 0 <strong>de</strong><br />

respostas positivas enquanto os térmicos apresentaram 41 respostas positivas, 8<br />

semanas <strong>de</strong> movimentações ortodônticas oito sujeitos foram testados e apenas os<br />

<strong>testes</strong> térmicos apresentaram respostas positivas. Os resultados sugerem que o<br />

teste elétrico <strong>de</strong>ve ser utilizado com cautela durante tratamentos ortodônticos,<br />

enquanto os <strong>testes</strong> térmicos apresentam segurança em suas respostas mesmo<br />

durante <strong>testes</strong> térmicos.<br />

Peterson et al. (1999) avaliaram em seu estudo a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> e a precisão <strong>de</strong> recursos semiotécnicos na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pulpar, utilizando-se <strong>de</strong> <strong>testes</strong> térmicos sendo um gás refrigerante (cloreto <strong>de</strong> etila) e<br />

a guta-percha aqueci<strong>da</strong>, e o método elétrico na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar.<br />

Em um total 46 <strong>de</strong>ntes com vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e 29 com necrose pulpar, on<strong>de</strong> dos 46 <strong>de</strong>ntes<br />

com vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar 16 <strong>de</strong>ntes estavam <strong>in</strong>tactos e o restante necessitando <strong>de</strong><br />

tratamento endodõntico. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que o teste frio i<strong>de</strong>ntificou 24<br />

dos 29 <strong>de</strong>ntes com necrose pulpar e 27 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong>ntes que possuíam vitali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />

17


entre os 16 <strong>de</strong>ntes <strong>in</strong>tactos houve resposta positiva. O teste quente i<strong>de</strong>ntificou 25<br />

dos 29 <strong>de</strong>ntes com necrose pulpar e 17 dos 30 <strong>de</strong>ntes com vitali<strong>da</strong><strong>de</strong>, entre os 16<br />

<strong>de</strong>nte hígidos apenas 2 <strong>de</strong>ntes apresentaram reação positiva ao teste quente. O<br />

teste elétrico i<strong>de</strong>ntificou 21 dos 29 <strong>de</strong>ntes com necrose e 27 dos 30 <strong>de</strong>ntes com<br />

vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, entre os 16 <strong>de</strong>ntes hígidos houve resposta positiva em todos.<br />

Conclui-se que foi <strong>de</strong> 0.83 a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para o teste frio, 0.86 para o teste <strong>de</strong> calor<br />

e 0.72 para o teste elétrico; A especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> 0.93 para o teste frio, 0.41 para o<br />

quente, e o elétrico obteve 0.93; Em relação à precisão 89% para o teste frio, 48%<br />

para o teste <strong>de</strong> calor e 88% com o teste elétrico, nos casos <strong>de</strong> necrose pulpar. Já<br />

nos casos <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar o teste frio obteve 90% <strong>de</strong> precisão, o teste <strong>de</strong> calor<br />

83% e o elétrico 84%.<br />

Me<strong>de</strong>iros et al. (2007), em seu estudo aplicaram 200 questionários a<br />

endodontistas <strong>da</strong> região São Paulo, on<strong>de</strong> os profissionais entrevistados pertenciam<br />

a <strong>diferentes</strong> épocas <strong>de</strong> formação em cursos <strong>de</strong> Pós-Graduação Latu Sensu e <strong>de</strong><br />

<strong>diferentes</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Odontologia, buscando observar quais os recursos para<br />

auxílio diagnóstico na endodontia que são mais utilizados, <strong>de</strong>ntre eles: frio (bastão<br />

<strong>de</strong> gelo, água fria, algodão em álcool, jato <strong>de</strong> ar, gás refrigerante), quente (gutapercha<br />

aqueci<strong>da</strong>, brunidor aquecido), elétrico, cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> e anestesia. Verificou-se<br />

então que o gás refrigerante (70%) foi o meio auxiliar no diagnóstico mais utilizado<br />

pelos especialistas em endodontia, seguido do bastão <strong>de</strong> gelo (59,5%) e pela gutapercha<br />

aqueci<strong>da</strong> (49%).<br />

L<strong>in</strong>suwanont et al. (2008) em um estudo com 8 <strong>de</strong>ntes bov<strong>in</strong>os extraídos,<br />

realizaram <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> com guta-percha aqueci<strong>da</strong> a 140 ºC, gelo seco a<br />

72 ºC, gás refrigerante a 50 ºC (Miracold Plus; Hager Worldwi<strong>de</strong>, Inc., FL, USA),<br />

após uma aplicação <strong>de</strong> 5s, e a colocação <strong>de</strong> um termopar tipo-j colocado na junção<br />

amelo-<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária. Verificaram que estímulos térmicos antes mesmo <strong>de</strong> provocarem<br />

variação térmica na junção amelo-<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária provocam <strong>de</strong>formações flexurais na<br />

<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a pulpar. O padrão <strong>da</strong> força é bifásico, quando o calor é aplicado ele provoca<br />

uma <strong>in</strong>icial contração, seguido <strong>de</strong> uma dilatação, o contrário ocorre com o estimulo<br />

fio, que <strong>in</strong>icialmente provoca dilatação e <strong>de</strong>pois uma contração. Os resultados<br />

sugerem que estímulos térmicos provocam <strong>de</strong>formação estrutural imediatamente<br />

após a aplicação na superfície do esmalte, provocando a resposta do paciente.<br />

Mecanicamente <strong>in</strong>duzem a <strong>de</strong>formação <strong>da</strong> <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a provocando impulsos nervosos<br />

diretos, ou <strong>de</strong>vem exercer <strong>in</strong>duções mecânicas nos fluídos <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ários provocando<br />

18


ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nervosa. Os resultados <strong>in</strong>dicam possíveis alternativas para teoria<br />

hidrod<strong>in</strong>ãmica através <strong>da</strong> aplicação do estímulo térmico no <strong>de</strong>nte <strong>in</strong>tacto.<br />

L<strong>in</strong>suwanont et al. (2008) verificaram a transferência <strong>de</strong> calor em <strong>de</strong>z <strong>de</strong>ntes<br />

anteriores extraídos durante <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, on<strong>de</strong> a <strong>in</strong>vestigação <strong>da</strong>s<br />

<strong>temperatura</strong>s foram verifica<strong>da</strong>s na superfície vestibular, na junção amelo-<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária<br />

(JDE) e na superfície pulpar durante e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 5s <strong>de</strong> aplicação com seis <strong>diferentes</strong><br />

estímulos térmicos: água quente a 80 ºC, guta-percha aqueci<strong>da</strong> a 140 ºC, gelo seco<br />

a 72 ºC, gás refrigerante a 50 ºC (Miracold Plus; Hager Worldwi<strong>de</strong>, Inc., FL, USA),<br />

bastão <strong>de</strong> gelo a 0 ºC e água gela<strong>da</strong> a 2 ºC. Para tal, foi empregado um termopar<br />

tipo-J e uma silicona condutora <strong>de</strong> calor usado para <strong>de</strong>tectar mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong><br />

<strong>temperatura</strong>s. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que na superfície <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária pulpar os<br />

agentes térmicos obtiveram variações térmicas <strong>de</strong> 2,5 ºC, 2,1 ºC, 5,9 ºC, 7,8 ºC, 8,7<br />

ºC, 10,0 ºC, sendo a água gela<strong>da</strong>, gelo, gás refrigerante, dióxido <strong>de</strong> carbono, gutapercha<br />

aqueci<strong>da</strong> e água quente, respectivamente. As variações térmicas<br />

cont<strong>in</strong>uaram após a retira<strong>da</strong> do estimulo, e retornaram a <strong>temperatura</strong> padrão <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> um certo tempo. As variações mais rápi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> foram verifica<strong>da</strong>s<br />

mais facilmente com a utilização <strong>da</strong> água quente 2,2s, guta-percha aqueci<strong>da</strong> 2,8s e<br />

com o gás refrigerante que levou 2,7s para provocar alterações térmicas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />

câmara pulpar, sendo mais rápido que com o dióxido <strong>de</strong> carbono e com o gelo.<br />

Verificou-se que o bastão <strong>de</strong> gelo e o gás refrigerante apresentam os estímulos<br />

térmicos mais constantes, enquanto que a guta-percha aqueci<strong>da</strong> e a água quente<br />

apresentam estímulos bem variáveis. Conclui-se que a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transferência<br />

<strong>de</strong> calor <strong>de</strong> um material é mais importante que o material provocar variação<br />

térmicas, sendo a guta percha um forte estimulo térmico, mas menos consistente em<br />

provocar mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>in</strong>icial.<br />

19


3. PROPOSIÇÃO<br />

3.1 Objetivo Geral:<br />

Tem-se por objetivo avaliar a variação térmica <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar<br />

em <strong>de</strong>ntes humanos extraídos, através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> estímulos<br />

térmicos, quente e frio, utilizados na endodontia.<br />

3.2 Objetivos Específicos:<br />

3.2.1 Avaliar a variação térmica <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar produzi<strong>da</strong> pela guta-pecha<br />

aqueci<strong>da</strong>;<br />

3.2.2 Avaliar a variação térmica <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar produzi<strong>da</strong> pelo gás<br />

refrigerante Endofrost<br />

3.2.3 Avaliar a variação térmica <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar produzi<strong>da</strong> pelo gás<br />

refrigerante Endo-Ice<br />

3.2.4 Avaliar a variação térmica <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar produzido pelo gás<br />

refrigerante Congelante Aerosol Emplastic;<br />

3.2.5 Estabelecer a diferença entre os gases refrigerantes testados.<br />

20


4. MATERIAIS E MÉTODOS<br />

4.1 Aspectos Éticos:<br />

O projeto <strong>de</strong> pesquisa foi analisado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa do<br />

Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba,<br />

recebendo parecer favorável para sua realização, segundo protocolo n° 139/09,<br />

folha <strong>de</strong> rosto nº283348.<br />

4.2 Universo e Amostra:<br />

O universo foi composto por <strong>de</strong>ntes coletados <strong>de</strong> pacientes com <strong>in</strong>dicação<br />

<strong>de</strong> exodontia por patologias periodontais e motivos ortodônticos <strong>de</strong> um mesmo grupo<br />

<strong>de</strong>ntal, cedidos por um cirurgião buco-maxilo-facial e professor <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba após ass<strong>in</strong>atura do Termo <strong>de</strong> Doação <strong>de</strong> Dentes Humanos<br />

(Anexo 3).<br />

A amostra constou <strong>de</strong> 10 pré-molares sem tratamento endodôntico, on<strong>de</strong><br />

a face vestibular estava íntegra sem alterações estruturais ou patológicas.<br />

4.3 Limpeza dos Dentes:<br />

Após a extração, os <strong>de</strong>ntes foram colocados em recipientes contendo<br />

água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong> e armazenados sobre refrigeração por um período <strong>de</strong> 10 dias. Em<br />

segui<strong>da</strong>, os <strong>de</strong>ntes foram imersos, em solução aquosa <strong>de</strong> timol 0,2% <strong>de</strong> acordo com<br />

a norma <strong>de</strong> segurança para <strong>de</strong>s<strong>in</strong>fecção <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes extraídos, permanecendo por 24<br />

horas.<br />

Depois <strong>de</strong> removidos <strong>da</strong> solução <strong>de</strong> timol, os <strong>de</strong>ntes foram lavados em<br />

água corrente por c<strong>in</strong>co m<strong>in</strong>utos, secos com toalha absorvente e submetidos à<br />

raspagem com curetas periodontais afia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> marca Hu-Friedy, para elim<strong>in</strong>ação <strong>de</strong><br />

21


estos teciduais, e assim, obter-se uma superfície a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, sem a proliferação <strong>de</strong><br />

microorganismos.<br />

Após a raspagem, os <strong>de</strong>ntes também foram lavados em água corrente,<br />

por c<strong>in</strong>co m<strong>in</strong>utos, e novamente armazenados em água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong>, on<strong>de</strong><br />

permanecerão estocados sob refrigeração a 4°C até o <strong>in</strong>ício <strong>da</strong> realização <strong>da</strong><br />

pesquisa, sendo a água troca<strong>da</strong> semanalmente.<br />

4.4 Avaliação visual e radiográfica para seleção dos <strong>de</strong>ntes:<br />

Após a limpeza, os <strong>de</strong>ntes foram exam<strong>in</strong>ados, e selecionados aqueles<br />

que apresentaram <strong>in</strong>tegri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a face vestibular (local on<strong>de</strong> foi feito à<br />

aplicação do penso <strong>de</strong> algodão), que foram extraídos por motivos ortodônticos ou<br />

periodontais. Dentes com alterações na forma como microdontia e macrodontia,<br />

alterações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>ns-<strong>in</strong>-<strong>de</strong>nte, hipoplasia, taurodontia (NEVILLE,<br />

2005) foram <strong>de</strong>scartados. A seguir, foi realizado exame radiográfico periapical para<br />

comprovação <strong>da</strong> ausência <strong>de</strong> tratamento endodôntico, câmara pulpar com tamanho<br />

normal e presença <strong>de</strong> um corno pulpar sem alterações ou <strong>de</strong>posições <strong>de</strong> <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a,<br />

sem calcificações; com filmes E-Speed (Dental Intraoral) e expostos pelo aparelho<br />

do laboratório endodontia I <strong>da</strong> UFPB, o aparelho Timex 70, operando a 70 kVp, 9<br />

mA e distância foco-filme <strong>de</strong> 2 cm. Após exposição, os filmes foram processados em<br />

câmara escura portátil, com solução pronto uso <strong>da</strong> Povi<strong>de</strong>ntal (SILLIB), pelo método<br />

<strong>temperatura</strong>/tempo. As radiografias foram avalia<strong>da</strong>s em negatoscópio com<br />

<strong>in</strong>tensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 600 lux (Miolight, São Paulo, Brasil), provido <strong>de</strong> máscara.<br />

Os <strong>de</strong>ntes que apresentaram cáries extensas, alterações <strong>de</strong> forma e<br />

cromáticas, extensas restaurações, história <strong>de</strong> traumatismo <strong>de</strong>ntário, foram<br />

<strong>de</strong>scartados.<br />

22


4.5 Preparo dos <strong>de</strong>ntes e <strong>testes</strong> térmicos:<br />

Após a seleção dos <strong>de</strong>ntes, os mesmos, foram seccionados 5mm abaixo<br />

<strong>da</strong> junção amelo-cementária (MILLER et al., 2004), ou até a remoção do assoalho <strong>da</strong><br />

câmara pulpar com uma broca diamanta<strong>da</strong> 1094 (KG Sorensen) em alta rotação.<br />

Então, realizou-se uma ampliação do acesso à câmara pulpar com broca esférica<br />

1012 (KG Sorensen), em alta rotação, sem que ocorre-se <strong>de</strong>sgaste <strong>da</strong> pare<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária vestibular pertencente à câmara pulpar.<br />

Feito o acesso, foi aplicado hipoclorito <strong>de</strong> sódio 2,5% para remoção do<br />

restante do tecido pulpar necrosado, e realiza<strong>da</strong> aspiração com ser<strong>in</strong>ga <strong>de</strong>scartável<br />

e secagem com algodão em pelotas, quando necessário foi feito remoção <strong>de</strong> tecido<br />

necrosado com curetas (MILLER et al. 2004).<br />

Com o preparo do <strong>de</strong>nte concluído foi confeccionado um troquel <strong>de</strong> res<strong>in</strong>a<br />

acrílica auto polimerizante (Dencrilon, Dencril, Caieiras, São Paulo) com<br />

comprimentos <strong>de</strong> 2cm, 3cm e 5cm (figura 1), e o <strong>de</strong>nte senso fixado no mesmo após<br />

preparo <strong>de</strong> um nicho (figura 2) para a sua colocação em posição que facilitasse<br />

todos os procedimentos <strong>de</strong> mensuração <strong>da</strong>s <strong>temperatura</strong>s (figura 3). O corpo <strong>de</strong><br />

prova assim confeccionado foi fixado a um prensa manual (figura 4).<br />

Figura 1 Figura 2<br />

23


Figura 3 Figura 4<br />

No corpo <strong>de</strong> prova, foi acopla<strong>da</strong> a ponta do termopar tipo-k, ligado a um<br />

termômetro (MT-600 M<strong>in</strong>ipa, São Paulo), posicionado no corno pulpar<br />

correspon<strong>de</strong>nte e em contato direto com o a pare<strong>de</strong> vestibular, utilizando-se <strong>de</strong> uma<br />

pasta condutora térmica (IMPLASTEC), sendo confirma<strong>da</strong> a localização através <strong>de</strong><br />

radiografias periapicais on<strong>de</strong> foi fixa<strong>da</strong> com godiva <strong>de</strong> média fusão (figura 5 e 6).<br />

Figura 5 Figura 6<br />

Essa metodologia foi aplica<strong>da</strong> em todos os 10 <strong>de</strong>ntes. Sendo aplicado os<br />

gases refrigerantes: G 1 - Endofrost (propano-butano mistura, Roeko, Germany), G-2<br />

- o gás refrigerante Endo-Ice (Propano-butano mistura, Maquira, Brasil) e o G-3 – o<br />

gás refrigerante para circuitos elétricos Congelador <strong>de</strong> Circuitos à base <strong>de</strong><br />

hidrofluorometano, (Implastec, São Paulo), através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> um cotonete com<br />

aplicação <strong>de</strong> 2s, borrifado a uma distancia <strong>de</strong> 5mm com um aplicador <strong>de</strong> 30mm <strong>de</strong><br />

comprimento. O g-4 foi a gutta-percha (figuras 1,2,3 e 4), sendo aqueci<strong>da</strong> até se<br />

24


observar o aparecimento <strong>de</strong> fumaça, correspon<strong>de</strong>ndo a uma <strong>temperatura</strong> <strong>de</strong> 120-<br />

150 ºC, por um tempo aproximado <strong>de</strong> 2s (LINSUWANONT; VERSLUIS; PALAMARA;<br />

MESSER, 2008; GOPIKRISHNA; PRADEEP; VENKATESHBABU, 2009).<br />

Posteriormente, os <strong>testes</strong> térmicos com frio e calor foram realizados, verificando as<br />

leituras <strong>da</strong>s <strong>temperatura</strong>s em três momentos, a saber: T0 - que correspon<strong>de</strong> a<br />

<strong>temperatura</strong> ambiente; T1 – que correspon<strong>de</strong> a <strong>temperatura</strong> após 5s <strong>de</strong> aplicação<br />

(LINSUWANONT, PALAMARA, MESSER 2008); e T2 que correspon<strong>de</strong> à menor<br />

<strong>temperatura</strong> alcança<strong>da</strong> após a retira<strong>da</strong> do agente térmico. Os carreadores foram<br />

aplicados na região entre terço médio e cervical (MILLER, et al., 2004). Todos os<br />

<strong>testes</strong> foram realizados com <strong>in</strong>tervalos <strong>de</strong> tempo suficientes para o restabelecimento<br />

<strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> ambiente. A partir dos valores obtidos em T0 e T1 foi calcula<strong>da</strong> a<br />

variação térmica obti<strong>da</strong> após aplicação dos estímulos, através <strong>da</strong> diferença entre T0<br />

e T1, sendo <strong>de</strong>f<strong>in</strong>i<strong>da</strong> como ∆1. A partir <strong>da</strong> diferença entre os valores T0 e T2, achouse<br />

a variação térmica <strong>de</strong>f<strong>in</strong>i<strong>da</strong> com ∆2. Os valores obtidos nos cálculos <strong>de</strong> ∆1 e ∆2<br />

quando utilizado a Guta-Percha são negativos, para comparação estatística todos os<br />

resultados foram colocados com valores positivos.<br />

Figura 5 Figura 6<br />

Figura 7 Figura 8<br />

25


4.6 Coleta <strong>de</strong> Dados:<br />

A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foi realiza<strong>da</strong> com a utilização <strong>de</strong> uma tabela (Anexo I,<br />

Quadros 1 e 2) feita no programa Excel®, a partir dos valores obtidos na verificação<br />

<strong>da</strong> variação térmica após a realização dos <strong>testes</strong> térmicos <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> nos 10 prémolares.<br />

4.7 Análise dos Dados:<br />

Foi realiza<strong>da</strong> com comparação envolvendo variável com distribuição normal e<br />

através <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância (ANOVA). A comparação <strong>da</strong>s médias entre os<br />

<strong>diferentes</strong> grupos <strong>de</strong>ntários foi realiza<strong>da</strong> empregando-se o teste <strong>de</strong> Tukey,<br />

estabelecendo-se um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 5% (p = 0,05).<br />

26


5. RESULTADOS<br />

Os resultados <strong>da</strong>s <strong>temperatura</strong>s obti<strong>da</strong>s após aplicação do Gás refrigerante<br />

Endofrost, são expressas na Tabela 1.<br />

TABELA 1 - Variações Térmicas com o uso do Endofrost.<br />

ESPÉCIME T0 (ºC) T1 (ºC) ∆1 T2 (ºC) ∆2<br />

1 26,5 24,8 1,7 18,7 7,8<br />

2 21,3 20,3 1,0 16,8 4,5<br />

3 25,4 24,4 1,0 21,4 4,0<br />

4 23,4 21,9 1,5 19,2 4,2<br />

5 23,3 22,6 0,7 19,7 3,6<br />

6 23,2 21,8 1,4 18,4 4,8<br />

7 23,8 23,5 0,3 21,4 2,4<br />

8 23 22,4 0,6 18,8 4,2<br />

9 24,4 22,3 2,1 18,6 5,8<br />

10 25,1 23,6 1,5 20,1 5,0<br />

DESVIO-PADRÃO 1,5 1,3 0,6 1,4 1,4<br />

MÉDIA 23,9 22,8 1,2 19,3 4,6<br />

∆1= T0 - T1; ∆2 = T0 - T2<br />

Os resultados <strong>da</strong>s <strong>temperatura</strong>s obti<strong>da</strong>s após aplicação do Gás refrigerante<br />

Endo-Ice Maquira, são expressas na Tabela 2.<br />

TABELA 2 - Variações Térmicas com o uso do Endo-Ice Maquira.<br />

ESPÉCIME T0 (ºC) T1 (ºC) ∆1 T2 (ºC) ∆2<br />

1 27,9 26 1,9 22,2 5,7<br />

2 22,3 21,3 1,0 18,2 4,1<br />

3 25,2 24,1 1,1 21,4 3,8<br />

4 25,4 24,8 0,6 22 3,4<br />

5 23,8 23,1 0,7 20 3,8<br />

6 21,9 21 0,9 17,8 4,1<br />

7 26,1 25,7 0,4 22,9 3,2<br />

8 23,1 22,3 0,8 19,9 3,2<br />

9 25,2 23 2,2 20,4 4,8<br />

10 26,4 25,9 0,5 23,3 3,1<br />

DESVIO-PADRÃO 1,9 1,9 0,6 1,9 0,8<br />

MÉDIA 24,7 23,7 1,0 20,8 3,9<br />

∆1= T0 - T1; ∆2 = T0 - T2<br />

27


Os resultados <strong>da</strong>s <strong>temperatura</strong>s obti<strong>da</strong>s após aplicação do Gás refrigerante<br />

Congelante Aerossol (Implastec), são expressas na Tabela 3.<br />

TABELA 3 - Variações térmicas com o uso do Congelante Aerossol (Implastec).<br />

ESPÉCIME T0 (ºC) T1 (ºC) ∆1 T2 (ºC) ∆2<br />

1 27,8 24,2 3,6 19,1 8,7<br />

2 24,2 21,8 2,4 14,6 9,6<br />

3 27,5 25,4 2,1 19,1 8,4<br />

4 25,5 23,6 1,9 18 7,5<br />

5 26,1 25 1,1 20,9 5,2<br />

6 25,3 22,3 3,0 16,4 8,9<br />

7 23,5 21,1 2,4 15,8 7,7<br />

8 22,6 20,2 2,4 15,5 7,1<br />

9 22,9 18,3 4,6 13 9,9<br />

10 24,1 22,2 1,9 18 6,1<br />

DESVIO-PADRÃO 1,8 2,2 1,0 2,4 1,5<br />

MÉDIA 25,0 22,4 2,5 17,0 7,9<br />

∆1= T0 - T1; ∆2 = T0 - T2<br />

Os resultados <strong>da</strong>s <strong>temperatura</strong>s obti<strong>da</strong>s após aplicação <strong>da</strong> Guta-Percha<br />

Aqueci<strong>da</strong> são expressos na Tabela 4.<br />

TABELA 4 - Térmicas com o uso <strong>da</strong> Guta-percha Aqueci<strong>da</strong><br />

ESPÉCIME T0 (ºC) T1 (ºC) ∆1 T2 (ºC) ∆2<br />

1 26,5 27,8 1,3 33,3 6,8<br />

2 23,5 24 0,5 26,6 3,1<br />

3 25,8 26,5 0,7 30,4 4,6<br />

4 24,6 25,3 0,7 28,5 3,9<br />

5 26,1 26,4 0,3 30,9 4,8<br />

6 25 25,5 0,5 27,8 2,8<br />

7 24,6 25,1 0,5 29 4,4<br />

8 22,6 23,1 0,5 26,4 3,8<br />

9 24,4 25,3 0,9 28,3 3,9<br />

10 26 27,3 1,3 30,4 4,4<br />

DESVIO-PADRÃO 1,2 1,4 0,3 2,1 1,1<br />

MÉDIA 24,9 25,6 0,7 29,2 4,3<br />

∆1= T0 - T1; ∆2 = T0 - T2<br />

28


Os resultados <strong>da</strong>s variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> calcula<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>f<strong>in</strong>i<strong>da</strong>s como ∆1<br />

e ∆2 obti<strong>da</strong>s após aplicação dos agentes térmicos são expressos na Tabela 5.<br />

TABELA 5 – Resumo <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> ∆1 e ∆2 <strong>de</strong> todos os grupos.<br />

G-1 G-2 G-3 G-4 G-1 G-2 G-3 G-4<br />

Espécimes ∆1 Δ1 Δ1 Δ1 ∆2 Δ2 Δ2 Δ2<br />

1 1,7 1,9 3,6 1,3 7,8 5,7 8,7 6,8<br />

2 1,0 1,0 2,4 0,5 4,5 4,1 9,6 3,1<br />

3 1,0 1,1 2,1 0,7 4,0 3,8 8,4 4,6<br />

4 1,5 0,6 1,9 0,7 4,2 3,4 7,5 3,9<br />

5 0,7 0,7 1,1 0,3 3,6 3,8 5,2 4,8<br />

6 1,4 0,9 3,0 0,5 4,8 4,1 8,9 2,8<br />

7 0,3 0,4 2,4 0,5 2,4 3,2 7,7 4,4<br />

8 0,6 0,8 2,4 0,5 4,2 3,2 7,1 3,8<br />

9 2,1 2,2 4,6 0,9 5,8 4,8 9,9 3,9<br />

10 1,5 0,5 1,9 1,3 5,0 3,1 6,1 4,4<br />

MÁXIMA 2,1 2,2 4,6 1,3 7,8 5,7 9,9 6,8<br />

MÍNIMA 0,3 0,4 1,1 0,3 2,4 3,1 5,2 2,8<br />

MÉDIA 1,2 1,0 2,5 0,7 4,6 3,9 7,9 4,3<br />

DESVIO-PADRÃO 0,6 0,6 1,0 0,3 1,4 0,8 1,5 1,1<br />

Os resultados dos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong> com significância a 5% são<br />

expressos na Tabela 6.<br />

TABELA 6 – Testes <strong>de</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong> com significância 5%.<br />

FONTE DE<br />

VARIAÇÃO<br />

Graus <strong>de</strong><br />

liber<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Soma <strong>de</strong><br />

quadrado<br />

Quadrado<br />

médio<br />

Estatística<br />

do teste F<br />

Agentes Térmicos 3 180.72600 60.24200 18.0461<br />

Resíduo-a 76 253.70500 3.33822 -<br />

Variação<br />

Temperatura<br />

1 564.00100 564.00100 1177.1641<br />

Agente x Variação 3 31.36600 10.45533 21.8220<br />

Resíduo-b 76 36.41300 0.47912 -<br />

Total 159 1066.21100 - -<br />

29


Os valores <strong>da</strong>s médias <strong>da</strong> variação térmica obti<strong>da</strong> após os <strong>testes</strong> <strong>de</strong><br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e as diferenças estatísticas entre os resultados são expressos na<br />

Tabela 7.<br />

TABELA 7 – Médias e diferenças estatísticas <strong>da</strong>s variações térmicas.<br />

AGENTES TÉRMICOS ∆1 ºC ∆2 ºC<br />

ENDOFROST 1,18 – bB 4,63 – bA<br />

ENDO ICE 1,01 – bB 3,92 – bA<br />

CONGELANTE 2,54 – aB 7,91 – aA<br />

GUTA-PERCHA 0,72 – bB 4,25 – bA<br />

As letras maiúsculas servem para comparação estatística entre as colunas<br />

As letras m<strong>in</strong>úsculas servem para comparação estatística entre as l<strong>in</strong>has<br />

30


6. DISCUSSÃO<br />

Quando buscou-se alterações térmicas a nível <strong>de</strong> câmara pulpar, foram<br />

utilizados agentes térmicos já consagrados na literatura, on<strong>de</strong> os pr<strong>in</strong>cipais agentes<br />

auxiliadores no diagnóstico endodôntico são os gases refrigerantes e a guta-percha<br />

aqueci<strong>da</strong>. Já foram alvos <strong>de</strong> importantes estudos na endodontia, on<strong>de</strong> os autores<br />

verificaram a diferença entre os tipos <strong>de</strong> carreadores dos agentes térmicos e a sua<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> provocar alterações térmicas, também avaliaram <strong>diferentes</strong> agentes<br />

térmicos como gelo, gases refrigerantes Endo-Ice Hygenic (tetrafluoretano), Endo-<br />

Frost (propano-butano mistura, Roeko, Germany) e a guta-percha aqueci<strong>da</strong>. Além <strong>de</strong><br />

avaliar diversos agentes térmicos alguns autores propuseram avaliar marcas<br />

comerciais dist<strong>in</strong>tas. A partir <strong>da</strong>í buscou-se testar um novo composto trazido <strong>da</strong><br />

eletrônica o Congelante aerossol utilizado para limpeza <strong>de</strong> circuitos elétricos<br />

(PETERSON, et al., 1999; JONES, et al., 2002; ARALDI et al., 2004; MEDEIROS et<br />

al., 2007; LINSUWANONT; PALAMARA. MESSER, 2008; MORAIS et al., 2008).<br />

Os <strong>testes</strong> térmicos são os métodos semiotécnicos <strong>in</strong>icialmente mais utilizados<br />

pela sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização, que possuem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obter<br />

resultados satisfatórios em condições clínicas <strong>diferentes</strong>, como em <strong>de</strong>ntes<br />

restaurados, submetidos a tratamento ortodôntico ou protético (HALL; FREERT,<br />

1998; MILLER et al., 2004; MEDEIROS et al., 2004; MEDEIROS et al., 2005; IRALA<br />

et al. 2007).<br />

Os agentes térmicos foram aplicados em todos os grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes para<br />

<strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, <strong>da</strong>í procurou-se testar esses recursos auxiliares<br />

semiotécnicos em elementos que não fossem robustos e também não fossem pouco<br />

espessos (TROWBRIDGE et al., 1980; FUSS et al., 1986) que também utilizaram <strong>de</strong><br />

pré-molares para os <strong>testes</strong>. Na presente pesquisa foram empregados pré-molares<br />

<strong>in</strong>feriores selecionados que possuíam câmara pulpar com normali<strong>da</strong><strong>de</strong> e corno<br />

pulpar proem<strong>in</strong>ente para melhor posicionamento do termopar. A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntes utilizados na pesquisa foram <strong>de</strong>z <strong>de</strong>ntes, segu<strong>in</strong>do a mesma l<strong>in</strong>ha <strong>de</strong> vários<br />

autores como Miller et al. (2004) e L<strong>in</strong>suwanont et al. (2008).<br />

Para aplicação dos agentes, utilizou-se cotonetes para padronização do tipo<br />

<strong>de</strong> carreador, já que em estudos realizados por Jones (1999) foi verificado que o tipo<br />

e o tamanho do carreador do agente térmico produzem variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong>s<br />

entre si, levando há alterações nos resultados <strong>da</strong>s pesquisas. A escolha do tempo<br />

31


<strong>de</strong> jateamento do gás no carreador foi <strong>de</strong>vido ao resultado do teste <strong>de</strong> calibração,<br />

que mostrou que após 2s <strong>de</strong> aplicação havia um encharcamento do carreador,<br />

havendo por fim apenas <strong>de</strong>sperdício do agente térmico. Fato esse que difere <strong>de</strong><br />

outros trabalhos on<strong>de</strong> o tempo <strong>de</strong> aplicação foi <strong>de</strong> 3s (JONES 1999; MORAIS et al.<br />

2008).<br />

Para a realização dos <strong>testes</strong> térmicos com calor foi utilizado à guta-percha<br />

on<strong>de</strong> o tempo <strong>de</strong> aquecimento foi <strong>de</strong> 2s, tempo necessário para aparecimento <strong>de</strong><br />

brilho e fumaça (LINSUWANONT; PALAMARA; MESSER, 2008).<br />

A aplicação dos estímulos térmicos, frio e quente, foi realiza<strong>da</strong> em períodos<br />

<strong>de</strong> 5s, tanto no uso <strong>da</strong> guta-percha aqueci<strong>da</strong> (LINSUWANONT, 2008), como nos<br />

<strong>testes</strong> com agentes térmicos a frio (FUSS et al., 1986; MEDEIROS et al., 2004).<br />

Vimos no trabalho <strong>de</strong> Trowbridge et al. (1980) que utilizaram <strong>de</strong> pré-molares em seu<br />

estudo, que na superfície vestibular pulpar a troca <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> ocorreu em média<br />

<strong>de</strong> 3,68s, <strong>da</strong>í foi <strong>de</strong>scartado a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação do agente térmico por<br />

períodos <strong>de</strong> 3s, realizado por Jones et al. (2002) e Irala et al. (2007). A partir <strong>da</strong>í foi<br />

verificado a variação <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> após aplicação do agente térmico por um<br />

período <strong>de</strong> 5s e a menor variação <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong> com 5s <strong>de</strong> aplicação dos<br />

estímulos térmicos. O local <strong>de</strong> aplicação dos carreadores foi entre o terço médio e<br />

cervical (BITTENCOURT, 1998; IRALA et al., 2007; LINSUWANONT et al., 2008).<br />

De acordo com os resultados obtidos em relação à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> variação<br />

térmica dos agentes térmicos na superfície <strong>in</strong>terna <strong>da</strong> câmara pulpar, o agente que<br />

obteve a maior variação <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> no ∆1 que representa a variação térmica<br />

verifica<strong>da</strong> após a aplicação do agente térmico por 5s foi o Congelante Aerosol <strong>de</strong><br />

2,54 °C, enquanto que o Endofrost, Endo-ice e Guta-Percha aqueci<strong>da</strong> obtiveram<br />

uma variação <strong>de</strong> 1,18 °C, 1,01 °C e 0,72 °C, respectivamente (tabela 6). O resultado<br />

obtido pelo Congelante Aerosol diferiu estatisticamente dos outros três agentes<br />

térmicos, enquanto que entre eles não houve diferença estatística.<br />

Quando comparamos os resultados <strong>de</strong> ∆1 com outro trabalho (FUSS et al.,<br />

1986) verificamos que houve uma relação entre os valores obtidos, on<strong>de</strong> ele obteve<br />

uma variação <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>de</strong> 1,3 °C com um gás refrigerante próximo aos<br />

resultados <strong>da</strong> nossa pesquisa, sendo que foram utilizados elementos <strong>de</strong>ntários<br />

semelhantes.<br />

O agente que obteve a maior variação térmica no ∆2 que representa a maior<br />

variação <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> após aplicação dos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar foi o<br />

32


Congelante Aerosol seguido do Endofrost, Guta Percha aqueci<strong>da</strong> e Endo-ice, on<strong>de</strong><br />

obtiveram 7,91 °C, 4,63 °C, 4,25 °C e 3,92 °C <strong>de</strong> variação térmica (tabela 6).,<br />

respectivamente. Apenas o resultado <strong>da</strong> variação térmica do Congelante Aerosol<br />

diferiu estatisticamente dos outros agentes térmicos, não havendo diferença<br />

estatisticamente significante entre os <strong>de</strong>mais.<br />

Quando comparado ao trabalho <strong>de</strong> Pesce et al. (1995) foi verificado um<br />

<strong>de</strong>créscimo maior <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> na aplicação do gás refrigerante, on<strong>de</strong> ele<br />

verificou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 8,5 °C, isso po<strong>de</strong> ter sido pelo tipo <strong>de</strong> elemento <strong>de</strong>ntário<br />

testado on<strong>de</strong> ele utilizou <strong>in</strong>cisivos <strong>in</strong>feriores que conseqüentemente possuem menor<br />

espessura amelo-<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária, <strong>de</strong> acordo com a pesquisa <strong>de</strong> Bittencourt (1998) que<br />

verificou que houve maior <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> em <strong>in</strong>cisivos 8 °C que em<br />

can<strong>in</strong>os 5 °C em <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar. Em relação às respostas a<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar Me<strong>de</strong>iros et al. (1998) verificou e <strong>de</strong>screveu que os <strong>in</strong>cisivos e<br />

can<strong>in</strong>os são mais fáceis <strong>de</strong> serem sensibilizados em relação aos pré-molares<br />

<strong>in</strong>feriores quando utilizando o gás tetrafluoroetano, havendo uma relação<br />

<strong>de</strong>crescente com as variações <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> que o <strong>in</strong>cisivos <strong>in</strong>feriores obtiveram<br />

8,5 ° (PESCE et al., 1995), os can<strong>in</strong>os 5 °C (BITTENCOURT, 1998), e o Endo-ice<br />

(tetrafluoroetano) na nossa pesquisa 3,92 °C.<br />

Em relação aos <strong>testes</strong> com guta-percha aqueci<strong>da</strong> houve uma discordância<br />

entre os resultados <strong>da</strong> pesquisa, on<strong>de</strong> a guta percha obteve uma variação <strong>de</strong><br />

<strong>temperatura</strong> <strong>de</strong> 4,25 na superfície <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária enquanto que L<strong>in</strong>suwanont et al. (2008)<br />

verificou que a variação foi <strong>de</strong> 8,7 °C. Nesse mesmo trabalho, os autores verificaram<br />

que o gás refrigerante apresenta um estímulo mais constante que a guta percha<br />

aqueci<strong>da</strong>, que é bem mais variável, ou seja, não consegue imprimir uma alteração<br />

térmica constante, então em <strong>de</strong>ntes mais robustos que os <strong>in</strong>cisivos, como no caso<br />

pré-molares <strong>in</strong>feriores, essa variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em promover alterações térmicas faça com<br />

que o estímulo seja menos constante provocando uma variação <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> f<strong>in</strong>al<br />

menor. Esse capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> variável do estímulo quente com a guta-percha aqueci<strong>da</strong> é<br />

<strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> também no trabalho <strong>de</strong> Peterson et al. (1999) on<strong>de</strong> obteve 0,41 <strong>de</strong><br />

especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> e 48% <strong>de</strong> precisão enquanto que os <strong>testes</strong> térmicos com o frio obteve<br />

0,93 <strong>de</strong> especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> e 89% <strong>de</strong> precisão.<br />

Quando compara-se a especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> e precisão obti<strong>da</strong> pela Guta-percha<br />

(PETERSON et al. 1999), e os resultados <strong>de</strong> ∆1, verifica-se que embora os<br />

resultados <strong>da</strong> variação térmica obtidos com o uso <strong>da</strong> guta-percha sejam<br />

33


estatisticamente iguais aos gases refrigerantes Endofrost e Endo-Ice, os resultados<br />

<strong>da</strong> especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> e a precisão (PETERSON et al. 1999) ficaram abaixo dos obtidos<br />

pelos <strong>testes</strong> térmicos, sendo justifica<strong>da</strong> por L<strong>in</strong>suwanont et al. (2008), que diz que a<br />

guta percha é um forte estimulo térmico mas pouco consistente em provocar<br />

mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>in</strong>icial, e que a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> calor <strong>de</strong><br />

um material é mais importante que o material provocar variação térmicas.<br />

No que diz respeito aos gases refrigerantes, verificamos que o Congelante<br />

aerossol (Hidrofluorcarbono) obteve o maior <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong>, em ambas<br />

as etapas ∆1 e ∆2, sendo um gás que é utilizado para limpeza <strong>de</strong> circuitos elétricos,<br />

não possui CFCs que agri<strong>de</strong> a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ozônio, e se mostrou eficiente para <strong>testes</strong><br />

<strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar. O Endofrost (mistura <strong>de</strong> butano-propano) apresentou maior<br />

alteração térmica que o Endo-ice (tetrafluoroetano), mas não houve diferença<br />

estatística entre os dois gases segu<strong>in</strong>do os resultados obtidos por Morais et al.<br />

(2008), em relação à variação térmica obti<strong>da</strong> após os <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> verificouse<br />

que foram maiores que na presente pesquisa, os resultados po<strong>de</strong>m ser<br />

explicados pelo tipo <strong>de</strong> elemento <strong>de</strong>ntário utilizado, que foram <strong>in</strong>cisivos centrais<br />

superiores, pois apresentam câmaras pulpares mais amplas.<br />

Quando trata-se <strong>de</strong> agentes térmicos a base <strong>de</strong> frio foi visto em um estudo<br />

com <strong>in</strong>cisivos que estavam com rizogênese <strong>in</strong>completa que o Endofrost conseguiu<br />

86,5% <strong>de</strong> respostas positivas nos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, enquanto que o gás<br />

-20 ºC conseguiu 80,8%, levando em conta que os <strong>de</strong>ntes testados foram os<br />

mesmos (ARALDI; KOOPER; TARTAROTI, 2004) e a partir dos resultados <strong>da</strong><br />

presente pesquisa que verificou uma variação térmica <strong>de</strong> 1,18 °C <strong>de</strong>f<strong>in</strong>i<strong>da</strong> como ∆1<br />

com o uso do gás Endofrost, verifica-se então que o uso cl<strong>in</strong>ico <strong>de</strong> um gás como<br />

exemplo o Congelante Aerossol (2,54 ºC) que promoveu um maior <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

<strong>temperatura</strong> que o Endofrost irá promover um maior número <strong>de</strong> respostas positivas,<br />

consequentemente o Endo-ice que promoveu menor <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>de</strong><br />

1,01 ºC obterá um menor número <strong>de</strong> respostas positivas quando utilizado para<br />

<strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, já que ambos os gases são aplicados <strong>da</strong> mesma<br />

maneira e atuam provocando um estimulo <strong>de</strong> origem bifásica provocando contração<br />

dos tecidos (LINSUWANONT et al., 2008). Em um estudo semelhante em <strong>de</strong>ntes<br />

com rizogênese <strong>in</strong>completa Aun et al. (1994) obteve uma taxa <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> respostas<br />

positivas em <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar utilizando-se <strong>de</strong> um gás refrigerante, o DDM.<br />

O ∆1 correspon<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> obtido com 5s <strong>de</strong> aplicação, <strong>da</strong>í a<br />

34


sua utilização está <strong>de</strong> acordo com Trowbridge et al. (1980) que verificaram que as<br />

trocas <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> ocorrem entre 3,68s e na meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse tempo o paciente já<br />

relata sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A comparação <strong>da</strong>s marcas comerciais feita por Morais et al. (2008) entre o<br />

Endo-Ice Green, o Endofrost e os gases refrigerantes utilizados na eletrônica,<br />

mostrou que os gases utilizados na odontologia Endo-Ice Green e Endofrost<br />

promoviam os maiores <strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> em <strong>de</strong>ntes humanos,<br />

apresentando diferença quando comparado aos resultados <strong>da</strong> pesquisa on<strong>de</strong> foi<br />

verificado que o gás Congelante Aerossol trazido <strong>da</strong> eletrônica promoveu o maior<br />

<strong>de</strong>créscimo <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> em uma simulação <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar.<br />

Após a remoção do estimulo a <strong>temperatura</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara pulpar cont<strong>in</strong>ua<br />

a cair (LINSUWANONT et al., 2008) resultando então em ∆2, cl<strong>in</strong>icamente falando<br />

os agentes térmicos que apresentaram maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cont<strong>in</strong>uarem a manter<br />

essa que<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> são os que possuem a maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> provocar<br />

contração dos tecidos, consequentemente uma maior chance <strong>de</strong> resposta positiva<br />

em polpas sadias.<br />

Os resultados <strong>da</strong> pesquisa mostraram que 5s após aplicação dos estímulos<br />

térmicos houve pequenas alterações térmicas e que em um período <strong>de</strong> 1,8s <strong>de</strong><br />

aplicação <strong>de</strong> estímulos térmicos o paciente relata sensação dolorosa<br />

(TROWBRIDGE et al., 1980), na mesma pesquisa os autores verificaram que<br />

alterações térmica ocorrem em media 3,68s, <strong>da</strong>ndo <strong>in</strong>dícios que as respostas<br />

obti<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> <strong>testes</strong> se sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar estão diretamente relaciona<strong>da</strong>s a<br />

Teoria Hidrod<strong>in</strong>âmica (LINSUWANONT et al., 2008)<br />

35


7. CONCLUSÃO<br />

De acordo com a metodologia emprega<strong>da</strong> nesse trabalho, po<strong>de</strong>-se concluir que:<br />

- O gás refrigerante Congelante Aerossol (Implastec) apresentou a maior<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração térmica em <strong>testes</strong> <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, nas duas<br />

verificações, tanto em 5s <strong>de</strong> aplicação como na menor <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong> em <strong>testes</strong><br />

<strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar, apresentando resultados estatisticamente significantes.<br />

- O gás refrigerante Endofrost apresentou maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações<br />

térmicas que o Endo-ice Maquira e a Guta-Percha aqueci<strong>da</strong>, mas não diferiram<br />

estatisticamente.<br />

- O gás refrigerante Endo-ice Maquira apresentou maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração<br />

térmica que a Guta-Percha aqueci<strong>da</strong> na primeira verificação, conceitua<strong>da</strong> como ∆1,<br />

mas já na segun<strong>da</strong> verificação a Guta-Percha aqueci<strong>da</strong> apresentou maior<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração térmica, mas os resultados não diferiram estatisticamente.<br />

36


8. REFERÊNCIAS<br />

ARALDI, E. C.; KOOPER, P.M.P.; TARTAROTI, E. Eficácia <strong>de</strong> gases refrigerantes<br />

na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar em <strong>de</strong>ntes com rizogênese <strong>in</strong>completa.<br />

Revista Stomatos. Canoas. v. 10, n.19, p. 45-52, jul/<strong>de</strong>z, 2004.<br />

AUN, C. E. et al. Avaliação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar em <strong>de</strong>ntes permanentes jovens com<br />

rizogênese <strong>in</strong>completa. Revista Paulista <strong>de</strong> Odontologia. V.16, v.6, p. 9-16, 1994.<br />

BITTENCOURT, A.Z. Avaliação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> do comportamento <strong>de</strong> dois agentes térmicos<br />

e <strong>da</strong> <strong>in</strong>fluência <strong>da</strong> espessura amelo-<strong>de</strong>nt<strong>in</strong>ária na variação <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> em<br />

<strong>de</strong>ntes humanos. Florianópolis. [Dissertação <strong>de</strong> Mestrado – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Santa Catar<strong>in</strong>a], 1998.<br />

CALDEIRA, C. L.; FIDEL, S. R.; PESCE, H. F.; AUN, C. E. Avaliação <strong>da</strong> resposta<br />

pulpar aos <strong>testes</strong> <strong>de</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> com frio em <strong>de</strong>ntes com <strong>de</strong>posição <strong>da</strong> <strong>de</strong>nt<strong>in</strong>a<br />

reparativa. RGO, Porto Alegre, v. 2, n.3, p. 157-160, jul/ago/set, 1995.<br />

ESTRELA, Carlos. Ciência endodôntica. São Paulo. Artes Médicas. p. 36-38, 2004<br />

FUSS, Z.; TROWBRIGDE, H.; BENDER, I.B.; RICKOFF, B.; SORIN, S. Assessment<br />

of reliability of electrical and thermal pulp test<strong>in</strong>g agents. Jounal of Endodontics.<br />

n.12, v.7, p. 301-305, 1986.<br />

GOPIKRISHNA, V.; TINAGUPTA, K.; KANDASWAMY, D. Evaluation of Efficacy of a<br />

New Custom-Ma<strong>de</strong> Pulse Oximeter Dental Probe <strong>in</strong> Comparison With the Electrical<br />

and Thermal Tests for Assess<strong>in</strong>g Pulp Vitality. Journal Of Endodontics. v. 33, n. 4,<br />

Abr, 2007.<br />

GOPIKRISHNA, V.; PRADEEP, G.; VENKATESHBABU, N. Assessment of pulp<br />

vitality: a review. International Journal of Paediatric Dentistry; v.19, p. 3–15, 2008.<br />

HALL, C. J.; FREER, C. J. The effects of early orthodontic force application on<br />

pulp test responses. Australian Dental Journal. n. 43, v. 5, p. 359-361, 1998.<br />

IRALA. L. E. D.; SOARES R. G.; SALES, A. A.; LIMONGI, O. Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

abaixamento <strong>de</strong> <strong>temperatura</strong> <strong>da</strong> superfície <strong>in</strong>terna <strong>da</strong> câmara pulpar após a<br />

aplicação do gás refrigerante à base <strong>de</strong> tetrafluoretano em <strong>de</strong>nte extraído hígido e<br />

restaurado. Revista Odontologia Ciências. Porto Alegre, v. 22, n. 58, p. 321-327,<br />

out/<strong>de</strong>z, 2007.<br />

JONES D M. Effect of the type carrier used on the results of dichlorodifluoromethane<br />

application to teeth. Journal of Endodontics n.25, p. 692–694, 1999.<br />

JONES, V. R.; RIVERA, E. M.; WALTO, R. E., Comparison of Carbon Dioxi<strong>de</strong> versus<br />

Refrigerant Spray to Determ<strong>in</strong>e Pulpal Responsiveness. Journal of Endodontics.<br />

v. 28, n. 7. jul, 2002.<br />

37


LINSUWANONT, P.; PALAMARA, J. E.; MESSER, H. H. Thermal transfer <strong>in</strong><br />

extracted <strong>in</strong>cisors dur<strong>in</strong>g thermal pulp sensitivity test<strong>in</strong>g. International Endodontic<br />

Journal. v. 41, p. 204–210, 2008.<br />

LINSUWANONT, P.; VERSLUIS A.; PALAMARA, J. E.; MESSER, H. H. Thermal<br />

stimulation causes tooth <strong>de</strong>formation: A possible alternative to the hydrodynamic<br />

theory. Archives of oral biology. v.53, p. 261–272, 2008.<br />

MANFRO JUNIOR, A. O. Avaliação <strong>da</strong> arquitetura pulpar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cão frente a<br />

utilização do composto tetrafluoretano.; [Dissertação <strong>de</strong> Mestrado – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Luterana do Brasil], 1999.<br />

MEDEIROS, J.M. F. <strong>de</strong>; CARVALHO P. L.; ALKMIN S.T.; ZÖLLNER N.A.; HADDAD<br />

FILHO M.S.; Avaliação <strong>da</strong> Escolha dos Testes <strong>de</strong> Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> Pulpar por<br />

especialistas em Endodontia. Revista Portuguesa Estomatologia, Medic<strong>in</strong>a<br />

Dentária e Cirurgia Maxilofacial. v. 48, p.149-154, 2007.<br />

MEDEIROS, J. M. F. <strong>de</strong>; MACHADO, M. E. <strong>de</strong> L.; CALDEIRA, C. L.; ZÖLLNER, N.<br />

A.; HADDAD FILHO, M. S.; GAVINI, G. Eficácia <strong>de</strong> dois agentes térmicos antes e<br />

após o tratamento ortodôntico em <strong>de</strong>ntes submetidos a procedimentos<br />

restauradores. Ci. Biol. Saú<strong>de</strong>. Ponta Grossa. v.11, n. 2, p. 7-34, jun, 2005.<br />

MEDEIROS, J. M. F. <strong>de</strong>; CALDEIRA, C. L.; HADDAD FILHO, M. S.; MACHADO, M.<br />

E. L. Eficácia <strong>de</strong> dois agentes térmicos em <strong>de</strong>ntes com coroa protética. RGO, Porto<br />

Alegre, v. 52, n.2, p. 197-200, jul/ago/set, 2004.<br />

MEDEIROS, J. M. F. <strong>de</strong>; PESCE, H. F... Confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do gelo e do tetrafluoretano<br />

na <strong>de</strong>term<strong>in</strong>ação <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> pulpar. Revista <strong>de</strong> Odontologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São Paulo.v. 12 n. 1. São Paulo jan/mar, 1998.<br />

MILLER, S. O.; JOHSON, J. D., ALLEMANG, J. D., STROTHER, J. M. Cold Test<strong>in</strong>g<br />

Through Full-Coverage Restorations. Journal of Endodontics. v, 30, n. 10. oct,<br />

2004.<br />

MOLINA, M. J.; ROWLAND, F. S. Stratospheric s<strong>in</strong>k for chlorofluoromethanes:<br />

chlor<strong>in</strong>e atomc-catalysed <strong>de</strong>struction of ozone. Nature, v.249, n.5460, p.810-812,<br />

jun, 1974.<br />

MORAIS, C. A. H.; BERNARDINELI, N.; LIMA, W. M.; CUPERTINO, R. R.;<br />

GUERISOLI, D. M. Z. Evaluation of the temperature of different refrigerant sprays<br />

used as a pulpal test. Australian Endodontics Journal; v. 34, p. 86–88, 2008.<br />

NEVILLE, B. W. et al. Patologia oral e maxilo facial. Rio <strong>de</strong> Janeiro : Editora.<br />

Guanabara Koogan. p.144-420, 2004<br />

PANTERA, E. A.; ANDERSON, R. W.; PANTERA, C. T. Reliability of electric pulp<br />

test<strong>in</strong>g after pulpal test<strong>in</strong>g with dichlorodifluormethane. Journal of Endodontics.<br />

n.19, p. 312–314, 1993.<br />

38


PESCE H. F.; BARLETTA, F. B.; MEDEIROS, J. M. F.; MACHADO, M. E. L. An <strong>in</strong><br />

<strong>vitro</strong> evaluation of the effects of three thermal pulp test<strong>in</strong>g methods on <strong>in</strong>trapulpal<br />

temperature. Revista Odontológica UNICID. V.7; n.1, p.7-11, jan/jun, 1995.<br />

PETERSON K, SODERSTROM C, KIANI-ANARAKI M, LTVY G. Evaluation<br />

of the ability of thermal and electrical tests to register pulp vitality.<br />

Endod Dent Traumatol. n.5, p. 127-131, 1999.<br />

PITT FORD, T. R.; PATEL. S. Technical equipment for assessment of <strong>de</strong>ntal pulp<br />

status. Endodontic Topics. N. 7, p. 2–13, 2004.<br />

TROWBRIDGE, H.O.; FRANKS, M.; KOROSTOFF, E.; EMLING, R. Sensory<br />

response to thermal stimulation <strong>in</strong> human teeth. Journal of Endodontics. n.6,<br />

p.405–412, 1980.<br />

SILVA, L. D. <strong>de</strong> G.; ALBERGARIA, S.; GONÇALVES, P. S.; SANTOS, J. N. dos.<br />

Diagnóstico endodôntico: comparação entre aspectos clínicos e histológicos. RGO,<br />

Porto Alegre, v. 56, n.1, p. 59-65, jan/mar, 2008.<br />

39


9. Anexos:<br />

GR<br />

Anexo I<br />

Quadro 1<br />

TESTES TÉRMICOS - ºC<br />

TESTE TI T1 ∆1 T2 ∆2<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

MENOR<br />

MAIOR<br />

MÉDIA<br />

40


Anexo II<br />

Quadro 2<br />

GP<br />

TESTES TÉRMICOS - ºC<br />

TESTE TI T1 ∆1 T2 ∆2<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

MENOR<br />

MAIOR<br />

MÉDIA<br />

41


ANEXO III<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA RESTAURADORA<br />

DISCIPLINA DE ENDODONTIA<br />

AUTORIZAÇÃO<br />

João Pessoa, 11 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2009<br />

Coor<strong>de</strong>nadora do Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa<br />

Do HULW/UFPB<br />

Comunico que o aluno, Jeferson Wagner D<strong>in</strong>iz Tavares, regularmente matricula<strong>da</strong><br />

no Curso <strong>de</strong> Graduação <strong>de</strong> Odontologia, têm autorização para utilizar a Discipl<strong>in</strong>a<br />

Endodontia I <strong>de</strong>sta Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para a realização do trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong><br />

curso “Avaliação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>da</strong> <strong>temperatura</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> <strong>testes</strong><br />

térmicos, em <strong>de</strong>ntes humanos extraídos, na endodontia”, sob orientação do<br />

Profº Drº. Juan Ramon Salazar Silva.<br />

Sem mais para o momento,<br />

__________________________________<br />

Profº Drº. Juan Ramon Salazar<br />

Responsável pela Discipl<strong>in</strong>a <strong>de</strong> Endodontia I <strong>da</strong> UFPB<br />

42


ANEXO IV<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />

Anexo III<br />

TERMO DE DOAÇÃO DE DENTES HUMANOS<br />

Eu,______________________________________________________________________,<br />

R.G. nº _________________________ resi<strong>de</strong>nte à _______________________________<br />

bairro_________________, ci<strong>da</strong><strong>de</strong> _________________,CEP____________UF________<br />

dôo _____________<strong>de</strong>ntes para a pesquisa a ser realizado pelo professor Juan Ramon Salazar<br />

Silva, <strong>de</strong>clarando que estes <strong>de</strong>ntes foram extraídos por <strong>in</strong>dicação terapêutica, cujos históricos<br />

fazem parte dos prontuários dos pacientes <strong>de</strong> quem se orig<strong>in</strong>am, arquivados sob m<strong>in</strong>ha<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Estou ciente <strong>de</strong> que estes <strong>de</strong>ntes serão utilizados para a realização <strong>de</strong><br />

pesquisas previamente aprova<strong>da</strong>s pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa ou em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

didáticas no processo <strong>de</strong> ens<strong>in</strong>o-aprendizagem <strong>da</strong> Odontologia.<br />

João Pessoa,______<strong>de</strong> _______________<strong>de</strong> _______.<br />

____________________________________________<br />

Ass<strong>in</strong>atura do Doador<br />

43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!